domingo, 30 de setembro de 2012

Equipes paroquiais de liturgia se reúnem no próximo dia 6 de outubro

liturgia

No próximo dia 6 de outubro, às 8:30h, na Paróquia N. Sra. de Fátima, as equipes paroquiais de liturgia se reúnem com o Pe. Ivan. A coordenação da Liturgia da Região pede aos representantes das paróquias que se façam presentes nesse dia de formação. Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Secretárias paroquiais irão se reunir no dia 8 de outubro às 19h na paróquia de São Gerardo


 As secretárias paroquiais irão se reunir no dia 8 de outubro às 19h na paróquia de São Gerardo. Agora essas reuniões acontecerão nas paróquias, a pedido das próprias secretárias, para que se possa conhecer as realidades de cada paróquia.

CNBB divulga nota “Eleições Municipais 2012 – Voto consciente e limpo”


Durante entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, 27 de setembro, a presidência da CNBB apresentou a sua mensagem para as eleições municipais 2012. O texto foi aprovado durante a última reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), realizado esta semana na sede da entidade, em Brasília (DF).
A seguir, a íntegra da nota.
Eleições Municipais 2012 – Voto consciente e limpo
O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília de 25 a 27 de setembro, considerando as eleições municipais do próximo mês de outubro, vem reforçar a importância desse momento para o fortalecimento da democracia brasileira. Estas eleições têm característica própria por desencadear um processo de maior participação em que os candidatos são mais próximos dos eleitores e também por debater questões que atingem de forma direta o cotidiano da vida do povo.
A Igreja louva e aprecia o trabalho de quantos se dedicam ao bem da nação e tomam sobre si o peso de tal cargo, em serviço de todas as pessoas (cf. GS 75). Saudamos, portanto, os candidatos e candidatas que, nesta ótica, apresentam seu nome para concorrer a um cargo eleitoral. Nascido da consciência e do desejo de servir com vistas à construção do bem comum, este gesto corrobora o verdadeiro sentido da atividade política.
Estimulamos os eleitores/as, inclusive os que não têm a obrigação de votar, a comparecerem às urnas no dia das eleições para aí depositar seu voto limpo. O voto, mais que um direito, é um dever do cidadão e expressa sua corresponsabilidade na construção de uma sociedade justa e igualitária. Todos os cidadãos se lembrem do direito e simultaneamente do dever que têm de fazer uso do seu voto livre em vista da promoção do bem comum (cf. GS 75).
A lei que combate a compra de votos (9840/1999) e a lei da Ficha Limpa (135/2010), ambas nascidas da mobilização popular, são instrumentos que têm mostrado sua eficácia na tarefa de impedir os corruptos de ocuparem cargos públicos. A esses instrumentos deve associar-se a consciência de cada eleitor tanto na hora de votar, escolhendo bem seu candidato, quanto na aplicação destas leis, denunciando candidatos, partidos, militantes cuja prática se enquadre no que elas prescrevem.
A vigilância por eleições limpas e transparentes é tarefa de todos, porém, têm especial responsabilidade instituições como a Justiça Eleitoral, nos níveis Federal, Estadual e Municipal, bem como o Ministério Público. Destas instâncias espera-se a plena aplicação das leis que combatem a corrupção eleitoral, fruto do anseio popular. O resgate da ética na política e o fim da corrupção eleitoral merecem nossa permanente atenção.
O político deve cumprir seu mandato, no Executivo ou no Legislativo, para todos, independente das opções ideológicas, partidárias ou qualquer outra legítima opção que cada eleitor possa fazer. Incentivamos a sociedade organizada e cada eleitor em particular, passadas as eleições, a acompanharem a gestão dos eleitos, mantendo o controle social sobre seus mandatos e cobrando deles o cumprimento das propostas apresentadas durante a campanha. Quanto mais se intensifica a participação popular na gestão pública, tanto mais se assegura a construção de uma sociedade democrática.
As eleições são uma festa da democracia que nasce da paixão política. O recurso à violência, que marca a campanha eleitoral em muitos municípios, é inadmissível: candidatos são adversários, não inimigos. A divisão, alimentada pelo ódio e pela vingança, contradiz o principio evangélico do amor ao próximo e do perdão, fere a dignidade humana e desrespeita as normas básicas da sadia convivência civil, que deve orientar toda militância política. Do contrário, como buscar o bem comum, princípio definidor da política?
A Deus elevemos nossas preces a fim de que as eleições reanimem a esperança do povo brasileiro e que, candidatos e eleitores, juntos, sonhem um país melhor, humano e fraterno, com justiça social.
Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, abençoe nossa Pátria!
Brasília, 27 de setembro de 2012
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Exposição divulga evento católico



Missa marcou abertura de exposição de réplica do Cristo Redentor.
A 28ª Edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) acontece no ano que vem no Rio de Janeiro. Para divulgar a JMJ em Fortaleza, foi inaugurada com missa, ontem, a exposição “Cristo Redentor para todos”, no Santuário de Fátima. Em exibição, uma réplica do Cristo Redentor com 3,8 metros de altura por 3 metros de largura. A estátua está exposta do lado de fora do Santuário de Fátima e deve percorrer outras igrejas da Capital. Fortaleza é a sétima capital a receber a imagem.
A exposição cultural e a inauguração da réplica do Cristo Redentor, proveniente do Rio de Janeiro e criada pelo artista plástico Odilon Lima, fazem parte ainda da homenagem pelos 80 anos do cartão postal do Rio de Janeiro, celebrado em 2011. O Cristo é o símbolo embaixador da JMJ de 2013.
A JMJ, evento realizado pela igreja católica em diferentes países a cada três anos, promove o encontro do papa com jovens de vários países para “evangelizarem a Paz de Jesus Cristo”. Padre Omar Raposo, reitor do Santuário do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e um dos coordenadores da JMJ, presidiu a celebração de ontem e disse que são esperadas 2 milhões de pessoas na cidade carioca para a jornada. O padre lembra que o papa Bento XVI visitará o Cristo durante a programação da JMJ. “O momento mais esperado será a vigília com os jovens na Base Aérea de Santa Cruz”, projeta. Momentos culturais e religiosos farão parte da jornada.
A escolha do Brasil como sede da JMJ foi anunciada na última edição do evento, na Espanha, em 2011. Em todo o Brasil, antecedendo a jornada, acontecerá a Semana Missionária. O evento, segundo padre Denis Lima, coordenador da semana no Ceará, “será uma oportunidade para iniciar atividades missionárias nos locais públicos da cidade.”
Por: (Rafaele Silva / Especial para O POVO) - FOTO: RAFAELE SILVA/ESPECIAL PARA OPOVO

Dez características para uma Leitura popular da Bíblia:




1. A Bíblia é reconhecida e acolhida pelo povo como Palavra de Deus. É nesta raiz ou tronco 
bem firme da fé, que enxertamos nossa vida e nossos trabalhos. 
2. Ao ler a Bíblia, trazemos à tona a vida do povo e a confrontamos com a nossa própria vida. 
Ela aparece como espelho, numa ligação profunda entre fé e vida. 
3. A partir desta nova ligação entre Bíblia e vida, os pobres fazem a descoberta, a maior de 
todas: "Se Deus esteve com aquele povo no passado, então Ele está também conosco nesta 
luta que fazemos para nos libertar. Ele escuta também o nosso clamor!" (cf. Ex 2,24; 3,7).  
4. Antigamente, a Bíblia ficava longe. Era vista como livro dos "padres". Hoje ela está mais 
perto de nós, ajudando-nos a descobrir uma experiência nova e de gratuita de Deus em nossa 
vida e em nossa história. 
5. Surgiram novas maneiras de se olhar e interpretar a Bíblia. Ela é instrumento precioso para 
fazer uma análise mais crítica da realidade que hoje vivemos.  
6. A Palavra de Deus não está só na Bíblia, mas também na vida, e de que o objetivo principal 
da leitura da Bíblia não é interpretar a Bíblia, mas sim interpretar a vida com a ajuda da 
Bíblia. 
7. A Bíblia entra por uma outra porta na vida do povo: não pela porta da imposição autoritária, 
mas sim pela porta da experiência pessoal e comunitária. Ela se faz presente não como um 
livro que impõe uma doutrina de cima para baixo, mas como uma Boa Nova que revela a 
presença libertadora de Deus na vida e na luta do povo. 

(Com base no pensamento de Carlos Mesters e Francisco Orofino)

OS ARCANJOS DE DEUS -29 de Setembro


Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra "Arcanjo" significa "Anjo principal". E a palavra "Anjo", por sua vez, significa "mensageiro".

São Miguel
O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: "Quem como Deus". Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. "Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu". (Apocalipse 12,7-8)

São Gabriel
O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa "Força de Deus" ou "Deus é a minha proteção". É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico: "No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré... O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: 'Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus'..." a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.

São Rafael
Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome "Deus curou" ou "Medicina de Deus", restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. "Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus" (Tob 5,4).

São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!

A Grandeza do Silêncio


O silêncio é doçura:

Quando não respondes às ofensas,

Quando não reclamas os teus direitos,

Quando deixas à Deus a defesa da tua honra.

O silêncio é misericórdia:

Quando te calas diante das faltas de teus irmãos,

Quando perdoas sem remoer o passado,

Quando não condenas, mas intercedes em segredo.

O silêncio é paciência:

Quando sofres sem te lamentares,

Quando não procuras consolação junto aos homens,

Quando não intervéns, esperando que a semente germine lentamente.

O silêncio é humildade:

Quando te apagas para deixar aparecer teu irmão,

Quando, na discrição, revelas dons de Deus,

Quando suportas que tuas ações sejam mal interpretadas,

Quando deixas os outros a glória da obra inacabada.

O silêncio é fé:

Quando te apagas, sabendo que é Ele ( Jesus ) quem age...

Quando renuncias às vozes do mundo para permanecer na Sua presença...

Quando te basta que só Ele te compreende.

Capa de revista em que Neymar aparece 'crucificado' é criticada pela CNBB



A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) resolveu emitir nesta sexta-feira sua opinião em relação à polêmica capa da Revista 'Placar' deste mês de outubro. A edição mostra o craque do Santos, Neymar, crucificado, em clara alusão a Jesus. Segundo a publicação, que intitulou a matéria principal de "A crucificação de Neymar", o jovem atacante teria virado bode expiatório em um esporte onde todos jogam sujo.
Apesar da justificativa, a CNBB considerou que houve "ridicularização da fé e o desdém pelo sentimento religioso do povo por meio do uso desrespeitoso da imagem da pessoa de Jesus Cristo". Ainda segundo a entidade, a "publicação demonstrou-se, no mínimo, insensível ao recente quadro mundial de deplorável violência causado por uso inadequado de figuras religiosas, prestando, assim, um grande desserviço à consolidação da convivência respeitosa entre grupos de diferentes crenças", completa a nota.
Por sua vez, a "Placar" fez questão de relembrar outras capas polêmicas, entre elas uma em que Marcelinho Carioca, ídolo do Corinthians, também teve seu corpo 'crucificado'.
(O Tempo)

30/09 - Bento XVI presidirá celebração eucarística na abertura do Sínodo

No próximo dia 7 de outubro, o Papa Bento XVI presidirá a Celebração Eucarística por ocasião da abertura da 13º Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre o tema “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”. A Missa será concelebrada com os padres sinodais e bispos das Conferências Episcopais espanhola e alemã.
Neste mesmo dia, 27º Domingo do Tempo Comum, o Santo Padre proclamará os “doutores da Igreja”: São Giovanni D’Avila, sacerdote diocesano, e Santa Ildegarda di Bingen, monja professa da Ordem de São Benedito.

Fonte: cancaonova

Esportistas estão chamados à perfeição moral e espiritual acima de qualquer vitória, diz o Papa Bento XVI



O Papa Bento XVI , em seu discurso aos representantes do 32º Congresso Mundial de Medicina do Esporte, que pela primeira vez se reuniram em Roma para o seu congresso bienal, explicou que todos os esportistas, acima de qualquer vitória ou conquista, estão chamados à perfeição moral e espiritual. Participam do Congresso 117 países dos 5 continentes.
Depois de recordar as recentes Olimpíadas e Paraolimpíadas realizadas em Londres (Inglaterra) como ocasiões para "unir às pessoas e os povos na busca comum da excelência competitiva pacífica", o Santo Padre ressaltou a dimensão espiritual de quem pratica algum esporte.
O Papa disse que "como peritos médicos reconhecem que o ponto inicial do seu trabalho é o atleta a quem vocês servem.Assim como o esporte é mais do que apenas uma competição, cada homem e mulher esportivos são mais do que meros competidores: eles são detentores de moral e capacidade espiritual que deve ser enriquecida e aprofundada por esportes e medicina esportiva".
"Algumas vezes, entretanto, sucesso, fama, medalhas e a busca por dinheiro tornam-se o primeiro, ou até mesmo o único, motivo para os envolvidos. Tem acontecido de tempos em tempos que vencer a todo custo substituiu o verdadeiro espírito do esporte e levou ao abuso e uso indevido dos meios à disposição da medicina moderna".
Por isso, prosseguiu o Pontífice, "cientes desta tentação e eu sei que vocês estão discutindo essa importante questão durante o seu Congresso. Independentemente das capacidades atléticas e de qualquer realização física, a pessoa está chamada à perfeição moral e espiritual".
"De fato, São Paulo assinala em sua primeira carta aos Coríntios, que a excelência espiritual e atlética estão estreitamente relacionadas, e ele exorta os crentes a treinar a si próprios na vida  espiritual. ‘Todo atleta`, ele diz, ‘se priva de tudo para receber a coroa corruptível, mas nós o fazemos por uma coroa incorruptível`".
Bento XVI  exortou aos profissionais de medicina esportiva a manter antes de tudo a dignidade de seus pacientes, "sendo para eles agentes não somente de cura física e excelência atlética, mas também de regeneração moral, espiritual e cultural".
"Como o próprio Senhor assumiu a carne humana e se tornou homem, então cada pessoa humana é chamada a refletir perfeitamente a imagem e semelhança de Deus", precisou.
Por isso, concluiu, "rezo para vocês e para aqueles a quem o seu trabalho beneficia, que seus esforços conduzirão para uma mais profunda apreciação da beleza, do mistério e do potencial de cada pessoa humana, atletas ou não, portadores de deficiência física ou não".

Fonte: acidigital

Papa convida à reflexão sobre perene evangelização

O Papa Bento XVI enviou uma mensagem para a Assembleia Plenária do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), realizada de 27 a 30 de setembro em St. Gallen, na Suíça. A mensagem, assinada pelo secretário de Estado, Cardeal Tarcísio Bertone, enfatiza a reflexão acerca da tarefa perene da evangelização e da atual urgência de renovação.
O Cardeal lembrou que a experiência de São Galo ensina que a mensagem cristã é semeada e está enraizada onde foi vivida autenticamente e eloquentemente por uma comunidade. Desta forma, seu anúncio é sustentado pelo testemunho de caridade fraterna e animado pela oração comum.
“A memória de São Galo e de sua obra, às vésperas do Sínodo sobre Nova Evangelização, será de estímulo à Plenária desse Conselho para assistir com fé e esperança – com o olhar fixo para Cristo Senhor – à grande “messe” que são os povos da Europa, na esteira do Concílio Vaticano II e dos ensinamentos dos Sumos Pontífices que nele atuaram”.
As discussões da Assembleia giram em torno do tema “Os desafios de nosso tempo: aspectos sociais e espirituais". A reunião termina neste domingo, 30. 

Fonte: cancaonova

Bento XVI profere catequese sobre liturgia em retorno da tradicional audiência geral à Praça São Pedro


Liturgia, escola de oração: este foi o tema da catequese de Bento XVI, proferida diante de 25 mil fiéis na Praça São Pedro, na manhã desta quarta-feira. “É o próprio Senhor que nos ensina a rezar” – afirmou o Pontífice no retorno da tradicional audiência geral à Praça São Pedro, após o período de férias em Castel Gandolfo.
O Papa disse que “na realidade, somente em Cristo o homem é capaz de se unir a Deus com a profundidade e a intimidade que um filho tem com seu pai. E explicou que “para aprender a viver com mais intensidade a relação pessoal com Deus Uno e Trino, aprendemos a invocar o Espírito Santo, primeiro dom do Ressuscitado aos que crêem”. “Na leitura e na meditação das Escrituras, o Espírito Santo nos ensina a rezar” – completou.

A ideia central expressa pelo Pontífice é que existe outra fonte para crescer na oração, estritamente relacionada à precedente: a Liturgia, âmbito privilegiado em que Deus fala com cada um de nós e aguarda nossas respostas.

Mas o que é a Liturgia? Segundo a tradição cristã – como indicado no Catecismo da Igreja Católica – significa a participação do Povo de Deus na obra de Deus. E de que obra de Deus somos chamados a participar? O Concílio Vaticano indica duas respostas: a primeira são as ações históricas que nos salvam, culminadas na Morte e Ressurreição de Jesus Cristo; e a segunda, na celebração da liturgia como «obra de Cristo».

Os dois significados são inseparavelmente ligados, e se resumem na ação de Cristo através da Igreja, especialmente no Sacramento da Eucaristia, no Sacramento da Reconciliação e em outros atos sacramentais que nos santificam. Assim, o Mistério Pascal da Morte e Ressurreição de Cristo foi o centro da teologia litúrgica do Concílio. De fato, o Papa recordou que o esquema da Liturgia foi o primeiro tema discutido no Concílio Vaticano II, e também o primeiro a ser aprovado.

Citando mais uma vez o Catecismo, Bento XVI lembrou que “toda celebração sacramental é um encontro dos filhos com Deus e com o seu Pai, em Cristo e no Espírito Santo, e tal encontro se realiza no diálogo, por meio de ações e palavras”. “Portanto, a primeira condição para uma boa celebração litúrgica é que haja oração e conversa com Deus: escuta e resposta. E o elemento fundamental, primário, do diálogo com Deus na liturgia, é a concordância entre o que dizemos com os lábios e o que trazemos em nosso coração. Concluindo o discurso, o Papa insistiu que com esta atitude, nossos corações estarão livres dos fardos deste mundo e subirão ao alto, rumo à verdade e ao amor.

Após a catequese em italiano, Bento XVI fez resumos do texto em várias línguas, inclusive em português:

“Ao tratar o tema da oração, nestes últimos meses, procuramos aprender a rezar de modo cada vez mais autêntico, fixando o olhar em algumas grandes figuras, especialmente no exemplo de Jesus, cientes de que somente Ele é capaz de nos unir a Deus com a profundidade e intimidade de filhos que Lhe podem chamar: Abba, Pai. Pois bem! Um âmbito privilegiado, onde Deus fala a cada um de nós e espera a nossa resposta é a liturgia. Nesta, o povo fiel toma parte na obra de Deus, isto é nas ações por Ele realizadas na história humana que nos trazem a salvação e que culminam na Morte e Ressurreição de Jesus. A liturgia é o «espaço» onde o Mistério da Morte e Ressurreição se torna atual, se faz presente no meu hoje, através da ação de Cristo na Igreja. Por isso, cada celebração litúrgica, especialmente a Eucaristia, é um encontro dos filhos de Deus com o seu Pai, por Cristo e no Espírito Santo.

Queridos peregrinos de língua portuguesa, a todos vós dirijo uma calorosa saudação! Particularmente, saúdo os membros da Ordem de Cavalaria do Santo Sepulcro de Jerusalém e todos os grupos vindos do Brasil. Tende por centro da vossa vida de oração a liturgia, que vos une ao Mistério de Cristo e ao Seu diálogo com o Pai, procurando que concordem as palavras de vossos lábios com os sentimentos do coração. E que desça sobre vós as bênçãos de Deus”.

Antes de encerrar o encontro, o Papa recordou que hoje celebramos a memória dos santos médicos Cosme e Damião. Bento XVI pediu aos jovens que ajudem a curar os sofrimentos dos irmãos com carinho, e confortou os doentes afirmando que a melhor terapia é a confiança em Deus, a quem falamos com a oração.
 Fonte: Rádio Vaticano

Comissão Episcopal para a Amazônia avalia Missão

Por Jaime Carlos Patias   
29 / Set / 2012 08:47
Os bispos e assessores da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB, reunidos nesta sexta-feira, 28, na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília - DF, refletiram sobre os desafios enfrentados pela Igreja nos regionais que compõem a Amazônia legal.

Padre Thierry Linard de Guertechin, presidente do Instituto Brasileiro de desenvolvimento, IBRADES, teceu alguma considerações sobre os resultados do último Censo do IBGE referente ao “mapa das religiões” publicado em junho deste ano.
Para o cardeal dom Claudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, “é preciso levar a sério os dados revelados pela pesquisa”. Enquanto os católicos somam 64,6% da população, os evangélicos no Brasil passaram de 15,4% em 2000 para 22,2% em 210. Entre as igrejas pentecostais a Assembleia de Deus é a que mais cresceu. A Igreja Universal do Reino de Deus foi a que mais encolheu. “Chama a atenção o crescimento no grupo de evangélicos ‘não determinados’ (7,5 milhões) o que mostra uma desagregação”, afirmou padre Thierry. Sobre a evasão dos fieis católicos, padre Thierry avalia que institucionalmente a Igreja investiu mais na ‘Casa Grande’ do que na ‘Senzala’, comparação utilizada para indicar que há mais paróquias nos grandes centros do que na periferia onde a população é maior. “Precisamos abrir as portar das nossas igrejas e expandir o trabalho”, disse.
Na opinião de Padre Camilo Pauletti, diretor das Pontifícias Obras Missionárias - POM, “é preciso investir na formação de lideranças e na criação de grupos de reflexão como círculos bíblicos, num modelo de Igreja descentralizado”. Nesse modelo, dom Moacyr Grechi, arcebispo emérito de Porto Velho – RO, lembrou que “a igreja Matriz deve ser ponto de referência para coordenar a ação pastoral e não para centralizar”. Diante dos desafios “não é para desesperar. Nós temos que mostrar o caminho”.
Os desafios para a Missão
Sobre as emergências e necessidades, padre Raimundo Vanthuy, representante do Regional Norte 1 (Amazônia e Roraima) destacou a falta de padres, a escassez de recursos, investimento na formação e a falta de assessoria jurídica e administrativa. “Há muito trabalho, mas aparecem também sinais de cansaço. É preciso fortalecer os leigos, mas também apostar mais na formação dos padres para a Amazônia” sublinhou.
Outra questão preocupante é a situação dos povos indígenas que enfrentam a cobiça de grandes mineradoras ligadas aos políticos locais. Padre Vanthuy citou uma denúncia feita pela revista Época dando conta de que, somente uma Empresa ligada ao senador Romero Jucá, ex-líder do governo no Senado, pede para atuar em nove áreas de mineração, todas elas em terras indígenas. O tráfico de adolescentes e jovens para exploração sexual entre os indígenas de São Gabriel da Cachoeira – AM, e a situação da saúde no Vale do Javari, onde 80% da população indígena está com hepatite C e D, são, segundo o padre, outros graves problemas. Além disso, sem escola e trabalho, os jovens ficam vulneráveis e se tornam presa fácil do tráfico de drogas. “No passado já enfrentamos os fazendeiros e os militares. A grande questão hoje é como enfrentar os narcotraficantes”, destacou padre Vanthuy.
Dom Erwin Kräutler, bispo da Prelazia do Xingu - PA, e presidente do Conselho Indigenista Missionário – CIMI, manifestou preocupação com relação aos grandes projetos do governo como a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte em Altamira - PA. “As lideranças estão sendo compradas e enganadas com ofertas para aceitar o projeto como a salvação da região. Alguns já começam a perceber que estão sendo enganados e não apoiam mais a ideia”, explicou dom Erwin. O bispo está preocupado também com o ressurgimento de uma “Igreja triunfalista com liturgias pomposas que já não representa aquela que nasceu do histórico Encontro de Santarém, em 1972. Quando dom José Luís Ascona, bispo de Marajó fala de tráfico de seres humanos e eu dos povos indígenas, não sentimos apoio”, desabafou.
Padre Luigi Ceppi apresentou a situação de Rondônia onde a construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, juntas empregam 33.700 trabalhadores. “Uma vez terminada as obras, como absorver esses trabalhadores?” indagou.
“Na evangelização atingimos apenas 15% da população. Como sanar essa lacuna?” Para o representante de Rondônia e Acre, “ao invés de ficarmos gritando de fora precisamos nos inserir nos locais de decisões para uma participação ativa”. Padre Ceppi sublinhou a necessidade de dar maior autonomia aos povos tradicionais para torná-los independentes dos organismos e do governo.
“Estávamos aguardando esta reunião com ansiedade”, disse o cardeal dom Claudio Hummes ao concluir os trabalhos. “Através dos relatórios apresentados a Comissão pode ouvir cada Região que compõe a Amazônia legal. Isso nos deu uma ampla visão dos desafios, sofrimentos e esperanças. A paixão missionária que sempre move a Igreja está viva”, sublinhou dom Cláudio.
Segundo o cardeal, a evangelização deve ser sempre retomada. “Temos de ir até às pessoas e sermos capazes de fazermos uma missão que se aproxima das pessoas. Isso dá a certeza de que a Igreja as ama na proximidade com o povo, com os indígenas. O segundo aspecto é o fenômeno da urbanização. Amazônia não é mais só florestas, mas tem grandes periferias. Como a Igreja vai acompanhar essa mudança? Surge também, uma forte necessidade de investir na formação dos leigos para que eles participem da Missão da Igreja e da transformação da sociedade”, concluiu.
Participaram da reunião ainda, dom Jaime Viera Rocha, arcebispo de Natal - RN, dom Vital Chitolina, bispo de Diamantino - MT, dom Sérgio Castriani, bispo da Prelazia de Tefé – AM, dom Philip Dickmans, bispo de Miracema – TO, padre Raimundo Possidônio, representante do Norte 2, (Amapá e Pará), padre José Ângelo Figueira, representante do Nordeste 5 (Maranhão), padre Sávio Corinaldesi, secretário da Pontifícia Obra de São Pedro Apóstolo e Irmã Maria Irene Lopes, secretária da Comissão Episcopal para a Amazônia.  Fonte: POM

Missão além-fronteiras: “O Brasil pode mais”

Por Fúlvio Costa   
29 / Set / 2012 08:43
O foco da coletiva de imprensa que lançou o material da Campanha Missionária 2012, na tarde desta quinta-feira, 28, não poderia ter partido para outra direção: A presença de missionários brasileiros no mundo. Isso porque o tema da campanha deste ano chama para essa discussão: “Brasil missionário partilha a tua fé”.
Em suas colocações o presidente da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, dom Sérgio Arthur Braschi, relatou os pontos positivos da presença missionária brasileira no Haiti. “Destaco a presença de muitas congregações religiosas e também das novas comunidades naquele país. Todas têm iniciativas que corroboram com a vida do povo haitiano. Visitei a Missão Belém, uma iniciativa da arquidiocese de São Paulo e a casa das religiosas enviadas pela CNBB, que estão desenvolvendo trabalhos em favor da vida”, disse, contente o bispo, que esteve no Haiti há duas semanas. A casa no Haiti conta com sete religiosas.

Dom Sérgio salientou a presença das missionárias e missionários brasileiros nos cinco continentes, mas ressaltou que o Brasil, por suas dimensões e número de católicos, pode mais. “Temos muitos missionários fora do Brasil, mas comparando com a nossa população e outros países católicos do mundo, podemos ainda crescer nessa consciência”, exortou.

Concorda com o prelado, o diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM), padre Camilo Pauletti, que conhece bem a dimensão missionária ad gentes. Ele esteve por seis anos em Moçambique, África, atuando como missionário, antes de ser nomeado diretor das POM há dois anos. “O Brasil tem missionários espalhados em todo o mundo, mas temos potencial de crescer e enviar muito mais. Para isso, temos que trabalhar e conscientizar nossos cristãos”.
De acordo com os últimos dados do Conselho Missionário Nacional (Comina), o Brasil tem hoje pouco menos de dois mil missionários nos cinco continentes. A maioria, em torno de 1.483 são mulheres, religiosas. Os padres diocesanos são 291. O país que mais conta com missionários brasileiros é Moçambique. São cerca de 200. Em sua última visita ao país, realizada no mês de julho, padre Camilo se encontrou com 80 deles.

Fundo universal para as Missões

As coletas do Dia Mundial das Missões, enviadas pelas comunidades às Pontifícias Obras Missionárias, são destinadas ao Fundo Universal para as Missões. São geridas e coordenadas em Roma. Padre Camilo explicou o objetivo dessa oferta e para onde ela é enviada. “Essa oferta é para a dinamização do trabalho: formação, visitas, preparação de material e obras em favor das Missões em todo o mundo. Cerca de 70% do valor vai para a África. O restante para Ásia e América Latina”. O Brasil, por ser um país emergente, não é mais contemplado com o fundo, mas recebe retorno de outra forma. “Vivemos um pouco a solidariedade do trabalho missionário dentro do Brasil. E as POM e a CNBB assessoram formações e encontros em todo o país”, disse o diretor.
Confira também:

Aberto Seminário Nacional sobre Juventude e Missão

Por Jaime Carlos Patias   
29 / Set / 2012 13:01
“A alegria de ser jovem, discípulo missionário de Cristo", é tema de Seminário Nacional sobre Juventude e Missão que acontece neste fim de semana, dias 28 a 30, no Centro Educacional Maria Auxiliadora (CEMA) em Brasília – DF.

O evento que é promovido pelas Comissões Episcopais para Juventude e para Dimensão Missionária da CNBB, em parceria com as Pontifícias Obras Missionárias (POM), iniciou suas atividades na noite desta sexta-feira, 28, conta com a participação de mais de 200 jovens de todas as regiões do Brasil representantes dos diversos segmentos da juventude.

Segundo dom Eduardo Pinheiro da Silva, responsável pelo Setor Juventude da CNBB, a expectativa da Igreja é de que cresça no jovem a consciência da beleza da vocação de discípulo missionário. “Temos a alegria de acolher a JMJ 2013 com o tema da Missão e, no mesmo ano, a Campanha da Fraternidade sobre a Juventude. Este Seminário abre os debates para aprofundar um tema que é muito caro para cada um de nós”. Para inflamar os corações dos jovens “precisamos apenas abrir os nossos espaços e os nossos corações de adultos. Os jovens de hoje estão muito dispostos a fazer coisas até com certa radicalidade na entrega, no serviço, no sacrifício”.

A Juventude Missionária (JM) participa com 25 jovens. Adriana da Silva veio da Área Missionária Ponta Negra, em Manaus – AM, onde coordena o grupo. “Quero aprender mais sobre a juventude no Brasil. Vim buscar essa experiência para levar mais ânimo e animar a Juventude Missionária de Manaus e prepará-los para a JMJ em 2013”. Adriana explicou que o grupo da JM atua no próprio bairro onde desenvolve trabalho missionário junto às famílias.

Para Lucas Guerra Carvalho de Almeida, membro da JM de Fortaleza – CE, “esta é uma oportunidade para conhecer outras visões de missão e animar as lideranças que trabalham a missão no Brasil a estudar o tema. Além de fazer missão é preciso estudar como realizá-la. É natural na juventude a vontade de conhecer novos horizontes. Por isso é preciso mostrar aos jovens o caminho da Missão”, explicou.

A cerimônia de abertura contou com a presença do cardeal dom Claudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário geral da CNBB, dom Eduardo Pinheiro da Silva, responsável pelo Setor Juventude da CNBB, Irmã Dirce Gomes, assessora da Comissão para a ação Missionária da CNBB, padre Camilo Pauletti, diretor das Pontifícias Obras Missionárias (POM) e Ulaine Queiroz, representante da Juventude Missionária.

A principal conferência da noite foi proferida pelo Irmão Israel José Nery fsc, provincial Auxiliar dos Irmãos Lassalistas no Chile e representa a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) na preparação do 4º Congresso Missionário Americano e 9º Congresso Missionário Latino-americano (CAM 4 - Comla 9). Irmão Nery abordou o tema, o lema e os objetivos do Seminário: impulsionar os jovens, a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo, na missão permanente da Igreja, sendo profetas e agentes de transformação na sociedade, inspirados nos valores evangélicos a serviço da vida plena para todos.

“Estabelecer relações humanas de qualidade é o primeiro caminho da Missão”, afirmou Irmão Nery para em seguida explicar que “Jesus chama para a Missão e espera a nossa resposta. Todo o sim deve ser livre, consciente, esclarecido, coerente e generoso”. O religioso de 75 anos de idade e autor de 64 livros desafiou os jovens a sair ao encontro do outro. “O sim deve levar a um êxodo, sair de nós e ir ao encontro do outro. Jesus chamou os 12 para estar com ele, mas não precisou deles. Foram os outros que precisaram por isso os enviou em Missão”.

Confira a íntegra da conferência de Irmão Nery

O Seminário é o 3º numa série em preparação para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em julho de 2013. A programação, neste sábado, 29, conta com debates, grupos de partilha e reflexão, palestra sobre os vários campos da missão na Igreja e testemunhos missionários. A recitação do Terço Missionário e uma vigília pré – JMJ na Catedral Metropolitana de Brasília encerram as atividades do dia.                                                      Fonte: POM

Os desafios de evangelizar a juventude no Brasil

Por Fúlvio Costa   
29 / Set / 2012 15:32
“A realidade da juventude do Brasil”. Com este tema foram abertas as atividades do Seminário Nacional Juventude e Missão, na manhã deste sábado, 29, no Colégio Maria Auxiliadora, em Brasília. A Mesa de Debate foi composta por Paulo Mansan, do Conselho Nacional de Juventude e da Pastoral da Juventude Rural (PJR) e padre Robério Camilo, coordenador da Pastoral da Sobriedade da arquidiocese de Natal (RN). Moderou o debate Maciel Cover, da equipe de coordenação do Seminário Nacional.
O ponto de partida foi constatar o crescimento da juventude no Brasil e evidenciar que essa mesma população envelhece rapidamente. Nossos jovens, relatou, padre Robério, “são ameaçados em nosso país pelo consumismo, pelo extermínio e por outros problemas sociais que se agravam também em todo o mundo. “O consumismo chega e apresentar sonhos que são passageiros. Os jovens também são envolvidos pela cultura do medo, da morte, do extermínio. Eles também estão sem emprego e com suas famílias desajustadas”, pontuou o sacerdote.
A pergunta central da mesa foi “Como Igreja, como podemos evangelizar essa juventude?”. Padre Robério mencionou o Documento de Aparecida (DAp) como proposta de Igreja discípula-missionária. “O DAp deixa claro que precisamos conhecer Jesus Cristo que é o nosso grande tesouro; que devemos nos empolgar por ele para podermos anunciar com coragem, entusiasmo, fé”. Segundo o sacerdote, não há fórmula pronta para evangelizar, mas o ponto chave para que o trabalho missionário dê certo é apresentar Jesus Cristo aos jovens, como “o caminho, a verdade e a vida”.
Paulo Mansan, componente da mesa, disse que o desafio da Igreja está no âmbito social. “Dos 53 milhões de jovens brasileiros, 20 estão em situação de pobreza, sendo que ganham 124 reais por mês. Diante desse cenário, nós, enquanto Igreja, somos chamados olhar para esses jovens, evangelizá-los com uma proposta que contempla a sua realidade”, disse.
Ainda de acordo com padre Robério, os jovens presentes no Seminário Nacional Juventude e Missão, são os protagonistas da proposta de levar e testemunhar o Evangelho. “Os jovens presentes aqui são formadores de opinião. Eles trabalham nas bases, nos estados e estão em permanente contato com os jovens em diversas realidades. Neste seminário estamos bombeando o sangue do Evangelho, para que estes mesmos jovens possam animar os que estão desanimados e dá entusiasmo aos que estão sem entusiasmo. Com certeza ao saírem daqui estarão mais empolgados e eu quero que seja para evangelizar não só para a Jornada Mundial da Juventude de 2013. Temos a tendência de incentivar uma Igreja de eventos. Quando o evento passa o que se faz? O grande evento é Jesus Cristo que tem que estar presente constantemente em nossos eventos.
O Seminário Nacional Juventude e Missão é um dos eventos que preparam para a Jornada Mundial da Juventude 2013 (JMJ Rio 2013).

E tudo isso é o evangelho que nos propõe a ação evangelizadora. Nós temos jovens que nos procuram, que não procuram, que estão dentro dos nossos espaços e aqueles que devemos ir onde eles estão.
Não existe fórmula porque as realidades são diversas. O que existe é uma proposta de apresentar Jesus Cristo. Pode ser na Amazônia, no sul ou no norte, evangelizar como diz o objetivo da CNBB é apresentar Jesus Cristo como caminho, verdade e vida e como proposta de mudança para toda faixa-etária. A Igreja tem que se voltar para isso. E o Documento de Aparecida está atenta a isso. Que precisa-se trazer todos de volta a escola e transformar a Igreja na escola do discipulado. Tem que trazer até porque quem participa da catequese inicial se não se envolve numa pastoral ou movimento nunca mais recebe outra coisa. Permanece naquilo.
A pessoa evoluiu fisicamente, economicamente, humanamente, mas a fé continua de criança. Os ventos fortes da sociedade contrária à proposta do Evangelho, quando chega, derruba aquela pessoa. Temos que ter as razões da fé.
Os jovens aqui no Seminário Nacional são os protagonistas dessa ação porque são coordenadores em seus estados. Eles são formadores de opinião. Esse seminário é importante porque aqui a gente acende o estopim no coração de cada um. Estamos bombeando o sangue do evangelho, animando os que estão desanimados, dando entusiasmo aos que estão sem entusiasmo. Com certeza ao saírem daqui estarão mais empolgados e eu quero que seja para evangelizar não só para a Jornada Mundial da Juventude. Temos a tendência de incentivar uma Igreja de eventos. Quando o evento passa o que se vai fazer? O grande evento é Jesus Cristo que tem que estar presente constantemente em nossos eventos. Fonte : POM

Jovens estudam os campos de Missão na Igreja

Por Jaime Carlos Patias   
29 / Set / 2012 17:41
Os mais de 200 jovens reunidos no Centro Educacional Maria Auxiliadora (CEMA) em Brasília – DF, para o Seminário Nacional sobre Juventude e Missão, foram desafiados a assumir atitudes que levam à missão além-fronteiras. A proposta foi feita, na tarde deste sábado, 29, pelo padre Estêvão Raschietti, SX, diretor do Centro Cultural Missionário (CCM) ao apresentar os campos da Missão na Igreja.
O missiólogo explicou que a Igreja se encontra hoje numa situação de dispersão diante de um mundo globalizado, secularizado e pluricultural. Nesse contexto, a Igreja é enviada “em todas as partes e em todas as situações, portanto a todos os povos e não apenas a alguns”. Em seguida, colocou em evidência três situações na ação evangelizadora da Igreja: o cuidado pastoral, junto aos cristãos; a nova evangelização, junto aos cristãos culturais e a missão Ad Gentes, junto aos não cristãos. Para cada um dessas situações, padre Estevão indicou uma imagem bíblica que pode servir de inspiração: o pastor, o semeador e o pescador, respectivamente.
O assessor recordou ainda que, o Concílio Vaticano II deu vida a um novo consenso em torno da missão Ad Gentes, que aponta para uma noção global de missão. Ao falar de missão, segundo padre Estêvão, “devemos ter presente: o fundamento, os campos, os atores, os objetivos, os caminhos, os meios e as tarefas”.
O Documento de Aparecida (2007) aponta para algumas tarefas essenciais que expressam o engajamento com a missão contextual (ad intra) junto ao compromisso com a dimensão universal (ad extra). Temos a dimensão da Missão em cinco perspectivas: “a missão aos corações, na comunidade local, missão continental, missão as gentes e missão Universal”.
“Acreditar na Missão é acreditar que temos algo importante para dizer ao coração do outro. Na JMJ Rio 2013, vocês acolherão jovens de todo o mundo. Não se esqueçam, porém, que Missão é sair e essa tarefa é para a juventude”, argumentou. Padre Estêvão pediu cuidado com o uso da categoria “afastados” para indicar os que já não frequentam nossos espaços. “Não sei se foram eles que se afastaram da Igreja ou a Igreja que se afastou deles”, alertou.
Em sentido progressivo, “a Missão universal deve começar com pequenas atitudes para abrir a comunidade ao mundo inteiro. Começa com a pessoa, passa pela comunidade, o bairro e vai além de todas as fronteiras”, arrematou.
O assessor concluiu convidando os jovens a refletirem sobre quais campos deveríamos escolher e quais tarefas assumir para impulsionar uma efetiva renovação missionária de nossas comunidades. Na sequência os participantes se reuniram em grupos de partilha e reflexão. A recitação do Terço Missionário e uma vigília na Catedral Metropolitana de Brasília encerram as atividades do dia.

A Missão na prática: conheça o testemunho de seis missionários brasileiros

Por Fúlvio Costa   
29 / Set / 2012 18:46
Quatro testemunhos levaram os jovens a aplaudir de pé seis missionários que contaram suas experiências realizadas no Brasil e no exterior. Eles partiram de Mary Ferreira e Fábio Aparecido, da Nova Comunidade Aliança de Misericórdia; de Cristiane Barbosa, que fez a experiência da Missão Fidesco, ONG criada em 1981 pela Comunidade Emanuel que hoje conta com 80 voluntários de 30 países; do casal Tadeu e Luci, do Movimento Regnum Christi; e do jovem Rafael que fez uma experiência no México com o povo Maia.
Confira abaixo os testemunhos:
Tadeu e Luci
Nós tivemos uma experiência de três meses no México. Participamos do projeto “Evangelizadores de Tempo Completo”, desenvolvido em várias regiões do mundo.  Nosso objetivo era trazer esse projeto para o Brasil, para a diocese de Itaguaí (RJ). Nesse período vivemos naquele país para conhecer o projeto e fazer missões permanentes. Nos surpreendeu muito a religiosidade do povo mexicano. Às 5h da manhã todos levantavam para ter um dia intenso de missões com as famílias. Participamos de uma reforma de um templo lá. Tivemos a experiência de conhecer famílias que retornaram para a Igreja depois de muito tempo distante. Esse projeto se desenvolve na cidade por dois ou três anos e tem o objetivo de capacitar as lideranças para que elas possam levar trabalho missionário às pastorais. Foi uma experiência que conseguimos trazer para o Brasil, mas ainda é um projeto caro, pois as famílias são tiradas de seus trabalhos, e deve haver um salário para sustentar suas famílias. Não conseguimos levar o projeto adiante, mas ele se realiza em todo o mundo.
A partir dessa experiência, deixamos a mensagem para aqueles que ainda não conseguiram sair, deixar o seu espaço, o seu conforto, que seja para onde for, não tenha medo. Vá porque vale a pena.
Rafael, 22 anos
Em julho fiz missões entre o povo Maia, no México, a 300 km de Cancun. Fiquei um mês. Foi uma experiência diferente porque era um lugar que não tem locais apropriados para cuidar da higiene pessoal e que a figura de muitos deuses está bastante presente. Esse era o foco de trabalho. Conforme passou o tempo nós sentimos que eles têm uma necessidade grande de Deus. Percebi que as suas vidas começaram a mudar com a nossa presença. Entendemos depois que o problema deles era a falta de Deus. É um povoado com as famílias completamente desestruturadas, com muitos casos de incesto. Foi motivo de alegria tanto para os missionários como para o povoado o tempo que passamos ali. Esse trabalho mudou minha vida. Hoje eu presto mais atenção nas pessoas que estão ao meu lado. Sou mais humano por causa das missões.
Cristiane Barbosa - Fidesco
Tive uma experiência com Cristo em Salvador (BA) na paróquia Nossa Senhora dos Alagados. Eu sempre vivi lá e encontrei Cristo presente em minha vida desde muito jovem, mas também fui muito marcada pela pobreza. Nessa paróquia nós recebemos muitos missionários da Fidesco. Eles vão para lá para fazer projetos conosco, estar presente, participar das pastorais, e eu pude partilhar com eles várias experiências. Eu me perguntava: como a pobreza é tão interessante para essas pessoas? Por que elas vêm aqui para deixar um, dois anos de sua vida para partilhar com os mais pobres? Que interesse eles têm de partilhar com os mais pobres? Foi aí que eu despertei para ser missionária. Mas eu não tinha meios, nem estudo, nem formação para ser missionária. Mas eu comecei na minha comunidade com um projeto social de alimentação e espaço de estudo para crianças. Depois, de 2009 a 2011 fui para o Peru trabalhar com pessoas portadoras do vírus HIV. Lá encontrei uma realidade muito dura e de preconceito que marcou muito a minha vida. Hoje me sinto mais humana em me relacionar com o próximo e posso dizer que vale a pena. Se vocês têm esse desejo no coração, não tenha medo, não se questione muito, vá.
Mary Ferreira e Fábio Aparecido, da Nova Comunidade Aliança de Misericórdia
Mary
Nós fizemos a experiência de morar um ano nas ruas da cidade do Rio de Janeiro. Queríamos experimentar como viviam os irmãos moradores de rua. Para nós foi uma experiência única. O Rio eu só conhecia pela televisão. Morar naquelas ruas, no calor, foi um desafio. O Fábio já morava lá e nos conduziu. Quando lá chegamos não sabíamos onde encontrar papelão para ser nosso colchão e ele nos direcionava em tudo. Muitos achavam que eu não ia dar conta. Mas o interessante é que eles (os moradores de rua) cuidavam de nós. Lembro que quando chegamos um dia a noite eles nos perguntaram se tínhamos o que comer e logo eles nos prepararam a quentinha para nos alimentar. Era difícil se alimentar, cuidar da higiene. Para a mulher é mais difícil. Os homens ainda conseguiam tomar banho na rua. Eu passava de quatro dias sem tomar banho. Vivemos tudo aquilo que eles viviam e eu pude perceber que eles são muito humanos.
Fábio
Fizemos essa experiência com o propósito de viver a Palavra de Deus com eles. Não procurávamos a nossa comunidade de origem. Não procurávamos paróquias para anos apoiar em nosso serviço, na missão. A gente queria anunciar o Evangelho puro sem dizer eu sou missionário. Por isso foi uma experiência profunda para nós, porque falar com os irmãos, acolhê-los era muito profundo. Lembramos que havia crianças que dormiam perto de nós e queriam ficar a noite inteira do nosso lado. Na verdade eles nos acolheram e depois começaram a nos seguir. A gente rezava, partilhava a Palavra de Deus juntos e aqueles que sentiam a necessidade de sair daquela vida, a gente procurava junto com eles comunidades que podiam acolhê-los. Foi um rico processo de conversão. Fonte : POM

Santo do Dia -São Jerônimo



São Jerônimo Neste último dia do mês da Bíblia, celebramos a memória do grande "tradutor e exegeta das Sagradas Escrituras": São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Ele nasceu na Dalmácia em 340, e ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. É de São Jerônimo a célebre frase: "Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo".

Com posse da herança dos pais, foi realizar sua vocação de ardoroso estudioso em Roma. Estando na "Cidade Eterna", Jerônimo aproveitou para visitar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e se esforçava para decifrar os escritos nos túmulos dos mártires. Nessa cidade, ele teve um sonho que foi determinante para sua conversão: neste sonho, ele se apresentava como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois ainda não havia abraçado as Sagradas Escrituras, mas somente escritos pagãos). No fim da permanência em Roma, ele foi batizado.


Após isso, iniciou os estudos teológicos e decidiu lançar-se numa peregrinação à Terra Santa, mas uma prolongada doença obrigou-o a permanecer em Antioquia. Enfastiado do mundo e desejoso de quietude e penitência, retirou-se para o deserto de Cálcida, com o propósito de seguir na vida eremítica. Ordenado sacerdote em 379, retirou-se para estudar, a fim de responder com a ajuda da literatura às necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, Jerônimo pôde, a pedido do Papa Dâmaso, traduzir com precisão a Bíblia para o latim (língua oficial da Igreja na época). Esta tradução recebeu o nome de
Vulgata. Assim, com alegria, dedicação sem igual e prazer se empenhou para enriquecer a Igreja universal.

Saiu de Roma e foi viver definitivamente em Belém no ano de 386, onde permaneceu como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas, até falecer em 420, aos 30 de setembro com, praticamente, 80 anos de idade. A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o "Dia da Bíblia" no mês do seu aniversário de morte, ou ainda, dia da posse da grande promessa bíblica: a Vida Eterna.


São Jerônimo, rogai por nós!


Primeira leitura (Números 11,25-29)


26º Domingo Comum


Leitura do Livro dos Números:

Naqueles dias,
25o Senhor desceu na nuvem e falou a Moisés. Retirou um pouco do espírito que Moisés possuía e deu aos setenta anciãos. Assim que repousou sobre eles o espírito, puseram-se a profetizar, mas não continuaram.
26
Dois homens, porém, tinham ficado no acampamento. Um chamava-se Eldad e o outro Medad. O espírito pousou igualmente sobre os dois, que estavam na lista mas não tinham ido à Tenda, e eles profetizavam no acampamento.
27
Um jovem correu a avisar Moisés que Eldad e Medad estavam profetizando no acampamento.
28
Josué, filho de Num, ajudante de Moisés desde a juventude, disse: “Moisés, meu Senhor, manda que eles se calem!”
29
Moisés respondeu: “Tens ciúmes de mim? Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito!”


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Segunda leitura (Tiago 5,1-6)



Leitura da Carta de São Tiago:

1
E agora, ricos, chorai e gemei, por causa das desgraças que estão para cair sobre vós.
2
Vossa riqueza está apodrecendo, e vossas roupas estão carcomidas pelas traças. 3Vosso ouro e vossa prata estão enferrujados, e a ferrugem deles vai servir de testemunho contra vós e devorar vossas carnes, como fogo! Amontoastes tesouros nos últimos dias.
4
Vede: o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, que vós deixastes de pagar, está gritando, e o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo-poderoso. 5Vós vivestes luxuosamente na terra, entregues à boa vida, cevando os vossos corações para o dia da matança. 6Condenastes o justo e o assassinastes; ele não resiste a vós.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Salmo de Hoje (Salmos 18)



26º Domingo Comum

— A lei do Senhor Deus é perfeita,/ alegria ao coração. R- A lei do Senhor Deus é perfeita,/ alegria ao coração.

  1-A lei do Senhor Deus é perfeita,/ conforto para a alma!/ O testemunho do Senhor é fiel,/ sabedoria dos humildes.
R
  2-É puro o temor do Senhor,/ imutável para sempre./ Os julgamentos do Senhor são corretos/ e justos igualmente. R
3- E vosso servo, instruído por eles,/ se empenha em guardá-los./ Mas quem pode perceber suas faltas?/ Perdoai as que não vejo! R
  4-E preservai o vosso servo do orgulho:/ não domine sobre mim!/ E assim, puro, eu serei preservado/ dos delitos mais perversos.R

Compreendendo e Refletindo

Estamos ainda em Cafarnaum, a cidade de pescadores situada junto ao Lago de Tiberíades. Jesus está “em casa” rodeado pelos discípulos. A ida para Jerusalém está próxima e os discípulos estão conscientes de que se aproximam tempos decisivos para esse projeto em que estão envolvidos.
O tema principal aparece na primeira parte do Evangelho. Refere-se à necessidade da comunidade cristã ser uma comunidade aberta, acolhedora, tolerante, capaz de aceitar como sinais de Deus os gestos de amor que acontecem no mundo.
O Evangelho deste domingo apresenta-nos um grupo de discípulos ainda muito atrasados na aprendizagem do “caminho do Reino”. Eles ainda raciocinam em termos de lógica do mundo e têm dificuldades em libertar-se dos seus interesses egoístas, dos seus esquemas pessoais, seus preconceitos e sonhos de grandeza e poder… Eles não querem entender que, para seguir Jesus, é preciso cortar com certos sentimentos e atitudes incompatíveis com a radicalidade exigida pelo Reino. As dificuldades que estes discípulos apresentam, no sentido de responder a Jesus, não nos são estranhas: também fazem parte da nossa vida e do caminho que, dia a dia, percorremos.
Assim, a instrução que, neste texto, Jesus se dirige aos Seus discípulos serve também a nós. As propostas de Jesus destinam-se aos discípulos de todas as épocas; pretendem ajudar-nos a purificar a nossa opção e a integrar, de forma plena, a comunidade do Reino.
Antes de tudo, Jesus mostra a eles que a comunidade do Reino não pode ser uma seita arrogante, fechada, intolerante, fanática, que se arroga na posse exclusiva de Deus e das Suas propostas. Tem de ser uma comunidade que sabe qual é o seu papel e a sua missão, mas que reconhece não ter a exclusividade do bem e da verdade e que é capaz de se alegrar com os gestos de bondade e de esperança, os quais acontecem à sua volta, mesmo quando esses gestos resultam da ação de não-crentes ou de pessoas que não pertencem à instituição da Igreja.
O verdadeiro discípulo não tem inveja do bem que os outros fazem, não sente ciúmes se Deus atua por meio de outras pessoas, não pretende ter o monopólio da verdade nem ter “exclusividade” em relação a Jesus. O verdadeiro discípulo se esforça, a cada dia, por testemunhar os valores do Reino e se alegra com os sinais da presença de Deus em tantos irmãos com outros percursos religiosos, que lutam por construir um mundo mais justo e mais fraterno.
Os discípulos de que o Evangelho de hoje nos fala estão preocupados com a ação de alguém que não é do grupo, pois temem ver postos em causa os seus sonhos pessoais de poder e de grandeza. Por detrás dessa preocupação dos discípulos não está o bem do homem (aquilo que, em última análise, deveria “mover” os membros da comunidade do Reino), mas a salvaguarda de certos interesses egoístas. Nas nossas comunidades cristãs ou religiosas, há pessoas capazes de gestos incríveis de doação, de entrega, de serviço aos irmãos; mas há também pessoas cuja principal preocupação é proteger o espaço que conquistaram e continuar a manter um estatuto de poder e prestígio. Quando afastamos, com o pretexto de defender a pureza da fé, os interesses da moralidade ou tranquilidade da comunidade, aqueles que desafiam a comunidade a purificar-se e a procurar novos caminhos para responder aos desafios de Deus, estaremos a proteger os interesses de Deus ou os nossos projetos, os nossos esquemas interesseiros, as nossas apostas pessoais?
Jesus exige dos discípulos o corte radical com os valores, os sentimentos, as atitudes que são incompatíveis com a opção pelo Reino. O discípulo de Jesus nunca está acomodado, instalado, conformado, mas está sempre atento e vigilante, procurando detectar e eliminar de sua existência tudo aquilo que lhe impede o acesso à vida plena. Naturalmente, a renúncia ao egoísmo, ao comodismo, ao orgulho, aos esquemas pessoais, à vontade de poder e de domínio, ao apelo do êxito, ao “aplauso das multidões”, é um processo difícil e doloroso; mas é também um processo que gera vida nova.
O que é que eu necessito, prioritariamente, de “cortar” da minha vida, para me identificar mais com Jesus, para merecer integrar a comunidade do Reino, para ser mais livre e mais feliz?
O apelo de Jesus à sua comunidade, no sentido de não “escandalizar” os pequenos, faz-nos pensar na forma como lidamos, enquanto pessoas e enquanto comunidades, com os pobres, os que falharam, os que têm atitudes moralmente reprováveis, aqueles que têm uma fé pouco consistente, aqueles que a vida marcou negativamente, aqueles que a sociedade marginaliza e rejeita. Eles encontram em nós a proposta libertadora que Cristo lhes faz, ou encontram em nós rejeição, injustiça, marginalização, mau exemplo? Quem vê o nosso testemunho tem razões para aderir a Cristo ou para se afastar de Cristo?
Senhor Jesus, faz-me alegrar com o Reino que dá seus frutos, na história humana, das formas mais imprevistas, para além do controle humano.Louvor e Glória ao Senhor!
Padre Bantu Mendonça- Canção Nova

Evangelho (Marcos 9,38-43.45.47-48)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo,
38João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”.
39
Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40Quem não é contra nós é a nosso favor.
41
Em verdade eu vos digo: quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa.
42
E, se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço.
43
Se tua mão te leva a pecar, corta-a! É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga.
45
Se teu pé te leva a pecar, corta-o! É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno.
47
Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48‘onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’”.


- Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ANTES DE LER A BÍBLIA REZE:




Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco, aqui reunidos para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.

Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, 
para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.

Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.

Sois a vida: transformai nosso coração em terra boa, 
onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes 
de santidade e de vida.

Amém.

CNBB vai enviar mensagem ao povo sobre eleições de 2012


    Tem início na manhã desta terça-feira, 25 de setembro, a reunião ordinária do Conselho Episcopal Pastoral, o Consep, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O grupo que forma o Conselho tem a presença dos presidentes das Comissões Episcopais Pastorais da Conferência juntamente com a presidência da entidade. Uma mensagem sobre eleições municipais será publicada no final do encontro que tem pauta extensa, com destaque para o acompanhamento da implementação das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil (DGAE) e o aprofundamento da leitura dos dados oferecidos pelo último Censo do IBGE no que se chamou de “mapa das religiões”.

Na segunda sessão de trabalho da manhã, os bispos tiveram oportunidade de acompanhar a apresentação da análise da conjuntura política e social do momento atual vivido pelo Brasil. O processo da campanha eleitoral, inclusive, tem sido acompanhado pela CNBB por meio da campanha “Voto Consciente” realizada em todas as dioceses do Brasil com especial ênfase na valorização da escolha dos candidatos que respeitem a inspiração e as exigências da lei da Ficha Limpa. Também foi anunciado, no inicio da reunião, que a Conferência vai emitir uma nova mensagem a respeito das eleições municipais.
O arcebispo de Palmas (TO), dom Pedro Brito, fez breve relato sobre a sua visita ao Timor Leste onde esteve reunido com bispos de todas as Conferências Episcopais de países de língua portuguesa e trouxe pedidos importantes à Igreja no Brasil. Reforçou o apelo para que sejam enviados livros para os seminários e a possibilidade de continuidade de colaboração com a presença, mesmo que por breves períodos, de professores brasileiros de Teologia para apoiar a formação dos novos padres. Dom Pedro lembrou ainda que o Timor Leste é um país de grande expressão da catolicidade e isso se viu nos mais simples eventos que ele participou na companhia dos outros bispos.
O tema da Missão Continental teve amplo tempo de reflexão com um breve relato do último encontro no Chile sobre os novos desafios da continuidade da implementação das diretrizes das Conferências do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) nos últimos anos. A Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, a Justiça e a Paz pediu a autorização do Consep para transferir a 5ª Semana Social Brasileira para o os dias 2 a 5 de setembro de 2013. Os bispos aprovaram a mudança. Houve, ainda, um breve relato da Comissão que acompanha a Reforma do Código Penal.
Com a ausência de dom Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, a reunião do Consep conta com a participação dos seguintes bispos: Cardeal Raymundo Damasceno, arcebispo de Aparecida (SP), presidente da CNBB; Dom José Belisário, arcebispo de São Luis (MA), vice-presidente da CNBB; Dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília (DF), secretário geral da CNBB; Dom Pedro Brito, arcebispo de Palmas (TO), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada; Dom Severino Clasen, bispo de Caçador (SC), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato; Dom Sérgio Braschi, bispo de Ponta Grossa (PR), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial; Dom Jacinto Bergmann, bispo de Pelotas (RS), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética; Dom Francisco Biasin, bispo de Barra do Piraí/Volta Redonda (RJ), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso; Dom Guilherme Werlang, bispo de Ipameri (GO), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz; Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação e Cultura; Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família; Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande (MS), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação Social; Dom Eduardo Pinheiro, bispo auxiliar de Campo Grande (MS), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude. Cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo (SP), presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia.
POR: CNBB

Réplica do Cristo Redentor chega a Fortaleza



Fortaleza é a sétima capital do mundo a receber a Exposição Cristo Redentor. A réplica do Cristo deve chegar à cidade nesta quinta-feira, 27, ocasião em que haverá celebração e pregação da Palavra, presidida pelo reitor do Santuário do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, Padre Omar Raposo.
A exposição tem como objetivo divulgar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada de 23 a 28 de julho de 2013, com a presença do Papa Bento XVI, no Rio de Janeiro. O evento espera reunir aproximadamente dois milhões de jovens.
A turnê da réplica e a exposição começaram visitando a Cidade do Vaticano, em 1º de abril de 2012, e, desde então, vêm sendo levadas a diversas outras capitais do Brasil e do mundo. A réplica já foi doada a dioceses nas cidades de Roma, Paris, Brasília, Belo Horizonte, Aracaju e Curitiba. Ela é também uma homenagem aos 80 anos do Cristo Redentor, celebrados no ano passado.
Para o padre Omar Raposo, “o monumento leva consigo a importância de Cristo, o Redentor, que se mostra de braços abertos para os jovens de Fortaleza e do Brasil. O Cristo é o símbolo maior do Rio de Janeiro e vai ao encontro das demais culturas e países, mostrando que o Rio é uma cidade aberta e acolhedora”, afirmou.
O padre acrescenta que a JMJ irá relembrar valores muitas vezes esquecidos pela sociedade, debatendo temas como ecologia, comportamento e cultura.
O pároco do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, que vai receber a réplica, padre Ivan de Sousa, explica que a réplica do Cristo Redentor ficará no santuário para que os fiéis possam visitá-la.
“A Jornada Mundial da Juventude é um encontro que articula não só a Igreja de Fortaleza, mas todas as arquidioceses do país de uma maneira única. É um momento em que a juventude se reúne em um encontro marcado pela fé, amor e esperança” - ressalta.
Para o padre, bons frutos virão para o Brasil por meio dos jovens que irão participar do evento. Ele defende que, quando estamos perto de Cristo, somos inspirados a fazer boas ações. “É por isso que a réplica estará na Igreja de Fátima, para nos lembrar que o bem deve ser feito, pois boas ações trazem transformação”, avalia.

Fonte: cancaonova