domingo, 30 de setembro de 2012

Dez características para uma Leitura popular da Bíblia:




1. A Bíblia é reconhecida e acolhida pelo povo como Palavra de Deus. É nesta raiz ou tronco 
bem firme da fé, que enxertamos nossa vida e nossos trabalhos. 
2. Ao ler a Bíblia, trazemos à tona a vida do povo e a confrontamos com a nossa própria vida. 
Ela aparece como espelho, numa ligação profunda entre fé e vida. 
3. A partir desta nova ligação entre Bíblia e vida, os pobres fazem a descoberta, a maior de 
todas: "Se Deus esteve com aquele povo no passado, então Ele está também conosco nesta 
luta que fazemos para nos libertar. Ele escuta também o nosso clamor!" (cf. Ex 2,24; 3,7).  
4. Antigamente, a Bíblia ficava longe. Era vista como livro dos "padres". Hoje ela está mais 
perto de nós, ajudando-nos a descobrir uma experiência nova e de gratuita de Deus em nossa 
vida e em nossa história. 
5. Surgiram novas maneiras de se olhar e interpretar a Bíblia. Ela é instrumento precioso para 
fazer uma análise mais crítica da realidade que hoje vivemos.  
6. A Palavra de Deus não está só na Bíblia, mas também na vida, e de que o objetivo principal 
da leitura da Bíblia não é interpretar a Bíblia, mas sim interpretar a vida com a ajuda da 
Bíblia. 
7. A Bíblia entra por uma outra porta na vida do povo: não pela porta da imposição autoritária, 
mas sim pela porta da experiência pessoal e comunitária. Ela se faz presente não como um 
livro que impõe uma doutrina de cima para baixo, mas como uma Boa Nova que revela a 
presença libertadora de Deus na vida e na luta do povo. 

(Com base no pensamento de Carlos Mesters e Francisco Orofino)

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