terça-feira, 30 de julho de 2013

A fé não se explica, vive-se



Crer em Deus significa também crer no mundo criado, crer na vida, na beleza e na felicidade. Uma vez firmados na fé, nada mais nos pode enganar.

A fé não está no corpo que se inclina, mas na alma que crê. E é da fé que extraímos a doçura da vida, o sabor do sagrado, o sentido da existência.

É a fé que nos oferece o desejo da eternidade. Muitos procuram a Deus e não sabem onde encontrá-lo. Procuram buscá-lo e, por não encontrá-lo, caem na descrença.

Na descrença o ofendem. Na ofensa, tropeçam e, no tropeço, caem. Na queda sentem-se fracos e, na fraqueza, buscam socorro. No socorro encontram carinho.

No carinho, renasce o amor, no amor vislumbram um mundo novo.

Nesse novo mundo, resolvem viver, O que recebem, resolvem doar. Doando, muito recebem e, recebendo, sentem-se felizes.

E ao serem felizes encontram a paz e, tendo a paz, é descobrem a fé e a alegria de viver.
Fonte: Catequese Católica 

A oração do discípulo

Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.                                                                                O evangelho do décimo sétimo domingo do Tempo Comum tem para nós que cremos uma importância especial. Relata o momento em que Jesus ensina aos discípulos a oração que hoje em dia continuamos rezando e que nos identifica como discípulos de Jesus: o Pai-Nosso.

É importante destacar o contexto em que o Evangelho situa a oração. É acompanhada de uma catequese em que Jesus ilumina os discípulos sobre a perseverança da oração. Por isso Jesus apresenta a parábola ou a narrativa do senhor que pede pão a seu amigo porque está com uma visita. Ensina-nos também a confiança com a qual devemos rogar a Deus. É por isso que a parábola compara a bondade de um pai dentre os nossos e a do Pai celestial.

Além disso, a Igreja, em sua liturgia, faz com que este evangelho seja precedido pela leitura do Gênesis na qual Abraão intercede diante de Deus pelos habitantes de Sodoma e Gomorra, a quem Deus quer castigar por suas iniqüidades. Aí é que encontramos a chave em que nos podemos fixar neste domingo. A oração apresentada por Jesus não é a de quem pede de forma egoísta por seu próprio bem, mas a de quem intercede por seus irmãos. Abraão participa dessa espécie de leilão às avessas com Deus para buscar uma razão para salvar seus irmãos, os habitantes de Sodoma e Gomorra, do castigo e da morte que se avizinha deles.

No início, Abraão nada tem a ver com isso. Em Sodoma vive um sobrinho seu, mas este será salvo por Deus. Com os demais habitantes das duas cidades Abraão não tem mais nenhum laço, a não ser o fato de eles pertencerem à humanidade. Os habitantes são maus, por isso serão castigados, e Abraão foi escolhido por Deus para ser pai de um povo que será o fiel depositário da promessa. Abraão poderia ter ido embora e não ver o que estava para acontecer. Ou poderia ter comentado com Deus como era necessário, embora fosse triste, tomar decisões radicais para extirpar o mal da sociedade  humana. Mas faz exatamente o contrário. Tenta desesperadamente salvar os que se haviam condenado por suas próprias ações.

E Deus cede a Abraão. A cifra necessária de justos para salvar a cidade cai de 50 para 10 ante a insistência de Abraão.

Algo parecido se pode dizer do Evangelho, quando aquele que vai pedir os pães não faz para si, mas para dar de comer a um amigo que acabara de chegar à casa.

Poderíamos dizer que a chave da oração está no pedido de intercessão: pedir a Deus por nossos irmãos e irmãs. Isso requer uma grande solidariedade. É que realmente somos irmãos e irmãs. Sua morte ou seu fracasso é realmente nossa morte e nosso fracasso. Oremos intercedendo por eles e elas porque, se nós que somos maus, oferecemos coisas boas a nossos filhos, quanto mais o Espírito de vida do Pai do céu que tanto nos ama.

A oração do discípulo deve ser cheia de amor pelos seus semelhantes, porque, como Jesus mesmo mostrou, ninguém será feliz completamente se seu irmão não é feliz. 
Fonte: Catequese Católica 

Alegria e gratidão do arcebispo de Cracóvia pela escolha da cidade para JMJ 2016

2013-07-30 Rádio Vaticana
Apenas foi oficialmente anunciada a convocação da próxima JMJ para Cracóvia, em 2016, o arcebispo de Cracóvia, Card. Dziwisz, antigo secretário de João Paulo II, publicou a seguinte declaração:
“Foi com grande alegria que recebi o anúncio feito pelo Papa Francisco de que a próxima Jornada Mundial da Juventude se realizará na Polónia em 2016. É uma alegria, uma honra e grande responsabilidade para nós. Nesse mesmo ano celebraremos 1050 anos do Baptismo da Polónia”.Com toda a Igreja na Polónia, alegro-e pelo Papa Francisco ter aceitado o convite a ele dirigido pelas autoridades da República da Polónia e pelo Episcopado Polaco. Ele respondeu assim ao desejo de tantos jovens que desde há tempo desejam celebrar sua fé no país e na cidade de Karol Wojtyła, ele que desde a cidade de Cracóvia partiu em outubro de 1978 para a Cidade Eterna, e que como João Paulo II, Bispo de Roma, instituiu as Jornadas Mundiais da Juventude”.
De entre as diversas iniciativas pastorais de João Paulo II, as Jornadas Mundiais da Juventude têm sido sem dúvida de grande sucesso, abrangentes e frutuosas. O Santo Padre, desde o começo, viu nos jovens "sentinelas da manhã (Isaías 21, 11-12), fazendo vigília ao amanhecer do Terceiro Milênio” (Tor Vergata, 19 de agosto de 2000).Hoje, a Polónia e Cracóvia abrem os seus corações, para que daqui a três anos possam acolher os jovens peregrinos sob a liderança do Papa Francisco. Estamos gratos ao Papa pela sua decisão de visitar o país do Beato (em breve Santo) João Paulo II, e aguardamos ansiosos para velar com os "sentinelas da manha" nas festividades em Cracóvia. Santo Padre Francisco, aguardamos ansiosos e com alegria a sua vinda e a chegada de nossos jovens amigos”.
Logo depois do anúncio da escolha de Cracóvia para a JMJ de 2016, o enviado da RV ao Rio Silvonei José, recolheu o depoimento de uma jovem polaca:   Fonte: NEWS.VA

Conferencia de imprensa do Papa a bordo do voo para Roma: Francisco não fugiu a nenhuma questão

2013-07-30 Rádio Vaticana
Em jeito de conferência de imprensa, o Papa respondeu, no voo de regresso a Roma, às numerosas perguntas que ao longo de quase uma hora e meia, os 70 jornalistas a bordo, lhe dirigiram. O Papa enfrentou com a simplicidade e a franqueza que lhe são caracteristicas diversas questões como a reforma da Cúria Romana, do IOR, a questão dos lobbies, e o papel da mulher na Igreja. Oiça aqui algumas das suas respostas...

"Foi uma viagem bonita; espiritualmente, fez-me bem": o Papa estava visivelmente satisfeito com a experiência vivida com os jovens da JMJ no Brasil. "Encontrar as pessoas faz bem", continuou ele, "podemos sempre receber tantas coisas bonitas dos outros." E depois, uma referência às medidas de segurança que levantaram algumas preocupações:
"Não houve nenhum acidente em todo o Rio de Janeiro, nestes dias, e tudo era espontâneo. Com menos segurança, eu pude estar com as pessoas, abraçá-las, saudá-las, sem carros blindados ... E’ a segurança de quem confia no povo. Realmente, há sempre o perigo que haja um louco ... oh, sim, que haja um louco que faça alguma coisa, mas também está o Senhor, hein? Mas, fazer um espaço de blindagem entre o bispo e o povo é uma loucura, e eu prefiro este risco".
O Papa agradeceu depois aos organizadores e operadores da informação pela preciosa colaboração dada para contar os eventos desta 28ª JMJ. “A bondade e o sofrimento do povo brasileiro”, disse-lhes, são os aspectos que particularmente o impressionaram nesta viagem:
"A bondade, o coração do povo brasileiro é grande, é verdade, é grande; mas, é um povo tão amável, um povo que gosta de festa e que, mesmo no sofrimento, encontra sempre uma maneira para procurar o bem de todos os lados. E isto faz bem: é um povo alegre, um povo que sofreu tanto!".
Uma referência indirecta, esta, à comovente visita à favela de Varginha, em contacto com a pobreza extrema e a dor de tantas famílias. E depois a maravilha do Papa Francisco, pela participação de mais de três milhões de jovens de 178 Países na Missa de encerramento do último Domingo, em Copacabana; mas também a oração, sublinhou o Papa Francisco, foi o leitmotiv desta JMJ, como no dia da visita ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida:
"Aparecida, para mim, é uma experiência religiosa forte", disse o Papa. Evidentemente, o Papa Bergoglio recorda aquilo que este lugar, assim tão caro aos brasileiros, significou para a Igreja latino-americana, depois de ter sido a sede da V Conferência do episcopado do Continente, em Maio de 2007.
O Papa referiu-se também no colóquio com os jornalistas à próxima canonização dos dois pontífices João XXIII e João Paulo II: vão ser proclamados santos numa única celebração. Quanto à data, pensava-se no dia 8 de Dezembro, mas poderá ser adiada para a próxima primavera porque naquele período, na Polónia, as estradas estão cheias de gelo e os que vêm de autocarros, por não terem a possibilidades de vir a Roma de avião, correm o risco de não estar presentes. Sobre a sua escolha de viver de modo simples, em Santa Marta, o Papa respondeu:
“Eu não posso viver sozinho, ou com um pequeno grupo! Sinto a necessidade de estar com as pessoas, de encontrar gente, de falar
com a gente… Cada um deve viver como o Senhor lhe pede para viver. Mas, a austeridade – uma austeridade geral – creio que seja necessária para todos aqueles que se põem a trabalhar pela Igreja”.
Resolvida, em seguida, com a ironia e a simplicidade próprias do Papa Bergoglio, o grande “mistério” da pasta preta, levada pessoalmente na viagem ao Brasil:
“aí não estava a chave da bomba atómica! Mas trazia-a eu porque fiz sempre assim… E o que é que contém!? Está gilete, está o breviário, está a agenda, está um livro de leitura – trouxe um sobre
Santa Teresinha a quem sou devoto … andei sempre com a pasta, nas viagens: é normal. Mas temos de ser normais.”
O Papa abordou também temas mais delicados, como a reforma do IOR, dizendo: “não sei em que é que será transformado esse Instituto, se numa banca ou um fundo de ajudas, mas transparência e honestidade isto sim, devem ser os critérios em que se inspira esse organismo. O problema do IOR – continuou o Papa é “como reforma-lo, como sanear aquilo que deve ser saneado”.
Em seguida o Papa exprimiu a sua dor pelo escândalo criado por um monsenhor que acabou recentemente por ser encarcerado. Mas “existem santos na cúria
– especificou–
e, mesmo se existe um ou outro que não seja tanto santo, estes são aqueles que
fazem mais barulho: sabeis que faz mais barulho uma árvore que cai do que uma floresta que cresce.
No que toca a temas éticos como o aborto e o casamento gay, o Papa voltou a sublinhar que não falou deles na JMJ de Rio, porque a posição da Igreja sobre isso é já conhecida e clara.
A uma pergunta sobre a questão da lobby gay no Vaticano, o Papa disse:
“Bem, escreve-se muito sobre a lobby gay. Eu ainda não encontrei ninguém que me tenha dado o bilhete de identidade no Vaticano com a escrita “gay”. Dizem que há. Creio que quando nos vemos perante uma pessoa assim, devemos distinguir o facto de ser uma pessoa gay do facto de fazer lobby, porque as lobbies não são boas. Não se trata duma coisa boa. Se uma pessoa é gay e procura o Senhor e tem boa vontade… mas quem sou eu para a julgar?”
Sobre a questão da comunhão aos divorciados que voltaram a casar-se, o Papa Francisco explicou que é um problema “complexo” que será tido em conta também pelo Conselho dos oito cardeais em Outubro próximo, mas recordou o que já dizia o cardeal Quarracino, segundo o qual metade dos matrimónios são nulos devido à imaturidade com que são contraídas.
Respondendo a um jornalista acerca do papel da mulher na Igreja, o Papa considerou que “se deve ir para a frente na explicitação do papel e do carisma da mulher” na Igreja e que não se fez ainda “uma profunda teologia da mulher na Igreja”.
O Pontífice falou depois dos movimentos eclesiais dizendo que “são necessários… são uma graça do Espírito”. Falou também da espiritualidade oriental com estas palavras: “temos necessidade… deste ar fresco do Oriente, desta luz do Oriente”.
Por fim, sobre a presença de Bento XVI no Vaticano disse:
“É como ter um avô em casa, mas um avô sábio. Quando numa família o avô vive em casa, é venerado, é amado, é ouvido. Ele é um homem de grande prudência, não se imiscui. Eu já lhe disse várias vezes: “Mas Santidade, faça a sua vida, receba hóspedes, participe nas nossas iniciativas… “. Participou na inauguração e bênção da Estátua de São Miguel… Para mim, é como ter um avô em casa. O meu pai. Se tivesse uma dificuldade ou algo que não compreendesse, havia de telefonar e dizer “mas diga-me, acha que posso fazer isto, aquilo?”. E quando fui ter com ele para falar daquele grande problema do vatileaks, ele disse tudo com grande simplicidade… ao serviço”.  Fonte: News.VA

Papa regressa do Brasil e agradece a Nossa Senhora pelo bom êxito da JMJ



2013-07-29 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco chegou, na manhã desta segunda-feira, ao aeroporto romano de Ciampino, precisamente, às 11h24, concluindo assim a primeira Viagem Apostólica Internacional de seu Pontificado, viagem esta que o levou ao Brasil para a tão esperada Jornada Mundial da Juventude no Rio.
Ao chegar a Roma, antes de transferir-se para o Vaticano, o Santo Padre dirigiu-se imediatamente à Basílica de Santa Maria Maior, para agradecer a Nossa Senhora pelo bom êxito da JMJ no Rio de Janeiro. Segundo informações do Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, o Papa se deteve por dez minutos, em oração, diante do altar da Virgem.
O Bispo de Roma colocou aos pés da imagem de Nossa Senhora uma camisa com as cores do Brasil e uma bola recebidas pelos voluntários no Rio de Janeiro.
Durante a viagem de retorno do Rio de Janeiro para Roma, o Pontífice concedeu uma longa entrevista aos jornalistas, que com ele viajavam no mesmo avião. Em cerca de quase uma hora e meia, o Papa fez um balanço da sua viagem, falando, em italiano, com total liberdade aos jornalistas:
Boa noite e muito obrigado! Esta foi uma viagem linda e me fez muito bem espiritualmente. Estou bastante cansado, mas com o coração alegre... Encontrar as pessoas faz bem, porque o Senhor trabalha em cada um de nós, trabalha em nosso coração: a sua riqueza é tão grande, que podemos receber muitas coisas boas dos outros. Esta é uma primeira coisa, deste balanço! Depois, quero dizer que a bondade do povo brasileiro é enorme! Seu coração é realmente grande! É um povo amável! Um povo que adora fazer festa! E, apesar do seu sofrimento, encontra sempre um jeitinho para ver os aspectos positivos em tudo! Enfim, é um povo alegre, apesar de sofrer tanto! A alegria dos brasileiros é contagiosa”.
Continuando a fazer um balanço da sua viagem, o Papa Francisco falou ainda sobre a preocupação acerca da sua segurança pessoal, por parte dos organizadores:
Estava tudo cronometrado... Mas, era bonito… Se pensava só na segurança... aqui, ali.... mas tudo foi tão espontâneo nestes dias no Rio de Janeiro, tanto que a hipótese da segurança passou em segundo lugar. Com menos segurança e sem carro blindado, eu pude estar mais próximo do povo, abraçá-lo, cumprimentá-lo, sem carro blindado... A segurança consiste em confiar no povo! É verdade, a gente sempre corre o risco de encontrar algum louco, que pode pôr em risco a vida. Mas, o Senhor sempre está presente... blindar o espaço entre o Bispo e seu povo é uma loucura! Mas, eu prefiro esta loucura de estar entre seu povo, livremente; o contato com as pessoas faz sempre bem. E referindo-se à organização e à infraestrutura dos diversos momentos da JMJ, como a parte artística, religiosa, catequética, litúrgica, o Santo Padre disse que tudo foi muito lindo! Os brasileiros têm uma grande capacidade de se exprimir na arte... fizeram coisas maravilhosas! E aí, o Papa recordou sua visita a Aparecida: “Para mim, foi uma experiência religiosa muito forte. Lembrei-me da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, Conferência esta realizada em Aparecida. Eu queria ir ali, de forma privada, escondida, só para rezar. Mas, como fazê-lo diante de toda uma multidão de peregrinos e romeiros que vão para lá...”.
Neste contexto, o Santo Padre agradeceu pelo serviço prestado pelos jornalistas, durante a JMJ, apesar de ele mesmo não ter tido tempo de ler os jornais ou ver a televisão. Mas, pelo que lhe disserram, a mídia fez um bom trabalho. Eis o motivo pelo qual o Papa agradeceu pela preciosa colaboração da mídia.
Por fim, Papa Francisco falou sobre o número de jovens que participaram da JMJ. O Governador do RJ, disse o Papa, “falava de cerca de 3 milhões. Nem acredito! Mas, de fato, do altar, pude ver que toda a Praia de Copacabana, que tem cerca de 4 quilômetros, estava completamente lotada”! E, segundo as informações do arcebispo do RJ, Dom Orani João Tempesta, os jovens representaram 178 nações!
Em nossos próximos edições voltaremos a apresentar as perguntas, com as respectivas respostas, que os jornalistas fizeram ao Papa, no avião, de volta para Roma.
No entanto, propomos um trecho de uma entrevista que a nossa colega Cristiane Murray fez a um dos jornalistas que viajaram com o Papa, no mesmo avião. Trata-se do brasileiro Fabiano Marsonnave, correspondente em Roma da Folha de São Paulo: (MT)   Fonte: News.VA

Santo do Dia -São Pedro Crisólogo


São Pedro Crisólogo            O santo deste dia nasceu em Ímola, na Itália, no ano de 380 e “aproveitou” sua vida, gastando-se totalmente pelo Evangelho, a ponto de ser reconhecido pela Igreja como Doutor da Igreja (isto se deu em 1729, pelo Papa Bento XIII). São Pedro Crisólogo tinha este nome por ter se destacado principalmente pelo dom da pregação – Crisólogo significa ‘O homem da palavra de ouro’ (este cognome lhe foi dado a partir do séc IX).
Diante da morte do bispo de Ravena, o escolhido para substituí-lo foi Pedro, que neste tempo vivia num convento, aonde queria oferecer-se como vítima no silêncio; mas os planos do Senhor fizeram dele bispo. Pastor prudente e zeloso da Igreja usou do dom da pregação como instrumento do Espírito para a conversão de pagãos, hereges e cristãos indiferentes na vivência da própria fé.
São Pedro Crisólogo, com o seu testemunho de santidade, conhecimento das ciências teológicas e dom de comunicação venceu a heresia do Monofisismo, a qual afirmava Jesus ter apenas uma só natureza, e não a misteriosa união da natureza divina e humana como o próprio nos revelou. Um homem que tinha o pecado no coração, porém, Pedro lutou com as armas da oração, jejum e mortificações para assim desfrutar e transmitir pela Palavra o tesouro da graça, isto até entrar na Glória Celeste em 450.
São Pedro Crisólogo, rogai por nós!

Primeira Leitura (Ex 33,7-11;34,5b-9.28)


Leitura do Livro do Êxodo.
Naqueles dias, 7 Moisés levantou a tenda e armou-a longe, fora do acampamento, e deu-lhe o nome de Tenda da Reunião. Assim, todo aquele que quisesse consultar o Senhor, saía pra a Tenda da Reunião, que estava fora do acampamento. 8 Quando Moisés se dirigia para lá, o povo se levantava e ficava de pé à entrada da própria tenda, seguindo Moisés com os olhos até ele entrar. 9 Logo que Moisés entrava na Tenda, a coluna de nuvem baixava e ficava parada à entrada, enquanto o Senhor falava com Moisés. 10 Ao ver a coluna de nuvem parada à entrada da Tenda, todo o povo se levantava e cada um se prostrava à entrada da própria tenda. 11 O Senhor falava com Moisés face a face, como um homem fala com seu amigo. Depois, Moisés voltava para o acampamento, mas o seu jovem ajudante, Josué, o filho de Nun, não se afastava do interior da Tenda.
34,5b Moisés permaneceu diante de Deus invocando o nome do Senhor. 6 O Senhor passou diante de Moisés, proclamando: “O Senhor, o Senhor, Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel, 7 que conserva a misericórdia por mil gerações, e perdoa culpas, rebeldias e pecados, mas não deixa nada impune, pois castiga a culpa dos pais nos filhos e netos, até à terceira e quarta geração!” 8 Imediatamente, Moisés curvou-se até o chão 9 e, prostrado por terra, disse: “Senhor, se é verdade que gozo de teu favor, peço-te, caminha conosco; embora este seja um povo de cabeça dura, perdoa nossas culpas e nossos pecados e acolhe-nos como propriedade tua”. 28 Moisés esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje(Sl102)



— O Senhor é indulgente, é favorável.
R- O Senhor é indulgente, é favorável.
1- O Senhor realiza obras de justiça e garante o direito aos oprimidos; revelou os seus caminhos a Moisés, e aos filhos de Israel, seus grandes feitos. R
2- O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo. Não fica sempre repetindo as suas queixas, nem guarda eternamente o seu rancor. Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas. Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem; R
3- quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes. Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem. R

Compreendendo e Refletindo

A primeira coisa a ser evitada é o mal da fofoca. Não fale daquilo que você não sabe. Não diga daquilo que você não tenha a certeza. 
Jesus, hoje, veio explicar para nós a maravilha que é a parábola do joio. E o próprio Senhor mostra para nós que a boa semente é Ele mesmo. O campo é o mundo onde nós vivemos. A boa semente, o trigo, são os que pertencem ao Reino. E o joio são aqueles que pertencem ao Maligno.
Mas o inimigo, aquele que semeia o joio, a coisa ruim, esse é o diabo. E a colheita onde vai se separar o joio do trigo será o fim dos tempos.
Mas deixa eu dizer uma coisa a você: quem semeia o joio é o Maligno, e nós não podemos compartilhar da sua ação, das suas maldades, das coisas ruins que ele faz na vida das pessoas.
E você sabe o quanto o joio nos atrapalha. E mais do que isso: o quanto o joio nos destrói! O joio que o Maligno semeia em nosso meio são as intrigas, as fofocas, as divisões, as mentiras. E as consequências depois serão desastrosas. Nós já fomos vítimas, e percebemos o quanto as pessoas também são vítimas da ação do Maligno, porque ele veio – e está agindo – para separar, dividir, corroer e destruir aquilo que a boa semente, que a Palavra de Deus, faz em nossa vida.
A bondade de Deus que existe no mundo, o joio muitas vezes – quando não é combatido – entra com força e faz a sua obra.
Quero chamar a sua atenção para que eu e você não sejamos objetos do mal, não sejamos usados para semear primeiramente a discórdia.
Então, a primeira coisa a ser evitada é o mal da fofoca. Não fale daquilo que você não sabe. Não diga daquilo que você não tenha a certeza. E mesmo que você saiba, que tenha a certeza, não fale se isso não fará bem.
Muito cuidado com essas falsas pretensões de querer ajudar mas, no fundo, nós estamos semeando o mal e a discórdia em nosso meio. Não sejamos instrumentos do mal. Sejamos o bom trigo do Coração de Jesus.
Que Deus abençoe você.

Padre Roger Araújo- Canção Nova

Evangelho (Mt 13,36-43)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 36 Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!” 37 Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38 O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. 39 O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. 40 Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41 O Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42 e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43 Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Rio, terra da beleza indescritível da juventude

2013-07-29 Rádio Vaticana

Rio de Janeiro (RV) – “Temos encontro marcado na próxima Jornada Mundial da Juventude, no ano de 2016, em Cracóvia, na Polônia”. O anúncio do Papa Francisco na conclusão da Missa de envio, no encerramento da JMJ do Rio de Janeiro ontem num domingo de sol, após dias de chuva na capital fluminense, pós fim à aventura da fé que envolveu mais de 2 milhões de jovens de todas as partes do mundo. O encontro já está na agenda do Papa, agora serão os jovens a se prepararem para visitar a cidade do Beato João Paulo II, idealizador das Jornadas Mundiais da Juventude.
Os jovens que protagonizaram no Rio um dos eventos mais importantes da história do Brasil como Igreja Católica e não somente, deram a verdadeira dimensão do que significa ser jovem que acredita, que segue um sonho, que tem esperança, mas acima de tudo que quer ser o construtor de uma nova humanidade, de uma nova evangelização. Dias que permanecerão indeléveis na mente e no coração de milhões deles. O Rio, terra de belezas inigualáveis, foi palco também da beleza indescritível da juventude, da alegria que contagia, da vontade de viver e crescer. A terra do Cristo Redentor, que recebeu os jovens de braços abertos também não será mais a mesma, pois aqui deixaram seus corações milhões de jovens que, pela suas ruas da Cidade Maravilhosa testemunharam o que significa ser jovem cristão.
A Praia de Copacabana, também denominada “Praia Fidei”, não será mais a mesma: as barracas montadas sobre a sua areia e os sacos de dormir ficarão como o emblema dessa Jornada, a imagem, o mosaico de cores de um mundo diferente, diversos, mas igual na fé.
E junto com eles, um homem vestido de branco, “vindo do fim do mundo” que com a sua simplicidade e gestos de pastor, envolveu católicos e não católicos, ricos e pobres, crianças, jovens, adultos e anciãos, no grande abraço de pai, que cuida, protege e incentiva seus filhos.
Francisco, superou, como era de se esperar, todas as provas que uma JMJ pode apresentar: do cansaço, com tantos compromissos, ao gesto de tocar os corações daqueles que tem sede de Deus.
Quando o Papa Francisco chegou ao Rio de Janeiro, na tarde de segunda-feira, 22 de julho, já naquele dia bateu bem devagar, delicadamente a porta do coração daqueles que o recebiam, o Rio, o Brasil, pedindo para entrar, para ficar; os brasileiros, todavia já tinham escancarado as portas ao Sucessor de Pedro.
A JMJ do Rio, com a presença do Papa e dos jovens é um marco e fez conhecer a todo o Brasil e ao mundo, que a juventude é sadia, que vive novas esperanças e tem novas certezas. Certezas de serem amados por Cristo e de pertencer à sua Igreja.
Nestes dias no Rio, com a etapa no Santuário Nacional de Aparecida, Papa Francisco, primeiro Papa latino-americano, lançou mais uma vez o seu lema de pontificado, como Pedro, “não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!”.
Encontrou políticos e pediu a eles que olhem com atenção para os jovens, encontrou a comunidade de Varginha, e no discurso ao moradores falou do ser brasileiro, do jeito brasileiro, da acolhida, da “água no feijão”, símbolo da partilha. Um momento vivido entre aqueles que por muito tempo se encontravam na extrema periferia da sociedade, e que agora, com a presença do Papa se sentem amados. Francisco criticou ainda a liberalização das drogas na América Latina e disse que retornará ao Brasil em 2017 para a comemoração dos 300 anos da descoberta da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba.
Já no seu discurso durante a inauguração de uma ala para o tratamento de dependentes químicos no Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, o Pontífice chamou os traficantes de “mercadores da morte”. Francisco fez um duro discurso contra a liberalização das drogas no continente, um debate que ganha cada vez mais espaço diante do fracasso das políticas de repressão. “Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química” disse o Papa. Exortou ainda os jovens a deixarem de lado “ídolos passageiros”, como dinheiro e prazer.
Deus “está próximo de vocês e segura vocês pela mão”, portanto “olhem para o Senhor nos momentos mais duros ele dará consolo e esperança e confiem também no amor materno de Maria”.
Assim o bispo de Roma, veio ao Rio para confirmar os jovens na fé, encontrar jovens que, atraídos pelo Cristo Redentor, encontraram amparo no seu abraço, bem perto do seu coração, ouvindo de novo o seu chamado claro e poderoso: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”. O Rio, depois disso, não será mais o mesmo. Obrigado Papa Francisco e até Cracóvia com os seus jovens.
Do Rio de Janeiro, para a Rádio Vaticano, Silvonei José.
Fonte: News.VA

Ide sem medo para servir

2013-07-30 L’Osservatore Romano
«Eu gosto de ser bispo. Em Buenos Aires eu era feliz, e o Senhor assistiu-me». «Também me sinto feliz de ser Papa. Quando o Senhor te põe ali, e se fizeres o que Ele te indica, és feliz!». Ser bispo «é bom! O problema é quando alguém procura este trabalho, e isto não é tão bom, não vem do Senhor». É perigoso «sentir-se superior aos outros, um pouco príncipe», «mas o trabalho de bispo é bonito», sobretudo se formos capazes de estar «diante, no meio e atrás do povo» «para o guiar, contribuir para a comunhão e deixar-se guiar».
De surpresa, o Papa Francisco apresentou-se no sector reservado aos jornalistas a bordo do avião que ontem à noite, 28 de Julho, partiu do Rio de Janeiro para Roma na conclusão da XXVIII Jornada mundial da juventude.
Dialogou por mais de uma hora com os jornalistas que o acompanharam nestas jornadas brasileiras. E respondeu sem hesitação a todas as perguntas que lhe dirigiram. Disto derivou um primeiro balanço de uma viagem pela qual o Papa disse que se sente «feliz. Foi uma viagem bonita, espiritual, que me fez bem. Estou cansado mas sinto-me bem». E a propósito da Jornada, disse: «A JMJ  do Rio em todos os seus componentes, foi excelente».
«Ontem — acrescentou, referindo-se à vigília na noite de sábado na praia de Copacabana, que precedeu a missa conclusiva celebrada na manhã de domingo — fizeram coisas extraordinárias. Não posso acreditar: o Governo falava de três milhões de pessoas!».
Dos jovens ressaltou a grande energia para defender as próprias ideias: «Diria que é necessário ouvir os jovens e oferecer-lhes os meios para se expressarem e prestar atenção a fim de que não sejam manipulados,  pois existem pessoas que tendem a explorá-los».
Depois, respondeu a perguntas que indagavam um pouco sobre os seus hábitos. Assim satisfez a curiosidade suscitada por aquela mala preta que ele mesmo levava. Disse que está habituado a fazê-lo porque «é normal, e devemos acostumar-nos a ser normais», garantindo que a sua mala «não contém a chave da bomba atómica» mas só objectos pessoais e alguns livros. E confessou também que é «um padre caminhador», e por isso às vezes «sente-se enjaulado».
Em seguida, revelou a sua agenda para os próximos compromissos em Roma, na Itália e no estrangeiro. E também não deixou de responder a perguntas sobre temas que chamaram e chamam a atenção da opinião pública. Assim, sobre o futuro do IOR, disse: «certamente será transparente». E sobre as presumíveis dificuldades ou resistências encontradas na programação de mudanças no Vaticano confessou que não se deu conta de resistência alguma, aliás, que «encontrou ajuda e pessoas leais».  Fonte: News.VA

Uma viagem programática

A que o Papa Francisco acabou de concluir no Brasil para participar  na jornada mundial da juventude no Rio de Janeiro foi uma viagem programática. Não planificada pelo primeiro Pontífice americano e latino-americano mas já há tempos estabelecida pelo seu predecessor, o longo percurso permitiu contudo que o bispo de Roma «que veio quase do fim do mundo» não só voltasse à sua América Latina, mas também que se apresentasse com um conjunto de gestos e palavras tão nítido e coerente a ponto de poder ser considerado programático.
Normalmente é a primeira encíclica de um Papa que delineia as principais preocupações e intenções, e certamente a Lumen fidei pode ser lida também desta forma. Mas o documento representa  sobretudo a resposta inédita a uma situação sem precedentes  como a renúncia de Bento XVI. Com efeito o seu sucessor decidiu fazer seu, com uma autêntica escolha de humildade e ao mesmo tempo de governo, um texto quase concluído e que completou pessoalmente. Isto originou portanto um acentuadíssimo sinal de continuidade que confirma, na óbvia diversidade das pessoas, uma sintonia e um complementaridade  em si já evidentes.
 A primeira viagem internacional do Papa Francisco foi precedida  não ocasionalmente pela urgência da de Lampedusa, tão eloquente na proximidade às vítimas  de uma das tragédias mais dolorosas do nosso tempo. O percurso não findou na participação nesta bem sucedida «semana da juventude», que contou com a participação de três milhões de pessoas de 178 países, mas por decisão do Pontífice incluiu outros momentos muito expressivos.
Entre eles, antes de tudo a oração diante da Virgem no santuário de Aparecida e de novo,  à chegada, a Santa Maria Maior onde o bispo de Roma tinha rezado antes da partida. Depois, no meio destas peregrinações marianas, as visitas ao hospital de São Francisco e à favela da Varginha; em seguida duas reuniões com os bispos do Brasil e da América Latina, e por fim a entrevista a uma televisão brasileira e a longuíssima conferência de imprensa com os jornalistas no voo de regresso do Rio. Precisamente os encontros com os bispos e os diálogos com os jornalistas, concentrados no fim da viagem, são de realce especial. Confirmando, em níveis diversos, duas fundamentais escolhas estratégicas do papado na segunda metade do século XX, que agora o bispo de Roma tenciona desenvolver com acentuações pessoais muito eficazes: a comunicação mediática e o método sinodal. Sob o sinal do Vaticano II, intuído e aberto por João XXIII, ambas as escolhas devem muitíssimo às decisões revolucionárias de Paulo VI, do qual o Papa Francisco usa o báculo e do qual no Brasil vestiu uma simples estola vermelha com as imagens dos apóstolos Pedro e Paulo.
 Ao encontrar os jornalistas, o Pontífice falou com simplicidade sobre questões debatidas, sem mostrar dificuldade alguma e sobretudo evitando a auto-referencialidade  que várias vezes denunciou como um dos males mais nocivos na Igreja. Mas sobretudo as reflexões apresentadas aos bispos são indicações programáticas que o bispo de Roma confia a toda a Igreja. Para que saia de si mesma e anuncie o Evangelho. Fonte: News.VA

Os jovens que almoçaram com o Papa Francisco



2013-07-27 Rádio Vaticana
Rio de Janeiro (RV) Penúltimo dia da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Depois da grande festa da fé de ontem à noite, com a meditação das 14 estações da Via Sacra ao longo de um quilômetro da Avenida Atlântica, hoje a grande Vigília também em Copacabana. A Vigília que deveria ter sido realizada em Guaratiba, no Campus Fidei, foi transferida para a Praia de Copacabana, já denominada “Praia Fidei”, por causa da chuva dos últimos dias. Espera-se nesta noite mais de um milhão de jovens para o momento de adoração presidido pelo Santo Padre.
Ontem o entusiasmo do início da tarde deu lugar ao silêncio da oração durante a Via Sacra; as estações reproduziram o caminho percorrido por Jesus na Cidade de Jerusalém, retratando em alguns momentos cenários cariocas, como a Pedra do Arpoador e a Escadaria Selarón, na Lapa. Cada uma teve um tema relacionado com as questões da juventude no mundo de hoje: jovem missionário, jovem convertido, jovem de comunidade de recuperação, jovem falando em nome das mães, seminarista, religioso, “religiosa que luta pela vida”, “casal de namorados”, “jovem falando pelas mulheres que sofrem”, “estudante cadeirante”, “jovem das redes sociais”, “presidiário”, “jovem com doença terminal”, “jovem deficiente auditivo” e “jovens da África, América do Norte, da América Latina e do Caribe, da Europa, da Ásia e da Oceania”. A Via Sacra falou com os jovens.
O Papa Francisco presidiu a Via Sacra do palco central. O elenco da Via Sacra estava composto por cerca de 300 pessoas. As meditações foram compostas pelo Padre Zezinho e pelo Pe. João Carlos Almeida (Padre Joãozinho); Direção Geral: Ulysses Cruz.
Ontem o Papa almoçou com 12 jovens provenientes de todas os continentes. Nós conversamos com dois deles: a brasileira, Alina Hane, e o argentino Marcelo Galeano. Eis o que nos disse primeiramente Alina.
Depois conversamos com Marcelo, argentino que fala português.
Neste sábado o Papa preside a missa na Catedral do Rio concelebrada pelos bispos da JMJ, encontra no Teatro Municipal a classe dirigente do país e almoça com os bispos brasileiros.
Do Rio de Janeiro, para a Rádio Vaticano, Silvonei José                  Fonte: News.VA

Um amplo leque


As impressões sobre o Brasil e sobre a JMJ, os programas de viagens futuras, a relação com Bento XVI e com os outros predecessores, sobretudo um balanço dos primeiros quatro meses de pontificado e a agenda das reformas que, pedidas durante a sede vacante nas congregações gerais do colégio cardinalício, tem em mente: o Papa Francisco falou de tudo isto e de muito mais  na tarde de domingo, uma hora depois da descolagem do avião que do Rio de Janeiro o trouxe a Roma.
A primeira viagem internacional do pontificado terminou com uma conferência de imprensa que durou 1h20, durante a qual o Pontífice respondeu a cerca de vinte perguntas sobre vários temas de actualidade. Uma experiência nova, assim a definiu o director da Sala de Imprensa da Santa Sé, pe. Federico Lombardi, introduzindo o longo encontro, que se revelou uma boa opção também sob o ponto de vista mediático devido ao interesse dos temas tratados e à fecundidade das sugestões oferecidas pelo Papa.
Inicialmente, o Santo Padre traçou um balanço da semana passada no Brasil que lhe fez espiritualmente bem não obstante o cansaço, porque encontrar-se com as pessoas enriquece sempre. Elogiou a bondade e o coração do povo carioca, capaz de uma alegria contagiosa até no sofrimento e o trabalho dos organizadores do Vaticano e locais: «Fizeram-me sentir diante de um computador de carne – disse com um tom divertido – ao responsável organizacional das viagens, Alberto Gasbarri – porque tudo estava cronometrado». E elogiou também a segurança, explicando que não houve incidente algum em toda a cidade e que ao contrário houve muita espontaneidade; e isto também sem carros blindados, porque não se deve blindar a relação entre o bispo e o povo, é preciso ter confiança no povo e a proximidade faz bem a todos.
O Pontífice agradeceu depois aos organizadores da JMJ, a realização artística, religiosa e catequética, porque os brasileiros sabem expessar-se bem na arte. A recordação da forte experiência espiritual vivida em Aparecida antecedeu o reconhecimento manifestado aos meios de comunicação, ciente de que foi um bom trabalho, embora não se tenha tido tempo para ler jornais nem ver televisão. Por fim revelou a sua admiração quando lhe comunicaram que na missa final da JMJ participaram três milhões de pessoas provenientes de 178 países, embora do palco se visse bem a praia de Copacabana cheia de jovens nos seus quatro quilómetros de comprimento.
 Gianluca Biccin Fonte; News.VA

Cardeal de Cracóvia: "Polônia receberá os jovens com o coração aberto"

2013-07-29 Rádio Vaticana
Cracóvia (RV) – “Recebi com grande alegria a mensagem anunciada pelo Papa Francisco de que a próxima Jornada Mundial da Juventude será realizada na Polônia no ano 2016. É uma alegria, uma honra e grande responsabilidade para nós. Será no mesmo ano em que celebraremos o 1050° ano do Batismo da Polônia”.
“Com toda a Igreja na Polônia, eu me alegro porque o Papa Francisco aceitou o convite a ele dirigido pelas autoridades da República da Polônia e o Episcopado Polonês. Com isto, ele respondeu ao desejo de tantos jovens que há tempo desejam celebrar sua fé no país e na cidade de Karol Wojtyła, ele que desde a cidade de Cracóvia partiu em outubro de 1978 para a Cidade Eterna, e quem como João Paulo II, Bispo de Roma, instituiu as Jornadas Mundiais da Juventude”.
“Dentre as diversas iniciativas pastorais de João Paulo II, as Jornadas Mundiais da Juventude sem dúvida têm sido de grande sucesso, abrangentes e frutuosas. O Santo Padre, desde o começo, viu nos jovens "sentinelas da manhã (Isaías 21, 11-12), fazendo vigília ao amanhecer do Terceiro Milênio” (Tor Vergata, 19 de agosto de 2000).
“Hoje, a Polônia e Cracóvia abrem seus corações, para que daqui a três anos possam acolher os jovens peregrinos sob a liderança do Papa Francisco.
Nós estamos gratos ao Papa por sua decisão de visitar o país do Beato (que em pouco será Santo) João Paulo II, e aguardamos ansiosos para fazer vigília com os "sentinelas da manha" nas festividades em Cracóvia.
Santo Padre Francisco, aguardamos ansiosos e com alegria a sua vinda e a chegada de nossos jovens amigos”.
Stanislaw Card. Dziwisz
Arcebispo Metropolitano de Cracóvia
Fonte: News.VA

Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé: Papa Francisco dá impulso à renovação da Igreja

2013-07-29 Rádio Vaticana
Rio de Janeiro (RV) - No final da manhã desta segunda-feira o Papa Francisco chegou a Roma, concluindo assim a primeira viagem apostólica internacional de seu Pontificado. Ponto alto desta XXVIII Jornada Mundial da Juventude, a missa de encerramento, celebrada na praia de Copacabana, teve a participação de mais de três milhões de pessoas. Sobre a viagem, eis o comentário do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, feito ainda em terras brasileiras:
Pe. Federico Lombardi:- "Certamente a atração do Papa Francisco como primeiro Papa latino-americano e a sua capacidade de comunicação contribuíram para o bom êxito – digamos assim – do ponto de vista exterior desta manifestação. Mas esperamos que tenha tido um bom êxito também do ponto de vista interior, de modo a colher a mensagem que o Papa quis dar, que as JMJ em si querem dar. Parece-me que esse tema da missionariedade, este tema da responsabilidade, com compromisso dos jovens, do não ter medo, do superar as dificuldades que se lhes são apresentadas ao longo do caminho e desejar construir juntos aos outros, inserindo-se na sociedade num modo ativo e com a ajuda de todas as outras partes, os outros componentes da sociedade, seja uma mensagem muito rica, que impressionou profundamente. Diria que talvez essa seja, de certo modo, a originalidade da mensagem desta JMJ, aquilo a que o Papa se propunha: viver um encontro com a juventude, como inserida na sociedade e na Igreja em seu conjunto. Com os discursos que fez, com os atos realizados, tanto de atenção aos pobres e às pessoas em dificuldade, aos jovens em dificuldade, bem como com a sociedade social, que tenha realmente entabulado um diálogo com uma realidade muito ampla, em que os jovens estão inseridos. Portanto, um discurso aos jovens, mas também um discurso para todos nós. Parece-me que tenha conseguido isso num modo muito eficaz e era certamente a intenção do Papa Francisco. Também os dois grandes discursos, o que foi feito para os bispos brasileiros e o que fez para o Celam, mostram justamente um contexto amplo, continental, em que este evento se insere e dá também uma grande perspectiva sobre seu modo de viver e de apresentar hoje a missão da Igreja."
RV: Que significado se pode dar para a escolha de Cracóvia2016, segunda sede da JMJ em terra polonesa, após Czestochowa1991?
Pe. Federico Lombardi:- "Sabemos que o Cardeal Dziwisz propunha, com muita convicção, Cracóvia como meta da próxima etapa do caminho das JMJ e podemos muito bem entender isso, porque – entre outras coisas – teremos a canonização de João Paulo II, que foi o inventor, podemos dizer, das JMJ, e – como diz o arcebispo de Cracóvia – as JMJ foram provavelmente uma das intuições mais fecundas ao longo de seu Pontificado. Portanto, é justo, é belo que a juventude do mundo possa peregrinar também para a terra do futuro novo santo, que esteve na origem desta convocação mundial dos jovens, que dá tanta coragem, tanto entusiasmo e tanta orientação à juventude do mundo inteiro."
RV: Pe. Lombardi, que balanço podemos fazer da primeira visita apostólica internacional do Papa Francisco?
Pe. Federico Lombardi:- "Creio que tenha sido uma viagem que obteve plenamente seu bom êxito e alcançou suas finalidades. É também uma viagem que falou à juventude do mundo reunida aqui no Rio, mas também falou muito ao Brasil e ao subcontinente latino-americano. Vimos o Papa – de certo modo – em seu ambiente, em sua terra, falando espontaneamente a sua língua: de fato falou muito em espanhol. Estava absolutamente inserido num ambiente com o qual era perfeitamente capaz de interagir, de estabelecer um colóquio e de lançar mensagens fortes. Inclusive usou expressões muito concretas, muito eficazes. Ele o faz sempre: em Roma faz isso muitas vezes... Mas aqui pareceu fazê-lo ainda com mais espontaneidade. Num certo sentido, também para nós foi um modo para conhecer melhor o Papa latino-americano em seu contexto. E diria que, vendo a eficácia de sua relação pastoral e de orientação com esta terra, entendemos melhor como o ter um Papa latino-americano e como a dinâmica da Igreja neste continente, que ele encoraja muitíssimo – sempre fazendo referência a Aparecida, ao grande encontro dos bispos e à continuidade com este grande evento de Igreja –, é uma riqueza para a Igreja no mundo inteiro, que pode provavelmente dar uma contribuição, aquilo que sempre dissemos com palavras, mas que agora o experimentamos na prática: como de uma Igreja viva, dinâmica como a Igreja latino-americana, encorajada a ser ela mesma com toda a sua riqueza de jovialidade e de espontaneidade, pode vir um novo encorajamento à Igreja no mundo inteiro. Certamente à Igreja europeia que se sente, por exemplo, mais cansada ou mais habitudinária; e provavelmente também aos outros continentes. Portanto, diria que tivemos plenamente um bom êxito da JMJ, com uma grande e intensa participação dos jovens, bem como também vimos o Papa oferecer o seu credibilíssimo serviço de pastor universal à Igreja no continente que há mais católicos em todo o mundo e daqui indicar também à Igreja no mundo inteiro um caminho de renovação, de revigoramento que será precioso para todos." (RL) Fonte:News.VA

Papa exortou os Voluntários a se rebelar contra a cultura do provisório



2013-07-28 Rádio Vaticana
Rio de Janeiro (RV) Na tarde deste domingo, por volta das 17h30min, antes de seguir para o Aeroporto do Galeão, o Papa Francisco encontrou os voluntários da Jornada Mundial da Juventude no Centro de Congressos ‘Rio Centro’. Foram cerca de 15 mil voluntários que trabalharam por dois anos na preparação da JMJ Rio 2013. Um encontro de forte emoção e alegria, em que os jovens gritava: "esta é a juventude do Papa".
Francisco dirigiu-se aos jovens, dizendo que não podia regressar a Roma “sem antes agradecer, de modo pessoal e afetuoso a cada um, pelo trabalho e dedicação com que acompanharam, ajudaram, serviram aos milhares de jovens peregrinos e pelos inúmeros pequenos detalhes que fizeram desta Jornada Mundial da Juventude uma experiência inesquecível de fé”. O Papa observou que, com os sorrisos de cada um, com a gentileza, com a disponibilidade ao serviço, “vocês provaram que "há maior alegria em dar do que em receber”.
O Papa disse que este trabalho de preparar o caminho para que outros possam encontrar Jesus - como fez João Batista -, “é o serviço mais bonito que se pode realizar como discípulo” e acrescentou: “sejam sempre generosos com Deus e com os demais. Não se perde nada; ao contrário, é grande a riqueza da vida que se recebe”
Após o Papa falou sobre o chamado e a resposta às diferentes vocações. Quando falou sobre aqueles que são chamados a se santificar constituindo uma família através do sacramento do matrimônio:
Há quem diga que hoje o casamento está “fora de moda”; na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é “curtir” o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, “para sempre”, uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã”.
Então o Papa pediu aos jovens, para que sejam revolucionários, que andem contra a corrente: sim, nisto peço que se rebelem:
"que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a corrente”. Tenham a coragem de ser felizes!
A seguir o Papa falou sobre a vocação ao sacerdócio, a que alguns são chamados a se doar ao Senhor de modo mais total, “para amar a todos com o coração do Bom Pastor”. “A outros – continuou - chama para servir os demais na vida religiosa: nos mosteiros, dedicando-se à oração pelo bem do mundo, nos vários setores do apostolado, gastando-se por todos, especialmente pelos mais necessitados”.
Nesse ponto, Francisco contou aos jovens que nunca se esquecerá do dia 21 de setembro, quando tinha 17 anos, quando após passar pela igreja de San José de Flores para se confessar, sentiu pela primeira vez que Deus o chamava. “Não tenham medo daquilo que Deus lhes pede – disse o Papa. Vale a pena dizer “sim” a Deus. N’Ele está a alegria”!
Àqueles jovens que talvez ainda não vejam com clareza o que fazer de sua vida, o Santo Padre aconselhou “a pedir isto ao Senhor, que Ele fará entender o caminho”, como fez o jovem Samuel, “que ouviu dentro de si a voz insistente do Senhor que o chamava, e não entendia, não sabia o que dizer, mas, com a ajuda do sacerdote Eli, no final respondeu àquela voz: Senhor, fala eu escuto. Peçam vocês também a Jesus: Senhor, o que quereis que eu faça, que caminho devo seguir?”.
Ao concluir, o Papa agradeceu novamente a todos os voluntários, às pastorais, novas comunidades e movimentos que colocaram seus membros à disposição, exortando-os a não esquecerem “tudo o que fizeram nestes dias, tudo o que viveram aqui”. E acrescentou: “Podem contar sempre com minhas orações, e sei que posso contar com as orações de vocês”.
Ao final, todos rezaram juntos uma Ave Maria
. (JE)  Fonte: News.VA

Parto com saudades! As recordações tornar-se-ão oração. Tenho imensa esperança nos jovens: Papa, ao despedir-se do Brasil

2013-07-29 Rádio Vaticana
O avião que transporta o Papa Francisco deve aterrar às 11.30 no aeroporto de Ciampino, em Roma, no regresso da sua viagem de uma semana ao Brasil, para participar na JMJ do Rio.
Como primeiro balanço de uma viagem tão intensa e comovente para todos os que a acompanharam, ouçamos o nosso correspondente Silvonei José:
Foram cheias de humanidade e verdadeira amizade as palavras pronunciadas pelo Papa no aeroporto:

"Parto com a alma cheia de recordações felizes; essas – estou certo – tornar-se-ão oração. Neste momento, já começo a sentir saudades. Saudades do Brasil, este povo tão grande e de grande coração; este povo tão amoroso. Saudades do sorriso aberto e sincero que vi em tantas pessoas, saudades do entusiasmo dos voluntários. Saudades da esperança no olhar dos jovens no Hospital São Francisco. Saudades da fé e da alegria em meio à adversidade dos moradores de Varginha. Tenho a certeza de que Cristo vive e está realmente presente no agir de tantos e tantas jovens e demais pessoas que encontrei nesta inesquecível semana. Obrigado pelo acolhimento e o calor da amizade que me foram demonstrados. Também disso começo a sentir saudades."
Agradecendo às autoridades, aos voluntários e a todos os que contribuiram para o êxitodesta JMJ, o Santo Padre concluiu dirigindo-se diretamente aos jovens:
"Que Deus recompense a todos, como só Ele sabe fazer! Neste clima de gratidão e saudades, penso nos jovens, protagonistas desse grande encontro: Deus lhes abençoe por tão belo testemunho de participação viva, profunda e alegre nestes dias! Muitos de vocês vieram como discípulos nesta peregrinação; não tenho dúvida de que todos agora partem como missionários. A partir do testemunho de alegria e de serviço de vocês, façam florescer a civilização do amor. Mostrem com a vida que vale a pena gastar-se por grandes ideais, valorizar a dignidade de cada ser humano, e apostar em Cristo e no seu Evangelho. Foi Ele que viemos buscar nestes dias, porque Ele nos buscou primeiro, Ele nos faz arder o coração para anunciar a Boa Nova nas grandes metrópoles e nos pequenos povoados, no campo e em todos os locais deste nosso vasto mundo. Continuarei a nutrir uma esperança imensa nos jovens do Brasil e do mundo inteiro: através deles, Cristo está preparando uma nova primavera em todo o mundo."Fonte:News.VA

Santo do Dia -Santa Marta



Santa Marta    Hoje lembramos a vida de Santa Marta, que tem seu testemunho gravado nas Sagradas Escrituras. Padres e teólogos encontram em Marta e sua irmã Maria, a figura da vida ativa (Marta) e contemplativa (Maria). O nome Marta vem do hebraico e significa “senhora”.
No Evangelho, Santa Marta apresenta-se como modelo ativo de quem acolhe: “… Jesus entrou em uma aldeia e uma mulher chamada Marta o recebeu em sua casa” (Lc 10,38).
Esta não foi a única vez, já que é comprovada a grande amizade do Senhor para com Marta e seus irmãos, a ponto de Jesus chorar e reviver o irmão Lázaro.
A tradição nos diz que diante da perseguição dos judeus, Santa Marta, Maria e Lázaro, saíram de Bethânia e tiveram de ir para França, onde se dedicaram à evangelização. Santa Marta é considerada em particular como patrona das cozinheiras e sua devoção teve início na época das Cruzadas.
Santa Marta, rogai por nós!

Primeira Leitura (1Jo 4,7-16)


Leitura da Primeira Carta de São João.
7 Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. 8 Quem não ama, não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor.
9 Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele. 10 Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados. 11 Caríssimos, se Deus nos amou assim, nós também devemos amar-nos uns aos outros. 12 Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado entre nós. 13 A prova de que permanecemos com ele, e ele conosco, é que ele nos deu o seu Espírito.
14 E nós vimos, e damos testemunho, que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. 15 Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece com ele, e ele com Deus. 16 E nós conhecemos o amor que Deus tem para co­nosco, e acreditamos nele. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece com Deus, e Deus permanece com ele.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje(Sl 33)


— Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
R- Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
1- Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem! R
2- Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou. R
3- Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda a angústia.R
4- O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! R
5- Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos, porque nada faltará aos que o temem. Os ricos empobrecem, passam fome, mas aos que buscam o Senhor não falta nada. R

Compreendendo e Refletindo

As agitações da vida nos deixam muitas vezes tensos, preocupados. Busquemos em Jesus o essencial para a nossa vida.
Celebramos com muita alegria o dia de Santa Marta. Celebrando essa discípula do Senhor, nós vamos contemplar a importância que os amigos tiveram na vida de Jesus.
Cristo teve multidões atrás de Si, teve muitos discípulos – pelo menos setenta e dois foram instruídos e formados na escola do Senhor. Jesus teve doze Apóstolos. Mas Ele tinha os Seus amigos: aqueles que eram mais próximos, aos quais Jesus partilhava, descansava e vivia momentos mais pessoais.
E a gente conhece essa família: a família de Marta, Maria e Lázaro. Quantas vezes o Senhor fez questão de ir à Bethânia, ou passar por ali, para hospedar-se na casa dos Seus amigos.
Marta, aquela que celebramos hoje, a irmã de Lázaro e Maria, nós a conhecemos do Evangelho no qual a sua irmã ocupou-se de estar aos pés do Mestre e Marta servindo ao Senhor e cuidando dos afazeres da casa. E Jesus até elogiou a opção de Maria e chamou à atenção de Marta por suas constantes inquietações e preocupações em só fazer as coisas.
É uma chamada de atenção a todos nós! Não é que nós sejamos menos santos. É que, na verdade, quem se ocupa só dos seus afazeres corre o risco de perder o essencial, corre o risco de não crescer na intimidade e na relação com o Mestre quando não damos a devida atenção a Ele, à Sua Palavra e à Sua ação na nossa vida.
Não adianta trabalhar para Deus, estarmos apenas no serviço do Senhor, sermos apenas cumpridores das nossas tarefas e obrigações… Aquele que quer ser amigo do Senhor, próximo a Jesus, precisa ter tempo para Ele! Tempo para escutá-Lo, para estar aos Seus pés, para contemplá-Lo. Para tirar do Coração de Jesus as riquezas insondáveis do Seu amor e misericórdia.
As agitações da vida nos deixam muitas vezes tensos, preocupados. Elas nos levam a perdermos a essência a vida. Que hoje aprendamos – como Marta teve que aprender escutando o Senhor – que o essencial nunca será tirado.
Que busquemos em Jesus o essencial para a nossa vida.
Deus abençoe você.

Padre Roger Araújo-Canção Nova

 

Evangelho (Jo 11,19-27)



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 19 muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão. 20 Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa.
21 Então Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22 Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”. 23 Respondeu-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. 24 Disse Marta: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”.
25 Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. 26 E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?” 27 Respondeu ela: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

domingo, 28 de julho de 2013

Papa Francisco se despede do Brasil cheio de “recordações felizes”, leia o discurso

RIO DE JANEIRO, 28 Jul. 13 / 06:46 pm (ACI/EWTN Noticias).- Na manhã de hoje (28), durante a missa de envio, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta disse algumas palavras ao Papa Francisco que, certamente, traduzem o espírito que ficou em cada peregrino brasileiro que participou desta edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013).
Dom Orani agradeceu ao Santo Padre pelo “anuncio de paz” que fez durante os dias nos quais esteve no Brasil e lhe assegurou que sua visita ao Brasil, sua volta a América Latina como o primeiro Papa latino-americano da história e o seu encontro com a juventude do mundo ficarão “gravadas para sempre” no coração dos brasileiros.
Em seu discurso, o Papa disse que irá sentir saudades dos dias que viveu aqui e agradeceu a hospitalidade.
Leia o discurso completo:
Senhora Presidenta da República,
Distintas Autoridade Nacionais, Estaduais e Locais,
Senhor Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro,
Senhores Cardeais e Irmãos no Episcopado,
Queridos Amigos!
Dentro de alguns instantes, deixarei sua Pátria para regressar a Roma. Parto com a alma cheia de recordações felizes; essas – estou certo – tornar-se-ão oração. Neste momento, já começo a sentir saudades. Saudades do Brasil, este povo tão grande e de grande coração; este povo tão amoroso. Saudades do sorriso aberto e sincero que vi em tantas pessoas, saudades do entusiasmo dos voluntários. Saudades da esperança no olhar dos jovens no Hospital São Francisco. Saudades da fé e da alegria em meio à adversidade dos moradores de Varginha.
Tenho a certeza de que Cristo vive e está realmente presente no agir de tantos e tantos jovens e demais pessoas que encontrei nesta inesquecível semana. Obrigado pelo acolhimento e o calor da amizade que me foram demonstrados. Também disso começo a sentir saudades.
De modo particular agradeço à Senhora Presidenta, por ter-se feito intérprete dos sentimentos de todo o povo do Brasil para com o Sucessor de Pedro.
Cordialmente agradeço a meus Irmãos Bispos e seus inúmeros colaboradores por terem tornado estes dias uma celebração estupenda da nossa fé fecunda e jubilosa em Jesus Cristo. Agradeço a todos os que tomaram parte nas celebrações da Eucaristia e nos restantes eventos, àqueles que os organizaram, a quantos trabalharam para difundi-los através da mídia.
Agradeço, enfim, a todas as pessoas que, de um modo ou outro, souberam acudir às necessidades de acolhida e gestão de uma multidão imensa de jovens, sem esquecer de tantas pessoas que, no silêncio e na simplicidade, rezaram para que esta Jornada Mundial da Juventude fosse uma verdadeira experiência de crescimento na fé. Que Deus recompense a todos, como só Ele sabe fazer!
Neste clima de gratidão e saudades, penso nos jovens, protagonistas desse grande encontro: Deus lhes abençoe por tão belo testemunho de participação viva, profunda e alegre nestes dias! Muitos de vocês vieram como discípulos nesta peregrinação; não tenho dúvida de que todos agora partem como missionários. A partir do testemunho de alegria e de serviço de vocês, façam florescer a civilização do amor. Mostrem com a vida que vale a pena gastar-se por grandes ideais, valorizar a dignidade de cada ser humano, e apostar em Cristo e no seu Evangelho. Foi Ele que viemos buscar nestes dias, porque Ele nos buscou primeiro, Ele nos faz arder o coração para anunciar a Boa Nova nas grandes metrópoles e nos pequenos povoados, no campo e em todos os locais deste nosso vasto mundo.
Continuarei a nutrir uma esperança imensa nos jovens do Brasil e do mundo inteiro: através deles, Cristo está preparando uma nova primavera em todo o mundo. Eu vi os primeiros resultados desta sementeira; outros rejubilarão com a rica colheita!
O meu pensamento final, minha última expressão das saudades, dirige-se a Nossa Senhora Aparecida. Naquele amado Santuário, ajoelhei-me em prece pela humanidade inteira e, de modo especial, por todos os brasileiros. Pedi a Maria que robusteça em vocês a fé cristã, que é parte da nobre alma do Brasil, como também de muitos outros países, tesouro de sua cultura, alento e força para construírem uma nova humanidade na concórdia e na solidariedade.
O Papa vai embora e lhes diz "até breve", um "até breve" com saudades, e lhes pede, por favor, que não se esqueçam de rezar por ele. Este Papa precisa da oração de todos vocês. Um abraço para todos. Que Deus lhes abençoe!  Fonte:Acidigital

Em agradecimento pelo trabalho na JMJ Rio2013, Papa Francisco se encontra com os voluntários




RIO DE JANEIRO, 28 Jul. 13 / 05:58 pm (ACI/EWTN Noticias).- Após se reunir com membros do Comitê de Coordenação da CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano), no Auditório do Centro de Estudos do Sumaré, o Papa Francisco se dirigiu de helicóptero ao Centro de Convenções Riocentro para um encontro com os voluntários que trabalharam na JMJ Rio2013.
Os voluntários estavam muito alegres com o encontro e gritavam expressivamente em resposta as palavras pronunciadas pelo Pontífice.
De maneira fraternal, o Santo Padre agradeceu aos jovens voluntários pelo trabalho realizado durante a Jornada, “não podia regressar a Roma sem antes agradecer, de modo pessoal e afetuoso, a cada um de vocês pelo trabalho e dedicação com que acompanharam, ajudaram, serviram aos milhares de jovens peregrinos; pelos inúmeros pequenos detalhes que fizeram desta Jornada Mundial da Juventude uma experiência inesquecível de fé. Com os sorrisos de cada um de vocês, com a gentileza, com a disponibilidade ao serviço, vocês provaram que "há maior alegria em dar do que em receber" (At20,35)”, assim iniciou seu discurso.
Francisco comparou a missão dos voluntários à missão de São João Batista, que preparou o caminho para Jesus, “Cada um, a seu modo, foi um instrumento para que milhares de jovens tivessem o ‘caminho preparado’ para encontrar Jesus. E esse é o serviço mais bonito que podemos realizar como discípulos missionários: preparar o caminho para que todos possam conhecer, encontrar e amar o Senhor.
E os encorajou: “A vocês que, neste período, responderam com tanta prontidão e generosidade ao chamado para ser voluntários na Jornada Mundial, queria dizer: sejam sempre generosos com Deus e com os demais. Não se perde nada; ao contrário, é grande a riqueza da vida que se recebe!”.
Se referindo ao relativismo que atinge a sociedade atual e que afirma não valer a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, para sempre, “uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã. Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, que vão contra a corrente”.
O Pontífice continua incentivando os jovens a se rebelarem, “que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de ‘ir contra a corrente’. Tenham a coragem de ser felizes!”.
Ainda falando sobre vocação, Francisco recorda de quando se decidiu pelo sacerdócio, “nunca me esquecerei daquele 21 de setembro – eu tinha 17 anos – quando, depois de passar pela igreja de San José de Flores para me confessar, senti pela primeira vez que Deus me chamava. Não tenham medo daquilo que Deus lhes pede! Vale a pena dizer "sim" a Deus. N’Ele está a alegria!”, afirma.
Para aqueles que ainda não encontraram a sua vocação na vida, o Papa Francisco aconselha: “Peça isso ao Senhor; Ele lhe fará entender o camino (…). Peçam vocês também a Jesus: Senhor, o que quereis que eu faça, que caminho devo seguir?”
E finaliza, agradecendo novamente, “lhes agradeço por tudo o que fizeram nestes dias. Não se esqueçam de nada do que vocês viveram aqui! Podem contar sempre com minhas orações, e sei que posso contar com as orações de vocês”, diz o Santo Padre aos jovens voluntários da JMJ Rio2013.
Fonte: Acidigital

Pe Lombardi destaca densidade dos discursos e encontros do Papa nos encontros deste sábado

2013-07-28 Rádio Vaticana
Rio de Janeiro (RV) – O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, participou de uma coletiva de imprensa na tarde deste sábado, no Rio de Janeiro, onde falou dos diversos encontros do Papa Francisco neste sábado e da Via Sacra realizada na noite desta sexta-feira.
O jesuíta começou falando da Via Sacra, realizada na noite de ontem, onde estavam presentes 1,5 milhões de pessoas. Ele disse que o Papa Francisco apreciou muito o esforço feito para tornar atuais as Estações e o significado da Via Sacra para os jovens e para o mundo de hoje. “Os pequenos textos, muito concretos, diziam respeito a situações vividas pelos jovens do mundo de hoje e a apresentação cênica, às vezes não muito simples ou imediata, mostrava um real esforço para dar um significado atual que ajudasse a refletir, uma provocação que levasse a refletir, sobre o significado atual da Via Sacra”.

Pe. Lombardi observou que havia um grupo de 35 papeleiros argentinos no palco, próximos ao Papa. “O Papa é muito amigo destas pessoas”. O Papa pediu que os organizadores encontrassem estas pessoas, e eles foram até Buenos Aires buscá-los.
A recordação dos jovens que morreram no incêndio em Santa Maria no discurso do Papa foi muito apreciada. “Eu falei com o Bispo de Santa Maria hoje de manhã que disse ter ficado muito emocionado por esta recordação e agradeceu muito. Ele me disse que quinta-feira, o último jovem internado deixou o hospital, após seis meses”, disse Lombardi.
Falando sobre o encontro no Teatro Municipal, Lombardi destacou a ‘originalidade do evento’, pois os protagonistas do encontro eram membros da sociedade civil. E destacou os representantes dos muitos grupos presentes que saudaram o Papa ao final, destacando as tribos das etnias Makuci e Karajas, da Amazônia e Tocantins. Também estava um representante de religião afro, um Pastor da Igreja Presbiteriana e um representante islâmico. Havia também embaixadores representando seis diferentes regiões do mundo, pessoas com deficiência visiva, um médico cardiologista que trabalha com crianças, entre tantos outros representantes.
Do discurso do Papa Francisco no Teatro Municipal do Rio, Lombardi destacou alguns pontos, como a frase “reabilitar a política como forma mais alta de caridade. Reabilitar a política”. Outras expressões destacadas foram “humildade social, a atitude do diálogo, a colaboração de uns com os outros, sem sentir-se superior”, o que suscitou um grande aplauso dos presentes.
Outra parte significativa do discurso evidenciada por Pe. Lombardi foi sobre a laicidade do Estado e liberdade religiosa. “A convivência pacífica entre as diversas religiões é garantida pela laicidade do Estado, sem assumir como própria nenhuma posição confessional, mas respeitando e dando valor à presença do fator religioso na sociedade, favorecendo as suas expressões concretas. “Isto é muito importante – disse Lombardi – a idéia de uma correta laicidade, porque existem correntes, tradições, na Europa em particular, onde na laicidade se coloca a religião totalmente fora da vida pública. E a religião não deve ser excluída, mas presença ativa, propositiva da sociedade, sem ser superior ou impor presença. Neste sentido está a idéia da cultura do encontro: diálogo, diálogo, diálogo”
Lombardi destacou ainda o encontro do Papa no Palácio do Arcebispado com os Bispos brasileiros. Haviam cerca de 300 Bispos no encontro. O salão e o Auditório ficaram cheios. O Papa leu todo o seu discurso e não quis nenhum tipo de transmissão para preservar a familiaridade do encontro. O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé destacou a primeira parte “maravilhosa” do discurso do Papa, em que conta o significado do evento de Aparecida e faz uma leitura espiritual e teológica do evento: “pescar Deus no mistério das águas profundas para levá-lo ao conhecimento do povo”. (JE)    Fonte: News.VA

Papa Francisco na Missa de conclusão da JMJ Rio 2013: "Ide, sem medo, servir"

2013-07-28 Rádio Vaticana

Rio de Janeiro (RV) Mais de 3 milhões de pessoas, segundo estimativas, participaram da Missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude Rio2013 presidida pelo Papa Francisco na manhã deste domingo. Após o ‘maior flash mobe do mundo’, Francisco foi recebido no palco na Praia de Copacabana pouco depois das 10 horas, pelos Cardeais, Bispos e sacerdotes presentes.
Na celebração estavam presentes as Presidentes do Brasil e Argentina, Dilma Roussef e Cristina Kirchner, respectivamente, o Presidente da Bolívia, Evo Morales, o Presidente do Suriname e os Vice-presidentes do uruguai e do Panamá.Os milhares de participantes da Vigília realizada na noite de sábado, viram-se obrigados a improvisar um local para recuperar as forças para o dia de hoje. Assim, as pequenas barracas, os sacos de dormir ou os pequenos cobertores nas areias de Copacabana e na Av. Atlântica, acabaram formando um grande mosaico de cores e formas.
O Papa chegou de helicóptero no Forte Copacabana, percorrendo a seguir a Av. Atlântica no papamóvel. Francisco subiu ao palco pouco depois das 10 horas para presidir a Missa que encerrou a JMJ. O Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, antes de iniciar a celebração, falou da Jornada no Rio, agradecendo ao Papa Francisco e a todos os presentes.Alternando entre o português e o espanhol, o Papa Francisco centrou sua homilia no ‘discípulo e na missão’, refletindo sobre três pontos: ‘Ide’, ‘sem medo’ e ‘para servir’.
Na sua reflexão sobre o primeiro ponto, ‘ide’, Francisco observou que “a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde”. “A fé - disse o Papa - é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história”.O Papa ressaltou que “partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você”:
É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do amor, do fato que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deu a sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor”.
“O Evangelho é para todos, não apenas para alguns”, disse Francisco, pois seu anúncio não tem fronteiras nem limites. ”Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor”, exortou.“De forma especial – salientou - queria que este mandato de Cristo –‘Ide’ - ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, a América Latina, o mundo precisa de Cristo! Este continente recebeu o anúncio do Evangelho, que marcou o seu caminho e produziu muito fruto", a crescentou:
Agora este anúncio é confiado também a vocês, para que ressoe com uma força renovada. A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido”.
Ao falar do segundo ponto, ‘sem medo’, o Santo Padre explicou que “quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós! Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês”! O Papa enfatizou que os missionários são enviados em grupo, e que os jovens devem sentir “a companhia de toda a Igreja e também a comunhão dos santos nesta missão”:
Jesus não chamou os Apóstolos para viver isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade. Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, que concelebram comigo esta Eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar esta experiência de fé! Mas esta é uma etapa do caminho. Continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos”.
Neste ponto, Francisco agradeceu ‘de coração’, “às pastorais da juventude, aos movimentos e novas comunidades que acompanham os jovens. Tão criativos e audazes!”.
Referindo-se à leitura proclamada, o Papa explicou o último ponto de sua reflexão, ‘servir’. “Para anunciar Jesus, Paulo fez-se «escravo de todos»”. “Evangelizar afirmou - significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-nos para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus”. Ao concluir, Francisco disse que seguindo as três palavras, ‘Ide’, ‘sem medo’, ‘para servir’, os jovens experimentarão “que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe alegria”. E acrescentou, que ao retornarem às suas casas, não devem ter medo “de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho”:
Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo. Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, lhes acompanhe sempre com a sua ternura: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações»”.
No ofertório, foi apresentada uma criança com anencefalia (no colo do seu pai) como sinal de acolhida e oferta a Deus pela vida. No sábado, de fato, após a saída da Catedral do Rio de Janeiro - onde celebrou com Bispos, sacerdotes, seminaristas e religiosos -, o Papa Francisco encontrou-se com um casal que lhe apresentou a sua pequena filha, nascida anencéfala. Eles não quiseram abortar, mesmo sendo permitido pela legislação.
Na oração dos fiéis, rezou-se pelas vítimas do acidente de trem ocorrido em Santiago de Compostela, na Espanha.Após a comunhão, o Presidente do Pontifício Conselho dos leigos, Cardeal Stanislaw Rilko, fez seu pronunciamento. Após, cinco jovens representando os cinco continentes, receberam do Papa Francisco a cruz missionária.     Fonte: News,VA