quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Papa: pastores, digam a verdade acolhendo as pessoas

2016-12-15 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) - João Batista foi a figura central da homilia do Papa Francisco na missa matutina celebrada na Capela da Santa Marta, nesta quinta-feira (15/12).
A liturgia do Advento reflete sobre o ministério desse homem que vivia no deserto, pregava e batizava. Todos iam ao seu encontro, até mesmo os fariseus e os doutores da lei, mas “com distância”, para julgá-lo e não para se batizar. 
No Evangelho de hoje, Jesus pergunta às multidões: O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Um homem vestido com roupas finas? Não um homem vestido com roupas preciosas porque aqueles que vivem no luxo estão nos palácios dos reis, “alguns nos episcopados”, acrescentou o Papa.
O que eles foram ver é um profeta, “alguém que é mais do que um profeta”. “Entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João”, “o último dos profetas” porque depois dele há o Messias, explicou Francisco, que se deteve nos motivos dessa grandeza: “Era um homem fiel ao que o Senhor lhe pediu”, “grande porque fiel” e essa grandeza se via em suas pregações: 
Vigor na pregação
“Pregava com vigor, dizia coisas fortes aos fariseus, aos doutores da lei, aos sacerdotes. Não lhes dizia: Queridos, comportem-se bem! Não! Dizia-lhes simplesmente: ‘Raça de víboras’. Não fazia rodeios, porque eles se aproximavam para controlar e para ver, mas nunca com o coração aberto: Raça de víboras! Arriscava a vida, mas era fiel. A Herodes dizia na cara: ‘Adúltero, isso não é lícito! Se um sacerdote hoje na homilia dominical dizer: Entre vocês existem alguns que são raça de víboras e existem também adúlteros, certamente o bispo receberia uma reclamação: Mande embora este pároco que nos insulta. E João Batista insultava. Por que? Porque era fiel à sua vocação e à verdade.”
O Papa observou que com as pessoas comuns João Batista era compreensivo. Aos publicanos, pecadores públicos porque exploravam o povo, ele dizia: “Não peçam mais do que o justo”. “Começava do pouco. Depois, veremos. E os batizava”, prosseguiu Francisco. “Primeiro este passo, depois a gente vê”.
Responsabilidade
Aos soldados, aos policiais pedia para não ameaçar nem denunciar ninguém e de se contentar com o seu salário. “Isso significa não entrar no mundo das propinas”, explicou o Papa. João batizava todos esses pecadores, mas com esse mínimo passo adiante porque sabia que com esse passo, depois o Senhor fazia o resto. E eles se convertiam. “É um pastor que entendia a situação das pessoas, que ajudava as pessoas a caminhar com o Senhor.” João foi o único dos profetas a quem foi dada a graça de indicar: “Este é Jesus”.
Mas, apesar de João ser grande, forte, certo da sua vocação, “também tinha momentos escuros”, “tinha as suas dúvidas”, diz Francisco. João, de fato, da prisão começa a duvidar, apesar de ter batizado Jesus, “porque era um Salvador, não como ele havia imaginado”. Ele, então, envia dois dos seus discípulos a perguntar-lhe se era realmente ele o Messias. E Jesus corrige a visão de João com uma resposta clara. Diz para referir a João que “os cegos recuperam a vista”, “os surdos ouvem”, “os mortos ressuscitam”. “Os grandes podem se dar ao luxo de duvidar, porque são grandes”, comenta o Papa:
Conversão
“Os grandes podem se dar ao luxo de duvidar, e isso é bom. Eles têm certeza da vocação, mas sempre que o Senhor lhes mostra uma nova estrada eles têm dúvidas. ‘Mas isso não é ortodoxo, isto é herético, este não é o Messias que eu esperava'. O diabo faz este trabalho e qualquer amigo também ajuda, certo? Esta é a grandeza de João, um grande, o último daquele grupo de crentes que começou com Abraão, aquele que prega a conversão, que não usa meias palavras para condenar os orgulhosos, que no fim da vida se permite de duvidar. E este é um bom programa de vida cristã”.
Francisco, em seguida, resume os pontos principais da sua homilia: dizer as coisas com verdade e receber das pessoas o que consegue dar, um primeiro passo:
“Peçamos a João a graça da coragem apostólica de sempre dizer as coisas com a verdade do amor pastoral, de receber pessoas com o pouco que pode dar, o primeiro passo. Deus fará o resto. E também a graça para duvidar. Muitas vezes, talvez no final da vida, alguém se pode perguntar: 'Mas é verdade tudo aquilo que eu acreditei ou são fantasias?’ A tentação contra a fé, contra o Senhor. Que o grande João, que é o menor no reino dos Céus, por isso é grande, nos ajude neste caminho nas pegadas do Senhor”. (MJ-SP)
 Fonte: News.VA

Mensagem para o Dia Mundial do Enfermo - texto integral

2016-12-15 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – Foi divulgada esta quinta-feira (15/12) a mensagem do Papa Francisco para a XXV Dia Mundial do Enfermo – a ser celebrado em 11 de fevereiro de 2017 -  que terá por tema «Admiração pelo que Deus faz:“o Todo-Poderoso fez em mim maravilhas” (Lc 1, 49)».
Eis a íntegra da mensagem do Santo Padre:

“Queridos irmãos e irmãs,
No próximo dia 11 de fevereiro, celebrar-se-á em toda a Igreja, e de forma particular em Lourdes, o XXV  Dia Mundial do Enfermo,, sob o tema: «Admiração pelo que Deus faz: “o Todo-Poderoso fez em mim maravilhas” (Lc 1, 49)». Instituída pelo meu predecessor São João Paulo II em 1992 e celebrada a primeira vez precisamente em Lourdes no dia 11 de fevereiro de 1993, tal Jornada dá ocasião para se prestar especial atenção à condição dos doentes e, mais em geral, a todos os atribulados; ao mesmo tempo convida quem se prodigaliza em seu favor, a começar pelos familiares, profissionais de saúde e voluntários, a dar graças pela vocação recebida do Senhor para acompanhar os irmãos doentes. Além disso, esta recorrência renova, na Igreja, o vigor espiritual para desempenhar sempre da melhor forma a parte fundamental da sua missão que engloba o serviço aos últimos, aos enfermos, aos atribulados, aos excluídos e aos marginalizados (cf. JOÃO PAULO II, Motu proprio Dolentium hominum, 11 de fevereiro de 1985, 1). Com certeza, os momentos de oração, as Liturgias Eucarísticas e da Unção dos Enfermos, a interajuda aos doentes e os aprofundamentos bioéticos e teológico-pastorais que se realizarão em Lourdes, naqueles dias, prestarão uma nova e importante contribuição para tal serviço.
Sentindo-me desde agora presente espiritualmente na Gruta de Massabiel, diante da imagem da Virgem Imaculada, em quem o Todo-Poderoso fez maravilhas em prol da redenção da humanidade, desejo manifestar a minha proximidade a todos vós, irmãos e irmãs que viveis a experiência do sofrimento, e às vossas famílias, bem como o meu apreço a quantos, nas mais variadas tarefas de todas as estruturas sanitárias espalhadas pelo mundo, com competência, responsabilidade e dedicação se ocupam das melhoras, cuidados e bem-estar diário de todos vós. Desejo encorajar-vos a todos – doentes, atribulados, médicos, enfermeiros, familiares, voluntários – a olhar Maria, Saúde dos Enfermos, como a garante da ternura de Deus por todo o ser humano e o modelo de abandono à vontade divina; e encorajar-vos também a encontrar sempre na fé, alimentada pela Palavra e os Sacramentos, a força para amar a Deus e aos irmãos mesmo na experiência da doença.
Como Santa Bernadete, estamos sob o olhar de Maria. A jovem humilde de Lourdes conta que a Virgem, por ela designada «a Bela Senhora», a fixava como se olha para uma pessoa. Estas palavras simples descrevem a plenitude dum relacionamento. Bernadete, pobre, analfabeta e doente, sente-se olhada por Maria como pessoa. A Bela Senhora fala-lhe com grande respeito, sem Se pôr a lastimar a sorte dela. Isto lembra-nos que cada doente é e permanece sempre um ser humano, e deve ser tratado como tal. Os doentes, tal como as pessoas com deficiências mesmo muito graves, têm a sua dignidade inalienável e a sua missão própria na vida, não se tornando jamais meros objetos, ainda que às vezes pareçam de todo passivos, mas, na realidade, nunca o são.
Bernardete, depois de estar na Gruta, graças à oração, transforma a sua fragilidade em apoio para os outros; graças ao amor, torna-se capaz de enriquecer o próximo e sobretudo oferece a sua vida pela salvação da humanidade. O facto de a Bela Senhora lhe pedir para rezar pelos pecadores lembra-nos que os doentes, os atribulados não abrigam em si mesmos apenas o desejo de curar, mas também o de viver cristãmente a sua existência, chegando a doá-la como autênticos discípulos missionários de Cristo. A Bernadete, Maria dá a vocação de servir os doentes e chama-a para ser Irmã da Caridade, uma missão que ela traduz numa medida tão elevada que se torna modelo que todo o profissional de saúde pode tomar como referência. Por isso, peçamos à Imaculada Conceição a graça de saber sempre relacionar-nos com o doente como uma pessoa que certamente precisa de ajuda – e, por vezes, até para as coisas mais elementares – mas também é portadora do seu próprio dom que deve partilhar com os outros.
O olhar de Maria, Consoladora dos aflitos, ilumina o rosto da Igreja no seu compromisso diário a favor dos necessitados e dos doentes. Os preciosos frutos desta solicitude da Igreja pelo mundo dos atribulados e doentes são motivo de agradecimento ao Senhor Jesus, que Se fez solidário conosco, obedecendo à vontade do Pai até à morte na cruz, para que a humanidade fosse redimida. A solidariedade de Cristo, Filho de Deus nascido de Maria, é a expressão da omnipotência misericordiosa de Deus que se manifesta na nossa vida – sobretudo quando é frágil, está ferida, humilhada, marginalizada, atribulada –, infundindo nela a força da esperança que nos faz levantar e sustenta.
Uma riqueza tão grande de humanidade e de fé não deve ficar perdida, mas sim ajudar-nos a enfrentar as nossas fraquezas humanas e, ao mesmo tempo, os desafios presentes em âmbito sanitário e tecnológico. Por ocasião do Dia Mundial do Enfermo, podemos encontrar novo impulso a fim de contribuir para a difusão duma cultura respeitadora da vida, da saúde e do meio ambiente; encontrar um renovado impulso a fim de lutar pelo respeito da integridade e dignidade das pessoas, inclusive mediante uma abordagem correta das questões bioéticas, a tutela dos mais fracos e o cuidado pelo meio ambiente.
Por ocasião da XXV Dia Mundial do Enfermo, reitero a minha proximidade feita de oração e encorajamento aos médicos, enfermeiros, voluntários e a todos os homens e mulheres consagrados comprometidos no serviço dos doentes e necessitados; às instituições eclesiais e civis que trabalham nesta área; e às famílias que cuidam amorosamente dos seus membros doentes. A todos, desejo que possam ser sempre sinais jubilosos da presença e do amor de Deus, imitando o testemunho luminoso de tantos amigos e amigas de Deus, dentre os quais recordo São João de Deus e São Camilo de Lélis, Padroeiros dos hospitais e dos profissionais de saúde, e Santa Teresa de Calcutá, missionária da ternura de Deus.
Irmãs e irmãos todos – doentes, profissionais de saúde e voluntários –, elevemos juntos a nossa oração a Maria, para que a sua materna intercessão sustente e acompanhe a nossa fé e nos obtenha de Cristo seu Filho a esperança no caminho da cura e da saúde, o sentido da fraternidade e da responsabilidade, o compromisso pelo desenvolvimento humano integral e a alegria da gratidão sempre que Ele nos maravilha com a sua fidelidade e a sua misericórdia:
Ó Maria, nossa Mãe,
que, em Cristo, acolheis a cada um de nós como filho,
sustentai a expectativa confiante do nosso coração,
socorrei-nos nas nossas enfermidades e tribulações,
guiai-nos para Cristo, vosso filho e nosso irmão,
e ajudai a confiarmo-nos ao Pai que faz maravilhas.
A todos vós, asseguro a minha recordação constante na oração e, de coração, concedo a Bênção Apostólica.

Vaticano, 8 de dezembro – Festa da Imaculada Conceição – de 2016.
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Igreja no Brasil em luto: faleceu o Card. Arns. Entrevista com Dom Scherer

2016-12-14 Rádio Vaticana
São Paulo (RV) - Faleceu no final da manhã desta quarta-feira (14/12), aos 95 anos, o arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Paulo Evaristo Arns, bispo das causas sociais, grande defensor dos direitos humanos, conhecido por ajudar os perseguidos pelas ditaduras militar latino-americanas.
 
Considerado uma das figuras mais destacadas da Igreja católica na América-Latina da segunda metade do Séc. XX, Dom Paulo encontrava-se internado desde o dia 28 de novembro passado no Hospital Santa Catarina, na capital paulista, em decorrência de uma broncopneumonia.
O arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, lamentou a morte de Dom Arns, que será velado durante 48 horas na Catedral da Sé, e destacou “sua dedicação e coragem na defesa da dignidade e dos direitos inalienáveis da cada pessoa.
Dom Paulo foi criado cardeal em 1973 pelo Papa Paulo VI, tendo sido arcebispo de São Paulo de 1970 até 1998, ano em que renunciou por limite de idade, sendo substituído à frente da arquidiocese paulista – a terceira maior do mundo (após Cidade do México e Guadalajara) – pelo Cardeal Claudio Hummes.
Considerado uma das figuras mais eminentes da Igreja latino-americana, o Cardeal Arns foi um dos grandes articuladores da eleição de João Paulo II no Conclave de 1978.
Franciscano de origem alemã, Dom Paulo foi um dos principais defensores dos direitos humanos durante a ditadura militar que governou nosso país entre 1964 e 1985, período em que ajudou muitos perseguidos também de outros países latino-americanos.
Dom Paulo era o último dos cardeais em vida criados pelo Papa Paulo VI (também o Papa emérito Bento XVI foi feito cardeal pelo Papa Montini).


Entrevistado pelo colega Silvonei José, o arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, nos fala da grande perda deste homem de Deus, sobre o testemunho e legado deixados por Dom Paulo Evaristo Arns:
Fonte: News.VA

Audiência: Natal é abrir o coração à esperança


Quarta-feira, 14 de dezembro, na audiência geral o Papa Francisco propôs mais uma catequese sobre a esperança cristã. O Santo Padre recordou o profeta Isaías que nos convida a abrirmo-nos à esperança, acolhendo a Boa-Nova da salvação que está a chegar. No fim do exílio na Babilónia, é a possibilidade de Israel reencontrar Deus. O Senhor aproxima-se – assinalou o Papa – e aquele «pequeno resto» que atravessou a crise e que continuou a crer e a esperar poderá ver as maravilhas do Senhor. O pequeno resto a que se refere Francisco é o pequeno povo que ficou depois do exílio, aquele resto que “no exílio resistiu na fé, que atravessou a crise e continuou a crer e a esperar mesmo no meio da escuridão”. O Papa na sua catequese sublinhou algumas das palavras do canto de Isaías no capítulo 52: «O Senhor mostra a força do seu braço poderoso (…) e todos os confins da terra verão o triunfo do nosso Deus». «Diz a Sião: “O rei é o teu Deus!”». Estas palavras mostram a fé num Deus que Se inclina misericordiosamente sobre o homem, para o libertar de tudo o que desfigura nele a imagem de Deus – observou o Santo Padre. E a plenitude de tanto amor é precisamente o Reino instaurado por Jesus, aquele Reino de perdão e paz que chega no Natal e se realiza definitivamente na Páscoa – declarou. Os motivos da nossa esperança são estes – disse Francisco – “quando tudo parece perdido, quando, à vista de tantas realidades negativas, torna-se difícil acreditar e vem a tentação de dizer que já nada tem sentido, faz-se ouvir a Boa Nova: Deus está a chegar, para realizar algo de novo, instaurar um Reino de paz, vem trazer liberdade e consolação. O mal não triunfará para sempre, acabará a tribulação”. Somos chamados a ser homens e mulheres de esperança, que proclamam a vinda deste Reino feito de luz e destinado a todos. “Esta mensagem é urgente!” – lembrou o Papa dizendo que devemos também correr, como o mensageiro sobre os montes de que fala o profeta, porque o mundo não pode esperar, a humanidade tem fome e sede de justiça e de paz. E a promessa cumpre-se no Menino de Belém, uma criança que nasce “necessitada de tudo” colocada “numa manjedoura”: ali está todo poder do Deus que salva. “É preciso abrir o coração – o Natal é o dia para abrir o coração!” – declarou o Santo Padre. O Papa afirmou que no Natal é preciso abrir o coração a toda a “pequenez” que está ali naquele Menino. Um Natal que devemos preparar “com esperança neste tempo de Advento”. “É a surpresa de um Deus Menino, de um Deus pobre, de um Deus débil, de um Deus que abandona a sua grandeza para se fazer próximo de cada um de nós” – disse Francisco no final da sua catequese. Nas saudações destaque para aquela dedicada aos peregrinos de língua portuguesa na qual o Papa fez votos de um “Santo Natal de Jesus, vivido com a mesma fé humilde e obediente de Maria e José”. O Santo Padre pediu para vermos na força do Menino Jesus “a vitória final sobre os poderes arrogantes da terra”. O Papa Francisco a todos deu a sua benção! (RS) (from Vatican R

Fonte: News.VA

17 de Dezembro - 80º aniversário do Papa Francisco


No próximo sábado 17 de Dezembro, o Papa Francisco faz 80 anos de idade. A Sala de imprensa da Santa Sé fazer saber que de manhã às oito horas da manhã, o Santo Padre presidirá a uma concelebração litúrgica, na Capela Paulina, no Vaticano, com os Cardeais residentes em Roma. Depois o resto do seu dia será “normal”, rica de empenhos: receberá em audiência o Presidente da República de Malta, o Prefeito da Congregação para os Bispos, o Bispo de Chur, na Suíça e a Comunidade de Nomadelfia. Quem desejar dar parabéns ao Papa Francisco em língua portuguesa pode escrever para o e-mail. Papafrancisco80@vatican.va. Nos medias sociais o hashtag criado para essa ocasião é  #pontifex80.
(DA)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Chegada do Emanuel


O profeta Isaías foi bem claro ao prever a chegada do Emanuel (Is 7,14). A realidade se concretiza no Natal, quando o menino Jesus vem como fruto do “sopor de Deus”, como o fogo que clareia e dá visibilidade ao projeto do Pai. A luz, que antes fumegava e soltava fumaça, possibilita enxergar o mundo que nos cerca, tanto suas sombras como também os sinais concretos de vida.
O Emanuel, Deus conosco, significa a real presença de Deus no meio da humanidade. Numa possível prática de aborto nos três primeiros meses de vida, tudo que foi projetado ao longo do Antigo Testamento, teria caído por terra. Não haveria o Natal, porque Aquele que foi gerado no seio de Maria foi podado pela brutalidade de uma pena de morte sem nenhuma condição de autodefesa.
O que vemos em José, pai adotivo de Jesus, e em Maria, a escolhida para ser mãe de Deus, revela uma prática de justiça, de honestidade e de esperança no filho que estava sendo esperado. Todo o cenário da Família de Nazaré foi sinal visível da bondade do divino Pai para com os seus filhos. A presença de Deus dá às pessoas uma dignidade que supera todas as fraquezas humanas.
Jesus, de origem judaica, é a boa-nova anunciada pelas Escrituras sagradas dos judeus, definido como Filho de Deus com poder acontecido a partir da ressurreição, da sua vitória sobre a morte. A conclusão é que o crucificado é o Messias, que nasce para realizar um projeto de vida para as pessoas. Por isto, a celebração de seu nascimento é um compromisso de vida nova.
Na origem de Jesus está a figura de Abraão, nosso pai na fé. A história registra a pessoa do rei Davi, de cuja descendência nasce o Emanuel, que vem para salvar seu povo. Não salvar de uma sociedade corrompida, mas provocar a sensibilidade do coração humano para entender e assumir a misericórdia e o perdão de Deus. Jesus indica o caminho da salvação como obediência ao Evangelho.
Dizemos hoje, com toda convicção, que Jesus é a presença de Deus no meio das fraquezas do mundo. Ele nos dá os critérios do reinado de Deus, todos eles fundamentados na prática da justiça e da honestidade. Podemos concluir que a chegada do Emanuel, fato celebrado todos os anos no dia do Natal, não é apenas aniversário, mas reafirmação dos compromissos de vida digna para as pessoas.
Fonte: Catequese Católica

Santo do Dia - Santa Cristiana, instrumento providencial

Santa Cristina
A vida de Santa Cristiana é um grande testemunho de que nada é coincidência, mas tudo é providência

A vida de Santa Cristiana é um grande testemunho de que nada é coincidência, mas tudo é providência. Os Georgianos consideram-na o instrumento providencial da sua conversão.
Ela era uma escrava que vivia na Grécia nos princípios do século IV. Teria sido levada cativa para essa terra por guerreiros vitoriosos ou teria lá procurado voluntariamente asilo, fugindo da perseguição que se desencadeara na sua pátria? Ninguém sabia qual era sua verdadeira origem; só a conheciam pelo nome de Cristiana ou Nina (cristã). Era humilde e caridosa e fazia-se estimar.
Quando alguma criança caía doente nessas regiões, a mãe levava-a de porta em porta, a fim de consultar as vizinhas sobre os melhores remédios a aplicar. Um dia, foi ter com ela uma pobre mulher, levando nos braços um menino moribundo. Ao vê-lo, a santa, cuja memória a Igreja celebra hoje, disse: “Eu não posso fazer nada, mas Deus Todo-Poderoso pode restituir-lhe a saúde, se for essa a Sua vontade”. Deitou o moribundo no seu próprio catre, cobriu-o com o seu cilício, orou a Deus em nome de Cristo e, a seguir, restituiu à mãe o filho curado.
A fama desse milagre chegou aos ouvidos da rainha da Geórgia, que estava prestes a morrer de uma doença desconhecida. Pediu ela que lhe chamassem Nina, mas esta, cuja inocência já tinha corrido muitos perigos, respondeu: “O meu lugar não é em palácio”. Foi então a rainha ter com a escrava e recuperou a saúde. Tanto ela como o rei Mirian quiseram recompensá-la com ricos presentes, mas Cristiana os recusou dizendo: “A única coisa que me faria feliz seria ver-vos abraçar a religião cristã”. Mirian levou muito tempo a tomar essa decisão, mas um dia, correndo grave perigo numa caçada às feras, prometeu que, se escapasse ileso, se tornaria cristão. Sabe-se efetivamente que, cerca do ano de 325, ele pediu a Constantino que lhe enviasse missionários. O Imperador enviou-lhe o Bispo Pedro e o Sacerdote Jacob, que batizaram “todos os habitantes da sua capital”, lançando assim os fundamentos do Cristianismo nesse país.
Santa Cristiana, rogai por nós!

Liturgia Diária - 3ª Semana do Advento - Quinta-feira 15/12/2016

Primeira Leitura (Is 54, 1-10)
Leitura da Livro do Profeta Isaías.
1Alegra-te, ó estéril, que nunca foste mãe, exulta e regozija-te, tu que nunca deste à luz; os filhos da mulher abandonada são mais numerosos do que os filhos da bem-casada, diz o Senhor. 2Alarga o espaço de tua tenda e distende bastante as peles das tuas barracas; usa cordas bem longas e finca as estacas com segurança. 3Farás expansão para um lado e para o outro e tua posteridade receberá em herança as nações que povoarão cidades abandonadas. 4Não tenhas medo, pois não sofreras afronta alguma; nem te perturbes, pois não tens de que te envergonhar; esquecerás a vergonha sofrida na juventude e não te recordarás mais da humilhação da viuvez. 5Teu esposo é aquele que te criou, seu nome é Senhor dos exércitos; teu redentor, o Santo de Israel, chama-se Deus de toda a terra. 6O Senhor te chamou, como a mulher abandonada e de alma aflita; como esposa repudiada na mocidade, falou o teu Deus. 7Por um breve instante eu te abandonei, mas com imensa compaixão volta a acolher-te. 8Num momento de indignação, por um pouco ocultei de ti minha face, mas com misericórdia eterna compadeci-me de ti, diz teu Salvador, o Senhor. 9Como fiz nos dias de Noé, a quem jurei nunca mais inundar a terra, assim juro que não me irritarei contra ti nem te farei ameaças. 10Podem os montes recuar e as colinas abalar-se, mas minha misericórdia não se apartará de ti, nada fará mudar a aliança de minha paz, diz o teu misericordioso Senhor.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo de Hoje (Sl 29)

— Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
— Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
— Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava já morrendo!
— Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria.
– Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!

Compreendendo e Refletindo

Temos de ser seta, sinal que aponta às pessoas o caminho da salvação, que é Jesus

“Eu vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João. No entanto, o menor no Reino de Deus é maior do que ele” (Lucas 7,28).
É uma graça aquilo que a Liturgia do Tempo do Advento nos dá, que é refletir sobre a figura, a pessoa de João Batista.
João foi um homem de Deus, humilde, modesto e penitente; um homem totalmente voltado para a causa do Senhor e para preparar Seus caminhos. Por isso, ele assume um papel fundamental na compreensão do mistério da vinda de Cristo, o Messias.
É muito interessante que João não chama a atenção para si, mas para Cristo, mostrando que Ele é o Salvador, o caminho, a luz que vem para o mundo.
Temos de ter muito cuidado, temos de ser seta, sinal que aponta às pessoas o caminho da salvação, que é Jesus. Mas não podemos querer que as pessoas parem em nós. Eu não posso querer que as pessoas parem em mim, que se prendam a mim, que sigam o caminho de Deus por causa de mim e tenham em mim o ponto de parada ou chegada. Assim, vale também para o cantor, para o padre que é o pastor, que é líder. Não podemos parar nas pessoas, pois elas precisam ser para nós um sinal.
É verdade que existem os maus e bons sinais ao longo do caminho, e precisamos seguir os bons sinais. Mais do que segui-los, precisamos ser um bom sinal na estrada, temos que sinalizar para as pessoas por onde elas devem ir, e que, de fato, não devemos parar, estacionar ao longo do caminho.
Devemos levar as pessoas até Jesus, para que O conheçam, para que se entreguem a Ele, a fim de que façam o que João fez: transformou Jesus na luz da sua vida.
João era uma voz, mas não era a Palavra. João era a voz por onde a Palavra de Deus chegava até as pessoas. Temos o canal vocal de onde nossa voz sai, mas a palavra não deve ser nossa, e sim de Deus! Devemos ser, realmente, para os outros um canal que comunica a Palavra de Deus, para que ela chegue aos corações.
Às vezes, preocupamo-nos muito com a nossa opinião, com nossa palavra e vontade. Aquele que se põe como instrumento de Deus faz-se voz d’Ele para que Sua Palavra chegue ao coração das pessoas.
João se fez humilde, dilatou seu coração, foi um homem penitente para que as pessoas não parecem nele, mas para que chegassem até Deus.
Quando nos fazemos menor, quando a humildade toma conta do nosso coração, as pessoas não param em nós, mas olham para nós e chegam até Deus por nosso intermédio.
Que sejamos para o mundo sinais vivos de que Deus está no meio de nós!
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo- Canção Nova

Evangelho (Lc 7,24-30)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

24Depois que os mensageiros de João partiram, Jesus começou a falar sobre João às multidões: “Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 25Que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que se vestem com roupas preciosas e vivem no luxo estão nos palácios dos reis. 26Então, que fostes ver? Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e alguém que é mais do que um profeta. 27É de João que está escrito: ‘Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o meu caminho diante de ti’. 28Eu vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João. No entanto, o menor no Reino de Deus é maior do que ele. 29Todo o povo ouviu e até mesmo os cobradores de impostos reconheceram a justiça de Deus, e receberam o batismo de João. 30Mas os fariseus e os mestres da Lei, rejeitando o batismo de João, tornaram inútil para si mesmos o projeto de Deus”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Santo do Dia- Nossa Senhora de Guadalupe - Padroeira de toda a América

Nossa Senhora de Guadalupe
Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII

Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).
Nossa Senhora disse então a Juan Diego que fosse até o bispo e lhe pedisse que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.
O bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Isso ocorreu quando Juan Diego buscava um sacerdote para o tio doente: “Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua “tilma” (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omita…”
O prelado viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.
Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado o porquê”. Diante de tudo isso muitos se converteram e o santuário foi construído.
O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já existe há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.
No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do referido bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.
Declarou o Papa Bento XIV, em 1754: “Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros… uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus não agiu assim com nenhuma outra nação”.
Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América” pelo Papa Pio XII no dia 12 de outubro de 1945.
No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou a Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira.
Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

Liturgia Diária-3ª Semana do Advento - Segunda-feira 12/12/2016

Primeira Leitura (Gl 4,4-7)
Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas.
Irmãos, 4quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, 5a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva. 6E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá – ó Pai! 7Assim, já não és mais escravo, mas filho; e se és filho, és também herdeiro: tudo isso, por graça de Deus.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje (Sl 95)

— Manifestai a sua glória entre as nações.
— Manifestai a sua glória entre as nações.
— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu Santo nome.
— Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
— Publicai entre as nações: “Reina o Senhor! Ele firmou o universo inabalável, e os povos ele julga com justiça”.

Compreendendo e Refletindo

Maria, hoje, quer olhar para cada um de nós e dizer: “Você não está sozinho! Não está abandonado!”

“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” (Lucas 1,42).
Celebramos, hoje, o dia de Nossa Senhora de Guadalupe. Um dos grandes sinais de Deus para os nossos tempos, é a aparição da mãe de Deus na cidade de Guadalupe, a um indígena, Juan Diego. Os primeiros habitantes deste continente tomaram conta, foram eles quem desenvolveram este local, foram eles os primeiros representantes de Deus nesta terra. Depois que veio a colonização, depois que outros povos chegaram, trouxeram muitas coisas boas e belas, mas, ao mesmo tempo, provocaram muitas coisas desastrosas como a dizimação e a eliminação de tantos irmãos indígenas, os primeiros habitantes desta terra.
Quando a mãe de Deus aparece ao querido indígena Juan Dieguito para dizer: “Eu sou sua mãe!”, é para nos dar a certeza e a convicção de que, apesar dos desastres humanos, dos dissabores que tantas vezes a nossa humanidade provoca, Deus está conosco. E se há uma maneira tão singular e singela de Deus se fazer presente no meio de nós, é através da sua mãe. Foi assim na vida do próprio Jesus, Deus quis que Seu filho tivesse uma mãe. A mesma Maria que disse para Juan Diego: “Eu sou sua mãe”, disse isso tantas vezes para Jesus.
Hoje, no Céu, ela diz: “Eu sou sua mãe”, porque ela vai ser para sempre a mãe de Jesus. Uma realidade que não podemos negar é que Maria vai ser para sempre nossa mãe.
É verdade que têm filhos que assumem seu pai e sua mãe, mas há filhos que, por tantas circunstâncias, podem negar a maternidade, a paternidade, a filiação que tem com esse pai ou com essa mãe. Mas uma coisa que não podemos fazer é mudar a natureza. Na ordem da graça, na natureza divina, Deus quis restaurar todas as coisas em Cristo, e quis que Jesus, nesta terra, tivesse uma mãe.
Na primeira criação, quando tudo se perdeu, a mãe daquela criação era Eva. A própria palavra já nos diz que “Eva é a mãe de todos os viventes”. E nós somos os degradados filhos de Eva, porém, estes, que caíram também na desgraça do pecado, são novamente agraciados por Cristo, e agora têm uma mãe, chamada Maria.
A presença de Maria na vida de Juan Diego, dos povos indígenas, desse vasto continente chamado América Latina, é um sinal de esperança, consolo, proteção e vida nova. Quando tudo parecia perdido, a mãe estava dizendo: “Eu estou aqui! Eu sou sua mãe!”.
Maria, hoje, quer olhar para cada um de nós e dizer: “Você não está sozinho! Não está abandonado!”. Não somos órfãos, não precisamos sucumbir em meios às dificuldades da vida, porque no céu e na terra também temos uma mãe que é por nós!
O que Maria disse a Juan Diego está dizendo ao nosso coração: “Eu sou sua mãe!”. Eu gostaria de responder como Juan Diego, e tenho certeza que você também gostaria de responder: “Mãe, eu quero ser seu filho! Mãe, eu quero viver como seu filho! Conduz-me pela mão, pega-me no seu colo, abraça-me, cuida das minhas feridas, cura o que está machucado dentro de mim. Eu quero ser seu filho!”.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo- Canção Nova