quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Tráfico de pessoas é tema de encontro internacional no Vaticano

2013-10-29 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – Realiza-se neste final de semana, nos dias 2 e 3 de novembro, no Vaticano, um encontro internacional sobre “O tráfico de seres humanos: a escravidão moderna. As pessoas indigentes e a mensagem de Jesus Cristo”.
O evento é organizado pelas Pontifícias Academias das Ciências e das Ciências Sociais, em parceria com a Federação Mundial das Associações Médicas Católicas (FIAMC), atendendo a um pedido do Papa Francisco.
Na nota de apresentação deste encontro, o Chanceler da Pontifícia Academia das Ciências, Dom Marcelo Sánchez Sorondo, afirma que "as ciências naturais podem oferecer novos instrumentos a serem utilizados contra essa nova forma de escravidão, quais um registro digital de comparação do DNA das pessoas desaparecidas.
Ninguém – prossegue – pode negar que "o tráfico de seres humanos constitui um terrível delito contra a dignidade humana e uma grave violação dos direitos humanos fundamentais" e que, neste novo século, serve para a criação de patrimônios criminosos.
O Concílio Vaticano II já afirmava que "a escravidão, a prostituição, o mercado de mulheres e de jovens, ou ainda as ignominiosas condições de trabalho, com as quais os trabalhadores são tratados como simples instrumentos de ganho, e não como pessoas livres e responsáveis" são "vergonhosas", "prejudicam a civilização humana, desonram aqueles que assim se comportam" e "ofendem grandemente a honra do Criador".
Por causa do escândalo humano e moral que comportam e dos interesses em questão, que levam ao pessimismo e à resignação, muitas instituições deram as costas para essa tragédia.
Portanto – prossegue Dom Sorondo –, "é importante para a Pontifícia Academia das Ciências, a Pontifícia Academia das Ciências Sociais e a Federação Mundial das Associações Médicas Católicas, seguir diretamente, ao pé da letra, o desejo do Papa".
De fato, "devemos ser gratos ao Papa Francisco por ter identificado um dos mais importantes dramas sociais do nosso tempo e por ter depositado confiança em nossas instituições católicas pedindo-nos que organizássemos este grupo de trabalho", expressa o Arcebispo Sorondo.
Do Brasil, participa a Presidente da Federação de Associações Médicas Católicas Latino-americanas (FAMCLAM), Dra. Maria Inez Linhares de Carvalho.
Na segunda-feira, dia 4, haverá uma coletiva na Sala de Imprensa da Santa Sé para apresentar os resultados do encontro.

(BF/RL)  Fonte: News.VA

Comunhão dos santos: tema da Audiência geral, na praça de São Pedro. Pedidas orações para que cesse a violência no Iraque

2013-10-30 Rádio Vaticana
Em vésperas da festa litúrgica de Todos os Santos e da comemoração dos fiéis defuntos, o Papa Francisco dedicou a catequese da audiência geral desta quarta-feira a comentar o artigo do Credo em que professamos a nossa fé na "Comunhão dos Santos".
Presentes nesta audiência dezenas de milhares de pessoas. De entre os peregrinos lusófonos, de destacar hoje, para além de portugueses e brasileiros, um grupo proveniente de Timor Leste.
Em lugar de destaque, uma delegação de iraquianos representantes de diversos grupos religiosos, que participaram em Roma, ontem e hoje, num encontro promovido pelo Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso.
Eis a síntese, em português, da catequese desenvolvida mais extensamente em italiano:
Queridos irmãos e irmãs,
A comunhão dos santos, esta belíssima realidade da nossa fé, pode se entender em dois sentidos: comunhão nas coisas santas e comunhão entre as pessoas santas, ou seja, todos aqueles que pertencem a Cristo. Este segundo sentido nos lembra que a comunhão dos santos tem como modelo a relação de amor que existe entre Cristo e o Pai no Espírito Santo: é o amor de Deus que nos une e purifica dos nossos egoísmos, dos nossos juízos e das nossas divisões internas e externas. Ao mesmo tempo, também experimentamos que a comunhão com os irmãos nos leva à comunhão com Deus. De fato, nos momentos de incerteza e mesmo de dúvida, precisamos do apoio da fé dos demais. Finalmente, é importante lembrar que a comunhão dos santos não acaba com a morte: todos os batizados aqui na terra, as almas do Purgatório e os santos que estão no Paraíso formam uma grande família, que se mantem unida através da intercessão de uns pelos outros.
Não faltou também uma saudação aos peregrinos lusófonos que participaram nesta audiência:
Queridos peregrinos de Portugal, de Timor Leste e do Brasil: sede bem-vindos! Daqui alguns dias, celebraremos a solenidade de Todos-os-Santos e a comemoração dos Fiéis Defuntos. Possa a fé na comunhão dos santos vos animar a encomendar a Deus, sobretudo na Eucaristia, os vossos familiares, amigos e conhecidos falecidos, sentindo a proximidade deles na grande companhia espiritual da Igreja. Que Deus vos abençoe!

No final da audiência, o Santo Padre referiu-se expressamente à delegação iraquiana de representantes dos diferentes grupos religiosos do país, observando:
Convido-vos a rezar pela querida nação iraquiana, infelizmente atingida quotidianamente por trágicos episódios de violência, para que encontre o caminho da reconciliação, da paz, da unidade e da estabilidade.
Já no final da saudação “aos peregrinos de língua árabe, em especial aos provenientes do Iraque, o Santo Padre exortara:
Quando experimentardes inseguranças, desânimo e mesmo dúvidas no caminho da fé, procurai confiar na ajuda de deus, mediante a oração filial, encontrando ao mesmo tempo a coragem e a humildade de vos abrirdes aos outros. Como é belo apoiarmo-nos uns aos outros no caminho da fé! Que o Senhor vos abençoe.

Fonte: News.VA

Vaticano responde às necessidades dos católicos nas redes sociais

Logotipo do ICS e foto de Dom Paul Tighe: Site do International Communication Summit Roma 2013
Roma, 29 Out. 13 / 03:40 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Secretário do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Paul Tighe, participou do evento International Communication Summit Roma 2013, onde explicou que a Igreja aproveita as Social Media para levar todos os dias a mensagem de Deus a mais pessoas no mundo.
Para Dom Tighe o mundo não vive uma mudança tecnológica, mas sim uma mudança na cultura da comunicação.
O perito enfatizou que é necessário convidar todas as pessoas a aproximar-se de Deus através destes novos canais de comunicação e, ademais, compartilhou a sua experiência na administração de uma comunidade online de seguidores.
Dom Tighe explicou que a comunidade online "não é necessário administrá-la, mas sim apoiá-la com recursos".
"Os católicos presentes nos Social Media necessitam de recursos em sua língua própria, motivo pelo qual, desde o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, continuaremos trabalhando para experimentar com estas novas ferramentas, e o social media pode ser um grande canal para consegui-lo.", indicou Dom Tighe.
Suas declarações coincidiram com o anúncio de que as contas oficiais do Papa no Twitter já superaram os 10 milhões de followers e o lançamento oficial da conta no Instagram do Vaticano (Instagram.newsva) que já conta com mais de 15.000 followers.
Dom Tighe recordou as palavras do Papa Francisco sobre estes novos canais de comunicação: "Os cristãos têm que estar nos Social Media, participando das conversações, sem medo, e interatuando com todas as pessoas".
Neste contexto, o funcionário aconselhou saber escutar e guardar silêncio, porque "o silêncio nos permite escutar e refletir". Do mesmo modo, pediu ajudar a todos os cristãos para continuar com a "evangelização digital".
Sobre os trolls e ataques anônimos, Dom Tighe dirigiu um conselho a todos os presentes. "É necessário ser iguais na vida real e na vida digital, com humildade e transparência", indicou.
Neste encontro, onde se refletiu sobre a relação entre as instituições e o cidadão, também participaram Harper Reed, estrategista da campanha online do presidente dos Estados Unidos Barack Obama, e a autora a Chinesa Jung Chang.
Fonte: Acidigital

Lançado na Itália livro de Bento XVI sobre a ecologia em relação ao ser humano

Bento XVI. Foto: Grupo ACI
ROMA, 29 Out. 13 / 03:00 pm (ACI/EWTN Noticias).- O secretário pessoal do Bispo Emérito de Roma, Bento XVI, apresentou faz uns dias uma antologia de textos reunidos em um novo livro sobre a profunda preocupação e os ensinamentos de Joseph Ratzinger sobre a natureza e a ecologia.
Dom Alfred Xuereb disse à Rádio Vaticano que no livro titulado "Por uma ecologia do homem" se vê que "Bento XVI escreve que o homem, se deseja ter o coração em paz, deve ser consciente da conexão entre a ecologia natural e a ecologia humana". "Dali surge um elo inseparável entre a paz na criação e a paz entre os homens", adicionou.
O livro, publicado em italiano pela Libreria Editrice Vaticano, busca "fazer uma contribuição, embora pequena, para conhecer melhor a verdadeira identidade do Papa Bento. Sofro quando escuto comentários que estão muito longe do que ele realmente é", disse Dom Xuereb e adicionou que as palavras do Bispo Emérito de Roma neste livro "estão para ser meditadas".
"Nestes textos reunidos na antologia, Bento menciona a palavra responsabilidade 39 vezes. Isto significa que o homem não é suficientemente responsável ainda, e tampouco se deu conta da importância da pessoa humana".
Segundo a opinião do secretário do Bispo Emérito de Roma "este livro será uma contribuição à humanidade, que pode ser cada vez mais responsável por este dom que o Senhor nos deu, não como patrões, mas sim como custódios".
Depois de destacar a continuidade que observa entre o Bispo Emérito de Roma e seu sucessor, o Papa Francisco, Dom Xuereb recordou também o gosto de Bento XVI pela natureza.
"Não tem sentido cuidar a natureza, as plantas e desprezar o homem. O respeito pelo homem, como consequência, leva a respeitar a natureza", concluiu.
Fonte: Acidigital

Sacerdotes em dificuldades e missionários latino-americanos nas intenções do Papa para novembro

Foto Grupo ACI
VATICANO, 29 Out. 13 / 09:32 am (ACI/EWTN Noticias).- A Santa Sé divulgou que nas intenções do Papa Francisco para o mês de novembro estão os sacerdotes em dificuldades e os missionários da América Latina.
A Intenção Geral do Apostolado da oração é "para que os sacerdotes em dificuldades encontrem conforto no seu sofrimento, sustento nas suas dúvidas e confirmação na sua fidelidade".
A Intenção Missionária é "para que a Missão Continental tenha como fruto o envio de missionários da América Latina para outras Igrejas".

Fonte: Acidigital

Santo do Dia -São Frumêncio

A história do santo de hoje se entrelaça com a conversão de uma multidão de africanos ao amor de Cristo e à Salvação. São Frumêncio nasceu em Liro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio, numa viagem em direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada e só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que foram levados escravos para Aksum (Etiópia) a serviço da Corte.

Deste mal humano, Deus tirou um bem, pois ao terem ganhado o coração do rei Ezana com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo para ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos de ótima educação cristã, começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem pela região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e visitar os parentes: Edésio foi para Liro e Frumêncio caminhou para partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e um Bispo. Santo Atanásio admirado com os relatos, sabiamente revestiu Frumêncio com o Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia, isto em 350.
Quando voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o “Padre portador da Paz”. Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto de converterem o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isto pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo.
São Frumêncio, rogai por nós!

Primeira Leitura (Rm 8,26-30)


Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.
Irmãos, 26também, o Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis.
27E aquele que penetra o íntimo dos corações sabe qual é a intenção do Espírito. Pois é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos.28Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados para a salvação, de acordo com o projeto de Deus. 29Pois aqueles que Deus contemplou com seu amor desde sempre, esses ele predestinou a ser conformes à imagem de seu Filho, para que este seja o primogênito numa multidão de irmãos. 30E aqueles que Deus predestinou, também os chamou. E aos que chamou, também os tornou justos; e aos que tornou justos, também os glorificou.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje (Sl 12)


— Senhor, eu confiei na vossa graça!
R- Senhor, eu confiei na vossa graça!
1-Olhai, Senhor, meu Deus, e respondei-me! Não deixeis que se me apague a luz dos olhos e se fechem, pela morte, adormecidos! Que o inimigo não me diga: “Eu triunfei!” Nem exulte o opressor por minha queda. R
2- Uma vez que confiei no vosso amor! meu coração, por vosso auxílio, rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me fizestes! R

Compreendendo e Refletindo

Busque no Espírito se submeter à vontade de Deus. Quando fazemos isso, o Paráclito nos conduz para que a vontade de Deus se realize em nós.
“Irmãos, também, o Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis” (Rm 8,26).
Como nós precisamos do Espírito e da vida no Espírito, irmãos, porque, até quando oramos nós somos fracos! Muitas vezes, nós não temos força, nem concentração, tampouco inspiração, até mesmo para discernir como devemos orar e como pedir para Deus nos ajudar.
Em certas ocasiões, não sabemos o que devemos fazer e dizer, nem como aconselhar e orientar o outro, tampouco que caminho seguir. Por isso há a importância da vida no Espírito, a oração, a confiança n’Ele, tudo isso é próprio de corações humildes, daqueles corações que se colocam confiantes em Deus e sabem que necessitam d’Ele.
A luz de Deus nos guia em todos os nossos caminhos. Nós erraríamos menos, acertaríamos mais, teríamos mais sabedoria naquilo que fazemos, pensamos ou decidimos, se nos deixássemos guiar por esse mesmo Espírito, que nós recebemos.
O que acontece é que nós, muitas vezes, O “engavetamos”, pois, embora saibamos que O temos em nós, queremos agir guiados somente pelos nossos impulsos humanos, só por aquilo que é a razão ou a lógica. E o Espírito, muitas vezes, até contraria a nossa lógica. O Espírito Paráclito perscruta, vê além, mais alto, e enxerga onde nós não enxergamos.
É por isso que nós precisamos da vida no Espírito e precisamos da oração d’Ele. Devemos orar no Espírito da maneira que sabemos e como nos convém, o importante é ter essa submissão espiritual; deixar que o Divino Amigo tome conta daquilo que inclina a nossa vontade e move o nosso ser. É por isso que cada um, à sua maneira, precisa saber também orar no Espírito.
Como diz São Paulo aos Romanos – com gemidos inefáveis – (louvo a Deus por isso!), aqueles que oram no Espírito oram em línguas. Mas se esse dom ainda não lhe for aprazível, isto é, não chegou ainda a você – busque no Espírito se submeter à vontade de Deus. Quando fazemos isso, nós nos deixamos guiar e o Paráclito nos conduz para que a vontade de Deus se realize em nós. 
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo- Canção Nova

Evangelho (Lc 13,22-30)

30OUT2013


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 22Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?”
Jesus respondeu: 24“Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão”. 25Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’.
26Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ 27Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ 28Ali haverá choro
e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora.
29Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos”.



— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Santo do Dia -São Narciso

O santo de hoje, São Narciso, foi Bispo de Jerusalém e, quando se deu tal fato, devia ter quase cem anos de idade. Narciso não era judeu e teria nascido no ano 96. Homem austero, penitente, humilde, simples e puro, sabe-se que presidiu com Teófilo de Cesareia a um concílio onde foi aprovada a determinação de se celebrar sempre a Páscoa num Domingo.

Eusébio narra que em certo dia de festa, em que faltou o óleo necessário para as unções litúrgicas, Narciso mandou vir água de um poço vizinho, e com sua bênção a transformou em óleo. Conta também as circunstâncias que levaram Narciso a demitir-se das suas funções.
Para se justificarem de um crime, três homens acusaram o Bispo Narciso de certo ato infame. “Que me queimem vivo – disse o primeiro – se eu minto”. “E a mim, que me devore a lepra”, disse o segundo. “E que eu fique cego”, acrescentou o terceiro. O desgosto de ser assim caluniado despertou em Narciso o seu antigo desejo pelo recolhimento e, por isso, sem dizer para onde ia, perdoou os caluniadores e saiu de Jerusalém em direção ao deserto. Considerando-o definitivamente desaparecido, deram-lhe por sucessor a Dio, ao qual por sua vez sucederam Germânio e Górdio. Todavia, os três caluniadores não tardaram a sofrer os castigos que em má hora tinham invocado, pois o primeiro pereceu num incêndio com todos os seus, o segundo morreu de lepra e o terceiro cegou à força de tanto chorar o seu pecado.
Alguns anos depois, Narciso reapareceu na cidade episcopal. Nunca tinha sido posta em dúvida a santidade do seu procedimento.; por isso, foi com imensa alegria que Jerusalém recebeu seu antigo pastor. Segundo diz Eusébio, continuou Narciso a governar a diocese até a idade de 119 anos, auxiliado por um coadjutor chamado Alexandre. Faleceu cerca do ano de 212.
São Narciso, rogai por nós!

Primeira Leitura (Rm 8,18-25)



Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.
Irmãos, 18eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós. 19De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus. 20Pois a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua livre vontade, mas por sua dependência daquele que a sujeitou; 21também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus. 22Com efeito, sabemos que toda a criação, até o tempo presente, está gemendo como que em dores de parto. 23E não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito, estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o nosso corpo. 24Pois já fomos salvos, mas na esperança. Ora, o objeto da esperança não é aquilo que a gente está vendo; como pode alguém esperar o que já vê? 25Mas se esperamos o que não vemos, é porque o estamos aguardando mediante a perseverança.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje(Sl 125)



— Maravilhas fez conosco o Senhor!
— Maravilhas fez conosco o Senhor!
— Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar; encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios, de canções.
— Entre os gentios se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor!” Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!
— Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria.
— Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes!

Compreendendo e Refletindo

Toda dor tem um fim, toda lágrima será enxugada, um dia, pelo próprio Deus que há de nos consolar.
“Irmãos, eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós” (Rm 8,18).
Meus amados irmãos e irmãs, nós caminhamos neste mundo em um verdadeiro vale de lágrimas. É claro que a nossa vida não é feita só de sofrimentos, é claro que, aqui, também experimentamos momentos de muitas graças, de bênçãos, de comunhão, de muito amor entre nós. Momentos de alegria, de felicidade, de comemorações, mas nenhum de nós pode negar que já nascemos sofrendo, em meio à dor, e que a vida é cercada de sofrimentos e de momentos difíceis.
Algumas vezes, nós até nos perguntamos – “Por que tal pessoa sofre tanto? Será castigo, meu Deus do Céu?” É obvio que não, Deus não castiga ninguém! Existem diversas explicações para o sofrimento, a primeira é que muitos deles são consequência dos nossos pecados. Muitas vezes, padecemos devido à nossa natureza, que está sujeita a doenças, a enfermidades e a aflições. Outras vezes, sofremos porque outras pessoas nos causaram alguma dor; da mesma como nós também provocamos o sofrimento em outras pessoas.
O fato é que durante a nossa caminhada, em nossa peregrinação na Terra, nós passamos por contrariedades e dificuldades. Em certos momentos essas dificuldades são maiores; em outros são menores. Mas ninguém pode negar que o sofrimento não aconteça em nossa vida.
Há momentos em que estes infortúnios batem à nossa porta com uma doença mais grave, com a perda de um ente querido; com coisas que não dão certo para nós, com situações desagradáveis.
Mas, meus irmãos, nós não estamos aqui para lamentar os nossos flagelos, nós estamos aqui para encontrar e buscar, na Palavra de Deus, um sentido para aquilo que nós sofremos. A própria Palavra nos diz que os sofrimentos pelos quais passamos nesta vida, sejam eles quais forem, não têm proporção, não têm comparação, ou seja, não dá nem para medir qualquer sofrimento nessa Terra com a glória que nos espera no Céu.
Na verdade, quando passamos por um tormento, por um sofrimento grande que parece interminável, é apenas para nos lembrar de que toda dor tem um fim, que toda lágrima será enxugada, um dia, pelo próprio Deus que há de nos consolar. Nós só precisamos de uma coisa: sofrer com dignidade, sofrer com espírito de acolhimento, de luta, não de entrega nem de revolta. Qualquer revolta torna o nosso sofrimento ainda mais doloroso; pois, apenas por nos revoltarmos, já perdemos de vista o sentido salvífico que o sofrimento provoca em nós.
O que nós podemos fazer é olhar para os nossos sofrimentos e para os sofrimentos daqueles que estão ao nosso lado. Muitas vezes, achamos que passamos pela maior dor do mundo, no entanto, a dor de muitos irmãos é bem maior que a nossa dor. Há muita gente que aguenta firme, segue adiante, e nós, muitas vezes, não aguentamos nem um “pisão no calo” que sofremos na vida.
Por isso, meus irmãos, precisamos de fibra, precisamos “nos temperar” com os valores do Céu, para termos a convicção e a certeza de que o amor de Deus por nós é maior. Não se esqueça: qualquer sofrimento por que passemos nesta vida não tem proporção, não tem comparação, não tem qualquer semelhança com aquela glória, com aquele presente, com aquele bem que nos esperam no Céu.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo- Canção Nova

Evangelho (Lc 13,18-21)



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos”. 20Jesus disse ainda: “Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus? 21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Discutir, pensar e rezar: tem início I Encontro da Igreja na Amazônia Legal. Ouça!

2013-10-28 Rádio Vaticana
Manaus (RV) – Discutir, pensar e rezar sobre os desafios da Igreja na Amazônia: com esta finalidade, tem início esta segunda-feira em Manaus (AM) o 1º Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal. São mais de 160 participantes dos regionais Norte 1, 2 e 3, Noroeste e Nordeste 5, dos quais 58 bispos.
Estão confirmadas também as presenças do Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, e do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D´Aniello.
A Rádio Vaticano está presente com a enviada Cristiane Murray, que entrevistou o Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia – promotora do encontro

(BF)

Fonte: News.VA

Jesus continua a rezar por nós mostrando ao Pai as suas chagas – o Papa na missa desta segunda-feira

2013-10-28 Rádio Vaticana

Jesus continua a rezar e a interceder por nós, mostrando ao Pai o preço da nossa salvação que são as suas chagas. O Papa Francisco na sua homilia na Casa de Santa Marta na manhã desta segunda-feira colocou no centro da sua reflexão a passagem do Evangelho em que Jesus reza toda a noite antes de escolher os doze apóstolos. Segundo o Santo Padre são as três relações de Jesus: Jesus com o Pai; Jesus com os Apóstolos e Jesus com a gente. Jesus rezava ao Pai pelos Apóstolos e pela gente:
“É o intercessor, aquele que reza, e reza a Deus connosco e perante nós. Jesus salvou-nos, fez esta grande oração, o seu sacrifício, a sua vida, para salvar-nos, para justificar-nos: somos justos graças a Ele. Agora foi-se e reza. Mas Jesus é um espírito? Jesus não é um espírito! Jesus é uma pessoa, é um homem, com carne como a nossa, mas na glória. Jesus tem as chagas nas suas mãos, nos seus pés, no seu lado e quando reza mostra ao Pai este preço da justificação e reza por nós como se dissesse: Mas Pai que não se perca isto!”
“Num primeiro tempo, Ele fez a redenção, justificou-nos a todos: mas agora o que é que faz? Intercede, reza por nós. Eu penso naquilo que terá sentido Pedro quando renegou Jesus e depois ao olhar para Ele chorou. Sentiu que aquilo que Jesus tinha dito era verdade: tinha rezado por ele e por isso podia chorar, podia arrepender-se. Tantas vezes, entre nós dizemos: Reza por mim! Preciso disso, tenho tantos problemas, tantas coisas, reza por mim. E isto é bom, porque nós irmãos devemos rezar uns pelos outros.”

A Jesus devemos confiar os nossos problemas e a nossa vida - disse o Papa Francisco – que afirmou que o Senhor reza ao Pai mostrando as suas chagas que são o preço da nossa justiça:“Ele reza por mim; Ele reza por todos nós e reza corajosamente porque mostra ao Pai o preço da nossa justiça: as suas chagas. Pensemos muito nisto e agradeçamos ao Senhor. Rezemos por termos um irmão que reza connosco, por nós e intercede por nós. E falemos com Jesus dizendo: Senhor tu és o intercessor, Tu salvaste-me e justificaste-me. Mas agora reza por mim. É confiar os nossos problemas, a nossa vida, tantas coisas a Ele, para 

que Ele os leve ao Pai.” (RS)

Fonte: News.VA

Sejam um time profissional difusor da esperança e do perfume do Evangelho, alenta o Papa

VATICANO, 28 Out. 13 / 03:00 pm (ACI/EWTN Noticias).- Ao receber nesta manhã os membros e colaboradores do Centro Televisivo Vaticano (CTV) que faz 30 anos de existência, o Papa Francisco os animou a jogar como um time profissional que difunda a esperança e o perfume do Evangelho até os limites da terra.
O Santo Padre disse aos presentes na audiência desta manhã que "Joguem como time. A eficácia da pastoral da comunicação é possível criando vínculos, fazendo convergir em torno de projetos compartilhados uma série de assuntos; uma ‘união de intenções e de forças’. Sabemos que isto não é fácil, mas se vocês se ajudarem como um time tudo se torna mais rápido e, sobretudo, também o estilo do vosso trabalho será um testemunho de comunhão".
"Sejam profissionais a serviço da Igreja. O vosso trabalho é de grande qualidade, e assim deve ser pela tarefa que lhes foi atribuída. Mas o profissionalismo para vocês seja sempre o serviço à Igreja, em tudo: nas filmagens, nas direções, nas escolhas editoriais, na administração".
Tudo, disse o Santo Padre, "pode ser feito com um estilo, uma perspectiva que é aquela eclesial, aquela da Santa Sé. É necessário que a comunicação do CTV saiba difundir nos espectadores, nos fiéis e nos ‘distantes’ o perfume e a esperança do Evangelho".
O Papa agradeceu aos dirigentes e aos colaboradores do CTV e assinalou que "sozinhos não podemos fazer muito, mas juntos podemos estar a serviço de todo o mundo, difundindo a verdade e a beleza do Evangelho até os confins da terra. Muito Obrigado!".
Francisco agradeceu aos presentes pela disponibilidade e discrição com as quais o acompanham, e estendeu este agradecimento aos familiares já que "é um sacrifício, não pequeno" seguir a agenda semanal do Papa "e por isto não somente sou grato a vocês, mas asseguro uma oração para todos vocês, em particular para suas crianças. O Papa não quer atrapalhar a vida de família! Mas agradece vocês pela paciência".
Fonte: Acidigital

O Papa às famílias: Fiquem sempre unidos a Jesus e levem-no com seu testemunho

Papa Francisco no encontro com as famílias. Foto: Grupo ACI
VATICANO, 28 Out. 13 / 08:39 am (ACI/EWTN Noticias).- Ao receber neste sábado na Praça de São Pedro a Peregrinação das Famílias ao Túmulo de São Pedro com ocasião do Ano da Fé, que reuniu mais de 150 mil pessoas de todo o mundo em Roma, o Papa Francisco lhes exortou a ficarem sempre "unidos a Jesus e levem-no a todos com seu testemunho".
O Santo Padre saudou os peregrinos reunidos sob o lema "Família, vive a alegria da fé", e assegurou que escutou "as vossas experiências, os casos que contastes. Vi tantas crianças, tantos avós… Pressenti a tristeza das famílias que vivem em situação de pobreza e de guerra. Ouvi os jovens que se querem casar, mesmo por entre mil e uma dificuldades. E então surge-nos a pergunta: Como é possível, hoje, viver a alegria da fé em família?".
"Mas eu pergunto-vos também: ‘É possível viver esta alegria, ou não é possível?’ Há uma palavra de Jesus que vem em nossa ajuda: ‘Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos’. Muitas vezes a vida é gravosa, frequentemente mesmo trágica! Ainda recentemente o ouvíamos".
O Santo Padre assinalou que "o trabalho é um esforço; procurar trabalho é fatigante. E encontrar emprego hoje pede-nos tanta fadiga! Mas, aquilo que mais pesa na vida não é isto: aquilo que pesa mais do que tudo isso é a falta de amor. Pesa não receber um sorriso, não ser bem recebidos. Pesam certos silêncios".
"Às vezes mesmo em família, entre marido e esposa, entre pais e filhos, entre irmãos. Sem amor, a fadiga torna-se mais pesada, intolerável".
O Papa recordou também aos idosos sozinhos, nas famílias que passam por dificuldades porque não recebem ajuda para sustentar quem em casa precisa de atenção especial e cuidados. ‘Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos’ diz Jesus".
"Queridas famílias, o Senhor conhece as nossas canseiras: conhece-as mesmo! E conhece os pesos da nossa vida. Mas o Senhor conhece também o nosso desejo profundo de achar a alegria do descanso".
"Esta é a primeira coisa que quero partilhar convosco nesta tarde, e é uma palavra de Jesus: Vinde a Mim, famílias de todo o mundo – diz Jesus –, e Eu vos hei-de aliviar, para que a vossa alegria seja completa. E esta Palavra de Jesus levai-a para casa, levai-a no coração, compartilhai-a em família. Convida-nos a ir ter com Ele, para nos dar, para dar a todos a alegria".
Continuando, Francisco recordou às famílias que "quem se casa, no sacramento, diz: ‘Prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida’".
"Naquele momento, os esposos não sabem o que vai acontecer, não sabem quais são as alegrias e as tristezas que os esperam. Partem, como Abraão; põem-se juntos a caminho. E isto é o matrimônio! Partir e caminhar juntos, de mãos dadas, entregando-se na mão grande do Senhor. De mãos dadas, sempre e por toda a vida. E não façais caso desta cultura do provisório, que nos põe a vida em pedaços".
O Papa destacou que "os esposos cristãos não são ingênuos, conhecem os problemas e os perigos da vida. Mas não têm medo de assumir a própria responsabilidade, diante de Deus e da sociedade".
"Sem fugir nem isolar-se, sem renunciar à missão de formar uma família e trazer ao mundo filhos. – Mas hoje, Padre, é difícil… – Sem dúvida que é difícil! Por isso, é preciso a graça, a graça que nos dá o sacramento!".
Os sacramentos, remarcou, "não servem para decorar a vida – mas que lindo matrimônio, que linda cerimônia, que linda festa!… Mas aquilo não é o sacramento, aquela não é a graça do sacramento. Aquela é uma decoração! E a graça não é para decorar a vida, é para nos fazer fortes na vida, para nos fazer corajosos, para podermos seguir em frente! Sem nos isolarmos, sempre juntos".
O Santo Padre recordou que "algumas semanas atrás, nesta praça, disse que, para levar adiante uma família, é necessário usar três palavras. Três palavras: com licença, obrigado, desculpa. Três palavras-chave!".
"Peçamos licença para não ser invasivos em família. ‘Posso fazer isto? Gostas que faça isto?’ Com a linguagem de quem pede licença", disse, para logo assinalar que "digamos obrigado, obrigado pelo amor! Mas diz-me: Quantas vezes ao dia dizes obrigado à tua esposa, e tu ao teu marido? Quantos dias passam sem eu dizer esta palavra: obrigado!".
"E a última, desculpa. Todos erramos e às vezes alguém fica ofendido na família e no casal, e algumas vezes – digo eu – voam os pratos, dizem-se palavras duras… Mas ouvi este conselho: Não acabeis o dia sem fazer a paz. A paz faz-se de novo cada dia em família! ‘Desculpai-me’…, e assim se recomeça de novo".
Francisco também questionou às famílias se é que "vós ouvis os avós? Abris o vosso coração à memória que nos dão os avós? Os avós são a sabedora da família, são a sabedoria de um povo. E um povo que não ouve os avós, é um povo que morre! Ouçamos os avós!".
"Maria e José são a Família santificada pela presença de Jesus, que é o cumprimento de todas as promessas. Cada família, como a de Nazaré, está inserida na história de um povo e não pode existir sem as gerações anteriores. E por isso hoje temos aqui os avós e as crianças. As crianças aprendem dos avós, da geração anterior".
"Queridas famílias, também vós fazeis parte do povo de Deus. Caminhai felizes, juntamente com este povo. Permanecei sempre unidas a Jesus e levai-O a todos com o vosso testemunho", exortou.
"Obrigado por terdes vindo. Juntos, façamos nossas estas palavras de São Pedro, que nos têm dado força e continuarão a dar nos momentos difíceis: ‘A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna!’. Com a graça de Cristo, vivei a alegria da fé!".
Fonte: Acidigital

A família que vive a alegria da fé é sal da terra e luz do mundo, assegura o Papa

Papa Francisco. Foto: Grupo ACI
VATICANO, 28 Out. 13 / 08:37 am (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco presidiu ontem a Missa com ocasião do Encontro das Famílias, no qual mais de 150 mil pessoas peregrinaram a Roma pelo Ano da Fé, e assegurou que "afamília que vive a alegria da fé a comunica espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo".
Em sua homilia, o Santo Padre meditou sobre "algumas características fundamentais da família cristã".
A primeira, indicou, é "a família que reza. O trecho do Evangelho coloca em evidência dois modos de rezar, um falso – aquele do fariseu – e outro autêntico – aquele do publicano. O fariseu encarna uma atitude que não exprime a gratidão a Deus pelos seus benefícios e a sua misericórdia, mas sim satisfação de si".
"O fariseu se sente justo, se sente no lugar, se apoia nisso e julga os outros do alto de seu pedestal. O publicano, ao contrário, não multiplica as palavras. A sua oração é humilde, sóbria, permeada pela consciência de sua própria indignidade, das próprias misérias: este é um homem que realmente se reconhece necessitado do perdão de Deus, da misericórdia de Deus".
Francisco destacou que "a oração do publicano é a oração do pobre, é a oração que agrada a Deus, que, como diz a primeira Leitura ‘chega às nuvens’, enquanto a do fariseu é sobrecarregada pelo peso da vaidade".
"À luz desta Palavra, gostaria de perguntar a vocês, queridas famílias: rezam alguma vez em família? Alguns sim, eu sei. Mas tantos me dizem: como se faz? Mas, se faz como o publicano, é claro: humildemente, diante de Deus. Cada um com humildade se deixa olhar pelo Senhor e pede a sua bondade, que venha a nós".
"Mas, em família, como se faz? Porque parece que a oração seja algo pessoal e então não há nunca um momento adequado, tranquilo, em família… Sim, é verdade, mas é também questão de humildade, de reconhecer que temos necessidade de Deus, como o publicano! E todas as famílias têm necessidade de Deus: todas, todas!".
As famílias, indicou o Papa, têm "necessidade da sua ajuda, da sua força, da sua benção, da sua misericórdia, do seu perdão. E é necessário simplicidade: para rezar em família, é necessário simplicidade! Rezar junto o ‘Pai Nosso’, em torno da mesa, não é algo extraordinário: é algo fácil. E rezar junto o Terço, em família, é muito bonito, dá tanta força!".
"E também rezar um pelo outro: o marido pela esposa, a esposa pelo marido, ambos pelos filhos, os filhos pelos pais, pelos avós… Rezar um pelo outro. Isto é rezar em família, e isto torna forte a família: a oração".
Continuando, o Santo Padre assinalou que "a Segunda Leitura nos sugere um outro ponto: a família conserva a fé. O apóstolo Paulo, no fim de sua vida, faz um balanço fundamental e diz: ‘Conservei a fé’. Mas como a conservou? Não em um cofre! Não a escondeu sob a terra, como aquele servo um pouco preguiçoso.".
"São Paulo compara a sua vida a uma batalha e a uma corrida. Conservou a fé porque não se limitou a defendê-la, mas a anunciou, irradiou-a, levou-a longe. Colocou-se do lado oposto a quem queria conservar, "embalsamar" a mensagem de Cristo nos confins da Palestina. Por isto fez escolhas corajosas, foi a territórios hostis, deixou-se provocar pelos distantes, por culturas diversas, falou francamente sem medo".
"Também aqui, podemos perguntar: de que modo nós, em família, conservamos a nossa fé? Nós a temos para nós, na nossa família, como um bem privado, como uma conta no banco, ou sabemos partilhá-la com o testemunho, com o acolhimento, com a abertura aos outros?".
Francisco reconheceu que "todos sabemos que as famílias, especialmente as mais jovens, muitas vezes são ‘apressadas’, muito ocupadas: mas alguma vez já pensaram que esta ‘corrida’ pode ser também a corrida da fé? As famílias cristãs são famílias missionárias".
"Ontem ouvimos, aqui na Praça, o testemunho de famílias missionárias. São missionárias também na vida de todos os dias, fazendo as coisas de todos os dias, colocando em tudo o sal e o fermento da fé! Conservar a fé na família e colocar o sal e o fermento da fé nas coisas do cotidiano".
O Papa indicou também que "a verdadeira alegria que se desfruta na família não é algo superficial, não vem das coisas, das circunstâncias favoráveis…A alegria verdadeira vem da harmonia profunda entre as pessoas, que todos sentem no coração, e que nos faz sentir a beleza de estar junto, de apoiar-nos uns aos outros no caminho da vida".
"Na base deste sentimento de alegria profunda está a presença de Deus, a presença de Deus na família, está o seu amor acolhedor, misericordioso, respeitoso para com todos. E, sobretudo, um amor paciente: a paciência é uma virtude de Deus e nos ensina, em família, a ter este amor paciente, um com o outro. Ter paciência entre nós".
O Santo Padre remarcou que "somente Deus sabe criar a harmonia das diferenças. Se falta o amor de Deus, também a família perde a harmonia, prevalecem os individualismos e se extingue a alegria. Em vez disso, a família que vive a alegria da fé a comunica espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento para toda a sociedade".
"Queridas famílias, vivam sempre com fé e simplicidade, como a Sagrada Família de Nazaré. A alegria e a paz do Senhor estejam sempre com vocês!", concluiu.
Fonte: Acidigital