quarta-feira, 31 de outubro de 2012

500 anos da Capela Sistina: O Papa alerta a usar a arte para evangelizar


"Arte e fé. ‘Via Pulchritudinis’ (O caminho da beleza)", é o título do documentário realizado pelos Museus Vaticanos, em colaboração com a televisão polonesa TBA, pela ocasião do 500º aniversário da conclusão da abóbada da Capela Sistina, pintada pelo célebre Michealangelo entre 1508 e 1512.
Bento XVI, que compareceu na sexta-feira 26 a uma projeção do filme no Sala Paulo VI, assinalou em um breve discurso que "embora não era a primeira vez que os Museus Vaticanos ilustravam os laços entre arte e fé através do patrimônio das galerias pontifícias, este documentário era, de algum jeito, especial porque coincidia com o Ano da Fé".
"Para muitas pessoas a visita aos Museus Vaticanos representa, durante sua viagem a Roma, o maior contato e às vezes o único, com a Santa Sé e, portanto, uma ocasião privilegiada para conhecer a mensagem cristã".
"Poderíamos dizer –continuou o Papa– que o patrimônio artístico da Cidade do Vaticano constitui uma espécie de grande ‘parábola’ mediante a qual o Papa fala com os homens e as mulheres de todo o mundo que pertencem a culturas e religiões diversas; pessoas que possivelmente jamais leiam um discurso ou uma homilia dele".
Bento XVI indicou ademais que "a linguagem da arte é uma linguagem parabólica, dotado de uma abertura universal: a ‘via pulchritudinis’ é um caminho capaz de guiar a mente e o coração para o Eterno, de elevá-los até as alturas de Deus".
"Aprecio muito que o filme mencione várias vezes a dedicação dos pontífices romanos à conservação e valorização do patrimônio artístico; e também, na época contemporânea à renovação do diálogo da Igreja com os artistas".
O Papa disse que "a coleção de Arte Religiosa Moderna dos Museus Vaticanos é a demonstração evidente da fecundidade deste diálogo. Mas na verdade todo o grande organismo dos Museus Vaticanos possui esta dimensão que poderíamos chamar ‘evangelizadora’".
O Santo Padre recordou também "a grande sensibilidade pelo diálogo entre arte e fé" do Beato João Paulo II e sublinhou que arte e a fé são um "binômio que acompanha a Igreja e à a Santa Sé há dois mil anos; um binômio que hoje devemos valorizar com mais afinco para levar aos homens e as mulheres de nossa época o anúncio do Evangelho, do Deus que é beleza e amor infinitos".
Por último, o Pontífice expressou o desejo de que o documentário suscite em muitas pessoas "o desejo de conhecer melhor essa fé que sabe inspirar tais e tantas obras de arte".

Fonte: acidigital

Entenda o significado da logomarca do Ano da Fé

O Ano da Fé é um tempo próprio para redescobrir, aprofundar e viver a fé católica. Esse período foi aberto oficialmente pelo Papa Bento XVI no dia 11 deste mês com uma Santa Missa realizada no Vaticano.
Até o dia 24 de novembro de 2013, quando será encerrado o Ano da Fé, o Santo Padre propõe várias atitudes para os católicos crescerem nessa virtude, entre elas, estudar o Catecismo da Igreja Católica (CIC), melhorar o testemunho cristão e crescer em obras de caridade.
Uma logomarca vai acompanhar toda a trajetória do Ano da Fé, carregada de um significado próprio. Entenda cada parte deste logo:

No campo quadrado e com borda, encontra-se simbolicamente representada a nau, imagem da Igreja, que navega sobre águas sutilmente esboçadas.
O mastro principal é uma cruz que iça as velas. Estas por sua vez, realizam o Trigama de Cristo (IHS). E, ao fundo das velas, aparece o sol que associado ao Trigama remete à Eucaristia.

Fonte: cancaonova

Fazemos parte da nobre missão da Igreja

 
Por Geraldo Trindade   
O mês de outubro como mês missionário toma novas perspectivas no contexto atual. A compreensão de missão sofreu mutações, ultrapassou a visão de que era uma ação específica de sacerdotes, religiosos que se dirigiam às terras estrangeiras para anunciar o “verdadeiro Deus”. Hoje, a missão se tornou um compromisso imperativo do batismo. É a passagem de uma fé intimista para uma fé madura, capaz de dar testemunho e de ir ao encontro dos que estão à margem da sociedade e da Igreja. “Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos.” (Jo 13,35)
Em muitas de nossas comunidades não se precisa partir do nada para a evangelização. Têm-se uma tradição religiosa, mas é preciso partir do novo, do evento novo: Jesus Cristo. É preciso se encantar e transmitir o encanto a partir de Jesus, Deus encarnado.
O tema da Jornada Mundial da Juventude “Ide e fazei discípulos entre todas as nações!” (cf. Mt 28,19) tem um caráter eminentemente missionário e o interessante é perceber que esta capacidade criativa missionária não está se centrando apenas no aspecto racional e reflexivo. O grande impulso está no re-pensar as posturas da Igreja frente aos desafios. Não se pode desperdiçar e anular as possibilidades de se falar de Deus em meio a um tempo que busca apagá-lo de nossas memórias e corações. É tempo de despertar para este novo kairós na Igreja!
O grande risco que se corre é acostumarmos de ser chamado missionário. Não se pode contentarmos em ser individualista e hedonista, a somente contemplarmos seus próprios feitos, méritos e capacidades. Aos poucos, sem perceber, essa atitude vai turvando a visão ante ao outro e ante à Deus, impedindo-nos de sermos audacioso e corajoso na vivência prática do Reino de Deus.
É preciso superararmos as estruturas “normais” de evangelização para chegar à verdade do anúncio crístico, que se utiliza de muitas formas e maneiras para fazer-se conhecido como Caminho, Verdade e Vida. É preciso se espelhar em Jesus... É preciso ir aonde Ele iria... É preciso anunciar como Ele anunciaria. É preciso que sejamos também missionários dentro de nossas possibilidades, comprometendo-se com o Reino de Deus e com o nosso semelhante na alegria, na generosidade, no ardor de anunciar o Reino de Deus, que gera paz, verdade e amor. A plenitude dessa realidade não advém dos méritos de quem anuncia, mas do Espírito Santo que age, põe na boca as palavras, que predispõe almas e corações para a escuta da Boa nova. “Ide, portanto, e fazei que em todas as nações se tornem discípulos, batizando-os  em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando a observar tudo o que vos ordenei. E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!” (Mt 28, 19-20)
Iluminadoras são as palavras de Paulo VI: “ O mundo que, apesar dos inumeráveis sinais de rejeição de Deus, paradoxalmente procura entretanto por caminhos insuspeitados e que dele sente bem dolorosamente a necessidade, o mundo reclama evangelizadores que lhe falem de um Deus que eles conheçam e lhes seja familiar como se eles vissem o invisível (cf. Hb 11,27). O mundo reclama e espera de nós simplicidade de vida, espírito de oração, caridade para com todos, especialmente para com os pequeninos e os pobres, obediência e humildade, desapego de nós mesmo e renúncia. Sem esta marca de santidade, dificilmente a nossa palavra fará a sua caminhada até atingir o coração do homem dos nossos tempos; ela corre o risco de permanecer vã e infecunda.” (Evangelii Nuntiadi, 76)
Somente dessa forma, é que poderemos ser contribuidores na nobre missão da Igreja de desvelar ao mundo o encanto, o ideal e o projeto de Jesus. É preciso tornar-se caminhante na vida eclesial e assumir a nossa vocação missionária com convicção e certeza de que gastando a vida alcança-se a recompensa do Dono da Vinha, Deus.

Geraldo Trindade – seminarista na Arquidiocese de Mariana
Blog: http://www.pensarparalelo.blogspot.com
Fonte: POM

Santo do Dia -Santo Afonso Rodrigues


Santo Afonso Rodrigues Diante da "galeria" de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos Irmãos: Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532.

Pertencente a uma família cristã, teve que interromper seus estudos no primário, pois com a morte do pai, assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se com Maria Soares que amou tanto quanto os dois filhos, infelizmente todos, com o tempo, faleceram. Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamado a ser Irmão religioso e assim, assumiu grandes dificuldades como a limitação dos estudos. Vencendo tudo em Deus, Afonso foi recebido na Companhia de Jesus como Irmão e depois do noviciado foi enviado para o colégio de formação.

No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços, e dentre as virtudes heróicas que conquistou na graça e querendo ser firme na fé, foi a obediência sua prova de verdadeira humildade. Santo Afonso sabia ser simples Irmão pois aceitava com amor toda ordem e desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus.

Tinha como regra: "Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda parte a Vontade Divina". Este santo encantador, com sua espiritualidade ajudou a muitos, principalmente São Pedro Claver quanto ao futuro apostolado na Colômbia. Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617.

Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!

Primeira leitura (Efésios 6,1-9)

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
1Filhos, obedecei aos vossos pais, no Senhor, pois isto é que é justo. 2”Honra teu pai e tua mãe” – é o primeiro mandamento – que vem acompanhado de uma promessa: 3”A fim de que tenhas felicidade e longa vida sobre a terra”. 4Vós, pais, não revolteis os vossos filhos contra vós, mas, para educá-los, recorrei à disciplina e aos conselhos que vêm do Senhor. 5Escravos, obedecei aos vossos senhores deste mundo com respeito e tremor, de coração sincero, como a Cristo, 6não para servir aos olhos, como quem busca agradar aos homens, mas como escravos de Cristo, que se apressam em fazer a vontade de Deus. 7Servi de boa vontade, como se estivésseis servindo ao Senhor, e não aos homens. 8Vós os sabeis: o bem que cada um tiver feito, seja ele escravo ou livre, tornará a recebê-lo do Senhor. 9E vós, senhores, fazei o mesmo com os escravos. Deixai de lado a ameaça; vós sabeis que o Senhor deles e vosso está nos céus e diante dele não há acepção de pessoas.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje ( Salmos 144 )

— O Senhor cumpre sempre suas promessas!
R- O Senhor cumpre sempre suas promessas!

1- Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e o vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder! R
2- Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração. R
3- O Senhor é amor fiel sem sua palavra, é santidade em toda obra que ele faz. Ele sustenta todo aquele que vacila e levanta todo aquele que tombou.
R

Compreendendo e Refletindo

No Evangelho de hoje, Jesus anuncia sua mensagem de salvação, ensinando de cidade em cidade, de povoado em povoado. Ao mesmo tempo, se aproxima de Jerusalém, onde alguém lhe pergunta: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” É a pergunta curiosa do devoto fiel, evidentemente, pondo-se no grupo dos salvos. É a tentação de sempre, a tentação dos que se julgam “proprietários da salvação”, especialmente dos fariseus; mas também é a nossa tentação: saber se levamos uma vida correta e se o nosso lugar no paraíso já está assegurado.
É a tentação que temos nós, discípulos, quando perdemos a dimensão da espera; quando acreditamos que os muros da nossa cidade interior são tão seguros a ponto de não precisarem de vigilância. É terrível para nós, discípulos, quando depois de uma bela experiência de Deus, sentimos imediatamente ter entrado num grupo à parte, e começamos a olhar com soberba aos outros, aqueles que “não entendem”, que “não conhecem”, que têm seguido outros caminhos diferentes do de Jesus.
Para mantermos a vida de fé, necessitamos fazer todo o esforço possível – diz o Senhor – para passar pela porta estreita. Com este símbolo, Jesus não tem intenção de dizer que devido ao monte de gente que quer a vida eterna, tenhamos que empurrar uns aos outros pra poder garantir nosso lugar. Não! Mas que devemos nos esforçar. Não basta querermos.
Certamente, é verdade que nós somos salvos e que não podemos nos salvar pelas nossas próprias forças, mas isto não acontece sem a nossa ação, com uma atitude de pura passividade. Deus nos salva, mas nos leva a sério como pessoas livres e responsáveis. Devemos nos esforçar e lutar, aproximando-se decididamente e conscientemente d’Ele, para superar os obstáculos e testemunhá-Lo com a nossa vida.
Com a afirmação sobre a porta que é fechada pelo dono da casa, Jesus quer dizer que devemos nos esforçar a tempo. Devemos levar em conta que o nosso tempo é curto. Não podemos adiar “pra não sei quando” o esforço para viver em comunhão com Deus. Com a nossa morte, a porta será fechada e será decidido o nosso destino. Então, será muito tarde para querer, chamar e bater.
Devemos levar em conta também que o nosso tempo, além de limitado, não temos controle sobre ele. Não podemos viver uma vida segundo o nosso bel-prazer e adiar para a velhice a preocupação pela salvação. Não somos nós a fechar a porta, mas o Senhor. Por isso, devemos estar sempre prontos.
Nas palavras do dono da casa, vemos uma ênfase na justiça, na orientação da vida segundo a vontade do Senhor. Não basta uma comunhão somente externa com Ele, tê-Lo conhecido, ter ouvido os Seus ensinamentos, conhecer o Evangelho e o Cristianismo. Pois, corremos o risco d’Ele nos dizer: “Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!”
Quem não se orienta pela vontade de Deus, quem rejeita conscientemente a comunhão com Deus, já excluiu a si mesmo da salvação. Esta sua decisão é respeitada e confirmada pelo Senhor. E seria triste chorar de desgosto e ranger os dentes de raiva por se dar conta do que foi perdido.
A boa notícia de Jesus não diz coisas que nos agradam e não nos prometem uma vida fácil e sem esforços. Ela contém algumas verdades incômodas. Mas, justo porque não nos esconde nada e exatamente porque manifesta a verdade completa, nos indica a verdadeira via para a felicidade plena. Aquilo que conta, enfim, é o empenho com o qual se vive a própria existência cristã, testemunhando a pertença a Cristo.
Jesus nos interpela. Pois para chegarmos ao Reino, à vida plena, à felicidade eterna – dom de Deus oferecido a todos – é preciso renunciar a uma vida baseada naqueles valores que nos tornam orgulhosos, egoístas, prepotentes, autossuficientes, e seguir Jesus no seu caminho de amor, de entrega, de dom da vida. Louvor e Glória ao Senhor!
Padre Bantu Mendonça- Canção Nova

Evangelho (Lucas 13,22-30)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 22Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?”
Jesus respondeu: 24“Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão”. 25Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’.
26Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ 27Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ 28Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora.
29Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30E assim há muitos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Bento XVI anuncia mudanças de competências em relação a seminários e catequese e afirma que a Igreja é do mundo inteiro e não de um continente

Conclui-se neste domingo, 28 de outubro, com uma missa solene presidida pelo papa, na Basílica de São Pedro, às 9h30, o Sínodo ordinário dos Bispos sobre a Nova Evangelização para a transmissão da fé no mundo de hoje.
Na manhã deste sábado, 27, os padres sinodais concluíram a leitura das proposições finais que foram submetidas à votação e, depois do meio dia, apresentadas aos jornalistas na sala de imprensa da Santa Sé. No fim dos trabalhos o pontífice tomou a palavra e antes de agradecer a todos os participantes no Sínodo anunciou que depois de muita reflexão e oração no contexto deste Sínodo sobre a Nova Evangelização e da conclusão de uma caminhada de reflexão sobre a temática dos Seminários e da Catequese, decidiu transferir a competência da Congregação para a Educação Católica sobre os Seminários à Congregação para o Clero, e a competência sobre a Catequese da Congregação para o Clero ao Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Bento XVI disse ainda que seguirão os relativos documentos sobre estas decisões, em forma de Carta Apostólica Motu Próprio para definir os âmbitos e as respectivas faculdades.
Exprimindo depois os bons votos aos novos cardeais, Bento XVI afirmou que quis com esse pequeno consistório dos dias passados mostrar que a Igreja é de todos os povos, que fala todas as línguas e que é sempre a Igreja do Pentecostes, não a Igreja de um continente, mas uma igreja do mundo inteiro.

Sublinhou ainda que o Sínodo que agora se conclui foi uma bela expressão dessa universalidade; um Sínodo em que se sentiu que a Igreja está a crescer e que, embora sinta ventos contrários, sente, contudo, e, sobretudo, o vento do Espírito Santo que a ajuda e que nos mostra o caminho certo. Bento XVI dirigiu também uma palavra de agradecimento a todos os participantes no Sínodo, de modo particular os relatores que trabalharam dia e noite para os documentos do Sínodo. As proposições, disse, “são um testemunho, um dom posto à sua disposição para elaborar todos os documentos que se seguirão ao Sínodo. Para isso, rezamos, com esperança”, concluiu.
Fonte: Rádio Vaticano

Por que ferimos as pessoas que mais amamos?


Por que tantas vezes marido e mulher não se entendem?
2200Porque cada um tem um histórico de vida – a gestação, a infância, a maneira como foram educados por seus pais (uma educação rude e autoritária ou uma educação liberal demais, que os fazia se sentirem rejeitados), a escola, como foram informados sobre a sexualidade, as rejeições da adolescência, quando eram jovens e cheios de ideais.
Tais marcas acabam incidindo sobre o casamento.
A partir desse exemplo fica mais fácil entender por que acabamos ferindo as pessoas que mais amamos.
 É como um recipiente cheio d’água que, a certa altura, começa a transbordar.
Conosco também ocorre o mesmo; derramamos aquilo que está em excesso dentro de nós justamente sobre as pessoas que mais amamos, como é o caso de marido e mulher.
O marido tem certeza de que sua mulher o ama, uma vez que ela já deu muitas demonstrações disso, mas mesmo assim ele se excede com ela.
Às vezes, não se trata de nada grave, contudo, derramou sobre ela todo o seu negativismo, que geralmente não tem uma causa, sendo apenas reflexo do passado.
Certamente esse marido precisa de muita cura e libertação. E a beleza de tudo isso é que o Senhor quer curar e libertar. Por isso, é preciso buscar a cura dessas coisas concretas.
Tal comentário não tem a intenção de manifestar que as mulheres sejam santas e os maridos pecadores, porque a mesma coisa também acontece com elas.
Quantas e quantas vezes o marido chega em casa e a mulher derrama sobre ele uma enxurrada de reclamações que ele nem sequer entende.
 Muitas esposas sempre arrumam uma dificuldade: ele entrou em casa com o pé sujo, derramou qualquer coisa no chão, não lhe deu atenção nem foi carinhoso, enfim, uma infinidade de queixas que, quando analisadas, descobre-se que não são o verdadeiro motivo do desentendimento.
Possivelmente, uma simples atitude tenha sido a gota que fez o recipiente transbordar.
Então, em virtude de um passado doloroso surgem aqueles enormes problemas entre o casal.
Uma hipótese é que a esposa talvez tenha sido humilhada e rejeitada desde a infância.
Deus caprichou nas mulheres e as criou cheias de amor, mas, talvez essa mulher não tenha conseguido amar nem ser amada, pelo contrário, tenha sido ignorada e manipulada, inclusive, na própria casa.
Ela carregava toda essa carga quando se casou com seu marido.
Além de experiências dolorosas dos namoros e da sexualidade que experimentou.
Quanta frustração sexual!
Ninguém lhe permitiu que crescesse como mulher, em sua feminilidade, porque sexualidade não se resume a um órgão genital e ao prazer.
 Talvez tenha sido reprimida naquilo em que era mais ela mesma, por causa da educação recebida em casa, a qual não condizia com o seu interior.
Ela observava o comportamento das colegas e o que mostravam os romances, as novelas e filmes.
 Quem sabe ela tenha até sonhado e mesmo tentado vivenciar tais acontecimentos, mas sentia que estes não condiziam com seu interior.
Foram experiências interiores ruins e sofridas de incapacidade de ser o que se é.
Nosso ser sofre por não conseguir ser aquilo que Deus o criou.
Tudo isso foi mencionado para que entendamos que a vivência no Espírito deve atingir a nossa vida concreta. É essa a pretensão do Senhor.
(Trecho extraído do livro "Curados para amar" de monsenhor Jonas Abib)

Deixe-se molhar pela Água Viva

Respostas diferentes...              2“A água das chuvas cai dos Céus e embora caia sempre do mesmo modo e na mesma forma, produz efeitos muito variados.
De fato, o efeito que produz na palmeira não é o mesmo que produz na videira; e assim em todas coisas, apesar de sua natureza ser sempre a mesma e não poder ser diferente de si própria.
Na verdade, a chuva não se modifica a si mesma em qualquer das suas manifestações.
Contudo, ao cair sobre a terra, acomoda-se às estruturas dos seres que a recebem, dando a cada um deles o que necessita.
Com o Espírito Santo acontece o mesmo.
Sendo único, com uma única maneira de ser e indivisível, distribui a graça a cada um conforme lhe cabe.
E assim como a árvore ressequida ao receber água produz novos rebentos, assim também a alma pecadora, ao receber do Espírito o dom do arrependimento, produz frutos de justiça.
O Espírito tem um só e o mesmo modo de ser; mas, por vontade de Deus e pelos méritos de Cristo, produz efeitos diversos.
Quem se encontra nas trevas, ao nascer do sol recebe nos olhos a sua luz, começando a enxergar claramente coisas que até então não via.
Assim também, aquele que se tornou digno do Espírito Santo recebe na alma a sua luz e, elevado acima da inteligência humana, começa a ver o que antes ignorava” (São Cirilo de Jerusalém).
Peça insistentemente a Jesus a graça de ser cheio do Espírito Santo.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago
Canção Nova

Santo do Dia - São Narciso


São Narciso O santo de hoje, São Narciso, foi Bispo de Jerusalém e, quando se deu tal fato, devia ter quase cem anos de idade. Narciso não era judeu e teria nascido no ano 96. Homem austero, penitente, humilde, simples e puro, sabe-se que presidiu com Teófilo de Cesareia a um concílio onde foi aprovada a determinação de se celebrar sempre a Páscoa num Domingo.

Eusébio narra que em certo dia de festa, em que faltou o óleo necessário para as unções litúrgicas, Narciso mandou vir água de um poço vizinho, e com sua bênção a transformou em óleo. Conta também as circunstâncias que levaram Narciso a demitir-se das suas funções.

Para se justificarem de um crime, três homens acusaram o Bispo Narciso de certo ato infame. "Que me queimem vivo - disse o primeiro - se eu minto". "E a mim, que me devore a lepra", disse o segundo. "E que eu fique cego", acrescentou o terceiro. O desgosto de ser assim caluniado despertou em Narciso o seu antigo desejo pelo recolhimento e, por isso, sem dizer para onde ia, perdoou os caluniadores e saiu de Jerusalém em direção ao deserto. Considerando-o definitivamente desaparecido, deram-lhe por sucessor a Dio, ao qual por sua vez sucederam Germânio e Górdio. Todavia, os três caluniadores não tardaram a sofrer os castigos que em má hora tinham invocado, pois o primeiro pereceu num incêndio com todos os seus, o segundo morreu de lepra e o terceiro cegou à força de tanto chorar o seu pecado.

Alguns anos depois, Narciso reapareceu na cidade episcopal. Nunca tinha sido posta em dúvida a santidade do seu procedimento.; por isso, foi com imensa alegria que Jerusalém recebeu seu antigo pastor. Segundo diz Eusébio, continuou Narciso a governar a diocese até a idade de 119 anos, auxiliado por um coadjutor chamado Alexandre. Faleceu cerca do ano de 212.

São Narciso, rogai por nós!

Primeira leitura (Efésios 4,32-5,8)

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.

Irmãos, 4,32sede bons uns para com os outros, sede compassivos; perdoai-vos mutuamente, como Deus vos perdoou por meio de Cristo. 5,1Sede imitadores de Deus, como filhos que ele ama. 2Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós, em oblação e sacrifício de suave odor. 3A devassidão, ou qualquer espécie de impureza ou cobiça sequer sejam mencionadas entre vós, como convém a santos. 4Nada de palavras grosseiras, insensatas ou obscenas, que são inconvenientes; dedicai-vos antes à ação de graças. 5Pois, sabei-o bem, o devasso, o impuro, o avarento — que é um idólatra — são excluídos da herança no reino de Cristo e de Deus. 6Que ninguém vos engane com palavras vazias. Tudo isso atrai a cólera de Deus sobre os que lhe desobedecem. 7Não sejais seus cúmplices. 8Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje ( Salmos 1 )

— Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.
R-Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.

1- Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.
R2-Eis que ele é semelhante a uma árvore que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar. R3- Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.

Compreendendo e Refletindo

A chave de leitura desta narrativa é: Jesus estava ensinando numa sinagoga, num dia de sábado. Havia aí uma mulher que, havia dezoito anos já, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de ficar bem direita. Vendo-a, Jesus a chamou e lhe disse: “Mulher, estás livre da tua doença”. Ele impôs as mãos sobre ela, e ela se ergueu bem direita e começou a louvar a Deus.
A mulher encurvada, que não consegue olhar para o alto, representa o povo sujeito à ideologia do Judaísmo. Jesus é livre para curar no sábado, e diante da fúria do chefe da sinagoga, argumenta que se, no dia do sábado, é permitido desamarrar um animal para que ele beba, com muito mais razão ele podia libertar esta mulher “amarrada” por satanás, curvada sobre a terra, impedida de louvar a Deus. Libertando a todos do legalismo, Jesus manifesta o amor salvador e vivificante.
O chefe da sinagoga, porém, furioso porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado, se pôs a dizer à multidão: “Há seis dias para trabalhar. Vinde, pois, nesses dias para serdes curados, mas não em dia de sábado”.
O Senhor respondeu-lhe: “Hipócritas! Não solta cada um de vós seu boi ou o jumento do curral, para dar-lhe de beber, mesmo que seja em dia de sábado? Esta filha de Abraão, que Satanás dominou durante dezoito anos, não devia ser libertada dessa prisão, mesmo em dia de sábado?” Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que Ele fazia. Louvor e Glória ao Senhor!
Padre Bantu Mendonça- Canção Nova

Evangelho (Lucas 13,10-17)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 10Jesus estava ensinando numa sinagoga, em dia de sábado. 11Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar. 12Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse: “Mulher, estás livre da tua doença”. 13Jesus pôs as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou e começou a louvar a Deus.
14O chefe da sinagoga ficou furioso, porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado. E, tomando a palavra, começou a dizer à multidão: “Existem seis dias para trabalhar. Vinde, então, nesses dias para serdes curados, não em dia de sábado”.
15O Senhor lhe respondeu: “Hipócritas! Cada um de vós não solta do curral o boi ou o jumento, para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? 16Esta filha de Abraão, que Satanás amarrou durante dezoito anos, não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado?” 17Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

domingo, 28 de outubro de 2012

Recuperar os fiéis perdidos e conquistar os indiferentes?

Como a Igreja Católica pode responder à indiferença daquela parcela da população que não crê, que se afastou na religião ou que nunca a conheceu? Quem responde as perguntas é o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis.
“Eu acho que é importante que nós saiamos ao encontro do nosso povo, sobretudo nas periferias de nossas grandes cidades. O Brasil, e eu diria a América Latina de modo geral, passam por um processo cada vez mais forte de urbanização. As populações estão se concentrando nas grandes e médias cidades. Hoje, no Brasil já cerca de 80% da população está vivendo nas cidades. Então, é claro que as cidades aumentam, crescem e nós muitas vezes não temos um número suficiente de ministros ordenados e muitas vezes também não temos o número suficiente de leigos preparados para atender as necessidades religiosas, espirituais desta população que cresce cada vez mais em nossas cidades”.
“De que maneira ir ao encontro deles? Criar centros de encontro das pessoas que vivem nestas áreas, criar pequenas comunidades, como vimos no Documento de Aparecida: fazer da Igreja uma rede de pequenas comunidades eclesiais, vinculadas à paróquia, à diocese, porque nós devemos sempre promover e estimular uma pastoral orgânica, de conjunto. Portanto, este trabalho não pode ser autônomo, não pode ser independente, como ocorre muitas vezes com nossos irmãos evangélicos”.
“Para isso, é necessário que se abra espaço à atuação do laicato; é claro também dos religiosos e religiosas, porque o padre sozinho não consegue atender a esta demanda da população mais distante da matriz, da sede paroquial propriamente dita”. Fonte: CNBB

“A Crise Econômica Mundial, uma reflexão bíblico-teológica” é tema da palestra de Padre Manfredo

                                             Acontecerá no dia 31 de outubro, às 18h30min, na Faculdade Católica de Fortaleza, no Seminário da Prainha em Fortaleza, Palestra e Debate com o tema “A Crise Econômica Mundial, uma reflexão bíblico-teológica” tendo como palestrante Pe. Manfredo Oliveira que tem Mestrado em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma; Doutorado em Filosofia pela Universidade Ludwig Maximilian, Munique; Coordenador do Mestrado em Filosofia da UFC; e Presidente da ADITAL. Na mesma ocasião acontecerá também o lançamento dos livros: “Eis que faço novas todas as coisas – Teologia apocalíptica”; “Teoria teológica Práxis teologal – sobre o método de Teologia da Libertação” e da Agenda Latino-Americana 2013. Informações pelo telefone (85) 3453 2150, na Faculdade Católica de Fortaleza ou na Livraria Paulinas pelo telefone (85) 3226 7544.          Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Pastoral da Criança prepara dia mundial de oração pela infância



Reduzir a pobreza, a violência e construir a paz é o tema do Dia Mundial de Oração e Ação pela Criança, que será comemorado em todo o Brasil na semana de 18 a 25 de novembro.
A Pastoral da Criança, que integra a Rede Mundial de Religiões para a Infância (GNRC), mobiliza a sua rede de mais de 2012 mil voluntários em cerca de 37 mil comunidades em todos os estados brasileiros.
A proposta é direcionar, na semana, orações e ações para a proteção dos direitos e a promoção do bem-estar das crianças.
O Dia Mundial de Oração e Ação pela Criança - 20 de novembro - foi instituído durante o III Fórum Global da Rede Global de Religiões para a Infância (GNRC), realizado em Hiroshima, em maio de 2008.
A data foi escolhida por ser o Dia Internacional da Infância, data em que foi proclamada a Convenção sobre os Direitos da Criança pela Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, também é comemorado o dia da Consciência Negra, e o dia 21 de novembro foi instituído como o "Dia Nacional do Compromisso com a Criança e Adolescente e a Educação".
Junto a iniciativas nas comunidades do país, o Comitê Gestor Brasil da GNRC e a Pastoral da Criança vão promover celebrações inter-religiosas em dezenas de cidades brasileiras. Diversas tradições religiosas organizarão uma corrente de colaboração com a comunidade na semana que marca o Dia Mundial de Oração e Ação pela Criança.

Fonte: cancaonova

No Dia Nacional da Juventude 2012 será iniciada a divulgação da Campanha da Fraternidade 2013


Como já é de costume no Brasil, o último domingo de novembro de todos os anos sempre marca o Dia Nacional da Juventude (DNJ), mas nesse ano, além do DNJ, aconteerá a largada de divulgação de um dos maiores eventos da Igreja Católica no Brasil, a Campanha da Fraternidade de 2013, que terá como tema "Juventude".
O lançamento começou pelo twitter, na última quarta-feira, pelo @cfc2013Oficial e, no próximo domingo, serão lançados a página no Facebook "CF 2013" e o site www.cf2013.org.br.
O período da Campanha Fraternidade corresponde ao tempo da Quaresma e, para incentivar a participação do público-alvo, uma equipe de comunicação específica para a Campanha foi criada com o objetivo de disseminar o conteúdo do texto base da CF por meio das redes sociais, produção de vídeos e interação com os jovens de todo país
DNJ e CF 2013
Todos os anos, a CNBB elabora um subsídio próprio para que os jovens e as dioceses celebrem o Dia Nacional da Juventude, a partir de orientações para realização de encontros, dinâmicas e meditações. O subsídio do DNJ 2012, em especial, foi construído à luz da CF 2013, como aponta o assessor nacional da Comissão para a Juventude da CNBB, padre Antônio Ramos do Prado, na apresentação do material.
De acordo com o assessor, a construção deste documento teve a participação da Coordenação Nacional de Jovens que se debruçou sobre a realidade do jovem da atualidade para a redação dos textos.
"Essas reflexões vêm fortalecer cada vez mais a importância do DNJ, que todos os anos, com um tema novo, ajuda o povo brasileiro a olhar para a juventude, refletir e acompanhar suas propostas", destacou.
O DNJ sempre acontece no último domingo de outubro. Contudo, como o próximo dia 28 é segundo turno das eleições municipais, as (arqui)dioceses, pastorais, movimentos e comunidade têm escolhido para celebrar outros domingos de outubro ou o primeiro de novembro. (EA)

Fonte: gaudiumpress

O Catecismo da Igreja Católica


A Igreja comemora, agora em 2012, os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica! Este momento vem ao encontro do "Ano da Fé", anunciado e aberto pelo Papa Bento XVI no dia 11 de outubro, pp., que pede a retomada catequética juntamente com uma vida de sincera conversão. Torna-se oportuno aproveitar estas comemorações para recordar os fundamentos da nossa fé e os valores que os sacramentos imprimem em nossa vida.
Neste tempo de tantas possibilidades e ofertas, não podemos nos esquecer de que precisamos voltar nosso olhar e interesse pelas coisas de Deus. Por isso, torna-se mais do que necessário retomar a leitura da publicação do Catecismo da Igreja Católica, aprovado a partir da "Fidei Depositum", (11 de outubro de 1992, do Beato João Paulo II) atualizado após o Concílio Ecumênico Vaticano II.
 
Guardar o depósito da fé é a missão que Jesus Cristo deixou como legado à sua Igreja. Este legado a acompanha em todos os tempos. Nós, seguidores de Cristo, estamos inseridos neste tempo e somos responsáveis pela missão. Portanto, hoje, novamente se faz necessário reconhecer seus ensinamentos e comunicá-los aos que ainda Nele não creem. Nisto acontece o resplendor do anúncio do Evangelho!
Celebrar este aniversário é rememorar os valores da nossa vida cristã e a nossa fidelidade a Cristo. Recordando nosso olhar para a vida do homem nós conseguimos reconhecer a Deus. Enquanto homens que nos identificamos com Ele, vivemos e transmitimos a fé. Daí a importância da nossa catequese.
O Catecismo da Igreja Católica é um instrumento para orientar todos os fiéis no caminho de Cristo, que, consequentemente, os leva no caminho ao encontro com os irmãos.
Deve-se reconhecer que o Catecismo é denso, refletindo em toda a primeira parte a "Profissão de fé" do batizado. Há ali uma reciprocidade entre a revelação de Deus para o homem e a resposta humana de fidelidade. Ali se dá também a articulação dos "três capítulos": a fé na Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo.
Já em seguida se estuda como se dá a ação de Deus (para manifestar a Salvação) na realização das obras de Jesus Cristo e da ação do Espírito Santo, também hoje pronunciadas e manifestadas nas liturgias que são celebradas. Por isso, a liturgia é o pedestal da vivência dos Sacramentos da Fé.
São "bem-aventurados" os que se identificam numa ação livre e despojada, munidos pela fé e graça de Deus, em favor dos pobres e descrentes. Aí se manifesta a caridade, que acontece a partir dos Mandamentos de Deus.
Porém, toda a ação do cristão, mesmo fundamentada na catequese, se torna fraca se não for alimentada pela oração. Daí a importância da oração contínua na vida de fé. O Catecismo da Igreja Católica foi assim pensado para condensar a doutrina e os valores da fé católica. Em sua linguagem encontramos inúmeras referências bíblicas. Algumas não são citadas, mas o estudo e a reflexão apresentados vêm ao encontro do que Jesus ensinou aos seus discípulos e às multidões que O seguiam, presentes na Sagrada Escritura. Os Evangelhos registram o que Jesus falou e fez em favor dos que querem seguir e estar com Deus. Este "estar com Deus" se inicia no aqui e agora toda vez que vivemos plenamente os valores por Ele ensinados.
O "Ano da Fé" nos aproxima oportunamente a reler o Catecismo da Igreja Católica para sermos mais santos, fraternos e humanos. Deus abençoe a todos na recuperação do estudo do Catecismo da Igreja Católica!
Por Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo do Rio de Janeiro

Fonte: gaudiumpress

Santo do Dia -São Simão e São Judas Tadeu

São Simão e São Judas Tade
São Simão e São Judas Tadeu Celebramos na alegria da fé os apóstolos São Simão e São Judas Tadeu. Os apóstolos foram colunas e fundamento da verdade do Reino.

São Simão:

Simão tinha o cognome de Cananeu, palavra hebraica que significa "zeloso".

Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha. São Fortunato, Bispo de Poitiers no fim do século VI, indica estarem Simão e Judas enterrados na Pérsia.

Isto vem das histórias apócrifas dos apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio jeronimita.

Outros dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia foi elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro; assim ainda hoje os celebramos.

Na antiga basílica de São Pedro do Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se conservava o Santíssimo Sacramento.

São Judas Tadeu:

Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: "Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?" (Jo 14,22).

Temos uma epístola de Judas "irmão de Tiago", que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: "Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente". Orígenes achava esta epístola "cheia de força e de graça do céu".

Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia.

Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu.

Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas.

São Judas é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.


São Simão e São Judas Tadeu, rogai por nós!

Primeira leitura (Jeremias 31,7-9)

30º Domingo do Tempo Comum

Leitura do Livro do profeta Jeremias:
7Isto diz o Senhor: “Exultai de alegria por Jacó, aclamai a primeira das nações; tocai, cantai e dizei: ‘Salva, Senhor, teu povo, o resto de Israel’.
8Eis que eu os trarei do país do Norte e os reunirei desde as extremidades da terra; entre eles há cegos e aleijados, mulheres grávidas e parturientes: são uma grande multidão os que retornam.
9Eles chegarão entre lágrimas e eu os receberei entre preces; eu os conduzirei por torrentes d’água, por um caminho reto onde não tropeçarão, pois tornei-me um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito”.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Segunda Leitura ( Hebreus 5,1-6 )

Segunda leitura (Hebreus 5,1-6
Leitura da Carta aos Hebreus:

1Todo sumo sacerdote é tirado do meio dos homens e instituído em favor dos homens nas coisas que se referem a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.
2Sabe ter compaixão dos que estão na ignorância e no erro, porque ele mesmo está cercado de fraqueza. 3Por isso, deve oferecer sacrifícios tanto pelos pecados do povo, quanto pelos seus próprios.
4Ninguém deve atribuir-se esta honra, senão o que foi chamado por Deus, como Aarão.
5Deste modo, também Cristo não se atribuiu a si mesmo a honra de ser sumo sacerdote, mas foi aquele que lhe disse: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei”. 6Como diz em outra passagem: “Tu és sacerdote para sempre, na ordem de Melquisedec”.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de hoje ( Salmos 125 )

Salmo (Salmos 12
— Maravilhas fez conosco o Senhor,/ exultemos de alegria!
R- Maravilhas fez conosco o Senhor,/ exultemos de alegria!

1-Quando o Senhor reconduziu nossos cativos,/ parecíamos sonhar;/ encheu-se de sorriso nossa boca,/ nossos lábios, de canções. 
R2- Entre os gentios se dizia: “Maravilhas/ fez com eles o Senhor!”/ Sim, Maravilhas fez conosco o Senhor,/ exultemos de alegria! R
3- Mudai a nossa sorte, ó Senhor,/ como torrentes no deserto./ Os que lançam as sementes entre lágrimas/ ceifarão com alegria. 
R4- Chorando de tristeza sairão,/ espalhando suas sementes;/ cantando de alegria voltarão,/ carregando os seus feixes! R

Compreendendo e Refletindo

Jericó acordara cedinho trazendo ainda – no rosto dos seus habitantes – a alegria contagiante da passagem de Jesus. Os comentários sucediam-se; não faltavam opiniões, as mais diversas; pessoas emocionadas; gente simples que tomara ares de vida nova… Tudo resplandecia.
A cidade respirava um ar diferente, apesar do parecer contrário de muitos a respeito do ocorrido no dia anterior: o jantar de Jesus e seus discípulos na casa de Zaqueu. É que eles ainda não se tinham dado conta destas palavras: “Eu vos digo que do mesmo modo, haverá mais alegria no céu por um só pecador que se arrependa do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento” (Lc 15,7).
Parece-me ouvir nitidamente a voz de Jesus repetindo aos insatisfeitos o que dissera alguns dias antes aos seus discípulos: “O que vos parece? Se um homem possui cem ovelhas e uma delas se extravia, não deixa ele as noventa e nove nos montes e vai à procura da que se perdeu? Se consegue encontrá-la, em verdade vos digo, terá maior alegria com ela do que com as noventa e nove que não se extraviaram” (Mt 18,12-13). Eles, por certo, ainda não haviam entendido a “lógica” de Jesus, e muito tempo ainda decorreria para que entendessem que “a sua lógica não tem lógica”, visto que o Reino não chegara para “os sábios e entendidos”. Ao sair de Jericó com os seus discípulos e grande multidão, estava sentado à beira do caminho, mendigando, o cego Bartimeu, filho de Timeu.
Os pobres eram, em primeiro lugar, os mendigos. Estes eram os doentes e aleijados que tinham recorrido à mendicância, haja vista a impossibilidade de serem empregados e não possuírem parentes que pudessem (ou quisessem) sustentá-los. Era o contraste que se deparava diante de todos. Ainda há pouco, as cores da alegria; no instante presente, a máscara da tristeza, da miséria e da opressão.
Bartimeu, além de mendigo, era cego. Excluído e humilhado pela sociedade, perdera a vergonha de estender as mãos para angariar míseras moedas para o seu sustento. Aprendera na dor a ser humilde; aprendera na obediência a Deus a viver sem murmurar; aprendera a aceitar a sua condição de dependência e opressão.
Aprendera de maneira dinâmica – e não de maneira estática – a acolher a sua condição limitada. Dentro dele latejava a ânsia de lutar por dias melhores. Sentia em sua alma alguma coisa que falava não sei o quê… Ele não compreendia, mas sentia profundamente que aquela coisa… É como se pressentisse algo. Era chegado o tempo de descruzar os braços.
Seu tato era extraordinário. Poderíamos afirmar, sem receio, que ele enxergava pelas mãos, pelos dedos. Por outro lado, a sua capacidade auditiva era extremamente apurada. Não tendo capacidade para detectar a luz, desenvolvera a capacidade de detectar as formas e os sons. Aqueles sons que se aproximavam do lugar em que estava mendigando, um alarido não muito constante em Jericó, tornara-se o sinal indicativo de que um personagem importante estava deixando a cidade. À medida que a multidão se aproximava, mais ele apurava os ouvidos. Quando percebeu que era Jesus, o Nazareno, que passava, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!” Ele naturalmente não viu; mas através do vozerio identificou que era Jesus. E começou a gritar, clamando por misericórdia Àquele que é “a luz do mundo e o caminho, a verdade e a vida” (Jo 8,12; 14,6).
E muitos o repreendiam para que se calasse. Ele porém, gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem compaixão de mim!” A insistência e a persistência de quem luta por aquilo que quer e deseja, e anseia, e busca, e pede, e clama… Encontra ressonância aos ouvidos do Senhor.
Detendo-se, Jesus disse: “Chamai-o!” Jesus para e manda chamá-lo. Diante da miséria humana, Jesus nunca segue adiante. É o Bom Pastor que cuida da ovelha doente; e o Bom Samaritano que trata das feridas da ovelha machucada. Chamaram o cego, dizendo: “Coragem! Ele te chama. Levanta-te!” Deixando a sua capa, levantou-se e foi até Jesus.
A doença que o oprimia, escravizava e humilhava, a partir de agora deixava de ter sentido. Aquela capa que fora símbolo de exclusão social foi atirada longe. O que importava era levantar-se o mais depressa possível e chegar até Jesus.
Naquele instante, os olhos da Luz encontraram os olhos sem luz. E no Coração de Jesus afloram as palavras proferidas na sinagoga de Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar o ano da Graça do Senhor”. Diante dele, Bartimeu: pobre, mendigo, cego, cativo, preso, oprimido… Então Jesus lhe disse: “Que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu possa ver novamente!”
Jesus respeita a nossa liberdade. Por isso a razão da sua pergunta. Ele queria que Bartimeu verbalizasse, apesar de saber e vê-lo cego. Quando ele expressou o seu desejo de cura, Jesus lhe disse: “Vai, a tua fé te salvou!” No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia-o pelo caminho. São palavras que curam o corpo, a alma e o coração.
O cego não é aquele que não vê, mas aquele que não quer ver. Quantos passam a vida sentados à beira do caminho, braços cruzados, olhos perdidos no vazio e na escuridão, acomodados, desencorajados, desesperançados, descrentes de Deus, descrentes do mundo, descrentes das pessoas… Mortos vivos ou vivos mortos? Em qual das duas categorias você se ajusta?
Jesus está passando agora no caminho do seu coração. Não deixe esta graça passar sem realizar o que Deus quer. Peça, busque, clame, grite, como Bartimeu: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!” Clama com as palavras que o Espírito Santo lhe inspirar: “Jesus, eu só enxergo as coisas do mundo. O meu coração e os meus olhos encharcados de concupiscências, de pecados, de vícios, de egoísmo, de orgulho, de vaidade, de adultério, de rancor.. Eu sou cego para o amor, para o perdão, para a misericórdia, para a disponibilidade, para o serviço aos irmãos, para a partilha. Eu sou cego para a humildade, para o desprendimento, para a renúncia, para o despojamento de mim mesmo. Tem compaixão de mim!”
E os seus olhos se abrirão; sua alma exultará; seu espírito haverá de cantar as misericórdias que o Senhor realizou na sua vida.
Mas não basta apenas isto. É necessário exercitar a fé. É seguindo Jesus pelo caminho, como fez Bartimeu, que se cumpriram as palavras de Jesus em sua vida: “Vai, a tua fé te salvou”. Louvor e Glória ao Senhor!
Padre Bantu Mendonça- Canção Nova

Evangelho (Marcos 10,46-52)

30º Domingo do Tempo Comum

— O Senhor esteja convosco
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 46Jesus saiu de Jericó, junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho.
47Quando ouviu dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”
48Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!”
49Então Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Eles o chamaram e disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!”
50O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus.
51Então Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!”
52Jesus disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

sábado, 27 de outubro de 2012

DNJ 2012 – ‘Juventude e vida’. ‘Que vida vale a pena ser vivida?’

A reflexão será norteada pelos encontros que constam no subsídio DNJ 2012: 1) Realidade Juvenil: qual vida nós jovens temos vivido? 2) O que temos feito para transformar a realidade? 3) Que vida vale a pena ser vivida?
A Igreja, ao longo dos anos, tem buscado dar respostas a essas perguntas dos jovens. O Concílio Vaticano II (1968, n. 1.376), no Decreto Apostolicam Actuositatem apresenta a cultura juvenil como uma influência da maior importância na sociedade moderna. As circunstâncias da vida dos jovens, a mentalidade e as próprias relações com as famílias estão profundamente mudadas. É preciso assegurar o direito à vida para todos os jovens.
A ciência afirma que o conceito “juventude” constitui uma construção social com origem histórica e variações substantivas quanto à forma e aos conteúdos. Isso vale para aqueles chamados de “jovens” no passado e, certamente, para os que serão chamados, assim, no futuro. No século XX “a juventude deixa de ser uma condição biológica e se torna uma definição simbólica” (Melucci, 1997).
A Igreja do Brasil, através do Documento n. 85 da CNBB – Evangelização da Juventude: desafios e perspectivas pastorais apresenta os principais problemas enfrentados pelos jovens brasileiros: as desigualdades de renda; o acesso restrito à educação de qualidade e frágeis condições para permanência na escola; o desemprego e a inserção no mercado de trabalho; a falta de qualificação para o mundo do trabalho; o envolvimento com as drogas e alto consumo de bebidas alcoólicas; a banalização da sexualidade; a gravidez na adolescência; a AIDS; a violência no campo e na cidade; a intensa migração; as mortes por causas externas (homicídios, acidentes de trânsito e suicídios); o limitado acesso às atividades esportivas, de diversão, culturais e a exclusão digital. Esses têm sido os sinais de morte que atingem a nossa juventude.
Chamo atenção aqui, para a realidade juvenil e o que tem tirado a vida de nossa juventude – a VIOLÊNCIA. Segundo a pesquisa “Perfil da Juventude Brasileira” (2003), 46% da juventude já perderam parentes ou amigo próximo de forma violenta e 38% já viu de perto alguém que morreu de forma violenta sendo que destes 62% foram mortos assassinados. Segundo dados da mesma pesquisa, 48% dos jovens indicam a questão da violência/segurança como um dos principais problemas do país.
Segundo o relatório feito pelo RITLA (Rede de Informações Tecnológica LatinoAmericana), no Brasil morrem por dia, em média, 54 jovens vítimas de homicídio. Recentemente, uma pesquisa realizada pelo Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens do Observatório de Favelas em parceria com o Laboratório de Análise da Violência da UERJ, apresentou uma estimativa da quantidade de adolescentes e jovens entre 15 e 19 anos que poderão ser mortos no período de 2006 a 2012. O número é alarmante: cerca de 33.503 (trinta e três mil quinhentos e três). O homicídio é a causa de cerca 46% das mortes de adolescentes e jovens. A estimativa foi feita com base em dados de 2006, considerando que as circunstâncias observadas naquele ano sejam mantidas.
Os estudos mais recentes sobre a violência têm-se concentrado na área urbana, o que se explica pelo fato de as grandes questões da sociedade se localizarem, principalmente, nas grandes cidades. Segundo a reflexão de Mello (1999), “a experiência da cidade e da violência é uma experiência partilhada por todos, embora vivida sob condições de extrema diferença”. Metaforicamente, a juventude passa a representar a vitrine dos conflitos sociais e a crise da juventude, mais que a crise da adolescência, passa a ser reveladora também da crise permanente da sociedade capitalista (Sales, 2003), da crise de significações de nossa modernidade (Waiselfisz, 1998).
A noção de juventude no imaginário social ganha associação direta marcada pela instabilidade, e por isso mais propícia aos problemas sociais de seu tempo, tornando-se, ela própria, um “problema social”. Só precisamos nos atentar para não criar uma “demonização da juventude”: “Ocorre que o debate acadêmico sobre o tema da juventude, ainda permeado por disputas conceituais, incorporou acúmulos teóricos e atualmente, mesmo enfatizando a noção de “juventudes”, em consideração às múltiplas situações e significações inerentes ao segmento, reconhece a validade da condição juvenil por imprimir sentido a todos os grupos sociais” (Abramo, 2005).
Ao observarmos, portanto, os jovens na sua relação com a violência atual queremos explorar as similaridades que homogeiniza esse grupo, à luz do contexto histórico que vivemos, sem, contudo, elidir a condição de classe e os significados próprios desse pertencimento. Devemos entender a juventude como uma categoria que é produzida analiticamente, na relação com o processo sócio-histórico que a modernidade constitui.
E como, a partir do reconhecimento das transformações políticas, econômicas e ideoculturais, a juventude, em conexão com as novas formas de sociabilidade que despontam, incluindo-se aí as expressões de violência, transforma-se em recurso revelador das características e metamorfoses presentes na contemporaneidade. Essa expressão de violência é caracterizada pela quebra dos valores de tolerância, pela gratuidade e mesmo pela crueldade. Da violência dos ataques pessoais ao outro (Zaluar, 2003) podem chegar à morte, motivada por causas irrelevantes como um simples olhar enviesado” (Rosa, 2010). O diagnóstico é o de indiferença com relação aos outros e o de aumento de uma desconfiança generalizada.
Mas quais são as contribuições das instituições e quais são as tecnologias sociais adotadas para dar conta destes eventos? O que temos feitos em busca de Políticas Públicas para os nossos adolescentes e jovens? Que espaços de participação a nossa juventude tem levado a Boa Notícia do Jovem Galileu? O que enquanto Comunidade tem sido construído para gerar vida no meio da juventude? Onde temos feito germinar a árvore da vida? Qual o meu Projeto de Vida? Tenho contribuído para que o jovem construa o seu?
Frente a tantos sinais de morte que encontramos, o Reino de Deus nos apresenta sinais de vida. É preciso transformar esses sinais em ações concretas que possam atingir toda a juventude e não só aqueles presentes em nosso espaço eclesial.
Desejo que tod@s @s jovens cultivem ou construam seus projetos de vida. Vamos nos preparar e vamos gritar que a Vida vale apenas ser vivida com dignidade.
Encontramos-nos no dia 28 de outubro de 2012, na cidade de Resende. Até lá!
Sugestão de Filmes: O Poder de um Jovem (1992), Bella (2007), Escritores da
Liberdade (2007) e A Corrente do Bem (2000).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAMO, H. W. Condição Juvenil no Brasil Contemporâneo. In: ABRAMO, H.; BRANCO, P. P. (Orgs.). Retratos da juventude brasileira. Análises de uma pesquisa nacional. São Paulo: Instituto da Cidadania/Fundação Perseu Abramo, 2005.
INSTITUTO CIDADANIA. Perfil da Juventude Brasileira – Fundação Perseu Abramo. Dez/2003.
MELLO, S.L. (1999). A violência urbana e a exclusão dos jovens. In: B.B.Sawaia. (Org.). As artimanhas da exclusão. Petrópolis: Vozes, 1999.
MELUCCI, Alberto. Juventude, tempo e movimentos sociais. Revista Brasileira de Educação. Juventude e contemporaneidade, São Paulo: Bartira, nn. 5 e 6, maiodezembro, 1997. Edição especial p. 13. ROSA, Edinete Maria e OLIVEIRA, Maristhela Bergamim de.Juventude, violência e alteridade. Temas em Psicologia. Vol. 18, p. 113-121. 2010.
SALES, M. A. Juventude extraviada de direitos. In: P. C. P. Fraga, & J. A. S. Lulianelli.
Jovens em tempo real (pp.188-220). Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
WAISELFISZ, Julio Jacobo. Juventude, violência e cidadania: os jovens de Brasília.
São Paulo: Cortez. 1998.
_________, Julio Jacobo. Mapa da Violência: Os Jovens do Brasil. São Paulo: Instituto Sangari / Ministério da Justiça, 2011.
WILLADINO, Raquel; SENTO-SÉ, João Trajano; DIAS, Caio Gonçalves e GOMES, Fernanda. Prevenção à violência e redução de homicidios de adolescentes e jovens no Brasil. Rio de Janeiro: Observatório de Favelas, 2011.
ZALUAR, A. Gangues, galeras e quadrilhas: globalização, juventude e violência. In: H. Vianna (Org.).Galeras cariocas. Rio de Janeiro: UFRJ. 2003.
Documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II. São Paulo: Paulus,1997.
CNBB. Evangelização da Juventude: Desafios e Perspectivass pastorais.(doc. 85). São Paulo: Paulinas. 2007
Subsidio DNJ 2012. Coordenação da Pastoral Juvenil Nacional da CNBB
*Elaborado por Ana Paula O. Francisco – foi da Equipe de Assessores Diocesanos entre 2009-2012. Atualmente é Licencianda em Ciências Sociais/UFRRJ e Bolsista de IC da FAPERJ na Pesquisa: “Juventude, Violência e Socialização Escolar: análise dos processos de normalização em escolas públicas e em unidades do DEGASE”.
Fonte:
http://www.diocesevr.com.br/Noticias/DNJ%202012%20%20JUVENTUDE%20E%20VIDA
%20QUE%20VIDA%20VALE%20A%20PENA%20SER%20VIVIDA.html
 PJMP - Pastoral da Juventude do Meio Popular

Pais e Mestres: “vocês mentiram”!

 

                                                          Só depois que estudei nos bons colégios de São Paulo e numa das melhores faculdades de Medicina do Brasil, a da Universidade de São Paulo é que percebi uma realidade na vida. Só depois que aprofundei na Teologia Católica doutorando-me com uma tese que me custou sangue e só depois de 34 anos de sacerdócio, dos quais os 7 últimos como Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, é que confirmei essa minha percepção. Descobri que os meus pais e os meus mestres “mentiram” para mim.
Os meus pais “mentiram” quando eles me ensinaram, e eu vi com meus próprios olhos, que o casamento é fundamentado no amor indissolúvel e fecundo entre um homem e uma mulher.
Os meus pais “mentiram” mostrando-me, com suas vidas sacrificadas e heroicas, que a honestidade e o trabalho andam de mãos dadas e o estudo e a profissão não são só para ganhar dinheiro, mas é para sustentar-nos e colaborar com os mais pobres e necessitados.
Os meus pais “mentiram” dizendo que os filhos são uma dádiva de Deus e que eles vêm do amor entre eles e que ser mãe e ser pai é uma enorme alegria, mesmo quando nós fomos concebidos e os surpreendemos fora dos seus planejamentos.
Os meus pais “mentiram” ensinando a mim e aos meus irmãos que a Igreja Católica é uma Mãe melhor que eles e que segui-la na doutrina e na moral só nos faria pessoas mais livres e felizes.
Os meus pais “mentiram” afirmando que o Papa, os Bispos e os padres são, certamente, pessoas felizes, mas trazem para o mundo, com os sacramentos e com a Palavra, o que o mundo não é capaz de dar, o Emanuel, o Deus-conosco.
Os meus pais “mentiram” quando me matricularam em colégios onde o ensino religiosos neles administrado demonstrava ser um grande benefício para o meu futuro e que deveria estudar religião com o mesmo empenho que as outras disciplinas.
Os meus pais “mentiram” exortando-me para a cidadania, para a obediência às leis e para o respeito aos nossos governantes e que até rezasse por eles.
E os meus mestres, “mentiram” para mim? Foram outros grandes “mentirosos”!
Desde o primário até o ginásio ensinaram-me Educação Moral e Cívica, matéria que ocupava o tempo que poderia estar jogando futebol, e nessa matéria diziam-me que nos Três Poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário tinham pessoas íntegras e competentes e que elas eram a favor do povo, da família, da vida, do casamento, da saúde, etc., e, sobretudo, do bem da nação brasileira.
Na faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo os meus professores “mentiram” com a maior “cara de pau”. Começando pelos professores de Anatomia, pois eles “mentiram” quando exigiam respeito aos ossos dos cadáveres e aos corpos do indigentes que eram dissecados para o aprendizado do corpo humano.
“Mentiram descaradamente” ao proferirem nos anfiteatros da Faculdade ou junto aos leitos hospitalares que a finalidade dos médicos é salvar vidas e quando chegasse o momento que não conseguíssemos mais esse objetivo deveríamos aliviar os sofrimentos dos nossos pacientes e não criar outros.
No Curso de Ética Médica o mestre especialista dessa matéria “mentiu impunemente”, pois dizia, dentro do seu avental branco e impoluto , que o juramento médico – o de Hipócrates – não era um fingimento, mas um compromisso em favor da dignidade da nossa profissão e do valor inegociável da vida humana.
E quantos médicos e residentes, meus professores durante a prática médica em enfermarias e no Pronto-socorro do Hospital das Clínicas, “mentiram” sem que lhes crescessem os narizes, porque me diziam que não deveria, jamais e sob nenhuma hipótese, ser colaborador de pessoas e de organismos públicos e privados que só têm interesses econômicos, políticos e ideológicos e só querem que os médicos façam aborto, eutanásia, castração das mulheres, etc… Mentiram quando garantiram que ser médico é ser a favor da dignidade da pessoa e da vida sempre!
Durante os anos de formação para o sacerdócio e na vida pastoral, e agora episcopal, também houve “mentiras”. “Mentiram” para mim ao dizer que a Igreja é Una, Santa, Católica, Apostólica, Romana. Que a moral católica era ensinada e defendida tanto por leigos e padres, todos juntos, consumados na unidade, e que ser a favor do casamento entre homem e mulher, a favor da confissão e do celibato, da recepção da comunhão em estado de graça e da liturgia vivida com dignidade seguindo os ritos, eram, todas essas atitudes, sinais de amor a Deus e não só cumprimento de leis humanas.
“Mentiram” também os meus formadores ao valorizarem a obediência ao Papa e ao Magistério da Igreja, a fraternidade sacerdotal, a comunhão com os Bispos, a maturidade afetiva tão importante para a vida em comunidade, o amor ao povo, a dedicação intensa e exclusiva ao ministério pastoral, etc.
Quantas “mentiras”, mas na verdade não foram mentiras, por isso coloquei entre aspas essa palavra, aliás, nunca ouvi sair dos lábios dos meus pais e mestres nenhuma mentira em termos de valores. Na realidade eram as grandes Verdades da vida!
O quanto devo agradecer a eles pela fidelidade que souberam viver e, sobretudo, pela coragem e pelo amor que a mim dedicaram, porque não foram “politicamente corretos”, porque cederam às pressões culturais, porque não permitiram que houvesse “buracos negros” na minha consciência.
Graças aos meus pais e mestres que me ensinaram a boa ciência e a boa teologia, hoje eu amo e defendo a vida humana desde a sua concepção até a sua morte natural.
Eu amo e defendo o casamento entre um homem e uma mulher e fico admirado como o amor íntimo entre eles é fonte de afetos e prazeres, mas é principalmente, fonte de santidade matrimonial e de vida transmitida aos filhos.
Eu amo e defendo as verdades buscadas inteligentemente, não permitindo a manipulação ideológica e cultural da minha razão, pois com ela eu participo – com limites, é claro! – da Inteligência de Deus.
Eu amo e defendo o mundo, que saiu bom das mãos do Criador, e que devo serví-Lo com paixão procurando o seu bem e o bem de todos os homens.
Eu amo e defendo as pessoas que sofrem, no corpo e no espírito, com o desemprego, com as drogas, com as injustiças, com as mentiras ditas pelos politicamente corretos, e busco com outras pessoas de boa vontade as autênticas soluções sociais que correspondam à dignidade humana.
Eu amo e defendo a liberdade humana e sei que só com liberdade na verdade que poderei realizar-me como homem e contribuir para que meus irmãos e irmãs sejam livres em sociedade.
Eu amo e defendo as leis do meu país, desde que sejam realmente justas e benéficas para todos, sem favorecimento de grupos menores, e por isso mesmo é que respeito os governantes, os legisladores, os juristas, homens que devem atuar conscientes de que, um dia, prestarão contas ao Supremo Legislador como eu também irei prestar.
Amo e defendo todas as pessoas que vivem a mesma época que vivo e independentemente de suas opções de vida, não as discrimino, nem sou intolerante com elas, mesmo quando elas não obedecendo a Deus, preferem obedecer seus impulsos ou seus interesses sombrios.
Eu amo e defendo, com todas as forças da minha vida, a Santa Mãe, a Igreja, o Papa, os Bispos, os padres, a doutrina de fé e de moral presente no Catecismo e nos documentos do seu Magistério e nunca vacilo quando devo obedecer antes a Deus do que aos homens.
Eu amo e defendo a Verdade, o Bem e a Beleza, categorias divinas e humanas que estão acima das pesquisas de opinião pública, dos censos nacionais, dos debates nas redes televisivas e sociais, e por meio dessas três realidades encontro-me com Deus Uno e Trino, origem e destino da vida de todos os meus companheiros e companheiras de viagem nesse planeta maravilhoso, que é a Terra.
Pais e mestres, vocês são os referenciais das crianças e dos jovens! Não abdiquem dessa bela missão de informar e de formar cidadãos das duas cidades, a terrena e a eterna, porque o dia em que vocês começarem a ser “politicamente corretos”, nesse mesmo dia vocês começarão a ser “autenticamente Pinóquios” para seus filhos e alunos.
Não mintam sobre Deus, sobre a família, sobre a Igreja, sobre o valor da vida em geral, especialmente sobre a dignidade e a inviolabilidade da vida humana!
Não mintam sobre a identidade do homem e da mulher, sobre o amor humano mais forte e mais realizador do que os afetos sensíveis, nem sobre a formosura do casamento e da educação dos filhos para esse amor!
Por favor, pais e mestres, sejam autênticos, sejam corajosos, sejam retos e corretos, sejam limpos nas consciências e limpos, lúcidos e leis com seus ensinamentos!
Feliz dia das mães, feliz dia dos pais, feliz dia do Professor!

Dom Antonio Augusto Dias Duarte
Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro                            Fonte: CNBB

Novos cardeais para a Igreja

 


O Papa Bento XVI anunciou no final da Audiência Geral desta quarta-feira um Consistório para a criação de seis novos Cardeais, no dia 24 de novembro, na vigília da solenidade de Cristo Rei.
São eles: Dom James Michael Harvey, Prefeito da Casa Pontifícia, que Bento XVI nomeará Arcipreste da Basílica Papal de São Paulo Fora dos Muros; Sua Beatitude Béchara Boutros Raï, Patriarca de Antioquia dos Maronitas (Líbano); Sua Beatitude Baselios Cleemis Thottunkal, Arcebispo-Mor de Trivandrum dos Sírios-Malancareses (Índia); Dom John Olorunfemi Onaiyekan, Arcebispo de Abuja (Nigéria); Dom Rubén Salazar Gómez, Arcebispo de Bogotá (Colômbia); e Dom Luis Antonio Tagle, Arcebispo de Manila (Filipinas).
POR: CNBB