sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Falsos sacerdotes circulam pelo Brasil e participaram de Missa na Canção Nova

Em destaque, Jonathan Alifer Albuquerque (à esquerda) e Jorge Heracleo (à direita) / Foto: Captura de tela - Facebook Escolástica da Depressão
Cachoeira Paulista, 15 Dez. 17 / 10:30 am (ACI).- Jovens que se passam por sacerdotes da Igreja Católica têm circulado por cidades do Brasil e, no último dia 13 de dezembro, participaram de uma Missa na Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), tendo sido retirados do presbitério assim que a falsidade ideológica foi descoberta.
O fato ocorreu durante a Celebração Eucarística presidida por Padre Roger Luís, transmitida pelo canal Canção Nova. No presbitério estavam dois falsos sacerdotes, os quais tinham sido denunciados pela Diocese de Caruaru (PE) em outubro deste ano.
Na ocasião, a Diocese pernambucana publicou um comunicado no qual declara que “José Lucas Carlos Pinheiro, nascido em Gravatá aos 11/02/1998, Jonathan Alifer Albuquerque da Silva, nascido em Apucarana - PR aos 07/06/1996, Carlos, de Camocim de São Felix, afastaram-se da Igreja Católica, Apostólica, Romana”.
Segundo a nota, estes jovens “vêm confundindo o povo com roupas litúrgicas da Igreja Católica, afirmando que celebram Missa e outros sacramentos, numa inequívoca afronta a legislação vigente notadamente o Artigo 7° do Decreto n. 7.107, de 11/02/2010 (Acordo Brasil – Santa Sé), que ‘garante a proteção dos lugares de culto da Igreja e de suas liturgias, símbolos, imagens, e objetos cultuais, contra toda forma de violação, desrespeito e uso ilegítimo’”.
A Diocese de Caruaru informou que havia recebido “comunicação fidedigna sobre o uso de vestes eclesiásticas e litúrgicas por parte de cristãos leigos residentes em Gravatá – PE e Camocim de São Félix – PE”, além de ter “em mãos fotografias que confirmam esta usurpação”.
“Conclamamos os fiéis Católicos a permanecerem em comunhão com a Igreja Católica, com o Papa Francisco e com o Bispo Diocesano, e, portanto, a não participarem de celebrações por eles promovidas, pois as mesmas não têm nenhum valor religioso ou sacramental. O Código de direito canônico preceitua que, ‘quem não é promovido à ordem sacerdotal e simula a administração de um sacramento, seja punido com justa pena’ (Cân. 1378 e 1379)”, acrescenta.
Um dos falsos sacerdotes se apresenta em seu perfil do Facebook como Dom Jorge Heracleo e afirma ser Bispo da Igreja Católica Apostólica Cristo Eterno Sacerdote, na Arquidiocese de Gravatá.
Entretanto, segundo a divisão eclesiástica territorial, a cidade de Gravatá pertence à Diocese de Caruaru, não compreendendo assim a uma Arquidiocese, como indica o perfil do falso Bispo.
No Facebook há ainda uma página intitulada Arquidiocese de Gravatá, na qual aparecem algumas fotos dos três falsos sacerdotes, incluindo imagens do que seria a “celebração de posse episcopal de Dom Jorge Heracleo na paróquia de Nossa Senhora Aparecida da cidade de Camocim de São Félix”.
Por sua vez, Jonathan Alifer Albuquerque, também apontado no comunicado da Diocese de Caruaru como um dos falsos sacerdotes, indica em seu perfil no Facebook que é Chanceler da Cúria diocesana na Arquidiocese de Gravatá e Padre na Igreja Católica Apostólica Cristo Eterno Sacerdote.
 Após o ocorrido no último dia 13 de dezembro, as imagens dos falsos sacerdotes logo repercutiram nas redes sociais.
“Estes dois farsantes já foram condenados pela Igreja Católica e estão invadindo as paróquias se passando por Padres Católicos”, denunciou a página de Facebook Escolástica da Depressão.
Internautas que assistiram a celebração relataram nos comentários da publicação que “depois da Consagração, eles saíram de repente do Altar”.
“Foi estranho... Penso que foi o próprio Deus, porque eles não chegaram a entregar a Eucaristia, foi exatamente nessa hora que alguém os tirou do Altar”, comentou Marli Matos.
Por sua vez, Raquel Almeida assinalou que “os dois apresentaram uma carteirinha falsa, por isso conseguiram” participar da Missa como padres.
Depois do ocorrido, a Diocese de Lorena, onde se encontra a Comunidade Canção Nova, informou que “falsos padres estão se apresentando como ministros legitimamente ordenados da Igreja Católica dentro” de seu território diocesano.
“Na expectativa de se passarem por sacerdotes, eles se oferecem para ministrar sacramentos. Os dois jovens que foram vistos recentemente participando como concelebrantes da Santa Missa na Canção Nova não receberam nenhum ministério da Igreja Católica, o que torna inválida qualquer pretensa ação litúrgica exercida por eles”, conclui.
Fonte: Acidigital

Santo do Dia : Santa Cristiana, instrumento providencial

Santa Cristiana é um grande testemunho de que nada é coincidência, mas tudo é providência

A vida de Santa Cristiana é um grande testemunho de que nada é coincidência, mas tudo é providência. Os Georgianos consideram-na o instrumento providencial da sua conversão.
Ela era uma escrava que vivia na Grécia nos princípios do século IV. Teria sido levada cativa para essa terra por guerreiros vitoriosos ou teria lá procurado voluntariamente asilo, fugindo da perseguição que se desencadeara na sua pátria? Ninguém sabia qual era sua verdadeira origem; só a conheciam pelo nome de Cristiana ou Nina (cristã). Era humilde e caridosa e fazia-se estimar.
Quando alguma criança caía doente nessas regiões, a mãe levava-a de porta em porta, a fim de consultar as vizinhas sobre os melhores remédios a aplicar. Um dia, foi ter com ela uma pobre mulher, levando nos braços um menino moribundo. Ao vê-lo, a santa, cuja memória a Igreja celebra hoje, disse: “Eu não posso fazer nada, mas Deus Todo-Poderoso pode restituir-lhe a saúde, se for essa a Sua vontade”. Deitou o moribundo no seu próprio catre, cobriu-o com o seu cilício, orou a Deus em nome de Cristo e, a seguir, restituiu à mãe o filho curado.
A fama desse milagre chegou aos ouvidos da rainha da Geórgia, que estava prestes a morrer de uma doença desconhecida. Pediu ela que lhe chamassem Nina, mas esta, cuja inocência já tinha corrido muitos perigos, respondeu: “O meu lugar não é em palácio”. Foi então a rainha ter com a escrava e recuperou a saúde. Tanto ela como o rei Mirian quiseram recompensá-la com ricos presentes, mas Cristiana os recusou dizendo: “A única coisa que me faria feliz seria ver-vos abraçar a religião cristã”. Mirian levou muito tempo a tomar essa decisão, mas um dia, correndo grave perigo numa caçada às feras, prometeu que, se escapasse ileso, se tornaria cristão. Sabe-se efetivamente que, cerca do ano de 325, ele pediu a Constantino que lhe enviasse missionários. O Imperador enviou-lhe o Bispo Pedro e o Sacerdote Jacob, que batizaram “todos os habitantes da sua capital”, lançando assim os fundamentos do Cristianismo nesse país.
Santa Cristiana, rogai por nós!

Liturgia Diária : 2ª Semana do Tempo Comum - Sexta-feira

Primeira Leitura (Is 48,17-19)
Leitura do Livro do Profeta Isaías.
17Isto diz o Senhor, o teu libertador, o Santo de Israel: “Eu, o Senhor teu Deus, te ensino coisas úteis, te conduzo pelo caminho em que andas. 18Ah, se tivesses observado os meus mandamentos! Tua paz teria sido como um rio e tua justiça como as ondas do mar; 19tua descendência seria como a areia do mar e os filhos do teu ventre como os grãos de areia; este nome não teria desaparecido nem teria sido cancelado de minha presença”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje : Responsório (Sl 1)

— Senhor, quem vos seguir terá a luz da vida.
— Senhor, quem vos seguir terá a luz da vida.
— Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.
— Eis que ele é semelhante a uma árvore, que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.
— Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.

Compreendendo e Refletindo

Reconheça onde Deus se manifesta, em que lugar Ele se faz presente; Ele está bem próximo de você, falando ao seu coração

Veio João, que não come nem bebe, e dizem: ‘Ele está com um demônio’. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores’” (Mateus 11,18-19).
A multidão não quis acolher a presença de Deus, não abriram o coração para reconhecer a visita de Deus, a presença d’Ele em seu meio. Pessoas demasiadamente ocupadas, fechadas em si mesmas, ocupadas com: seus negócios; afazeres; seu trabalho; com seu crescimento; com os investimentos; enfim, pela vida que levam. Não são capazes de reconhecer as manifestações de Deus.
Os sinais estão por aí, é bonito ver o próprio sinal que Jesus nos dá. A questão não é só comer e beber ou estar neste ou naquele lugar, a questão é uma só: abrir o coração para o novo de Deus, para a novidade, para a Boa Nova que se manifesta no meio de nós.
João Batista era um homem de ascese, levava uma vida penitente. Às vezes as pessoas vivem a penitência, levam uma vida penitente, chamam atenção para a conversão, à mudança de vida, para rever as próprias atitudes. Vendo o exemplo de João, percebemos que simplesmente acusaram a ele de ser um endemoniado, um louco ou assim por diante. Desse modo que tratam as pessoas que querem levar uma vida mais penitente, mas desses “penitentes” cada um reconhece a vida que teve, a vida que levou.
São Francisco de Assis precisou ser aplicadíssimo na vivência da penitência, para se purificar da vida velha que teve. Jesus já veio cuidando dos pecadores, acolhendo os pecadores, estando no meio deles, abraçando-os, amando a cada um deles. Mas disseram: “Não. Ele está com os pecadores; deve ser somente mais um”.
A verdade é que, o critério humano, o juízo humano, julga tudo segundo as suas próprias aparências e interesses. Se não nos purificamos dos nossos critérios humanos, da nossa sutileza e maldade, não conseguimos enxergar a presença de Deus no meio de nós, e essa presença se faz de diversas maneiras.
Deus não cessa de visitar-nos e de fazer-se presente no meio de nós. Reconheça onde Deus se manifesta, em que lugar Ele se faz presente; Ele está bem próximo de você, falando ao seu coração e visitando a sua vida. Não deixe que, os critérios que a nossa cabeça humana colocaram à frente, coloque-nos cegos e fechados para não reconhecer que Ele está no meio de nós.
Eles não reconheceram e, nós, muitas vezes, também não reconhecemos Deus no meio de nós, porque, não nos abrimos para reconhecê-Lo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo- Canção Nova

Evangelho (Mt 11,16-19)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 16“Com quem vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas, dizendo: 17‘Tocamos flauta e vós não dançastes. Entoamos lamentações e vós não batestes no peito!’ 18Veio João, que não come nem bebe, e dizem: ‘Ele está com um demônio’. 19Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores’. Mas a sabedoria foi reconhecida com base em suas obras”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Papa Francisco celebra hoje 48 anos de ordenação sacerdotal

Papa Francisco / Fotografias: Companhia de Jesus e ACI Prensa - Daniel Ibañez
REDAÇÃO CENTRAL, 13 Dez. 17 / 06:00 am (ACI).- Em 13 de dezembro de 1969, apenas quatro dias antes de completar 33 anos de idade, o jesuíta Jorge Mario Bergoglio, agora Papa Francisco, foi ordenado sacerdote pelo Arcebispo Emérito do Córdoba (Argentina), Dom Ramón José Castellano.
Aquele 13 de dezembro, há 48 anos, foi um sábado, vésperas do terceiro domingo de Advento. Na liturgia da Igreja, este dia é conhecido como domingo do Gaudete ou domingo da alegria, para muitos o selo do Pontificado do Papa Francisco.
Segundo o livro “O jesuíta: Conversas com o cardeal Jorge Bergoglio”, Francisco descobriu a sua vocação ao sacerdócio enquanto estava a caminho para celebrar o Dia da Primavera. Quando passou por uma igreja para se confessar, finalmente acabou sendo inspirado por aquele sacerdote.
Em outra oportunidade, o Santo Padre contou que, inicialmente, sua mãe não apoiou sua decisão de ser sacerdote, apesar de ser uma católica devota. Entretanto, no momento em que foi ordenado, aceitou seu chamado e pediu a sua bênção ao final da cerimônia.
Em seus primeiros anos como sacerdote, Jorge Mario Bergoglio continuou sua formação como jesuíta entre 1970 e 1971 na Espanha. Em 22 de abril de 1973, emitiu suas profissões perpétuas na Companhia de Jesus.
Quando retornou para a Argentina, serviu como professor na faculdade de teologia de São José, na localidade de San Miguel (nos subúrbios da cidade de Buenos Aires), reitor do Colégio e, aos 36 anos, foi designado Provincial dos jesuítas da Argentina.
Fonte: Acidigital

Santo do Dia: Santa Luzia, protetora dos olhos

Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou Jesus – Luz do Mundo – até as últimas consequências

O nome de Santa Luzia deriva do latim e significa: Portadora da luz. Ela é invocada pelos fiéis como a protetora dos olhos, que são a “janela da alma”, canal de luz.
Ela nasceu em Siracusa (Itália) no fim do śeculo III. Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, a ponto de ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe, chamada Eutícia, a queria casada com um jovem de distinta família, porém, pagão.
Ao pedir um tempo para o discernimento e tendo a mãe gravemente enferma, Santa Luzia inspiradamente propôs à mãe que fossem em romaria ao túmulo da mártir Santa Águeda, em Catânia, e que a cura da grave doença seria a confirmação do “não” para o casamento. Milagrosamente, foi o que ocorreu logo com a chegada das romeiras e, assim, Santa Luzia voltou para Siracusa com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimentos pelos quais passaria, assim como Santa Águeda.
Santa Luzia vendeu tudo, deu aos pobres, e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Não querendo oferecer sacrifício aos falsos deuses nem quebrar o seu santo voto, ela teve que enfrentar as autoridades perseguidoras. Quis o prefeito da cidade, Pascásio, levar à desonra a virgem cristã, mas não houve força humana que a pudesse arrastar. Firme como um monte de granito, várias juntas de bois não foram capazes de a levar (Santa Luzia é muitas vezes representada com os sobreditos bois). As chamas do fogo também se mostravam impotentes diante dela, até que por fim a espada acabou com vida tão preciosa. A decapitação de Santa Luzia se deu no ano de 303.
Conta-se que antes de sua morte teriam arrancado os seus olhos, fato ou não, Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou Jesus – Luz do Mundo – até as últimas consequências, pois assim testemunhou diante dos acusadores: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade”.
Santa Luzia, rogai por nós!

Liturgia Diária : 2ª Semana do Advento - Quarta-feira

Primeira Leitura (Is 40,25-31)
Leitura do Livro do Profeta Isaías.
25“Com quem haveis de me comparar, e a quem seria eu igual?” — fala o Santo. 26Levantai os olhos para o alto e vede: Quem criou tudo isto? — Aquele que expressa em números o exército das estrelas e a cada uma chama pelo nome: tal é a grandeza e força e poder de Deus que nenhuma delas falta à chamada. 27Então, por que dizes, Jacó, e por que falas, Israel: “Minha vida ocultou-se da vista do Senhor e meu julgamento escapa ao do meu Deus?” 28Acaso ignoras, ou não ouviste? O Senhor é o Deus eterno que criou os confins da terra; ele não falha nem se cansa, insondável é sua sabedoria; 29ele dá coragem ao desvalido e aumenta o vigor do mais fraco. 30Cansam-se as crianças e param, os jovens tropeçam e caem, 31mas os que esperam no Senhor renovam suas forças, criam asas como as águias, correm sem se cansar, caminham sem parar.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje : Responsório (Sl 102)

— Bendize, ó minha alma, ao Senhor.
— Bendize, ó minha alma, ao Senhor.
— Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
— Pois ele te perdoa toda culpa e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão.
— O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo. Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas.

Compreendendo e Refletindo

O nosso descanso é o coração de Jesus porque o Seu julgo é suave e o Seu fardo é leve

Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso” (Mateus 11,28).
Deus quer assumir o nosso cansaço, Ele quer tomar sobre Si aquilo que nos causa fadiga, rouba as nossas energias e, muitas vezes, tira a nossa alegria de viver. Aquilo que está pesando sobre nós, entregamos nas mãos do Senhor, colocamos sob os cuidados do Senhor. Precisamos ir porque Deus está nos chamando: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados”.
É preciso ir ao encontro de Jesus. Reserve um tempo no cantinho da sua casa, na igreja mais próxima de você, um tempo para repousar o seu coração. Temos uma vida muito agitada, todos nós temos compromisso, vida corrida e, por vezes, quando “sobra-se um tempo”, preenchemos esse com coisas que não descansam a alma. É necessário, muitas vezes, buscar “distração”, entretanto, o que a nossa alma mais precisa é de descanso, de cuidado, de afago; necessita da cura; libertação; e da restauração. O lugar do nosso descanso é no coração de Jesus!
Este é o coração de cada um de nós: carrega em si muitas feridas; muitos desentendimentos; situações que o deixa fatigado, e ele precisa encontrar o descanso. O nosso coração precisa encontrar na mansidão e na humildade de Jesus o remédio que vai curar as dores da nossa alma; as aflições do nosso espírito. Por isso, eu digo a você:
– Não tenha receio, descanse no coração de Jesus. A oração silenciosa, a meditação, a contemplação, o “silenciar” aquilo que tantas vezes está dentro de nós, nos atormentando. Busquemos não pensar em nada, não nos preocuparmos, simplesmente entregarmo-nos aos braços de Deus. Repousemos no coração de Jesus e deixemos que Ele venha acalentar e tomar conta de todo o nosso ser. Faça isso! É o melhor presente que você pode dar à sua alma e ao seu coração.
O nosso coração precisa de descanso, e o nosso descanso é o coração de Jesus, porque, o Seu julgo é suave e o Seu fardo é leve. Quando nos encontramos n’Ele o nosso julgo torna-se suavizado e o nosso fardo mais leve.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo-Canção Nova

Evangelho (Mt 11,28-30)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

O Natal está chegando

Dom Pedro  Cipollini
Bispo de Santo André (SP)
 
Muitos hoje se perguntam: o que celebramos no Natal? Natal, do latim nativitas=nascimento é a festa na qual, os cristãos celebram o nascimento de Jesus de Nazaré, o Filho de Deus que se fez homem nascendo em Belém, conforme os relatos dos Evangelhos.
Esta festa que era momento de confraternização entre  pessoas e famílias, trazendo alegria e esperança para a humanidade, está hoje em extinção exceto pelas vendas de presentes e jantares. A festa de natal não é mais o que foi durante séculos, parece ter mudado de sentido e de rumo.
A celebração do natal se dá em 25 de dezembro e remonta ao ano 336. Não se sabe o dia exato em que nasceu Jesus. Na sua época não era costume comemorar data de nascimento das pessoas, não se guardavam estas datas. O Natal começou a ser celebrado neste dia, para indicar que Jesus é o Sol, a luz do mundo que vence as trevas e trazendo a vida. Isto porque nesta data, no Império Romano, se comemorava o deus Sol. Era festa pagã, do solstício de inverno no emisfério norte, ou seja, o dia em que o sol estava mais “fraco” para começar a ficar mais “forte” em seguida. Esta festa pagã foi substituída pela festa cristã do Natal.
Ao comemorar o nascimento de Jesus nesta data, os cristãos fazem uma analogia. Com Jesus surgiu para a humanidade, a verdadeira luz, mais brilhante que o sol, o qual vence a noite e ressurge glorioso no céu com mais força.
Hoje em nossa cultura tecnológica altamente desenvolvida e secularizada, na qual o homem se coloca no lugar de Deus prescindindo Dele, qual o sentido de comemorar o nascimento do menino Deus? O natal neste contexto deixou de lado seu significado profundo e altamente positivo, de constatar que Deus o criador vem e se torna criatura, um de nós. O Natal hoje se tornou uma festa folclórica, impulsionada pelo mercado, no qual se compram e se vendem presentes, esquecendo-se do aniversariante.
Mais que celebrar um acontecimento no qual “Deus nasce no meio dos pobres para enriquecer-nos com sua pobreza”, conferindo uma dignidade ímpar ao ser humano, natal hoje é festa do do comércio. O natal hoje, nem mais é a festa do Papai Noel, um ancião, suspeito também porque estamos em tempos de cultura do corpo e da eterna juventude. Aliás Papai Noel é representação de São Nicolau, bispo de Mira na Turquia do século IV. Homem de fé que renunciou sua riqueza e se dedicou à vocação, distinguindo-se pelo seu amor aos pobres e crianças pobres a quem presenteava. Chamado de “Santa Claus” na cultura europeia e traduzido como Papai Noel na cultura norte americana.
Porém há sentido sim, em comemorar o Natal quando se admite o significado da pessoa e da mensagem de Jesus na história passada, presente e futura da humanidade. A mensagem de amor, fraternidade e tolerância que permeia o natal, é e será sempre atual. Por dois milênios nossa cultura ocidental pautou-se pelos princípios cristãos e pelo que o cristianismo conservou de outras culturas.
Hoje, sobretudo, o natal tem sentido, em uma realidade social chamada por alguns filósofos de “era do vazio”, na qual as pessoas, não obstante as muitas facilidades tecnológicas, sentem dificuldades de se comunicarem no aspecto pessoal e humano. Cresce o número de suicídios.
Celebrar o nascimento de Jesus é celebrar a esperança no sentido da vida. É trazer Deus de volta para habitar a humanidade para que ela se encontre e se salve de si mesma, abrindo-se para o infinito.
Fonte: CNBB

Advento de conexões

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG)

Estas preciosas quatro semanas que precedem a celebração do Natal, o Advento, têm na força da Palavra de Deus um convite a cada ser humano para se renovar. No Advento, ecoa forte a voz do profeta Isaías, que apresenta esse convite a partir de metáforas interpelantes. Conforme anuncia o profeta, o povo, ao afastar-se da luz de Deus-Pai, torna-se “pano sujo”, “folha seca”. Com isso, a humanidade sofre, convive com retrocessos e prejuízos. Assim, o Advento é uma “oportunidade de ouro” concedida por Deus para que a humanidade reflita sobre suas desconexões.
Na perspectiva espiritual, essas desconexões são os pecados. Já no que se refere ao exercício da cidadania, relacionam-se com as incivilidades, desrespeito ao bem comum, à verdade e à justiça social. Invariavelmente, quando o ser humano se desconecta da luz de Deus, perde a paz.  Para recuperá-la, cada pessoa deve engajar-se nas dinâmicas que façam nascer uma nova consciência moral, com incidência sobre a conduta individual, no poder público, nas instituições, nas famílias.
O Advento é oportunidade para se conectar novamente com a luz de Deus, inspirando cada pessoa a reconhecer que não basta buscar somente os “lugares confortáveis”, obter títulos, benesses e ganhos financeiros. O egoísmo incapacita as pessoas para estabelecerem conexões e as mantêm aprisionadas na faixa que gera desconexões. Essa inércia alimenta a corrupção, os desmandos, a indiferença, a mesquinhez, comprometendo a vida cidadã. O tratamento terapêutico e penitencial da atual condição humana, que compromete a paz, pede a reconfiguração das instituições e suas dinâmicas. Requer também investimentos na qualificação de processos socioculturais, educativos e da comunicação. É preciso, sobretudo, reconhecer a sacralidade das famílias. Para isso, cada pessoa precisa confrontar a própria consciência e se abrir ao Advento de conexões.
Urge, pois, uma reconfiguração nas mentalidades para alcançar as grandes mudanças que a sociedade demanda. Essas transformações significativas, quando ocorrem, são muito lentas, exatamente pela dificuldade individual em produzir e gerenciar as conexões imprescindíveis ao adequado exercício da cidadania. Desse modo, é indispensável sair da comodidade buscar a renovação pessoal necessária para assumir a responsabilidade na tarefa de transformar o mundo.
As desconexões que produzem “cegueira” diante dos graves problemas sociais geram situações que enfraquecem as instituições. Sabe-se amplamente da existência de processos e procedimentos que comprometem a saúde financeira, a lisura moral, o cumprimento de metas. Mais preocupante ainda é o vício de indivíduos em buscar apenas ganhos pessoais, em seguir as leis do carreirismo, querendo alcançar posições hierárquicas mais elevadas, a qualquer custo. Há ainda um desajuste na gestão das instituições. Por preferir não lidar com os que já se consolidaram em suas comodidades, esse tipo de gestão condena a instituição a transitar entre a mediocridade e a conivência. Essa incompetência humana para relacionar-se com o próximo e com a própria realidade é claro sinal da desconexão com Deus.
É lamentável quando um indivíduo tem sólida formação intelectual e técnica, mas mantém uma condição afetivo-espiritual acanhada. Inevitavelmente, essa pessoa produzirá desconexões em série. Ao contrário, as várias áreas do conhecimento – a exemplo da neurociência e dos estudos da psicogenética – devem servir para apontar caminhos que possam ajudar no processo de renovação pessoal, tão necessário para evitar que a sociedade seja marcada pela delinquência e mediocridade.
O cérebro humano tem um número de conexões sinápticas que, em quantidade, se assemelham às dimensões de uma galáxia. Cada pessoa guarda no coração sentimentos que definem modos de agir e de perceber o mundo.  Todos precisam reconhecer o próprio potencial para despertar e engajar-se em novos processos de qualificação humana e espiritual.  Se cada cidadão não abrir seus próprios olhos para as muitas desconexões, a humanidade ficará ainda mais semelhante a um “pano sujo” ou “folha seca”, bem diferente do plano de Deus. A mudança começa pelo humilde compromisso de bater no próprio peito, assumir responsabilidades, e exercitar a difícil tarefa de se observar.
Para ajudar cada pessoa a reconhecer-se como importante na transformação do mundo, a respeitar e a amar o seu semelhante, resgatando a dignidade humana, é que o Filho de Deus vem, nasce e entra na história, com o paradigma de sua encarnação: um broto de esperança para o mundo, Advento de conexões.

Fonte: CNBB

Papa: abrir caminhos de esperança no deserto dos corações áridos

2017-12-10 Rádio Vaticana
de Mariangela Jaguraba
Cidade do Vaticano - O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, neste  II Domingo de Advento (10/12), com os fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro. 
 
Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice recordou que no domingo passado, “iniciamos o Advento com o convite a vigiar”, e “neste segundo domingo desse tempo de preparação ao Natal, a liturgia nos indica os seguintes conteúdos: é um tempo para reconhecer os vazios a serem preenchidos em nossa vida, para aplainar as asperezas do orgulho e criar espaço para Jesus que vem”. 
“O Profeta Isaías se dirige ao povo anunciando o fim do Exílio na Babilônia e o retorno a Jerusalém. Ele profetiza: «Grita uma voz: Preparai no deserto o caminho do Senhor […]. Nivelem-se todos os vales». Os vales a serem nivelados representam todos os vazios do nosso comportamento diante de Deus, todos os nossos pecados de omissão.” 
“O vazio em nossa vida pode ser porque não rezamos ou rezamos pouco. O Advento é o momento favorável para rezar com mais intensidade, para reservar à vida espiritual o lugar importante que lhe cabe. Outro vazio pode ser a falta de caridade para com o próximo, sobretudo em relação às pessoas que precisam de ajuda não só material, mas também espiritual. Somos chamados a prestar mais atenção às necessidades dos outros, estar mais próximos. Desta forma, como João Batista, poderemos abrir caminhos de esperança no deserto dos corações áridos de muitas pessoas.” 
“Rebaixem-se todos os montes e colinas”, exorta ainda Isaías. 
“Os montes e as colinas que devem ser rebaixados são o orgulho, a soberbia e a prepotência. Onde existe orgulho, prepotência e soberbia o Senhor não pode entrar, pois o coração está cheio de orgulho, prepotência e soberbia. Devemos assumir comportamentos de mansidão e humildade, sem repreender, mas ouvir, falar com mansidão e assim preparar a vinda de nosso Salvador que é manso e humilde de coração. Depois, somos convidados a eliminar todos os obstáculos que colocamos em nossa união com o Senhor: “O terreno acidentado se torne plano e alisem-se as asperezas. A glória do Senhor então se manifestará, e todos os homens juntos irão vê-la”, diz Isaías. 
Segundo o Papa, “essas ações devem ser realizadas com alegria, porque são finalizadas à preparação da chegada de Jesus. Quando esperamos em casa a visita de uma pessoa querida, organizamos tudo com carinho e felicidade. Devemos fazer o mesmo para a vinda do Senhor: esperá-lo a cada dia com solicitude, para ser preenchidos com a sua graça quando Ele vier”. 
Francisco sublinhou que no Evangelho, João Batista representa a figura da “voz que grita no deserto”, anunciada pelo Profeta Isaías.
“O Salvador que esperamos é capaz de transformar a nossa vida com a sua graça, com força do Espírito Santo, com a força do amor. O Espírito Santo derrama em nossos corações o amor de Deus, fonte inexaurível de purificação, de vida nova e liberdade. A Virgem Maria viveu plenamente esta realidade, deixando-se “batizar” pelo Espírito Santo que a encheu de sua força. Ela, que preparou a vinda de Cristo com a totalidade de sua existência, nos ajude a seguir seu exemplo e guie os nossos passos para o encontro com o Senhor que vem.”

(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Papa: Maria nos ajude a desenvolver anticorpos contra vírus dos nossos tempos

2017-12-08 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) - Na tarde desta sexta-feira (08/12), Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa Francisco foi à Praça de Espanha, localizada no centro de Roma, para rezar aos pés do monumento à Imaculadada, renovando o tradicional ato de homenagem à Virgem Maria.
 
“Maria Imaculada, pela quinta vez venho aos seus pés como Bispo de Roma, para fazer-lhe uma homenagem em nome de todos os habitantes desta cidade. Quero agradecer-lhe pelo cuidado constante com o qual a Senhora acompanha o nosso caminho, o caminho das famílias, das paróquias, das comunidades religiosas; o caminho daqueles que todos os dias, e com muito esforço, atravessam a cidade de Roma para trabalhar, o caminho dos doentes, idosos e todos os pobres, o caminho dos imigrantes aqui, provenientes de terras de guerra e fome. Obrigado, porque assim que dirigimos à Senhora um pensamento, um olhar ou uma Ave Maria fugaz, sentimos sempre a sua presença materna, terna e forte.”
“Ó Mãe, ajuda essa cidade a desenvolver os anticorpos contra alguns vírus dos nossos tempos: a indiferença, que diz: “Não me interessa”; a má educação cívica que despreza o bem comum; o medo do diferente e do estrangeiro; o conformismo disfarçado de transgressão; a hipocrisia de acusar os outros, enquanto se fazem as mesmas coisas; a resignação à degradação ambiental e ética, a exploração de muitos homens e mulheres. Ajude-nos a rejeitar esses e outros vírus com os anticorpos que vem do Evangelho. Faz com que tenhamos o bom costume de ler todos os dias uma passagem do Evangelho e sob o seu exemplo, proteger no coração a Palavra, para que, como uma boa semente, dê fruto em nossa vida.”
“Virgem Imaculada, cento e setenta e cinco anos atrás, pouco distante daqui, na igreja de Sant’Andrea delle Fratte, a Senhora tocou o coração de Afonso de Ratisbonne, que naquele momento de ateu e inimigo da Igreja tornou-se cristão.
A Senhora se mostrou a ele como Mãe da graça e da misericórdia. Concede também a nós, especialmente na provação e na tentação, manter o olhar fixo em suas mãos abertas, que deixam cair sobre a terra as graças do Senhor, e nos despojar da arrogância orgulhosa para nos reconhecer como realmente somos: pequenos e pobres pecadores, mas sempre filhos seus. E assim, pegando em suas mãos, nos deixar reconduzir a Jesus, nosso irmão e salvador, e ao Pai celeste, que nunca se cansa de nos esperar e nos perdoar quando retornamos a Ele.”
“Obrigado, ó Mãe, por nos ouvir sempre! Abençoa a Igreja aqui em Roma, e abençoa também essa cidade e o mundo inteiro”.
A Imaculada e os Papas
Em 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX declarou o Dogma da Imaculada Conceição, na Bula “Ineffabilis Deus”.
Três anos mais tarde, em 8 de dezembro de 1857, o Papa abençoou e inaugurou o monumento da Imaculada na Praça de Espanha.
O Papa Pio XII foi o primeiro a enviar flores à Praça de Espanha na Solenidade da Imaculada.
São João XXIII, em 1958, dirigiu-se à Praça de Espanha e depositou aos pés do monumento um cesto contendo rosas brancas. Sucessivamente, visitou a Basílica de Santa Maria Maior.
Tal gesto foi repetido também pelos Papas Paulo VI, São João Paulo II e Bento XVI.


(from Vatican Radio)

Fonte: News.VA