sexta-feira, 31 de julho de 2020

Por que Deus não perdoa o diabo?

THE TEMPTATION OF CHRIST BY THE DEVIL

“Não há arrependimento para eles depois da queda, tal como não há arrependimento para os homens depois da morte”

A grande seção do Catecismo da Igreja Católica sobre A Profissão da Fé Cristã dedica o parágrafo sétimo a explicar a realidade do pecado, incluindo, nesse contexto, a queda dos anjos. Os números 391 a 395 tratam dessa rebeldia e, por conseguinte, do caráter irrevogável da decisão dos anjos caídos de afastar-se de Deus para todo o sempre.
391. Por detrás da opção de desobediência dos nossos primeiros pais, há uma voz sedutora, oposta a Deus (266), a qual, por inveja, os faz cair na morte (267). A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste ser um anjo decaído, chamado Satanás ou Diabo (268). Segundo o ensinamento da Igreja, ele foi primeiro um anjo bom, criado por Deus. «Diabolus enim et alii daemones a Deo quidem natura creati sunt boni, sed ipsi per se facti sunt mali – De facto, o Diabo e os outros demónios foram por Deus criados naturalmente bons; mas eles, por si, é que se fizeram maus» (269).
392. A Escritura fala dum pecado destes anjos (270). A queda consiste na livre opção destes espíritos criados, que radical e irrevogavelmente recusaram Deus e o seu Reino. Encontramos um reflexo desta rebelião nas palavras do tentador aos nossos primeiros pais: «Sereis como Deus» (Gn 3, 5). O Diabo é «pecador desde o princípio» (1 Jo 3, 8), «pai da mentira» (Jo 8, 44).
393. É o caráter irrevogável da sua opção, e não uma falha da infinita misericórdia de Deus, que faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado. «Não há arrependimento para eles depois da queda, tal como não há arrependimento para os homens depois da morte» (271).
A impossibilidade do perdão ao diabo, portanto, se deve ao fato de que, sendo plenamente consciente da decisão que estava tomando e de que se tratava de uma decisão definitiva, ele ainda assim a tomou. Deus respeita a liberdade de consciência e de escolha das suas criaturas conscientes. O mesmo acontece no tocante ao homem pecador que, livremente, opta por rejeitar a Deus com plena consciência e consentimento: Deus não tira essa liberdade, pois, sem liberdade, não haveria amor. Ele nos convida ao amor, mas não nos obriga. Se recusamos o amor, assumimos nós mesmos as consequências: não é Deus, portanto, quem nos condena – somos nós mesmos.
O Catecismo prossegue:
394. A Escritura atesta a influência nefasta daquele que Jesus chama «o assassino desde o princípio» (Jo 8, 44), e que chegou ao ponto de tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai (272). «Foi para destruir as obras do Diabo que apareceu o Filho de Deus» (1 Jo 3, 8). Dessas obras, a mais grave em consequências foi a mentirosa sedução que induziu o homem a desobedecer a Deus.
395. No entanto, o poder de Satanás não é infinito. Satanás é uma simples criatura, poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas, de qualquer modo, criatura: impotente para impedir a edificação do Reino de Deus. Embora Satanás exerça no mundo a sua ação, por ódio contra Deus e o seu reinado em Jesus Cristo, e embora a sua ação cause graves prejuízos – de natureza espiritual e indiretamente, também, de natureza física – a cada homem e à sociedade, essa ação é permitida pela divina Providência, que com força e suavidade dirige a história do homem e do mundo. A permissão divina da atividade diabólica é um grande mistério. Mas «nós sabemos que tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus» (Rm 8, 28).

Fonte: Aleteia

9 dados sobre a vida de Santo Inácio de Loyola que você deve conhecer

Santo Inácio de Loyola / Crédito: Domínio público
REDAÇÃO CENTRAL, 31 Jul. 20 / 06:00 am (ACI).- Neste dia em que se celebra a festa de Santo Inácio de Loyola, este artigo apresenta alguns dados que marcaram a vida de um dos santos mais famosos da Igreja, fundador da Companhia de Jesus e criador dos exercícios espirituais.
A seguir, alguns dados que todo católico deve saber sobre a vida deste santo:
1. Foi um nobre
Iñigo de Loyola (não adotaria o nome “Inácio” até depois de seus estudos em Paris) vinha de uma família nobre e antiga do País Basco.
Dessa família, um cronista escreveria mais tarde: “Os Loyola foram uma das famílias mais desastrosas que nosso país teve que suportar, uma dessas famílias bascas que portava um escudo de armas sobre sua porta principal, para justificar melhor os erros que eram o tecido e o padrão de sua vida”.
2. Foi libertino
A situação sociopolítica no País Basco feudal do século XVI, na parte mais ocidental dos Pirineus, era extremamente violenta. Como alguns nobres da época, Inácio era conflitivo, violento e vivia uma sexualidade irresponsável.
O soldado espanhol convertido em místico pode ser o único santo com antecedentes policiais de brigas noturnas (obviamente antes de sua conversão).
3. Quase morreu em batalha
Em 1519, aos 28 anos, Inácio exigiu que seu pequeno grupo de soldados lutasse contra uma força invencível de 12 mil tropas francesas em Pamplona, Espanha. Seu valor (ou obstinação) lhe rendeu uma bala de canhão nas pernas, que destroçou uma afetou gravemente a outra.
Os valores de cavaleiro que possuía eram tão elevados que resultaram em um longo período de convalescência na casa familiar Loyola. Este período mudou sua vida, e o mundo, para sempre.
4. Converteu-se ao catolicismo lendo livros espirituais
Enquanto convalescência, leu textos sobre a vida de Cristo e dos santos e decidiu imitá-los. Uma noite, apareceu-lhe a Virgem Maria com seu Filho e, desde então, colocou-se a servir ao Rei dos céus.
Um dado curioso é que antes da invenção de marcadores, copiou passagens da vida de Cristo e dos santos: as palavras de Jesus foram inscritas em vermelho e as de sua Santíssima Mãe em azul.
5. Sua congregação ia se chamar a “Companha de Maria”
Depois de sua conversão, a Virgem apareceu a ele em até trinta ocasiões. Foram tantas que Inácio quis chamar sua nova ordem originalmente “A Companhia de Maria”.
Logo que terminou sua convalescência, foi em peregrinação ao famoso santuário da Virgem de Montserrat, onde adotou o sério propósito de dedicar-se a fazer penitência por seus pecados. Mudou suas luxuosas vestes pelos de um mendigo, consagrou-se à Virgem Santíssima e fez confissão geral de toda sua vida.
6. Tornou-se um mendigo
Inácio pensou muito sobre os “espíritos” em sua vida: os espíritos que conduzem a Deus e os espíritos nascidos do diabo. Isso o estimulou a viver de uma maneira que os historiadores chamaram seu período de peregrinação.
Durante este tempo, estava decidido a renunciar aos prazeres mundanos. Vestiu-se com um pano de saco e colocou um sapato com sola de corda.
7. Quis converter muçulmanos
Logo depois de completar os exercícios espirituais, Inácio declarou: “Deus quer que converta os muçulmanos!”. Foi até a Terra Santa em 1523, onde pregava nas ruas energicamente e evangelizava a todos os que podia.
Apesar do entusiasmo, só ficou um ano, porque a presença dos maometanos o enfurecia. Regressou para a Espanha e estudou latim, lógica, física e teologia. Também evangelizava as crianças e organizava encontros.
8. Seus companheiros foram chamados “Diabos”
Os primeiros companheiros que teve na Companhia de Jesus, fundada em 1540, foram descritos como os Sete Diabos Espanhóis, não nesse momento, mas no século XIX por um historiador inglês.
Os companheiros (na verdade eram seis e nem todos eram espanhóis) tinha se encontrado com Inácio durante seus estudos em Paris e se reuniram em Roma para tornar-se o núcleo da futura Companhia. Em menos de um século, Inácio de Francisco Xavier seriam canonizados.
9. Quando morreu, já havia milhares de jesuítas
Inácio viveu seus últimos anos em um pequeno quarto de Roma. Dali, governou a Companhia de Jesus e foi testemunho de seu crescimento: de apenas 6 jesuítas em 1541, passaram a 10 mil em 1556, ano de seu falecimento.
Os jesuítas se espalharam por toda Europa, Índia e Brasil durante esses anos.
Fonte: Acidigital

Sete Parábolas de Jesus sobre o Reino

Parábolas De Jesus – Guia Completo Explicando Cada Parábola de ...
                                      

Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo de Juiz de Fora
O número sete, na cultura judaica, tem especial significado. Representa plenitude. Para traduzir a palavra de Jesus sobre o Reino de Deus, o evangelista São Mateus escolheu sete comparações, às quais chamamos parábolas. Estão todas no capítulo 13 de seu evangelho. Na liturgia católica, elas são lidas em três domingos seguidos, a saber, nos 15º, 16º e 17º Domingos do Tempo Comum do Ano A. Ao encerrar este ciclo, são apresentadas as parábolas do tesouro escondido no campo, em que uma pessoa vende tudo o que tem e o compra; a da pérola preciosa, em que alguém também dá tudo o que possui em troca; e a da rede com os peixes, que, no fim dos tempos, serão separados entre bons e maus, indo os bons para os cestos do Senhor e os demais para o fogo da condenação eterna.
As duas primeiras parábolas coincidem em sua mensagem: quem encontra o Reino de Deus é capaz de deixar tudo por ele. Vende tudo o que tem e o acolhe. Coloca-o acima de qualquer riqueza. O Reino de Deus é para ele o maior de todos os bens. Os apóstolos deixaram tudo por causa dele. Além deles, quantos exemplos nós encontramos na história, na tradição da Igreja, de pessoas que foram capazes de deixar tudo por causa do Reino dos Céus! A começar por São Paulo Apóstolo, Silas, Barnabé, São Policarpo de Esmirnia, Santo Irineu de Lião; todos mártires que preferiram perder a vida do que abandonar o Reino. Há, também, Santo Antão e São Bento, filhos de famílias ricas que se fizeram monges para viver mais intensamente no Reino de Deus. São Francisco e Santa Clara, Santa Catarina de Sena, São Camilo de Léllis, Santo Inácio de Loyola, Santa Teresa de Ávila, Santa Teresinha do Menino Jesus; Santa Teresa Benedita da Cruz, que no século XIX chamava-se Edit Stein, filósofa, fenomenologista, judia convertida ao cristianismo; Santa Teresa de Calcutá, São João Paulo II, Santa Dulce dos Pobres e tantos outros. A Igreja guarda com carinho de mãe os nomes de todos estes e de milhares outros como exemplos de pessoas que foram capazes de deixar tudo por causa do Reino de Deus.
A sétima parábola é a da Rede e os peixes. Ela se compara à metáfora do joio e do trigo, com a qual tem algo em comum: ao final dos tempos, alguns vão para a companhia do Pai e outros serão jogados fora, e vão para o fogo que não se extingue. Ela fala das realidades escatológicas, de nossa vida após a morte, a entrada no Reino Definitivo, que é o céu, e se refere aos que, por escolha própria, lá não poderão entrar.
Mas o que é, afinal, este Reino de Deus? Ele não se confunde com organização social ou política. Não se compara com uma realidade mundana, porque na Terra nunca haverá perfeição. Isso não significa, porém, que não tenhamos que criar aqui um mundo mais justo e mais fraterno, mais humano.
O Reino é um estilo de vida em Deus. Um modus vivendi que resulta em comunidade de fé e amor. Na verdade, podemos afirmar que o Reino se resume na pessoa de Jesus Cristo. Quem n’Ele está, está no reinado de Deus, está sob o Senhorio amoroso do Pai. Neste sentido, podemos dizer que o Reino é uma pessoa: é Deus mesmo. Quem está em Deus, está no Reino e quem n’Ele não está, mesmo que estivesse numa organização social exemplar, no Reino ainda não está. A Igreja, por sua vez, é sacramento do Reino. Ela é o Corpo Místico de Cristo no qual nos encontramos como membros do Reino.
Entre muitas de Suas parábolas, Jesus também se compara à porta do redil, por onde entramos para o rebanho de Deus. Por ele, como peixes bons, mergulharmos no Pai. Ele é a porta de entrada para o grande ‘mar’ de salvação que é a Trindade Santíssima. Aqui na Terra vamos vivendo até nos encontrarmos eternamente em Deus, como peixes bons que só têm vida dentro d’água. Se dela saem, morrem na praia e vão servir para o lixo.
Ao redor de Jerusalém, havia um vale onde jogavam a imundície da cidade. Era chamado Geena. Por medida de higiene, mantinham-no sempre incandescente, às vezes nele lançando enxofre para o fogo não se extinguir. Ali jogavam, além do lixo doméstico, toda podridão que surgisse, animais mortos e até cadáveres de pessoas condenadas ou consideradas indignas. Quem caísse vivo neste lugar, não tinha mais salvação. Era impossível resgatar alguém que se afundasse naquele lixão de fogo.
Jesus usou esta imagem para falar do fogo do inferno. Quem se recusa a estar no Reino de Deus, ou seja, estar imerso no Seu amor, mergulhado em Deus, como peixe na água, se tornará lixo e seu fim será trágico, por louca escolha pessoal. Eis aí o que significa a expressão de Jesus ao afirmar que “no fim dos tempos, os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo, onde haverá choro e ranger de dentes” (Mt 13, 49-50).

Contudo, o perseverante viverá para sempre na plenitude do Reino celeste. Jesus, ao ensinar aos apóstolos a rezar, incluiu este pedido: “venha a nós o vosso Reino”. Deus nos quer junto d’Ele, com Ele e n’Ele para sempre. Amém!
Fonte: CNBB

Santo do Dia : Santo Inácio de Loyola

Neste dia, celebramos a memória deste santo que, em sua bula de canonização, foi reconhecido como tendo “uma alma maior que o mundo”.

Inácio nasceu em Loyola na Espanha, no ano de 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e, assim como jovem valente, entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar paralisado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que, depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos, concluiu: “São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos fez isso, pois eu tenho também de o fazer”.
Realmente ele fez como os santos o fizeram e levou muitos a fazerem “tudo para a maior glória de Deus”, pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus “famosos” exercícios espirituais e, logo depois de estudar Filosofia e Teologia, lançou os fundamentos da Companhia de Jesus.
A instituição de Inácio, iniciada em 1534, era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contrarreforma. Ele mesmo esclarece: “O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição da alma própria, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição da alma do próximo”.
Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura de salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o céu com 65 anos; e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora “com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade”, repetia.
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

Liturgia Diária : 17ª Semana do Tempo Comum | Santo Inácio de Loyola | Sexta-feira

 Primeira Leitura (Jr 26,1-9)

Leitura do Livro do Profeta Jeremias.
1No início do reinado de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá, foi comunicada da parte do Senhor esta palavra, que dizia: 2“Assim fala o Senhor: Põe-te de pé no átrio da casa do Senhor e fala a todos os que vêm das cidades de Judá, para adorar o Senhor no templo, todas as palavras que eu te mandei dizer. Não retires uma só palavra; 3talvez eles as ouçam e voltem do mau caminho, e eu me arrependa da decisão de castigá-los por suas más obras. 4A eles então dirás: Isto diz o Senhor: Se não vos dispuserdes a viver segundo a lei que vos dei, 5a escutar as palavras dos meus servos, os profetas, que eu vos tenho enviado com solicitude e para vossa orientação, e que vós não tendes escutado, 6farei desta casa uma segunda Silo e farei desta uma cidade amaldiçoada por todos os povos da terra”.
7Os sacerdotes e profetas, e todo o povo presente ouviram Jeremias dizer estas palavras na casa do Senhor. 8Quando Jeremias acabou de dizer tudo e que o Senhor lhe ordenara falasse a todo o povo, prenderam-no os sacerdotes, os profetas e o povo, dizendo: “Este homem tem que morrer! 9Por que dizes, em nome do Senhor, a profecia: ‘Esta casa será como Silo, e esta cidade será devastada e vazia de habitantes?’” Todo o povo juntou-se contra Jeremias na casa do Senhor.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo Responsorial (Sl 68)

— Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor.
— Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor.
— Mais numerosos que os cabelos da cabeça, são aqueles que me odeiam sem motivo; meus inimigos são mais fortes do que eu; contra mim eles se voltam com mentiras! Por acaso poderei restituir alguma coisa que de outros não roubei?
— Por vossa causa é que sofri tantos insultos, e o meu rosto se cobriu de confusão; eu me tornei como um estranho a meus irmãos, como estrangeiro para os filhos de minha mãe.
— Pois meu zelo e meu amor por vossa casa me devoram como fogo abrasador; e os insultos de infiéis que vos ultrajam recaíram todos eles sobre mim!
— Por isso elevo para vós minha oração, neste tempo favorável, Senhor Deus! Respondei-me pelo vosso imenso amor, pela vossa salvação que nunca falha!

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Evangelho (Mt 13,54-58)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus. 
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 54dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? 55Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?” 57E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!”58E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Compreendendo e Refletindo

“Jesus, porém, disse: Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família! E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé” (Mateus 13,57-58).
Foi na Sua própria casa – quando digo “casa” é, justamente, Seus próprios parentes – no meio deles, onde Ele foi criado em Nazaré, que Ele não foi acolhido, amado e aceito. Por isso Nazaré não pode testemunhar os milagres de Jesus, que é a Sua presença amorosa no meio deles.
Em Nazaré, Ele fez poucos milagres porque poucos foram os que, de fato, O acolheram. Quando Ele diz que um profeta não é estimado em Sua própria casa e em sua família, Ele está dizendo o que não deveria ser, mas o contrário que deveria ser.
Um profeta precisa ser profeta em casa, na família, e sabemos que temos dificuldade de sermos profetas em casa, e não podemos deixar de ser. Pai e mãe têm que serem profetas dentro da sua própria casa; e os filhos da mesma forma. A profecia e o Reino de Deus têm que acontecer dentro da nossa casa.
Sei que é mais fácil escutar os outros de fora, é mais fácil para você escutar o padre Roger ou outro padre que não vive ou mora com você. Obrigado por nos acolher, mas você precisa acolher aquele profeta que está dentro da sua casa.
Tenho que dizer a você: “Esposa, escute seu marido e seus filhos”. “Marido, escute a sua esposa e seus filhos e, enfim, se escutem mutuamente. Porque quando não há escuta, gera incompreensão, discussões, acusações e tantos outros males.

Não tenha medo de ser profeta entre os seus, ainda que você não seja, muitas vezes, recebido e compreendido

Quando a casa, a família, acolhe um ao outro, acolhe as fraquezas e debilidades (porque achamos que por causa das fraquezas, daquilo que fazemos, não vamos nos escutar, não vamos dar ouvido, pelo contrário), o coração experimenta os milagres de Deus quando sabemos acolher a fraqueza do outro, quando sabemos acolher aquilo que vem do outro.
Se queremos receber o Reino de Deus, a primeira coisa é saber acolher. Saiba acolher e colher os da sua própria casa, da sua própria família, e não tenha medo de ser profeta na sua casa. Não tenha medo de ser profeta entre os seus, ainda que você não seja, muitas vezes, recebido e compreendido.
A pessoa pega um carro ou outros meios e vai rezar em muitos lugares distantes. Faça isso, e precisamos fazer mais ainda, levar mais longe o possível o Reino dos Céus. Mas não fazemos isso em casa, não rezamos com os nossos, não pregamos para os nossos, não meditamos a Palavra de Deus entre nós; a casa não consegue se reunir nem para fazer uma oração durante a refeição, não consegue um orar pelos outros.
Há de se ver casais pregando a Palavra de Deus para todos os lados, mas o que menos se vê são casais rezando um pelo outro, rezando com o outro, um colocando a mão na cabeça do outro e levando a graça de Deus para o seu em primeiro lugar. Há de se ver você levando a Palavra para os filhos dos outros, mas leve também para os seus.
Seja profeta na sua casa, na sua família, e será o grande testemunho que você vai dar para tantas outras casas e famílias.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo- Canção Nova

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Workshop para a Pastoral do dízimo on-line



A Pastoral do Dízimo da Arquidiocese de Fortaleza em parceria com Dominus oferece um Workshop para os Agentes da pastoral do Dízimo de nossas paróquias e áreas pastorais. Será no dia 22 de agosto, sábado, com início às 15h, via plataforma Zoom.
O Wordshop visa a promoção da vivência da partilha e será centrada na Pastoral de Conjunto.  O evento tem como objetivo levar conteúdo de qualidade sobre o tema Evangelização e Dízimo para os agentes das mais diversas pastorais existentes em uma comunidade paroquial.
Com duração de 2h30, o Workshop tem uma programação pensada para levar os agentes pastorais a refletirem sobre a necessidade de entender que o processo de motivação e promoção da vivência da partilha do dízimo deve ser centrada na evangelização.
Será palestrante Jean Ricardo – CEO – Dominus Evangelização & Marketing, que com mais 10 anos de experiência em comunicação do segmento católico, coordenou projetos em dioceses de diversas regiões do país, incluindo a Diocese de Santo André e a Arquidiocese de Florianópolis. É especialista também em planejamento estratégico, atuando diretamente no processo de reestruturação pastoral de paróquias, além de desenvolver uma assessoria exclusiva para a Pastoral do Dízimo. Já ministrou em várias cidades do país o Curso Dízimo & Evangelização. Autor do livro Como organizar a Pastoral do Dízimo, também é professor e idealizador do Curso Online que tem o mesmo nome de seu livro.
Para quem é o Workshop?
Este evento que tem como tema central o dízimo e é pensado para todos os agentes pastorais existentes em uma comunidade paroquial, especialmente os Agentes da Pastoral do Dízimo. Párocos, diáconos, secretários (as) paroquiais também podem participar. 
Como será feita a transmissão da Palestra?
A Dominus disponibilizará o link de acesso às palestras pelo aplicativo ZOOM, para quem se cadastrar na página de inscrição criada para o evento.

Faça sua inscrição aqui

Confira a programação
14h50 – Abertura
15h – Palestra 1 – Jornada da evangelização: Uma proposta para a comunidade
Apresentação: A Jornada da evangelização é um modelo estratégico das etapas que uma pessoa deve percorrer durante a sua jornada evangelizadora. Essas etapas vão desde o primeiro contato da pessoa com a comunidade paroquial até o seu engajamento permanente na vida pastoral.
Sabemos que o mundo vive uma constante transformação e que por esse motivo também a forma de evangelizar precisa continuamente se transformar. Não se trata de alterar a mensagem do evangelho, mas sim a forma que essa mensagem pode ser transmitida.
Pensar o processo evangelizador é fundamental para alcançar maior resultado em toda ação evangelizadora da comunidade. Pensando nisso, apresento para você uma proposta que desenvolvi baseado na metodologia do Funil de vendas.
Para cada etapa, existem gatilhos cujo objetivo é levar a pessoa a percorrer a sua jornada da evangelização. Nesta palestra apresentamos as etapas e como funciona esse processo.
16h – Intervalo
16h10 – Palestra 2: Evangelização e dízimo, entenda os desafios e supere as barreiras em tempos de crise
Apresentação: Missão, vida eclesial, ações sociais e despesas com o culto são mantidos pela colaboração dos membros da paróquia. Porém, como superar os desafios da escassez de dizimistas? O segredo está na evangelização!
Nesta palestra abordaremos como o dízimo deve ser trabalhado dentro do processo evangelizador.
17h30 – Momento de perguntas.
Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

O coronavírus pode ser transmitido pela hóstia consagrada?

EUCHARIST

wideonet | Shutterstock

Com a pandemia veio a pergunta: “O Corpo de Cristo é imune a doenças e infecções”?

As lendas medievais estão cheias de histórias sobre o poder terapêutico da Eucaristia, como a do cavaleiro que perdeu um olho em uma batalha e, como tinha ido à Missa naquela manhã e recebido a Eucaristia, conseguiu colocar o olho de volta no seu rosto e voltou a enxergar.
A partir do século IX houve um intenso debate sobre como o pão consagrado poderia se transformar no verdadeiro corpo de Cristo.
Agora, com a pandemia do novo coronavírus, muitas pessoas pensam que “Se a Eucaristia é Jesus vivo e verdadeiro, seria sinal de pouca fé acreditar que por meio dela possam se propagar doenças e infecções”.
O argumento parece muito devoto e cheio de fervor. Porém, em nível teológico, há duas objeções: uma de ordem cristológica e outra de ordem sacramental. Primeiro, é preciso levar em conta que a união hipostática da segunda pessoa da Trindade com a natureza humana não deixou Jesus imune às doenças, pois ele assumiu nossa natureza humana igual em tudo, menos no pecado. Em segundo lugar, devemos levar em conta que, depois da Ressurreição, a humanidade de Cristo foi glorificada e já não está sujeita à corrupção. Mas também precisamos lembrar que a presença desse corpo glorioso nos sacramentos não acontece de forma física, mas em essência.
Esse é precisamente o significado da palavra “transubstanciação”: sob os sinais sacramentais existe uma essência que já não é a do pão e a do vinho, mas a do Corpo de Cristo. Porém, trata-se de uma essência que não é experimentável fisicamente e, sim, através da fé.
Falando sobre a transubstanciação, o Concílio de Trento superou as concepções “fisicistas” medievais e a ideia dos fiéis sobre o caráter supersticioso da Comunhão, que poderia ser utilizada como remédio para tudo.
O Pe. Thomas Michelet explica:
“O sacramento é a graça em forma sensível de um sinal… Uma hóstia envenenada pode ser, ao mesmo tempo, uma verdadeira hóstia consagrada – a graça que a alma procura – e uma hóstia envenenada, capaz de matar o corpo… A fé não ensina que a matéria do signo escapa das leis físicas, simplesmente que a graça usa essa matéria para se comunicar de maneira sensível”.
Então o coronavírus pode ser transmitido através da hóstia consagrada? Parece que não, pois, segundo a ciência, o vírus não consegue sobreviver em alimentos.
No entanto, o momento da comunhão, sobretudo quando recebida na boca, é um momento propício ao contágio, assim como o momento da saudação da paz.
É por essa razão que os bispos das regiões afetadas pelo vírus decidiram pedir aos fiéis que comunguem na mão. O momento da paz também foi suprimido da Missa.
O bispo tem a missão de guiar com caridade e prudência o seu povo. E esse é o motivo pelo qual ele toma certas medidas.
Fonte: Aleteia

Com que frequência Jesus rezava?

Christ in Gethsemane

Heinrich Hofmann | Public Domain

Cristo costumava rezar em intervalos específicos do dia e antes de acontecimentos importantes. Mas havia um horário em que ele mais gostava de se dirigir ao Pai

Jesus é o nosso modelo de oração. Ele passou a vida toda em oração e rezava e em intervalos específicos durante o dia.
O Catecismo da Igreja Católica destaca:

“O Filho de Deus, feito Filho da Virgem, aprendeu a orar segundo o seu coração de homem. Aprendeu as fórmulas de oração com a sua Mãe, que conservava e meditava no seu coração todas as «maravilhas» feitas pelo Onipotente. Ele ora com as palavras e nos ritmos da oração do seu povo, na sinagoga de Nazaré e no Templo. Mas a sua oração brotava duma fonte muito mais secreta, como deixa pressentir quando diz, aos doze anos: «Eu devo ocupar-me das coisas do meu Pai» (Lc 2, 49)” (CIC 2599). 

Mas por que dizemos que Jesus passou a vida toda em oração? Porque Ele está em constante comunhão de amor com o Pai.

Com isso em mente, podemos aprender com Jesus a orar. Primeiro, como próprio Catecismo explica, Jesus orou na sinagoga e no templo. Isso corresponde a uma antiga prática judaica de rezar pelo menos três vezes ao dia:

“Ao entardecer, amanhecer e meio-dia
Vou lamentar e reclamar,
e minha oração será ouvida. (Salmo 5518)”

Jesus estaria familiarizado com esse costume e, provavelmente, participaria dele. Além disso, Jesus era frequentemente encontrado rezando antes de um grande acontecimento ou decisão:

“Jesus ora antes dos momentos decisivos da sua missão: antes de o Pai dar testemunho d’Ele aquando do seu batismo e da sua transfiguração e antes de cumprir, pela paixão, o desígnio de amor do Pai. Reza também antes dos momentos decisivos que vão decidir a missão dos seus Apóstolos: antes de escolher e chamar os Doze, antes de Pedro O confessar como o «Cristo de Deus» e para que a fé do chefe dos Apóstolos não desfaleça na tentação. A oração de Jesus antes dos acontecimentos da salvação de que o Pai O encarrega, é uma entrega humilde e confiante da sua vontade à vontade amorosa do Pai” (CIC 2600).

A oração noturna era uma das favoritas de Jesus, como pode ser visto em todos os Evangelhos:

“Jesus frequentemente se separa para orar em solidão, em uma montanha, de preferência à noite” (CIC 2602).

Portanto, além de tentar incorporar a oração em nosso próprio “ser”, devemos primeiro tentar rezar em intervalos específicos durante o dia, imitando Jesus e seu ritmo deliberado de oração.esus é o nosso modelo de oração. Ele passou a vida toda em oração e rezava e em intervalos específicos durante o dia.
O Catecismo da Igreja Católica destaca:
“O Filho de Deus, feito Filho da Virgem, aprendeu a orar segundo o seu coração de homem. Aprendeu as fórmulas de oração com a sua Mãe, que conservava e meditava no seu coração todas as «maravilhas» feitas pelo Onipotente. Ele ora com as palavras e nos ritmos da oração do seu povo, na sinagoga de Nazaré e no Templo. Mas a sua oração brotava duma fonte muito mais secreta, como deixa pressentir quando diz, aos doze anos: «Eu devo ocupar-me das coisas do meu Pai» (Lc 2, 49)” (CIC 2599). 
Mas por que dizemos que Jesus passou a vida toda em oração? Porque Ele está em constante comunhão de amor com o Pai.
Com isso em mente, podemos aprender com Jesus a orar. Primeiro, como próprio Catecismo explica, Jesus orou na sinagoga e no templo. Isso corresponde a uma antiga prática judaica de rezar pelo menos três vezes ao dia:
“Ao entardecer, amanhecer e meio-dia
Vou lamentar e reclamar,
e minha oração será ouvida. (Salmo 5518)”
Jesus estaria familiarizado com esse costume e, provavelmente, participaria dele. Além disso, Jesus era frequentemente encontrado rezando antes de um grande acontecimento ou decisão:
“Jesus ora antes dos momentos decisivos da sua missão: antes de o Pai dar testemunho d’Ele aquando do seu batismo e da sua transfiguração e antes de cumprir, pela paixão, o desígnio de amor do Pai. Reza também antes dos momentos decisivos que vão decidir a missão dos seus Apóstolos: antes de escolher e chamar os Doze, antes de Pedro O confessar como o «Cristo de Deus» e para que a fé do chefe dos Apóstolos não desfaleça na tentação. A oração de Jesus antes dos acontecimentos da salvação de que o Pai O encarrega, é uma entrega humilde e confiante da sua vontade à vontade amorosa do Pai” (CIC 2600).
A oração noturna era uma das favoritas de Jesus, como pode ser visto em todos os Evangelhos:
“Jesus frequentemente se separa para orar em solidão, em uma montanha, de preferência à noite” (CIC 2602).
Portanto, além de tentar incorporar a oração em nosso próprio “ser”, devemos primeiro tentar rezar em intervalos específicos durante o dia, imitando Jesus e seu ritmo deliberado de oração.
Fonte: Aleteia