sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Evangelho do Dia ( Lucas 2,22-40 )

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor.
25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
27Movido pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meu olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.
36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

A Ansiosa Solicitude Pela Vida-Feliz 2012!

A ansiosa solicitude pela vida

A ansiosa solicitude pela vida

Dois grandes amigos conversavam enquanto o mais jovem, ansioso por se tratar de sua estréia, se preparava para apresentar-se a uma imensa platéia; o mais velho, experiente senhor de cerimônias, lhe orienta:
_Vá meu filho, estão todos a sua espera, e com grande euforia. Todos querem lhe conhecer, por tanto, ande, e não seja tão tímido, tem gente que há meses espera para ver a sua cara.
_Sim mas, você tem certeza que ele já foi embora pare que eu possa entrar?
_Não; ele lhe espera, mas você entrando ele vai embora, vocês vão cruzar-se na porta, se verão apenas nesta hora: olhe, olhe, ele esta se aproximando, entre e vê se não enrola: vamos, como é, não vá amarelar!
_Não se trata disso, é que, bateu... “tipo” um friozinho na barriga; estou ouvindo um barulho imenso, uma arruaça: o sujeito, pelo visto, fez grande sucesso! Olhe o tamanho da festa de despedida que estão fazendo para ele!
_Meu Deus; como você é ingênuo! Essa festa é sua, amigo. _A dele foi na chegada; na verdade pouca gente agradece quando vocês saem.
_Me parece meio ingrato isso!
_Mas se faz parte da profissão, o que se ha de fazer? E ande logo, que ele está parado à porta, lhe esperando para poder ir embora e lhe ceder o lugar.
_Eu não sei se estou pronto de fato; meu coração esta disparado, é muita adrenalina, minhas pernas estão feito borracha; Toda essa gente! _Tem certeza que os mais amigos dele não vão virar-me à cara?
_Disso eu não falo nada, afinal, cada qual tem seu jeito de encarar mudanças, mas isso também não é problema seu, você não pode fazer nada além do seu papel, que é entrar e correr.
_Sabe, enquanto estávamos lá dentro, eu pensava: “Teve colega que entrou e tomou uma tremenda vaia, vai que não vão com a minha cara”.
_Isso acontece, cada um vive o seu momento, há gente passando por tudo nesse mundo, há quem se mate por uma faixa de tecido branco e muito fino, mas a você cabe o seu papel na história e chega dessa conversa, está todo mundo lhe esperando para mudar tudo.
_Aí, não falei! _ Está na cara que vai dar errado; afinal eu não venho para mudar nada, quem tem que mudar são eles, é neles que ha um monte de pendências.
_Você tem razão, não nego, mas se você atrasa na entrada sou eu quem fica encrencado, tem gente que já tomou umas a mais e está começando a dar trabalho, assim, a festa pode terminar em confusão e tragédia, por tanto, é melhor você entrar logo.
_Pronto, mais um motivo para que eu não atravesse àquela porta; com bêbado eu não trato, se começa assim, já começa tudo errado.
O senhor de cerimônias, percebendo que o jovem estava mesmo muito receoso com aquela estréia, temeu pelo andamento da festividade, intuiu que o principal convidado, a atração maior da noite, estava ao ponto de voltar para traz; foi quando na filosofia encontrou o argumento que faltava.
_Meu jovem, não se preocupe, tenho tudo sob controle; preparei um discurso que esclarecerá essa gente que lhe espera.
O Senhor de cerimônias apanhou uma folha de papel e, após pigarrear, a fim de angariar a atenção de todos, iniciou um breve discurso:

_Amigos, por favor! _ Um minuto de vossa atenção; antes que o grande convidado entre quero participar-lhes de umas palavras, creio serem propícias; gostaria que refletissem sobre elas, quem as disse marcou-me muito, é um grande sábio, o maior que conheço.
E assim o mestre de cerimônias seguiu com seu discurso:

“...não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais que o alimento, e o corpo mais do que as vestes?
Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em seleiros; contudo, vosso pai celeste as sustenta. Por ventura, não valei vós muito mais do que as aves?
Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?
E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam.
Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda sua glória, se vestiu como qualquer deles.
Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?
Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: com o que nos vestiremos?
Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;
Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.
Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.”(Mt 06: 25-34)
O senhor de cerimônias, chamado “Tempo”, preparou com seu discurso a entrada do seu jovem amigo estreante "2012". Este, após ver todos receberem a mensagem, ficou tranqüilo, entrou e começou a correr confiante que todos haviam capitado que: o futuro a Deus pertence, as mudanças estão dentro de cada um que se proponha a realizá-las e ao ano só confere passar. Por Jeferson Cardoso

A Sagrada Família





 

Feliz Ano Novo!

Poema de Natal e ano Novo de Oriza Martins


Vídeo-Sagrada Família

Santo do Dia - Sagrada Família



Sagrada Família Se o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal.

Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964:

O exemplo de Nazaré:

Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.
Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!
Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.
Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.
Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.

João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:

A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do "evangelho da família", mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja...

A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.


Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!

Salmo de Hoje( 127 )

— Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!
— Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

1- Feliz és tu, se temes o Senhor/ e trilhas seus caminhos!/ Do trabalho de tuas mãos hás de viver,/ serás feliz, tudo irá bem! R
2- A tua esposa é uma videira bem fecunda/ no coração da tua casa;/ os teus filhos são rebentos de oliveira/ ao redor de tua mesa. R
3- Será assim abençoado todo homem/ que teme o Senhor./ O Senhor te abençoe de Sião,/ cada dia de tua vida.R

Compreendendo e Refletindo

O Redentor do mundo quis escolher a FAMÍLIA como lugar do Seu nascimento e crescimento, santificando assim esta instituição fundamental . O tempo passado em Nazaré e que Lucas descreve, no qual diz: “O menino crescia e ficava forte; tinha muita sabedoria e era abençoado por Deus”, representa o mais longo da sua existência. O Menino permanece envolto por uma grande discrição e dele poucas notícias nos são transmitidas pelos evangelistas. Se, porém, desejamos compreender mais profundamente a vida e a missão de Jesus, devemos aproximar-nos do mistério da Santa Família de Nazaré para ver e ouvir. A liturgia de hoje oferece-nos para isso uma oportunidade providencial.A gruta de Belém, onde naquela noite santa nasceu o Salvador, o olhar volta-se hoje para a humilde casa de Nazaré, para contemplar a Santa Família de Jesus, Maria e José, cuja festa celebramos no clima festivo e familiar do Natal.A humilde casa de Nazaré é para todo o cristão, e especialmente para as famílias cristãs, uma autêntica escola do Evangelho. Aqui admiramos a realização do projeto divino de fazer da família uma íntima comunidade de vida e de amor; aqui aprendemos que cada núcleo familiar cristão é chamado a ser pequena «Igreja doméstica», onde devem resplandecer as virtudes evangélicas. Recolhimento e oração, compreensão mútua e respeito, disciplina pessoal e ascese comunitária, espírito de sacrifício, trabalho e solidariedade são traços típicos que fazem da família de Nazaré um modelo para todos os nossos lares.Peçamos ao Senhor que nos ensine a sermos uma família unida e que a exemplo da Sagrada Família ,possamos testemunhar uma vida simples e voltada para o cumprimento de todo o projeto de vida que Cristo nos ensina através de sua vida aqui na terra na casa humilde de Nazaré.Louvor e Glória ao Senhor!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Santo do Dia- São Tomás Becket



São Tomás Becket Em 1155, Henrique II, rei da Inglaterra e de parte da França, nomeou seu chanceler Tomás Becket. Oriundo da Normandia, onde nasceu em 1117, e senhor de grande riqueza, era considerado um dos homens de maior capacidade do seu tempo. Compararam-no a Richelieu, com o qual na realidade se parecia, pelas qualidades de homem de Estado e amor das grandezas. Ficou célebre a visita que fez, em 1158, a Luís VII, rei da França.

Quando vagou a Sé de Canterbury, Henrique II nomeou para ela o chanceler. Tomás foi ordenado sacerdote a 1 de junho de 1162 e sagrado Bispo dois dias depois. Desde então, passou a ser a pessoa mais importante a seguir ao rei e mudou inteiramente de vida, convertendo-se num dos prelados mais austeros.

Convencido de que o cargo de primeiro-ministro e o de príncipe da Inglaterra eram incompatíveis, Tomás pediu demissão do cargo de chanceler, o que descontentou muito o rei. Henrique II ficou ainda mais aborrecido quando, em 1164, por ocasião dos "concílios" de Clarendon e Northampton, o Arcebispo tomou o partido do Papa contra ele. Tomás viu-se obrigado a fugir, disfarçado em irmão leigo, e foi procurar asilo em Compiègne, junto de Luís VII.

Passou, a seguir, à abadia de Pontigny e depois à de Santa Comba, na região de Sens. Decorridos quatro anos, a pedido do Papa e do rei da França, Henrique II acabou por consentir em que Tomás regressasse à Inglaterra. Persuadiu-se de que poderia contar, daí em diante, com a submissão cega do Arcebispo, mas em breve reconheceu que muito se tinha enganado, pois este continuava a defender as prerrogativas da Igreja romana contra as pretensões régias. Desesperado, o rei exclamou um dia: "Malditos sejam os que vivem do meu pão e não me livram deste padre insolente". Quatro cavaleiros tomaram à letra estas palavras, que não eram sem dúvida mais que uma exclamação de desespero. A 29 de dezembro de 1170, à tarde, vieram encontrar-se com Tomás no seu palácio, exigindo que ele levantasse as censuras que tinha imposto. Recusou-se a isso e foi com eles tranquilamente para uma capela lateral da Sé.

"Morro de boa vontade por Jesus e pela santa Igreja", disse-lhes; e eles abateram-no com as espadas.


São Tomás Becket, rogai por nós!

Salmo de Hoje ( 95)

— O céu se rejubile e exulte a terra!
— O céu se rejubile e exulte a terra!

  1-Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! R
  2-Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios! R
  3-Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: diante dele vão a glória e a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor! R

Compreendendo e Refletindo

Todo primogênito pertencia a Deus, e devia ser resgatado por meio de um sacrifício.Nessa ocasião,também se fazia a purificação da mãe , e se oferecia um cordeiro. Quem era pobre podia oferecer duas rolas ou dois pombinhos, em lugar do cordeiro. O Messias nasce como dominado, em lugar pobre, e vem pobre, para os pobres. A Igreja, hoje, revive o mistério da Apresentação de Jesus no Templo. Revive-o com a admiração da Sagrada Família de Nazaré, iluminada pela plena revelação daquele “Menino” que é o juiz escatológico prometido pelos profetas (cf. Ml 3, 1-3), o “Sumo Sacerdote misericordioso e fiel”, que veio para “expiar os pecados do povo” (cf. Hb 2, 17). O Menino, que Maria e José levam com emoção ao Templo, é o Verbo Encarnado, o Redentor do homem, da história .No Evangelho de hoje prolonga-se o tema de Cristo-Luz, que caracteriza as solenidades do Natal e da Epifania. “Luz para iluminar as nações e glória do teu povo, Israel” (Lc 2, 32). Estas palavras proféticas são proferidas pelo velho Simeão, inspirado por Deus quando toma o Menino Jesus nos seus braços. Ele preanuncia ao mesmo tempo em que “o Messias do Senhor” realizará a sua missão como um “sinal de contradição” (cf. Lc 2, 34). Quanto a Maria, a Mãe, também ela participará pessoalmente na paixão do seu Filho divino (cf. Lc 2, 35).  
A cada ano, o tempo litúrgico do Natal recorda a imensidão do amor de Deus por nós. É preciso acreditar e viver esse amor e a ele entregar-se sem reservas. Assim como Simeão realizou sua esperança, também nós podemos contar sempre com a presença redentora de Cristo. Deixemos, pois, que Deus nos ame, para que sejamos, de fato, transformados, pois Ele continua amorosamente presente no meio de nós. Peçamos a Maria que nos acompanhe na nossa caminhada e nos encha do Amor de Deus para sermos fortalecidos e transformados por esse Amor. Louvor e Glória ao Senhor!

Evangelho do Dia (Lucas 2,22-35 )

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, 26e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29 “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti uma espada te traspassará a alma”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Vídeo- A Mulher Invisível Legendado- Veja é uma lição de vida!

Santo do Dia - Os Santos Inocentes

Os Santos Inocentes A festa de hoje, instituída pelo Papa São Pio V, ajuda-nos a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras. Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por uma estrela misteriosa, "encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes - ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: 'Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar'. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito. E lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: 'Do Egito chamarei o meu filho'. Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então se cumpriu o que estava predito pelo profeta Jeremias: 'Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'" (Mt 2,11-20) Quanto ao número de assassinados, os Gregos e o jesuíta Salmerón (1612) diziam ter sido 14.000; os Sírios 64.000; o martirológio de Haguenau (Baixo Reno) 144.000. Calcula-se hoje que terão sido cerca de vinte ao todo. Foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.

Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes ficou sendo a destes. Começava nas vésperas de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte. Tendo escolhido entre si um "bispo", estes cantorzinhos apoderavam-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat: Derrubou os poderosos do trono, no fim das segundas vésperas. Depois, o "derrubado" oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta extravagante cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas.

A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de "pequenos inocentes": crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por estes pequeninos, sobretudo, é que nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.

Santos Inocentes, rogai por nós

Salmo de Hoje ( 123 )

— Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador.
— Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador.

  1-Se o Senhor não estivesse ao nosso lado, quando os homens investiram contra nós, com certeza nos teriam devorado no furor de sua ira contra nós. R
   2-Então as águas nos teriam submergido, a correnteza nos teria arrastado, e então, por sobre nós teriam passado essas águas sempre mais impetuosas. R
  3-O laço arrebentou-se de repente, e assim nós conseguimos libertar-nos. O nosso auxílio está no nome do Senhor, do Senhor que fez o céu e fez a terra. R

Compreendendo e Refletindo

Hoje é o dia que a Igreja escolheu para a festa dos Santos Inocentes, mártires; dia em que o Evangelho nos fala da matança dos inocentes, ordenada por Herodes. Quero juntar, a todos estes Santos Inocentes anônimos, todos aqueles a quem não foi permitido nascer e  também todas as crianças mortas por maus-tratos.
Com efeito, Deus, Senhor da Vida, confiou aos homens para que estes desempenhassem, de um modo digno, o nobre encargo de conservar a vida. Esta deve, pois, ser salvaguardada com extrema solicitude desde o primeiro momento da concepção. A Igreja honra, como mártires, este coro de crianças, vítimas do terrível e sanguinário rei Herodes, arrancadas dos braços de suas mães para escrever, com o seu próprio sangue, a primeira página do álbum de ouro dos mártires cristãos a merecerem a Glória eterna, segundo a promessa de Jesus: “Quem perder a vida por amor de Mim, há de reencontrá-la”.O episódio é narrado somente pelo evangelista Mateus que se dirigia principalmente aos leitores hebreus e, portanto, tencionava demonstrar a messianidade de Jesus, no qual se realizaram as antigas profecias: “Quando Herodes descobriu que os sábios o tinham enganado, ficou furioso. Mandou matar em Belém e nos arredores todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo que ele tinha apurado pelas palavras dos sábios”.Foi assim que se cumpriu o que o profeta Jeremias havia dito: “Em Ramá se ouviu um grito: coro amargo, imensa dor. É Raquel a chorar seus filhos e não quer ser consolada, porque eles já não existem”.  O lugar da Terra Prometida tornou-se novo Egito, lugar da opressão. Mateus apresenta o significado da vida e ação de Jesus: ele será o novo Moisés. Vai liderar o processo de libertação das estruturas que oprimem e escravizam,simbolizadas pela Judéia e Jerusalém. A Galiléia, terra dos pagãos, será o ponto de partida para esse novo êxodo que Jesus realiza através do seu ensinamento e atividade. Louvor e Glória ao Senhor!


Evangelho do Dia ( Mateus 2,13-18 )

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. 14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito. 15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”. 16Quando Herodes percebeu que os magos o haviam enganado, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos. 17Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias: 18“Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos, e não quer ser consolada, porque eles não existem mais”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Há um barco esquecido na praia...

 
Ha um barco esquecido



Há um barco esquecido na praia  
                Já não leva ninguém a pescar                    
                              É o barco da Maria Cleide                        
       Que partiu pra não mais voltar          
  Enfrentando todos perigos
   Enfrentando os perigos do mar
   Era chuva,era noite,era escuro
   Mas ela precisava pescar
  De repente aparece JESUS
  Pouco a pouco se acende uma luz...
 É preciso pescar diferente que o povo já sente
 que o tempo chegou...
 E partiu sem mesmo pensar
 nos perigos de profetizar
 Há um barco esquecido na praia
 Um barco esquecido na praia 
 Um  barco esquecido na praia... Por Pe. Fernando Custódio

Vídeo- Há um barco esquecido na praia...

Mensagem de Ano Novo

Para ser feliz em qualquer tempo, entregue a tua vida ao Senhor,
confia que Dele receberá tudo o que precisa para enfrentar os
obstáculos e as surpresas desse ano novo.

Que esse clima de renovação e esperança, toque seu coração,
e que tomado pelo Espírito Santo, possa sentir a bondade divina,
iluminando seus dias, alegrando seu coração, e aproximando a
felicidade.

Nessa época do ano, aproveitamos para repensar nossas vidas,
e para os que vivem a verdade da fé, a festa do Ano Novo representa
o momento realmente especial de esperanças e comunhão, com
sentimentos nobres, você conhece o caminho da fé.

Seu coração, sente a essência desse momento, e as bençãos cairão
sobre você, como singelas gotas de esperança, para que seu caminho
seja cada vez mais tranquilo, e para que em seu lar, o amor reine
sobre todas as coisas.

Desejo que a magia desse momento, ilumine seus sonhos.
Que a fé nas palavras de amor que o Senhor nos deixou, estejam
ainda presentes em seu coração, e que esse ano Novo de luz,
seja também uma festa de muita alegria.

Felicidades.

Santo do Dia- São João Evangelista



São João Evangelista O nome deste evangelista significa: "Deus é misericordioso": uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.

Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como "o discípulo que Jesus amava". O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: "Filho, eis aí a tua mãe" e, olhando para Maria disse: "Mulher, eis aí o teu filho". (Jo 19,26s).

Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa "filho do trovão".

João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável.

O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos.

Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.

São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano.

Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo.

Nesta situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse.

Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 dC).

Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome.


São João Evangelista, rogai por nós!

Salmo de Hoje ( 96 )

— Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
— Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

  1-Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apóia na justiça e no direito. R
  2-As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória. R
  3-Uma luz já se levanta para os justos, e a alegria, para os retos corações. Homens justos, alegrai-vos no Senhor, celebrai e bendizei seu Santo nome!R

Compreendendo e Refletindo

Segundo os registros do Novo Testamento, João foi o apóstolo que seguiu com Jesus na noite em que o Senhor foi preso. O apóstolo foi corajoso a ponto de acompanhar o seu Mestre até a morte na cruz.Em seu Evangelho, encontramos seis cenas em que aparece um discípulo anônimo. Algumas vezes, ele é caracterizado como “o discípulo amado” ou como “o discípulo a quem Jesus amava”. Assim se dá no encontro com Jesus, junto a João Batista; na última ceia; na condução de Jesus preso ao pátio do sumo sacerdote; junto à cruz com Maria.
Nesta narrativa de hoje, do encontro do túmulo vazio e na pesca milagrosa com o Ressuscitado no mar da Galileia. A tradição identificou-o como João, irmão de Tiago, cujo nome não aparece neste Evangelho, e que seria o seu próprio autor. No encontro do túmulo vazio, enquanto Maria Madalena e Pedro ficam perplexos, este discípulo destaca-se por crer na presença viva de Jesus sem vê-Lo. Sem necessidade de aparições do Ressuscitado, o discípulo tem uma fé penetrante que reconhece a eternidade de Jesus em Sua humanidade a partir da experiência que teve de seu convívio e de seu testemunho de amor.A história conta que João esteve presente e ao alcance de Jesus até a última hora. A ele foi entregue a missão de tomar conta de Maria, a Mãe de Jesus. Cristo, como Filho único de Maria, tinha a responsabilidade de cuidar dela após a morte de Seu pai José (quanto aos supostos “irmãos” de Jesus designados nos Evangelhos, os linguistas e historiadores sérios atestam que, em aramaico , antigo idioma utilizado por Jesus, as palavras que designavam irmãos eram utilizadas indistintamente para primos e outros parentes). Jesus poderia, é claro, ter passado essa incumbência para algum de Seus supostos “irmãos” se Ele realmente os tivesse, mas a entregou aos cuidados do melhor amigo, João (sendo tal argumento mais uma prova consistente de que Jesus não teve irmãos carnais). A fé na ressurreição tem dois aspectos. o primeiro é negativo: Jesus não está morto. Ele não é falecido ilustre, ao qual se deve construir um monumento. O sepulcro vazio mostra que Jesus não ficou prisioneiro da morte. O segundo aspecto da ressurreição é positivo: Jesus está vivo, e o discípulo que o ama intui essa realidade.Louvor e Glória ao Senhor!

Evangelho do Dia ( João 20,2-8 )

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

No primeiro dia da semana, 2Maria Madalena saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Quem leu, recorde...Quem não leu,leia!


 Esperança nos caminhos da vida cotidiana

Entra ano e sai ano e as pessoas alimentam a sua existência com uma energia cuja origem não pode ser detectada a olho nu. Em meio a muitas dificuldades e no enfrentamento de inúmeros problemas do cotidiano, constata-se que algo as movimenta.
As pessoas andam pela vida e acumulam vitórias e derrotas. Levam tombos e se levantam. Trombam com realidade e mesmo assim persistem e insistem em seguir em frente. Tropeçam nas pedras e continuam a andar. Pisam em falso nos buracos e se equilibram novamente. Enfrentam tempestades e contam com a brisa suave. Passam por nevoeiros e ficam na expectativa do sol brilhante.
Os grandes ou pequenos projetos, as visões de uma realidade futura diferente da experimentada no presente, os sonhos relacionados ao trabalho e à sobrevivência, ao amor e à família, ao estudo e à formação, enfim, todos os gestos e todas as ações trazem embutida uma força invisível, mas real. É a força da esperança. O povo sempre diz: A esperança é a última que morre!
Os cristãos vivem sua fé mergulhados neste cotidiano de esperança e desesperança. Têm seu princípio esperança que norteia a sua vida. Têm suas raízes profundamente arraigadas na tradição de fé do povo de Deus. Os testemunhos presentes na Bíblia sublinham a sua importância e o seu valor para vida cotidiana. A fé cristã tem uma esperança muito radical, a saber, toda a realidade de dor e sofrimento será transformada para que todas as pessoas tenham vida plena e abundante. Esperam um mundo e uma sociedade totalmente novos.
Os caminhos das pessoas, e também os seus descaminhos, têm dentro de si a presença dos impulsos daquele que é a fonte motriz da esperança, a saber, o Deus vivo. As alegrias que envolvem os projetos do cotidiano, alimentados pela fé em Jesus Cristo, bem como as frustrações e os fracassos são parte da trajetória dos filhos e das filhas de Deus. As pessoas vivem numa grande teia de relações que se entrecruzam. Nem sempre todas as expectativas são viáveis. Certos sonhos só podem ser coletivos e, por isso, não podem ser personalistas. Certos projetos ainda não estão suficientemente maduros para se concretizarem.
Seja qual for a dimensão da existência, seja qual for a circunstância, o princípio esperança sempre ilumina a vida cristã. Ela se constitui na energia propulsora que mantém a vida em movimento. Mesmo que um vazio enorme abata as pessoas e as perspectivas estejam totalmente fechadas, um aspecto básico e fundamental não pode ser ignorado: pode-se confiar em Deus, o Senhor da vida. Pode-se dizer com o salmista: "E eu, Senhor, que espero? Tu és a minha esperança." (Sl 39.7)   

Por   Dr. Rolf Schünemann

Santo do Dia - Santo Estêvão



Santo Estêvão Nos capítulos 6 e 7 dos Atos dos Apóstolos encontramos um longo relato sobre o martírio de Estêvão, que é um dos sete primeiros Diáconos nomeados e ordenados pelos Apóstolos. Santo Estêvão é chamado de Protomártir, ou seja, ele foi o primeiro mártir de toda a história católica. O seu martírio ocorreu entre o ano 31 e 36 da era cristã. Eis a descrição, tirada do livro dos Atos dos Apóstolos:

"Estêvão, porém, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Levantaram-se então alguns da sinagoga, chamados dos Libertos e dos Cirenenses e dos Alexandrinos, e dos da Cicília e da Ásia e começaram a discutir com Estêvão, e não puderam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Subornaram então alguns homens que disseram: 'Ouvimo-lo proferir palavras blasfematórias contra Moisés e contra Deus'. E amotinaram o povo e os Anciãos e Escribas e apoderaram-se dele e conduziram-no ao Sinédrio; e apresentaram falsas testemunhas que disseram: 'Este homem não cessa de proferir palavras contra o Lugar Santo e contra a Lei; pois, ouvimo-lo dizer que Jesus, o Nazareno, destruirá este Lugar e mudará os usos que Moisés nos legou'. E todos os que estavam sentados no Sinédrio, tendo fixado os olhares sobre ele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo".

Num longo discurso, Estêvão evoca a história do povo de Israel, terminando com esta veemente apóstrofe:

"'Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos, resistis sempre ao Espírito Santo, vós sois como os vossos pais. Qual dos profetas não perseguiram os vossos pais, e mataram os que prediziam a vinda do Justo que vós agora traístes e assassinastes? Vós que recebestes a Lei promulgada pelo ministério dos anjos e não a guardastes'. Ao ouvirem estas palavras, exasperaram-se nos seus corações e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, cheio do Espírito Santo, tendo os olhos fixos no céu, viu a glória de Deus e Jesus que estava à direita de Deus e disse: 'Vejo os céus abertos e o Filho do homem que está à direita de Deus'. E levantando um grande clamor, fecharam os olhos e, em conjunto, lançaram-se contra ele. E lançaram-no fora da cidade e apedrejaram-no. E as testemunhas depuseram os seus mantos aos pés de um jovem, chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão que invocava Deus e dizia: 'Senhor Jesus, recebe o meu espírito'. Depois, tendo posto os joelhos em terra, gritou em voz alta: 'Senhor, não lhes contes este pecado'. E dizendo isto, adormeceu".

Santo Estêvão, rogai por nós!

Salmo de Hoje ( 30 )

— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.

1-Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve. Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me. R
  2-Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel. Vosso amor me faz saltar de alegria, pois olhastes para as minhas aflições. R
  3-Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor! Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, e salvai-me pela vossa compaixão!R

Compreendendo e Refletindo

Nesta narrativa de São Mateus, temos um trecho do discurso atribuído a Jesus ao enviar os doze apóstolos em missão. O texto é escrito em estilo literário-apocalíptico. No Evangelho de Marcos, mais primitivo, ele faz parte do discurso escatológico de Jesus ao prenunciar a destruição do Templo de Jerusalém, nas vésperas de sua Paixão (cf. Mc 13,9-13). De fato, muitos dos primeiros cristãos sofreram perseguições tanto da parte dos judeus como do Império Romano. A alusão à terrível tragédia no seio da família, no texto acima, no seu estilo escatológico-apocalíptico, é uma referência à tradição profética da injustiça universal no fim dos tempos (cf. Mq 7,6).Os discípulos terão o mesmo destino de Jesus: sofrer as consequências da missão que liberta e dá vida nova. Essa missão atingirá os interesses de muitos e, por isso,provocará a perseguição, a divisão e o ódio, até mesmo dentro das famílias. Muitas vezes poderá levar para a condenação nos tribunais. A missão, porém, é dirigida pelo EspíritoSanto de Deus. Por isso os discípulos perseveram até o fim,sem temor nem aflição, seguros da plena manifestação de Jesus,Senhor e Juiz da história. Os discípulos não devem ter medo, porque a missão se baseia na verdade, que põe a descoberto toda a mentira de um sistema social que não mostra a sua verdadeira face.Quem é fiel a Jesus, terá Jesus a seu favor diante de Deus. Louvor e Glória ao Senhor!

Evangelho do Dia ( Mateus 10,17-22 )

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: 17“Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. 18Vós sereis levados diante de governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. 21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Vídeo- Natal do Senhor Jesus Cristo

Santo do Dia- Natal do Senhor

Natal do Senhor Neste dia especial, em que toda a Igreja celebra o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, acompanhemos o testemunho da Palavra de Deus a respeito deste acontecimento que transformou a história da humanidade:

"...José subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com a sua esposa Maria, que estava grávida. Estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. O anjo disse-lhes: 'Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor'." (Lc 2,4-11)

Por isso hoje celebramos a eterna solidariedade do Pai das Misericórdias que, no seu plano de amor, quis o nascimento de Jesus, que é o verdadeiro Sol, a Luz do mundo. Este não é um dia de medo e nem de desespero, é dia de confiança e de esperança, pois Deus veio habitar no meio de nós, e assim encher-nos da certeza de que é possível um mundo novo. Solidário conosco, Ele nos quer solidários neste dia de Glória que refulge ao redor de cada um de nós!

Sendo assim, tudo neste dia só tem sentido se apontar para o grande aniversariante deste dia: o Menino Deus! Presépios, árvores, enfeites, banquetes e os presentes natalícios representam os presentes que os Reis Magos levaram até Jesus, mas não são estes símbolos a essência do Natal. O importante, o essencial, é que Cristo realmente nasça em nossos corações de uma maneira nova, renovadora, e que a partir daí, possamos sempre caminhar na sua luz solidária deste Deus Único e Verdadeiro, que nos quer também solidários uns com os outros!

Vivamos com muita alegria este dia solidário, que o Senhor fez para nós!


Um Santo Natal para você e para a sua família!

Salmo de Hoje ( 97 )

— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.
— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

  1-Cantai ao Senhor Deus um canto novo,/ porque ele fez prodígios!/ Sua mão e o seu braço forte e santo/ alcançaram-lhe a vitória.R
  2-O Senhor fez conhecer a salvação,/ e às nações, sua justiça;/ recordou o seu amor sempre fiel/ pela casa de Israel. R
  3-Os confins do universo contemplaram/ a salvação do nosso Deus./ Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,/ alegrai-vos e exultai! R
  4-Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa/ e da cítara suave!/ Aclamai, com os clarins e as trombetas,/ ao Senhor, o nosso Rei! R

Compreendendo e Refletindo

Natal é a festa da vida, porque Jesus, vindo à luz como cada um de nós, abençoou a hora do nascimento. Uma hora que, simbolicamente, representa o mistério da existência humana, unindo a aflição à esperança, a dor à alegria. Tudo isso aconteceu em Belém: uma Virgem Mãe deu à luz: “veio ao mundo um homem” (cf. Jo 16,21), o Filho de Deus, o Filho do Homem. Mistério de Belém!Celebramos o mistério de Belém, o mistério de uma noite singular que está, de certa forma, no tempo e para além do tempo. Do seio da Virgem nasceu um Menino, uma manjedoura serviu de berço para a Vida imortal.O Verbo chora numa manjedoura. Chama-se Jesus, que significa “Deus salva”, porque Ele “salvará o povo dos seus pecados” (Mt 1,21). Não é em um palácio que nasce o Redentor, que vem instaurar o Reino eterno e universal. Ele nasce em um estábulo e, permanecendo entre nós, acende no mundo o fogo do amor de Deus (cf. Lc 12,49). Este fogo nunca mais será apagado! Que  este fogo possa arder nos corações como chama de caridade ativa, que dê acolhimento e apoio a tantos irmãos provados pela necessidade e pelo sofrimento!Senhor Jesus, que contemplamos na pobreza de Belém, faça-nos testemunhas de Sua verdade e de Seu amor, o qual O levou a despojar-se da glória divina, a fim de nascer entre os homens e morrer por nós. Jesus, Palavra de Deus, é a luz que ilumina a consciência de todo homem. Mas para onde nos conduz essa luz? A Bíblia toda afirma que Deus é amor e felicidade. Levado pelo seu imenso amor e sendo fiel  às suas promessas, Deus quis introduzir os homens lá onde jamais teriam pensado: partilhar a própria vida e felicidade de Deus. E para isso a Palavra se fez homem e veio à sua própria casa, neste seu mundo. Jesus Cristo que é a luz, veio para tornar filhos de Deus todos os homens. Louvor e Glória ao Senhor!

Evangelho do Dia ( João 1,1-18)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus.
2No princípio estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito.
4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.
6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mais veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.
10A Palavra estava no mundo — e o mundo foi feito por meio dela — mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram.
12Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.
14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade.
15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”.
16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo.
18A Deus ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.
-Palavra da salvação.
-Glória a vós, Senhor.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz e Santo Natal!

Santo do Dia- São Charbel Makhlouf



São Charbel Makhlouf São Charbel Makhlouf nasceu a 8 de maio de 1828, em BiqáKafra, aldeia montanhosa do norte, ao pé dos cedros do Líbano. Seu nome de batismo: José Zaroun Makhlouf. Com 23 anos ele toma o nome de Charbel em memória do mártir do século segundo, foge de casa e refugia-se no mosteiro de Nossa Senhora de Mayfoug, da Ordem libanesa maronita. Um ano depois, transfere-se para o mosteiro de S. Maron de Annayam, da província de Jbail, verdadeiro oásis de oração e fé, a 1300 metros de altitude. Depois de seis anos de estudos teológicos, em Klifan, é ordenado sacerdote. Exerce, então, com muita edificação, as funções do seu ministério sagrado, juntamente com toda a sorte de trabalhos manuais. Após dezesseis anos de vida ascética, Charbel obtém autorização, em 1875, para se retirar ao eremitério dos Santos Pedro e Paulo, de Annaya. Durante 23 anos (1875-1898), S. Charbel entrega-se com todas as forças da alma, à busca de Deus, na bem-aventurada e total solidão. Deus recompensa o seu fiel servidor, dando-lhe o dom de operar milagres, já em vida: afirma-se que os realizou não somente com cristãos, mas, também, com muitos muçulmanos.

No dia 16 de dezembro de 1898, em Annaya, enquanto celebrava a Santa Missa, sofreu um ataque de apoplexia; levou-o à morte, no dia 24, Vigília da Festa de Natal. Tinha 70 anos de idade.

Com o seu próprio punho, Pio XII assinou o decreto que dava início ao processo de beatificação do Padre Charbel, dizendo expressamente: "O Padre Charbel já gozava, em vida, sem o querer, da honra de o chamarem santo, pois a sua existência era verdadeiramente santificada por sacrifícios, jejuns e abstinências. Foi vida digna de ser chamada cristã e, portanto, santa. Agora, após a sua morte, ocorre este extraordinário sinal deixado por Deus: seu corpo transpira sangue, sempre que se lhe toca, e todos os que, doentes, tocarem com um pedaço de pano suas vestes constantemente úmidas de sangue, alcançam alívio em suas doenças e não poucos até se veem curados. Glória ao Pai que coroou os combates dos santos. Glória ao Filho que deixou esse poder em suas relíquias. Glória ao Espírito Santo que repousa, com suas luzes, sobre seus restos mortais para fazer nascer consolações em todas as espécies de tristezas".

No segundo domingo de outubro de 1977, dia 9, o Santo Padre Paulo VI canonizou solenemente, na Basílica de São Pedro, em Roma, o bem-aventurado Charbel Makhlouf, monge eremita libanês. Foi a primeira canonização, realizada pelo Papa, de um membro da Igreja do Rito Oriental, desde que o Vaticano traçara, há quatro séculos, nova orientação para as canonizações. Antes da canonização atual, os santos maronitas eram proclamados pelo Patriarca da Igreja maronita.


São Charbel Makhlouf, rogai por nós!

Salmo de Hoje ( 95 )

Sábado, 24 de Dezembro de 2011
Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo (Missa da Noite)


— Hoje nasceu para nós o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
— Hoje nasceu para nós o Salvador, que é Cristo, o Senhor.

  1-Cantai ao Senhor Deus um canto novo,/ cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!/ Cantai e bendizei seu santo nome! R
  2-Dia após dia anunciai sua salvação,/ manifestai a sua glória entre as nações,/ e entre os povos do universo seus prodígios! R
  3O céu se rejubile e exulte a terra,/ aplauda o mar com o que vive em suas águas;/ os campos com seus frutos rejubilem/ e exultem as florestas e as matas. R
  4-Na presença do Senhor, pois ele vem,/ porque vem para julgar a terra inteira./ Governará o mundo com justiça,/ e os povos julgará com lealdade.R

Compreendendo e Refletindo

O nascimento de Jesus demonstra Sua divindade. Anjos disseram a Maria (cf. Lucas 1,26-38) e a José (cf. Mateus 1,18-23) que seu “Filho do Altíssimo” era mais do que apenas um filho, antes, Ele seria o Filho unigênito de Deus (cf. João 3,16), chamado apropriadamente “Emanuel”, ou seja, “Deus conosco” (cf. Isaías 7,14; João 1,14). Jesus reinaria sobre a casa de Jacó reconstruída (cf. Lucas 1,33; Atos 15,16-18). E que Ele receberia quem quer que O temesse e fizesse o que é reto (cf. Atos 10,35), essa casa consistiria de judeus e de gentios. Ele concederia a todos os Seus cidadãos uma igualdade e comunhão que o mundo jamais tinha conhecido (cf. Gálatas 3,28), pois Ele seria Boa Nova “para todo o povo” (cf. Lucas 2,10). Jesus não reinaria como um tirano, mas como Salvador. Ele salvaria “seu povo dos pecados deles” (cf. Mateus 1,21), trazendo a eles a maior paz de todas: a paz com Deus (cf. Romanos 5,1). Ele salvaria, não subjugaria.O modo de Seu nascimento também revela como Cristo é inigualável. A maioria dos reis nascem no luxo e na riqueza. Porém, não este Rei. Suas faixas não foram de fina púrpura nem Seu berço de ouro. Em vez disso, uma manjedoura serviu como cama. Esse Rei humilde fez uma entrada quieta e não pretensiosa para aquelas pessoas de humildade incomum que seriam Seus cidadãos.  
Os anjos não anunciaram o nascimento de Cristo aos poderosos e influentes, mas aos pastores. Eles, humildemente, vieram “apressadamente” para encontrar “a criança deitada na manjedoura”. Encontrando-O, eles glorificaram e louvaram a Deus. Para os corações que respondem, como o desses pastores, em fé confiante nas palavras de Deus, Jesus seria Rei.Esse Rei seria “para ruína como para levantamento” (cf. Lucas 2,34). Porque a maioria rejeita Sua mensagem (cf. João 1,11), eles caem enquanto outros sobem a “lugares celestiais, em Cristo Jesus” (cf. Efésios 2,6) pela obediência à Sua vontade (cf. Mateus 5,19). Até mesmo os pais do Senhor representam o tipo de cidadãos que pertenceriam ao Seu Reino: justos, amorosos, puros e obedientes.Seguindo a estrela até Herodes, homens sábios do Oriente aprenderam com o profeta Miquéias que o Messias nasceria em Belém. “Eles entraram na casa (não estábulo) e viram o menino” (não o recém-nascido) (cf. Mateus 2,11). Portanto, esses homens possivelmente viram Jesus antes de Seu segundo ano de idade, em vez de vê-Lo na manjedoura, porque Herodes informou-se com os homens sábios “quanto ao tempo em que a estrela aparecera” (2,7) e mais tarde matou crianças de dois anos para baixo (2,16). 
Até mesmo os visitantes do Oriente tipificam os cidadãos do Reino. Dispostos a fazer uma viagem longa e árdua só para vê-Lo, eles O adoraram (cf. Mateus 2,11). Eles trouxeram dádivas adequadas a um rei: ouro, uma dádiva comum à realeza (cf. I Reis 10,14-22); incenso, frequentemente ligado com adoração a Deus (cf. Levítico 2,1-16) e mirra, uma especiaria tipicamente cara usada na adoração (cf. Êxodo 30,23-33), na aromaterapia (cf. Salmo 45,8) e no embalsamamento (cf. João 19,39).Seu nascimento valida Seu direito ao trono de Davi, Sua divindade, Seu domínio internacional e até a natureza de Seu Reino. Mas o que os pais, os pastores e os homens sábios demonstram é que nada menos do que corações submissos e vidas obedientes são suficientes para esse Rei que eleva corações humildes à glória no Reino dos Céus.  Ó Emanuel, Deus conosco, Ó Rei legislador, Esperança de todas as nações, desejado de todos os corações. És dos pobres maior libertador, finalmente salvar-nos vem,Senhor. Ó Deus nosso, ouve hoje nossas rogações. Vem ó Filho de Maria,vem depressa,ó luz da vida. Quanta sede de Ti,quanta espera! Louvor e Glória ao Senhor!

Evangelho do Dia ( Lucas 2,1-14)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

1Aconteceu que, naqueles dias, César Augusto publicou um decreto, ordenando o recenseamento de toda a terra.
2Esse primeiro recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria.
3Todos iam registrar-se cada um na sua cidade natal.
4Por ser da família e descendência de Davi, José subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, até a cidade de Davi, chamada Belém, na Judeia, 5para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
6Enquanto estavam em Belém, completaram-se os dias para o parto, 7e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria.
8Naquela região havia pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do seu rebanho.
9Um anjo do Senhor apareceu aos pastores, a glória do Senhor os envolveu em luz, e eles ficaram com muito medo. 10O anjo, porém, disse aos pastores: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: 11Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor. 12Isto vos servirá de sinal: Encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas e deitado numa manjedoura”.
13E, de repente, juntou-se ao anjo uma multidão da coorte celeste. Cantavam louvores a Deus, dizendo: 14“Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados”.
-Palavra da Salvação. -Glória a Vós, Senhor!