terça-feira, 31 de julho de 2018

Fascinante cena do Evangelho



Padre Geovane Saraiva*
Ver e ouvir o que está acontecendo na instauração do reino de Deus, pelo anúncio ou pregação do Evangelho, voltado para uma infinidade de pessoas ao longo dos séculos, torna-se realidade inequívoca na multiplicação dos pães. Vemos revelado o aspecto mais belo e maravilhoso dos sinais de Jesus, na sua preocupação com a criatura humana, num passado longínquo, sim, mas também nos nossos dias, igualmente. Jesus, na sua obediência à vontade do Pai, quer matar, verdadeiramente, a nossa fome, quer que nos comprometamos com a história da humanidade, num novo convívio, onde todos possam se sentar à mesma mesa, antecipando, assim, o reino dos céus.
Jesus, ao salvar, libertar e restaurar vidas, deixa claro que o reino de Deus está entre nós, respondendo ao que a humanidade ansiosamente estava a esperar. Deus mesmo é quem cumpre sua promessa: a de fazer novas todas as coisas. Quando nos deparamos com Jesus de Nazaré preocupado com a criatura humana, vemos que o mistério da encarnação se torna consequente. Ele nos ensina que nascemos para a felicidade quando partilhamos nossos dons e talentos, uns aos outros, não importando quão difícil seja a situação em que nos encontramos, como no exemplo da natureza, que não vive para si mesma, ou do sol, que também não produz claridade para si mesmo.
No jovem que carregava consigo cinco pães e dois peixes, Jesus se manifestou prodigamente, dizendo que o impossível pode se tornar possível. Essa fascinante cena do Evangelho indica-nos que, se há fome na face da terra, é evidente que não é por insuficiência de alimentos; o que falta é o dom da partilha, da generosidade e da solidariedade. A iniciativa de Jesus, ao perceber que o povo estava com fome, na sua radical compaixão, quis apontar para nós uma solução. O Evangelho nos mostra também, querendo nos sensibilizar e tirar da indiferença, que Jesus não só alimentava as pessoas na fome do espírito, mas, igualmente, na fome do corpo.
O menosprezo de uma bela igreja românica, na Sardenha, Itália, abandonada e com estrume em volta, me fez refletir na beleza e na arte abandonadas, revelando não ser mais sinal da bondade, do divino e da excelsa presença de Deus aquele templo. É o deserto do interior humano, pouco fertilizado, que faz pensar em nós, cristãos, criados para Deus e voltados aos sinais de Jesus e ao mistério. Assim sendo, como fica hoje nossa fé?
*Padre, Jornalista, Colunista e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE

O caminho à santidade não é para preguiçosos, disse o Papa a 60 mil coroinhas

Papa durante seu encontro com os coroinhas. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano, 31 Jul. 18 / 04:00 pm (ACI).- O Papa Francisco respondeu às perguntas de cinco coroinhas em um encontro com mais de 60 mil jovens, provenientes de vários países do mundo, e os encorajou a ser santos.
"O caminho à santidade não é para pessoas preguiçosas", disse o Pontífice, respondendo a uma das perguntas.
“É preciso esforço para fazer sempre o bem e nos tornarmos santos”, acrescentou, para recordar em seguida que o principal mandamento é “o amor a Deus e ao próximo”. Além disso, “não podemos fazer outra coisa senão compartilhar o dom do Seu amor com os outros”.
“A paz é Seu dom que nos transforma, para que nós, como membros do Seu corpo, possamos sentir os mesmos sentimentos de Jesus, possamos pensar como Ele pensa, amar como Ele ama”, indicou.
Ao ser perguntado pela paz, Francisco disse ainda que a busca por ela "começa com as pequenas coisas" e convidou a perguntar-se o que Jesus faria em cada situação.
Também falou sobre o serviço que realizam como coroinhas na paróquia, convidando-os a "ficar em silêncio na presença do Senhor". "Não tenham medo de pedir bons conselhos sempre que vocês se perguntarem como poder servir a Deus e às pessoas”, encorajou.
Francisco incentivou os jovens a levar o Evangelho em todos os lugares. "Procurem conhecer e amar cada vez mais o Senhor Jesus, encontrando-O na oração, na Missa, na leitura do Evangelho, no rosto dos pequenos e dos pobres. E procurem ser amigos, com gratuidade, de quem está ao seu redor, para que um raio da luz de Jesus possa chegar até ele através do coração de vocês apaixonado por Ele”.
O Pontífice destacou que “não são necessárias muitas palavras, são mais importantes os fatos, a proximidade, o serviço. Os jovens, como todos, precisam de amigos que deem o bom exemplo, que façam sem pretender, sem esperar algo em troca”.
“A fé é essencial, me faz viver. Eu diria que a fé é como o ar que respiramos. Não pensamos, a cada respiro, em quanto necessário seja o ar, mas quando falta ou não está limpo, reparamos o quanto é importante!”.
Francisco falou da fé ao responder a outra pergunta e assinalou que “Deus quer entrar em um relacionamento vital conosco; quer criar relações e nós somos chamados a fazer a mesma coisa. Não podemos acreditar em Deus e pensar que somos filhos únicos! Todos somos filhos de Deus. Somos chamados a formar a família de Deus, ou seja a Igreja, a comunidade de irmãos e irmãs em Cristo”.
Fonte; Acidigital

Bispo recorda que os casais devem estar abertos à vida

CÓRDOBA, 31 Jul. 18 / 05:00 pm (ACI).- O Bispo de Córdoba (Espanha), Dom Demétrio Fernández, recordou que a união conjugal dos esposos foi abençoada por Deus e que os casais não devem colocar impedimentos à fecundidade.
Em sua carta semanal na qual mencionou sobre os 50 anos da encíclica Humanae Vitae, Dom Demetrio Fernández explicou que "devido à natureza cíclica da fecundidade, a concepção de um novo filho não se deriva de cada ato conjugal, mas todos e cada um dos atos devem estar abertos à vida, os esposos não devem colocar nenhum impedimento".
"O mistério do homem só se ilumina à luz do mistério do Verbo Encarnado, nos recorda o Concílio Vaticano II. Também neste ponto tão profundo e delicado do amor, e do amor na sua máxima expressão corporal, como é a união sexual dos esposos, abençoada por Deus desde o princípio e elevada à categoria de sacramento por Jesus Cristo".
O Bispo de Córdoba sublinhou que "a sexualidade, onde se expressa este amor corporal dos cônjuges, não é ruim".
De fato, "é algo que saiu das mãos de Deus, portanto, é algo bom em sua origem. Certamente, o pecado perturbou tudo o que saiu das mãos de Deus, mas não destruiu nem corrompeu completamente. Esta realidade do princípio, ferida pelo pecado, foi curada pelo próprio Cristo".
Nesse sentido, incentivou a aumentar a relação com Jesus, porque "a relação com Jesus Cristo nos faz entender e ajuda a viver este aspecto tão nevrálgico da vida dos esposos".
Na encíclica Humanae Vitae, "o Papa Paulo VI faz um canto ao amor dos esposos, dizendo que deve ser um amor humano e humanizador. Ou seja, ao mesmo tempo espiritual e sensível".
O amor conjugal "não é um simples ímpeto do instinto ou do sentimento; mas é também, e principalmente, ato da vontade livre humana. É um amor que faz com que os esposos se tornem um só coração e uma só alma e alcancem juntos a sua perfeição humana”.
"É um amor total, uma forma muito especial de amizade pessoal, em que os esposos generosamente compartilham todas as coisas, sem reservas indevidas. É um amor fiel e exclusivo, até à morte. Assim o concebem, efetivamente, o esposo e a esposa no dia em que assumem livremente”.
Esse amor "pode ​​passar por momentos de provação, mas essa fidelidade é possível, nobre e meritória. Assim, vemos o exemplo de tantos esposos, hoje e sempre. É um amor fecundo, por que normalmente está destinado a continuar-se no dom dos filhos, que é o dom mais excelente do matrimônio e contribuem grandemente para o bem dos pais".
O Prelado de Córdoba assinalou que, no contexto em que esta encíclica foi publicada, “estava em plena efervescência a revolução sexual de 1968, o amor livre e sem ataduras, a expansão e a universalização da pílula anticoncepcional, a proposta do aborto livre e uma série de desafios que propõem aos cristãos uma resposta".
"Esta encíclica de Paulo VI – concluiu – ilumina com uma luz duradoura que no exercício da sexualidade humana tem seu lugar dentro do matrimônio, no qual cada ato de união sexual próprio dos esposos devem estar abertos à vida, pois tais atos para ser humanos, devem ter um significado unitivo e o significado procriador da união sexual "
Fonte: Acidigital

A liderança de Jesus

Quem busca um perfil de uma liderança perfeita, fatalmente, ou até por curiosidade, vasculha os Evangelhos para melhor conhecer o “fenômeno” da história de Jesus, um líder do povo que provocou até a mudança do calendário a partir de seu nascimento.
Crentes ou agnósticos, historiadores ou psicólogos, mestres ou doutores, todos são unânimes em apontar a pessoa humana e divina de Cristo como o maior líder que a história humana já conheceu.
Afinal, qual o segredo dessa fantástica liderança, que atravessa milênios e provoca debates, estudos, pesquisas e, principalmente, atrai adeptos aos milhões em todos os continentes e desde os primórdios do cristianismo? O que de especial nos ensina a liderança de Jesus?
A maior característica de uma liderança é sua força gravitacional, que atrai todos para si. Também repele. É um magnetismo próprio, invisível aos olhos, mas real. Da mesma forma que planetas e constelações orbitam entre si e ao redor de um sol. Isso é o que dá equilíbrio ao Universo.
Não fosse essa força de atração e retração, o caos se estabeleceria, planetas, asteroides, sóis e constelações se chocariam e a dança interplanetária, a música do universo, entraria em colapso, pois tudo não passaria de uma massa disforme, em conflito permanente. Assim seria o homem sem fé; uma massa disforme.
Seria Jesus um fenômeno da física? Se considerarmos sua origem, temos Nele o cumprimento de uma promessa: devolver à humanidade o discernimento entre as forças demoníacas e a graça de Deus. Reconciliar o humano com seu Criador.
Tratando-se de uma encarnação divina, nele se harmonizam a realidade física e espiritual, contrariando todas as leis das ciências humanas. Um Deus feito homem! “É este o homem que fazia tremer a terra e desmoronar os reinos” (Is 14, 16).
O profeta já previa sua força de atração e retração presentes na essência de sua origem sobrenatural, desde sua miraculosa concepção, por ação do Espírito. Só por isso, as leis da física entram em colapso. “Quando vejo teus céus, obra de teus dedos, a lua e as estrelas que fixaste, quem é o homem, para que nele penses, e o ser humano, para que dele te ocupes”? (Sl 8, 4). Quem somos nós para explicar o mistério da Criação, para merecer tantos privilégios?
A realidade física de Jesus, entretanto, foi passageira. Apenas 33 anos. Sua realidade espiritual, ao contrário, permanece e nos conduz, nos ensina, nos orienta através da Palavra proclamada, nada escrita por Ele, mas que nos chegou aos ouvidos graças à espetacular força de persuasão que três anos – apenas isso, três anos! – de pregações provocaram no mundo.
O mistério de sua liderança estava restrito a uma única atitude: revelar a Verdade! Outra coisa não fez Jesus, nesses três curtos anos senão dizer em alto e bom som a que veio: “Quem me vê, vê também aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em mim não fique nas trevas” (Jo 12,45-46). Ao contrário das trevas, a luz é sempre reveladora.
A cegueira espiritual é a pior das doenças do homem. A luz que a liderança espiritual de Jesus trouxe ao mundo não foi um sol de quinta grandeza, um pequeno astro como aquele que nos ilumina todos os dias, mas a quinta-essência da luminosidade plena, ou seja, a realização das promessas de Deus: O Senhor amou tanto o mundo, que deu seu Filho para salvação dos homens.
Nesta dádiva reside a plenitude da liderança de Jesus, ontem, hoje e sempre. Esta é bem definida por Ele: Eu vim para servir! Também é oportunidade oferecida a cada um de nós, se realmente desejamos seguir seu exemplo. Ou seja, quem quiser ser líder, tal como Jesus o foi, primeiro deve ser servo. Se quiser liderar, deve servir.
Fonte: Catequese Católica

Como buscar o equilíbrio das emoções diante de dias atarefados?

Como buscar o equilíbrio das emoções diante de dias atarefados?

O mundo exige respostas do corpo e da mente, desafiando o equilíbrio das emoções

Talvez, um dos maiores desafios do mundo moderno esteja em adquirirmos o equilíbrio das emoções. Absorvemos muitas informações, o tempo todo nos deparamos com desafios cada vez maiores, e a exigência por resultados é sempre mais intensa.
Tudo isso exige do corpo e da mente respostas rápidas. Como fica, então, o terreno das nossas emoções? Basta nos observarmos no trânsito, à espera do elevador – quando apertamos o botão de chamada várias vezes, como se isso fosse apressá-lo – ou em casa, quando temos algo mais sério a resolver, para avaliarmos como estamos nessa área da nossa vida.

Controle emocional

Muitos não conseguem se controlar emocionalmente. Não nos basta ser inteligentes, eficientes e práticos se não empregarmos bem todas essas qualidades. E todos esses dons passam pela prova dos sentimentos. Muitas vezes, a pessoa é ótima na área profissional, mas não consegue interagir com os colegas de trabalho, com seu cônjuge; ou não sabe equilibrar seus gastos, tem alto grau de irritabilidade, pânico diante de situações simples ou sofre de euforia por uma perspectiva de algo bom. Faz de sua vida um horror, mesmo sendo competente profissionalmente.
Jesus detinha o domínio de Sua sensibilidade, pois conviveu com o traidor d’Ele. Jesus dizia verdades aos fariseus, convivia com os pecadores e pessoas consideradas indignas pela sociedade, e até passou no meio de uma multidão que estava revoltada com Ele: “Levantaram-se e lançaram-no fora da cidade; e conduziram-no até o alto do monte sobre o qual estava construída a sua cidade, e queriam precipitá-lo dali abaixo. Ele, porém, passou por entre eles e retirou-se” (Lc 4,29-30).
O Senhor também se preocupava em ensinar os Seus. Um dia, num barco, em meio à tempestade, Jesus foi acordado por Seus apóstolos, com a seguinte frase: “Senhor, salva-nos, nós perecemos!”. Jesus perguntou: “Por que este medo, gente de pouca fé?” (Lc 8,25-26). Controlou o vento e a tempestade, e mostrou que a fé é mais importante.

Crescimento pessoal e emocional

Deus nos dá a graça, mas adquirir o equilíbrio das emoções é algo gradual, vai acontecendo na dinâmica do dia a dia, conforme isso nos vai sendo exigido nos eventos, e conta com a nossa decisão.
Antes de Jesus desempenhar Seu ministério público, houve situações em que nem Ele nem o exemplo de Seus pais demonstraram desacertos na sensibilidade. Quando menino, “Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52). Isso já aponta coerência, obediência e acerto no emocional e no todo de uma criança.
Também quando, aos doze anos, Ele se perdeu no Templo: as reações explicitadas no encontro denotam uma incrível lucidez da Sagrada Família, não exigindo resposta além do normal, nem pesadas consequências. José e Maria não entenderam o dizer de seu Filho, mas enxergaram que era algo maior do que poderiam adentrar. José nem se pronunciou, ainda que, como chefe da família, e pela tradição judaica, ele deveria intervir, ainda mais no Templo diante dos magistrados. Não o fez, pois sabia que Maria participava mais profundamente daquele mistério.
A resposta dada aos pais mostra um Jesus que não se apavorou nem o fez de propósito, pois, após a explicação d’Ele, o evangelista anota que: “lhes era submisso” (cf. Lc 2, 51). Então, como pode alguém, que é obediente, sabendo que Seus pais partiriam, ter ficado em Jerusalém por algum capricho?
Da mesma forma, Sua Mãe, Maria, agia conforme a necessidade da situação ou era prontamente solícita, mostrando uma grande capacidade emocional: “foi às pressas” (cf. Lc 1, 39), ou contemplava o mistério, ainda que não o entendesse: “guardava todas estas coisas no seu coração” (cf. Lc 2,19.51).
Para agirmos como pede a Palavra de Deus nas situações frustrantes: “Mesmo em cólera, não pequeis. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento” (cf. Ef 4, 26), nos é necessário esse equilíbrio interior, que começa na decisão de querer responder com coerência e, acima de tudo, com amor nas situações mais adversas.
É um processo, mas este se inicia quando encontramos, dentro de nós, não a força ainda, mas sim a vontade de buscar uma “zona de conforto”, mesmo em meio ao caos.
Quantas vezes nos arrependemos de ter feito algo na hora da raiva, mas, depois, verificamos que a gravidade do fato nem era tão grandiosa! Como é fácil perder a visão total dos acontecimentos quando agimos pelo impulso e isolamos o fator razão na nossa tomada de decisão!
Pense nisso! Conte “até três”, pare, olhe, esteja atento, e isso mesmo para algo bom. Em cada fato pode estar algo além do que nossa limitada imaginação esteja mostrando.
Sandro Arquejada
Missionário da Comunidade Canção Nova
www.cancaonova.com
Fonte: Catequese Católica

Nota dos bispos do Regional NE3 sobre a ADF442 – B



Bispos do Regional Nordeste 3 se manifestam contra a legalização do aborto
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) PRETENDE DECIDIR SOBRE O ABORTO
“Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).
A Presidência do Regional Nordeste 3, que reúne os Bispos dos Estados da Bahia e Sergipe, vem manifestar-se em relação ao pedido de descriminalização do aborto a ser analisado pelo STF nos dias 03 e 06 de agosto deste ano, em audiência pública para a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, a partir de pedido apresentado pelo PSOL.
O drama vivido pela mulher por causa de uma gravidez indesejada ou por circunstâncias que lhe dificultam sustentar a gravidez pode levá-la ao desespero e à dolorosa decisão de abortar. Ela deve receber a maior atenção da comunidade e dos órgãos públicos para aliviar suas dores. No entanto, é um equívoco pensar que o aborto seja a melhor solução.
A Igreja no Brasil reitera: “o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas”. E lembra que “urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil” (Cf. Nota Oficial da CNBB: “Pela vida, contra o aborto”, de 11 de abril de 2017).
Por isso, é importante implantar políticas públicas que criem formas de amparo às mulheres grávidas nas mais variadas situações de vulnerabilidade e de risco, de tal modo que cada mulher, mesmo em situações de grande fragilidade, possa dar à luz seu bebê. Esta solução protege tanto a criança, que tem seu direito à vida respeitado, quanto a mulher, que fica realizada quando consegue levar a gravidez até o fim, evitando o drama e o trauma do aborto.
O pedido da ADPF n. 442 defende a supressão de dois artigos do Código Penal aprovados em 1940 e nunca questionados quanto à sua constitucionalidade. Com efeito, eles correspondem ao Art. 5º da Constituição de 1988 e das anteriores. Por isso, uma eventual legitimação do aborto seria uma inovação legislativa de nível constitucional e o órgão competente para tal tarefa é o Congresso Nacional, composto por representantes do povo legitimamente eleitos para isso.
Além disso, sondagens de opinião realizadas por institutos universalmente reconhecidos como confiáveis atestam, de maneira constante ao longo dos anos, que a grande maioria da população brasileira repudia a legitimação do aborto. Seria antidemocrático legislar contra a vontade do povo, sem dispor de legitimidade democrática para representá-lo nessa questão.
O Brasil enfrenta o grande desafio de mais de sessenta mil homicídios por ano. Caso o Supremo Tribunal Federal, que é um dos órgãos de maior respeitabilidade do País, legitimasse a supressão de um ser humano durante a sua gestação, estaria dando um sinal de que seres humanos podem ser suprimidos quando incomodam. Esta mensagem reforçaria a atitude de adolescentes e jovens que se envolvem em atividades em conflito com a lei e que frequentemente acabam em mortes.
É estranha uma cultura que valoriza mais a proteção à vida de um filhote de tartaruga marinha e de outros animais do que de um ser humano!
Nossa civilização foi construída apostando não na morte, mas na vitória sobre a morte. A isso se dedica desde suas origens a Igreja, a isso se dedica em grande parte a Ciência e as melhores instituições buscam incrementar o processo civilizatório, protegendo especialmente os mais fracos. Por isso, o Regional NE3 da CNBB reafirma a posição firme e clara da Igreja “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, condenando, “assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil”. (Cf. Nota Oficial da CNBB: “Pela vida, contra o aborto”, de 11 de abril de 2017).
Invocamos sobre todo o povo brasileiro a proteção de Nossa Senhora Aparecida, para que abençoe a todos, especialmente as mães e os nascituros.

D. João Carlos Petrini
Bispo de Camaçari
Presidente do Regional CNBB-NE3

Sugestões de ação
1. Organizar uma vigília de oração nas paróquias, tendo como intenção a defesa da vida.
2. Esclarecer o povo a respeito deste assunto em todas as reuniões e liturgias até as datas da ADPF 442.
3. Procurar deputados e senadores de sua região para esclarecê-los sobre este problema.
Fonte: CNBB

Mês vocacional – Clero

Dom Aloísio A. Dilli
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

Estimados diocesanos. Entre os chamados meses temáticos, na Igreja católica, agosto recebe a denominação de mês vocacional. Nele somos convidados seguidamente a rezar pelas vocações, para que cresça o número dos seguidores de Jesus Cristo, a modo apostólico, como sacerdotes, como consagrados/as, junto com as vocações aos diversos serviços leigos nas Comunidades. Costumamos frisar que Deus está fazendo a sua parte: Ele continua a chamar, a conceder o dom da vocação. Afinal, qual é a nossa parte? O Documento de Aparecida, quando aborda este tema vocacional, coloca os diversos degraus desta resposta: Oração pelas vocações nas famílias e nas comunidades; os chamados/as sejam generosos para responder; a família alegre-se e estimule os vocacionados/as ao perceberem a bênção do chamado em seu lar; a comunidade apoie os convidados/as; os que já vivem esta vocação deem testemunho de vida feliz; os vocacionados/as recebam boa acolhida e adequada formação nas casas instituídas para acompanhar o processo vocacional (DAp 314-316). Eis a nossa parte, como diocesanos, que tanto sentimos a falta de sacerdotes, de religiosos/as e lideranças leigas em nossas comunidades.
Estamos na primeira semana do mês vocacional, quando dedicamos especial atenção às vocações para o clero: diáconos, presbíteros e bispos. Nossa diocese tem clero relativamente idoso e prevemos dificuldades para o atendimento de nossas comunidades, de setores pastorais, movimentos e serviços, a curto e médio prazo. Contudo, com a oração frequente pelas vocações – pois Deus não deixa de chamar – e fazendo nossa parte, como vimos acima, teremos o clero que a diocese necessita. Nossos seminaristas da Filosofia e Teologia ainda não são muitos; mas temos quatro no Seminário Propedêutico. Outros candidatos estão sendo acompanhados em suas famílias e possivelmente virão a nós, mais adiante. Há um bom espírito de retomada vocacional e nos sentimos todos corresponsáveis pelas vocações. Cada colaboração e apoio estará ajudando a formar futuros padres para atender as comunidades e os serviços da diocese. Agradecemos aos benfeitores dos Carnês ou de outras formas. O Senhor, que chama os candidatos para esta forma de vida, vos recompense. Não esqueçamos também, que nos quase dois anos de ministério na diocese, o bispo teve a graça de ordenar dois diáconos, que também já foram ordenados presbíteros; e a ordenação de um diácono permanente. Que Deus os acompanhe em sua nova missão. Que estes eventos vocacionais de nossa diocese sejam vistos como sinais de Deus, que continua a chamar, pois a missão é grande e os operários são poucos. Rezar é decisivo, mas façamos também a nossa parte, como vimos acima.
Hoje concluímos, rezando: “Jesus, Mestre divino, que chamastes os apóstolos a vos seguirem, continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens. Dai coragem às pessoas convidadas. Dai força para que vos sejam fiéis como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas, para o bem do Povo de Deus e de toda humanidade. Amém!
Fonte: CNBB

A "Lua de Sangue" é um sinal de que o fim do mundo está chegando?


Cidade do México, 27 Jul. 18 / 03:02 pm (ACI).-  A "Lua de Sangue" pelo eclipse lunar total que acontecerá hoje, que será visível em quase todo o mundo, desperta temor em alguns por seu suposto vínculo com uma profecia apocalíptica. O que há de verdade nisso?
Nesta sexta-feira, 27 de julho, acontecerá o eclipse lunar total mais longo do século. Durante uma hora e 43 minutos, a Terra bloqueará a luz do Sol em seu satélite.
A cor vermelha da Lua durante o eclipse lhe rendeu o nome de "lua de sangue".
Dr. David Diner, pesquisador da NASA, explicou ao site da agência norte-americana que, "se estivesse de pé sobre a superfície da Lua durante um eclipse lunar, veria o levantamento do sol atrás da Terra, e observaria os raios solares refratados e dispersos enquanto passam através da atmosfera em volta do nosso planeta".
“Visto da Terra, estes raios ‘preenchem’ a sombra da Terra projetada na superfície lunar, dando ao disco da Lua um tênue brilho laranja ou avermelhado”, indicou.
Mas, que relação este fenômeno natural tem com profecias bíblicas?
P. José de Jesús Aguilar, diretor de Rádio e Televisão da Arquidiocese Primaz do México, disse ao Grupo ACI que, embora a “Lua de sangue” seja “um fenômeno maravilhoso, muitas pessoas o ligam concretamente a dois textos da Bíblia”.
“O primeira é tomado de Joel, no qual diz: ‘O sol converter-se-á em trevas e a lua, em sangue, ao se aproximar o grandioso e temível dia do Senhor’. De acordo com isso, a profecia evidentemente estaria anunciando que haveria uma Lua de sangue, uma Lua vermelha antes que o Senhor venha pela segunda vez”.
Pe. Aguilar explicou que “este texto se chama apocalíptico porque se conecta com um texto do Apocalipse sobre o sexto selo, onde se diz que ‘o Sol se tornará trevas e a Lua sangue, no grande e terrível dia de Javé’”.
O sacerdote mexicano indicou que, embora nas Sagradas Escriturasse mencionem “alguns sinais da chegada do Messias, temos que recordar que Cristo nos diz, quando os apóstolos o perguntam quando vai ser o dia e a hora, que ninguém sabe, nem o Filho, somente o Pai”.
“Seguramente, Cristo não disse esta frase somente aos apóstolos, mas a todas as gerações, que estão tão preocupadas sobre quando vai ser o fim do mundo, em vez de estar preocupadas em viver o dia, o momento, o aqui e agora”.
“Como disse Cristo em outro momento, não se preocupem com o amanhã, que cada dia tem suas próprias preocupações”, acrescentou.
Pe. Aguilar incentivou a “quem puder ver este maravilhoso fenômeno, que faça isso”, mas indicou que, “mais do que estar colocando o olhar na Lua, deve-se colocar o olhar no mundo, em nós mesmos. Porque de nada serve que a Lua mude de cor, se não mudamos a cor do coração do ser humano, a cor da solidariedade, da ajuda, da atenção às crianças que estão sendo abortadas, as injustiças, a fome, as situações que estão vivendo na Venezuela e na Nicarágua”.
“O homem de Deus, em qualquer sinal, em qualquer coisa, por menor que seja, encontra a vontade de Deus, que consiste em fazer o bem, viver o bem”.
Dessa forma, assegurou, “quando chegar o último momento, o fim do mundo, se está vivendo no amor, na justiça, na verdade, não terá por que temer, porque esse momento será sua libertação”.
Fonte: Acidigital

9 dados sobre a vida de Santo Inácio de Loyola que você deve conhecer

Santo Inácio de Loyola / Crédito: Domínio público
REDAÇÃO CENTRAL, 31 Jul. 18 / 10:00 am (ACI).- Neste dia em que se celebra a festa de Santo Inácio de Loyola, este artigo apresenta alguns dados que marcaram a vida de um dos santos mais famosos da Igreja, fundador da Companhia de Jesus e criador dos exercícios espirituais.
A seguir, alguns dados que todo católico deve saber sobre a vida deste santo:
1. Foi um nobre
Iñigo de Loyola (não adotaria o nome “Inácio” até depois de seus estudos em Paris) vinha de uma família nobre e antiga do País Basco.
Dessa família, um cronista escreveria mais tarde: “Os Loyola foram uma das famílias mais desastrosas que nosso país teve que suportar, uma dessas famílias bascas que portava um escudo de armas sobre sua porta principal, para justificar melhor os erros que eram o tecido e o padrão de sua vida”.
2. Foi libertino
A situação sociopolítica no País Basco feudal do século XVI, na parte mais ocidental dos Pirineus, era extremamente violenta. Como alguns nobres da época, Inácio era conflitivo, violento e vivia uma sexualidade irresponsável.
O soldado espanhol convertido em místico pode ser o único santo com antecedentes policiais de brigas noturnas (obviamente antes de sua conversão).
3. Quase morreu em batalha
Em 1519, aos 28 anos, Inácio exigiu que seu pequeno grupo de soldados lutasse contra uma força invencível de 12 mil tropas francesas em Pamplona, Espanha. Seu valor (ou obstinação) lhe rendeu uma bala de canhão nas pernas, que destroçou uma afetou gravemente a outra.
Os valores de cavaleiro que possuía eram tão elevados que resultaram em um longo período de convalescência na casa familiar Loyola. Este período mudou sua vida, e o mundo, para sempre.
4. Converteu-se ao catolicismo lendo livros espirituais
Enquanto convalescência, leu textos sobre a vida de Cristo e dos santos e decidiu imitá-los. Uma noite, apareceu-lhe a Virgem Maria com seu Filho e, desde então, colocou-se a servir ao Rei dos céus.
Um dado curioso é que antes da invenção de marcadores, copiou passagens da vida de Cristo e dos santos: as palavras de Jesus foram inscritas em vermelho e as de sua Santíssima Mãe em azul.
5. Sua congregação ia se chamar a “Companha de Maria”
Depois de sua conversão, a Virgem apareceu a ele em até trinta ocasiões. Foram tantas que Inácio quis chamar sua nova ordem originalmente “A Companhia de Maria”.
Logo que terminou sua convalescência, foi em peregrinação ao famoso santuário da Virgem de Montserrat, onde adotou o sério propósito de dedicar-se a fazer penitência por seus pecados. Mudou suas luxuosas vestes pelos de um mendigo, consagrou-se à Virgem Santíssima e fez confissão geral de toda sua vida.
6. Tornou-se um mendigo
Inácio pensou muito sobre os “espíritos” em sua vida: os espíritos que conduzem a Deus e os espíritos nascidos do diabo. Isso o estimulou a viver de uma maneira que os historiadores chamaram seu período de peregrinação.
Durante este tempo, estava decidido a renunciar aos prazeres mundanos. Vestiu-se com um pano de saco e colocou um sapato com sola de corda.
7. Quis converter muçulmanos
Logo depois de completar os exercícios espirituais, Inácio declarou: “Deus quer que converta os muçulmanos!”. Foi até a Terra Santa em 1523, onde pregava nas ruas energicamente e evangelizava a todos os que podia.
Apesar do entusiasmo, só ficou um ano, porque a presença dos maometanos o enfurecia. Regressou para a Espanha e estudou latim, lógica, física e teologia. Também evangelizava as crianças e organizava encontros.
8. Seus companheiros foram chamados “Diabos”
Os primeiros companheiros que teve na Companhia de Jesus, fundada em 1540, foram descritos como os Sete Diabos Espanhóis, não nesse momento, mas no século XIX por um historiador inglês.
Os companheiros (na verdade eram seis e nem todos eram espanhóis) tinha se encontrado com Inácio durante seus estudos em Paris e se reuniram em Roma para tornar-se o núcleo da futura Companhia. Em menos de um século, Inácio de Francisco Xavier seriam canonizados.
9. Quando morreu, já havia milhares de jesuítas
Inácio viveu seus últimos anos em um pequeno quarto de Roma. Dali, governou a Companhia de Jesus e foi testemunho de seu crescimento: de apenas 6 jesuítas em 1541, passaram a 10 mil em 1556, ano de seu falecimento.
Os jesuítas se espalharam por toda Europa, Índia e Brasil durante esses anos.
Fonte: Acidigital

Jesus está atento a todas as nossas necessidades, ressalta Papa Francisco no Ângelus


Roma, 29 Jul. 18 / 07:52 am (ACI).- A passagem do Evangelho da multiplicação dos pães e dos peixes é um convite relembrar que Jesus, assim como vimos no Evangelho do domingo passado, não se faz cego a nenhuma das nossas necessidades. Na sua alocução antes da oração do ângelus deste domingo, ao comentar o evangelho dominical, o Papa Francisco ressaltou como o Apóstolo João mostra Jesus atento às necessidades primárias das pessoas, como a necessidade do alimento, assim como ao profundo desejo de ouvir a Palavra da salvação que ele traz.
O Santo Padre ressaltou a figura do menino que oferece o pouco alimento que tinha para Jesus. “O menino que traz os pães e o peixe é corajoso e ele também tem compaixão, os jovens são assim, e nós devemos ajudá-los”, disse o Papa em seu discurso.
"O episódio - explica Francisco - deriva de um fato concreto: as pessoas estão com fome e Jesus pede participação dos seus discípulos para que essa fome seja satisfeita. Para as multidões, Jesus não se limitou a dar pão - ele ofereceu também a sua Palavra, a sua consolação, a sua salvação e finalmente a sua vida - mas ele certamente fez isto também: ele cuidou da comida para o corpo".
"Nós, seus discípulos - acrescenta o pontífice - não podemos fingir nada. Somente ouvindo as demandas mais simples das pessoas e permanecendo ao lado delas em suas situações existenciais concretas, podemos ser ouvidos quando falamos de valores mais elevados ".
Hoje assim como naquela ocasião - sublinha o Papa Francisco - "o amor de Deus pela humanidade, faminta de pão, liberdade, justiça, paz e acima de tudo a sua graça divina, jamais diminui. Jesus continua hoje a alimentar, a tornar-se uma presença viva e consoladora, e ele faz isso através de nós. O Evangelho nos convida a ser disponíveis e laboriosos, como o menino dos 5 pães e 2 peixes”,
“Diante do grito de todo tipo de fome por tantos irmãos e irmãs em todas as partes do mundo, não podemos permanecer como espectadores desinteressados ​​e pacíficos. O anúncio de Cristo, pão da vida eterna, requer um generoso compromisso de solidariedade para com os pobres, os fracos, os últimos, os indefesos. Essa ação de proximidade e de caridade é a melhor verificação da qualidade de nossa fé", sublinhou.
Jesus não joga fora o pão com o qual saciou a multidão, recordou o Pontífice, e convidou a "que cada um de nós reflita quanta comida em casa é jogada fora”. O Santo Padre sugeriu aos presentes que falassem com seus avós que viveram o pós-guerra e exortou: “não jogue fora a refeição que pode ser doada, nunca! É uma sugestão e também um exame de consciência!". E pediu que no mundo de hoje prevaleçam "os programas dedicados ao desenvolvimento, à alimentação, à solidariedade, e não aqueles de ódio, armamentos e guerra".
No final do Ângelus, o Papa recordou que amanhã é o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas. "Esse flagelo - mais uma vez denunciou Francisco - escraviza muitos homens, mulheres e crianças com o objetivo de exploração trabalhista e sexual, do comércio de órgãos, da mendicância e da delinquência forçada, mesmo aqui em Roma! As rotas de migração também costumam ser usadas por traficantes e exploradores para recrutar novas vítimas de tráfico. É da responsabilidade de todos denunciar injustiças e se opor firmemente a este crime vergonhoso ".
O Santo Padre concluiu seu encontro com os peregrinos pedindo que não esqueçam a coragem daquele rapaz que levou a Jesus tudo que tinha para que ele fizesse o milagre e concluiu a audiência geral concedendo a todos a sua bênção apostólica.  

Fonte: Acidigital

Santo do Dia: Santo Inácio de Loyola, reconhecido tendo a alma maior que o mundo

A única ambição de santo Inácio tornou-se a aventura de salvar almas e o seu amor a Jesus

Neste dia, celebramos a memória deste santo que, em sua bula de canonização, foi reconhecido como tendo “uma alma maior que o mundo”.
Inácio nasceu em Loyola na Espanha, no ano de 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e assim como jovem valente entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar paralisado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos concluiu: “São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos fez isso, pois eu tenho também de o fazer”.
Realmente ele fez, como os santos o fizeram, e levou muitos a fazerem “tudo para a maior glória de Deus”, pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus “famosos” exercícios espirituais, e logo depois de estudar Filosofia e Teologia lançou os fundamentos da Companhia de Jesus.
A instituição de Inácio iniciada em 1534 era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contra-Reforma. Ele mesmo esclarece: “O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição da alma própria, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição da alma do próximo”.
Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura de salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o céu com 65 anos e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora “com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade”, repetia.
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

“É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou” – O Pequeno Príncipe

É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou. Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou, perder a fé em todas as orações porque em uma não foi atendido, desistir de todos os esforços porque um deles fracassou. É loucura condenar todas as amizades porque uma te traiu, descrer de todo amor porque um deles foi infiel.
É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo.
Espero que na tua caminhada não cometa essas loucuras. Lembrando que sempre há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Para todo fim um recomeço.
Trecho do livro “O Pequeno Príncipe”…

Liturgia Diária: 17ª Semana do Tempo Comum - Terça-feira

Primeira Leitura (Jr 14,17-22)
Leitura do Livro do Profeta Jeremias.
17“Derramem lágrimas meus olhos, noite e dia, sem parar, porque um grande desastre feriu a cidade, a jovem filha de meu povo, um golpe terrível e violento.
18Se eu sair ao campo, vejo cadáveres abatidos à espada; se entrar na cidade, deparo com gente consumida de fome; até os profetas e sacerdotes andam à toa pelo país”. 19Acaso terás rejeitado Judá inteiramente, ou te desgostaste deveras de Sião? Por que, então, nos feriste tanto, que não há meio de nos curarmos? Esperávamos a paz, e não veio a felicidade; contávamos com o tempo de cura, e não nos restou senão consternação. 20Reconhecemos, Senhor, a nossa impiedade, os pecados de nossos pais, porque todos pecamos contra ti. 21Mas, por teu nome, não nos faças sofrer a vergonha suprema de levar a desonra ao trono de tua glória; lembra-te, não quebres a tua aliança conosco. 22Acaso existem entre os ídolos dos povos os que podem fazer chover? Acaso podem os céus mandar-nos as águas? Não és tu o Senhor, nosso Deus, que estamos esperando? Tu realizas todas essas coisas.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje : Responsório (Sl 78)


— Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos!
— Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos!
— Não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade, pois estamos humilhados em extremo.
— Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! Por vosso nome, perdoai nossos pecados!
— Até vós chegue o gemido dos cativos: libertai com vosso braço poderoso os que foram condenados a morrer! Quanto a nós, vosso rebanho e vosso povo, celebraremos vosso nome para sempre, de geração em geração vos louvaremos.

Compreendendo e Refletindo o Evangelho

Não há lugar, no Reino de Deus, para quem não se converte de qualquer maldade, erro ou pecado

“O Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal”(Mateus 13,41).
Na explicação que Jesus nos dá sobre a parábola do joio e do trigo, Ele faz uma distinção muito clara, explicando quem é o maligno, quem é o joio e quem é o trigo. Chama-me à atenção que a colheita final é no fim dos tempos, no fim do mundo, no julgamento final, quando Deus vai enviar os seus anjos.
Os anjos são mensageiros, estão a serviço do Reino de Deus, e eles separarão os homens uns dos outros. Qual é o critério de separação? O critério é muito claro: no Reino de Deus não tem lugar para aqueles que fazem os outros pecarem e praticam o mal.
Praticar o mal e permitir maldades é tudo aquilo que se opõe ao bem e à bondade, é permitir que as atitudes maldosas sejam praticadas. Não podemos nos deter apenas às grandes maldades conhecidas, divulgadas e espalhadas por aí. Há muitas maldades, sejam elas pequenas, mas que acontecem entre nós. O nosso egoísmo, o nosso individualismo são uma maldade. Não se importar com o outro nem com sofrimento dele é uma maldade. Pensar só em si, nas suas coisas é uma maldade, e há várias espécies e categorias de maldades.
O problema é que olhamos pelo espelho do retrovisor e só enxergamos a maldade do outro. Quando olhamos o espelho pela frente, que é o espelho da vida e da graça, conhecemo-nos por dentro e vemos as rugas que estão escondidas, mas as maldades estão nos nossos pensamentos e sentimentos precisam vir para fora para serem purificadas.
Não adianta esconder as nossas maldades e apontar apenas a maldade dos outros, porque os anjos virão para recolher quem não se converteu da maldade, o joio que ficou joio e não se transformou em trigo. Os anjos virão para tirar do Reino os que praticam o mal e ainda ensinam os outros a pecar, porque, além de pecar, ainda colocam outros para fazer o que é errado.
Eu vejo muitas pessoas ensinando a fazer falcatruas, a praticar o que é incorreto, a envolver outros. A pessoa, além de fazer o que é errado, ainda ensina outros a fazer. Não há lugar no Reino de Deus para quem não se converte de qualquer maldade, erro ou pecado, sobretudo do mal de ensinar os outros a fazerem o que é errado.
Deus nos quer trigo, e somente o trigo tem lugar no Reino dos Céus, se convertido, mudado e transformado.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo: Canção Nova