quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Papa Francisco: na vida de Jesus existe um segredo

 


"Naquelas horas solitárias – na madrugada ou durante a noite - Jesus mergulha na sua intimidade com o Pai, ou seja, no Amor do qual toda a alma tem sede"

O Papa Francisco afirmou que na vida de Jesus existe um segredo, escondido aos olhos humanos, que representa o ponto essencial de tudo. Esse mistério está na oração de Jesus.

“A oração de Jesus é uma realidade misteriosa, da qual só intuímos algo, mas que permite ler toda a sua missão na justa perspetiva. Naquelas horas solitárias – na madrugada ou durante a noite – Jesus mergulha na sua intimidade com o Pai, ou seja, no Amor do qual toda a alma tem sede. É isto que sobressai dos primeiros dias do seu ministério público”, disse o Papa em sua catequese semanal (4/11/2020).

O Papa Francisco afirmou que, durante a sua vida pública, Jesus recorre constantemente ao poder da oração.

Os Evangelhos mostram-no quando se retira em lugares isolados para rezar. Trata-se de observações sóbrias e discretas, que deixam apenas imaginar aqueles diálogos orantes. Contudo, elas testemunham claramente que mesmo em momentos de maior dedicação aos pobres e aos doentes, Jesus nunca negligenciava o seu diálogo íntimo com o Pai. Quanto mais estava imerso nas necessidades do povo, tanto mais sentia a necessidade de descansar na Comunhão trinitária, de voltar para o Pai e para o Espírito.

Papa: o segredo de Jesus está em sua oração

Francisco prosseguiu:

A oração é o leme que guia a rota de Jesus. Não é o sucesso, não é o consentimento, não é aquela frase sedutora “todos te procuram”, que ditam as etapas da sua missão. É o modo menos confortável que traça o caminho de Jesus, mas que obedece à inspiração do Pai, que Jesus ouve e acolhe na sua prece solitária.

O Santo Padre afirmou que partir do exemplo de Jesus, podemos obter algumas caraterísticas da oração cristã.

1. Primeiro desejo do dia

Segundo o Papa, a oração “possui um primado”. “É o primeiro desejo do dia, algo que se pratica ao amanhecer, antes que o mundo desperte. Ela restitui uma alma àquilo que de outra forma ficaria sem respiro. Um dia vivido sem oração corre o risco de se transformar numa experiência aborrecida ou tediosa: tudo o que nos acontece poderia transformar-se para nós num destino mal suportado e cego.”

A oração é, antes de mais nada, escuta e encontro com Deus. Por conseguinte, os problemas da vida quotidiana não se tornam obstáculos, mas apelos do próprio Deus a ouvir e encontrar quantos estão à nossa frente. Assim, as provações da vida transformam-se em ocasiões para crescer na fé e na caridade. O caminho diário, incluindo as dificuldades, adquire a perspetiva de uma “vocação”. A oração tem o poder de transformar em bem o que de outra forma seria uma condenação na vida; a oração tem o poder de abrir um grande horizonte para a mente e de alargar o coração.

2. Insistência

Em segundo lugar – disse o Papa –, a oração é uma arte a praticar com insistência.

O próprio Jesus diz-nos: batei, batei, batei à porta. Todos somos capazes de orações episódicas, que nascem da emoção de um momento; mas Jesus educa-nos para outro tipo de oração: aquela que conhece uma disciplina, um exercício e é assumida no âmbito de uma regra de vida. A oração perseverante produz uma transformação progressiva, fortalece em tempos de tribulação, concede a graça de ser amparados por Aquele que nos ama e nos protege sempre.

3. Solidão

Outra caraterística da oração de Jesus, segundo o Papa Francisco, é a solidão.

Quem reza não foge do mundo, mas prefere lugares desertos. Ali, no silêncio, podem surgir muitas vozes que escondemos no íntimo: os desejos mais afastados, as verdades que nos obstinamos a sufocar e assim por diante. E, acima de tudo, Deus fala no silêncio. Cada pessoa precisa de um espaço para si, onde cultivar a sua vida interior, onde as ações têm sentido. Sem vida interior tornamo-nos superficiais, agitados, ansiosos – a ansiedade faz-nos muito mal! Por isso devemos rezar; sem vida interior fugimos da realidade e também fugimos de nós mesmos, somos homens e mulheres sempre em fuga.

4. Tudo vem de Deus e retorna a Ele

Por fim – afirmou o Papa Francisco –, a oração de Jesus é o lugar onde percebemos que tudo vem de Deus e para Ele volta.

Por vezes, nós seres humanos acreditamos que somos senhores de tudo ou, caso contrário, perdemos toda a autoestima, vamos de um lado para o outro. A oração ajuda-nos a encontrar a correta dimensão na relação com Deus, nosso Pai, e com toda a criação. Por fim, a oração de Jesus consiste em entregar-se nas mãos do Pai, como Jesus no jardim das oliveiras, naquela angústia: “Pai se for possível… mas seja feita a tua vontade”. O abandono nas mãos do Pai. É bom quando estamos agitados, um pouco preocupados e o Espírito Santo nos transforma a partir de dentro e nos leva a este abandono nas mãos do Pai: “Pai, seja feita a tua vontade”.


Fonte  : Aleteia

Papa Francisco sugere aprender de Jesus Cristo mestre de oração

 

Papa Francisco na Audiência Geral. Foto: Vatican Media

Santo do Dia : São Carlos Borromeu


Carlos, o segundo filho de Gilberto, nasceu em 2 de outubro de 1538. Menino ainda, revelou ótimo talento e uma inteligência rara. Ao lado dessas qualidades, manifestou forte inclinação para a vida religiosa, pela piedade e o temor a Deus. Ainda criança, era seu prazer construir altares minúsculos, diante dos quais, em presença dos irmãos e companheiros de idade, imitava as funções sacerdotais que tinha observado na Igreja. O amor à oração e o aborrecimento aos divertimentos profanos, eram sinais mais positivos da vocação sacerdotal.

O ano de 1562 veio a Carlos com a graça do sacerdócio. No silêncio da meditação, lançou Carlos planos grandiosos para a reorganização da Igreja Católica. Esses todos se concentraram na ideia de concluir o Concílio de Trento. De fato, era o que a Igreja mais necessitava, como base e fundamento da renovação e consolidação da vida religiosa. Carlos, sem cessar, chamava a atenção do seu tio (que era Cardeal e foi eleito Papa, com o nome de Pio IV) para essa necessidade, reclamada por todos os amigos da Igreja. De fato, o Concílio se realizou, e Carlos quis ser o primeiro a executar as ordens da nova lei, ainda que, por essa obediência, tivesse de deixar sua posição para ocupar outra inferior.

Carlos sabia muito bem que a caridade abre os corações também à religião. Por isso, grande parte de sua receita pertencia aos pobres, reservando para si só o indispensável. Heranças ou rendimentos que lhe vinham dos bens de família, distribuía-os entre os desvalidos. Tudo isso não aguenta comparação com as obras de caridade que o Arcebispo praticou. Quando em 1569-1570, a fome e uma epidemia, semelhante à peste, invadiram a cidade de Milão, não tendo mais o que dar, pedia ele próprio esmolas para os pobres e abria assim fontes de auxílio que teriam ficado fechadas.

Quando, porém, em 1576, a cidade foi atingida pela peste e o povo abandonado pelos poderes públicos, visto que ninguém se compadecia do povo, ainda procurava os pobres doentes dos quais ninguém lembrava, consolava-os e dava-lhes os santos sacramentos. Tendo-se esgotado todas as fontes de recurso, Carlos lançou mão de tudo o que possuía para amenizar a triste sorte dos doentes. Mais de cem sacerdotes tinham pago com a vida, na sua dedicação e serviço aos doentes. Deus conservava a vida do Arcebispo e esse se aproveitou da ocasião para dizer duras verdades aos ímpios e ricos esquecidos de Deus.

Gregório XIII não só rejeitou as acusações infundados feitas ao Arcebispo, como também recebeu Carlos Borromeu em Roma, com as mais altas distinções. Em resposta a esse gesto do Papa, o governador de Milão, organizou no primeiro domingo da Quaresma de 1579, um indigno préstito carnavalesco pelas ruas de Milão, precisamente à hora da missa celebrada pelo Arcebispo. O mesmo governador, que tanta guerra ao Prelado movera e tantas hostilidades contra São Carlos estimulara, no leito de morte, reconheceu o erro e teve o consolo da assistência do santo Bispo na hora da agonia. Seu sucessor, Carlos de Aragão, duque de Terra Nova, viveu sempre em paz com a autoridade eclesiástica. O Arcebispo gozou desse período só dois anos.

Quando em outubro de 1584, como era de costume, se retirara para fazer os exercícios espirituais, teve fortes acessos de febre, aos quais não deu importância e dizia: “Um bom pastor de almas deve saber suportar três febres, antes de se meter na cama”. Os acessos renovaram-se e consumiram as forças do Arcebispo. Ao receber os santos sacramentos, expirou aos 03 de novembro de 1584. Suas últimas palavras foram: “Eis Senhor, eu venho, vou já”. São Carlos Borromeu tinha alcançado a idade de 46 anos.

O Papa Paulo V canonizou-o em 1610 e fixou-lhe a festa para o dia 04 de novembro.

São Carlos Borromeu, rogai por nós!


Liturgia Diária : 31ª Semana do Tempo Comum | Quarta-feira

 Primeira Leitura (Fl 2,12-18)

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses.

12Meus queridos, como sempre fostes obedientes, não só em minha presença, mas ainda mais agora na minha ausência, trabalhai para a vossa salvação, com temor e tremor. 13Pois é Deus que realiza em vós tanto o querer como o fazer, conforme o seu desígnio benevolente.

14Fazei tudo sem reclamar ou murmurar, 15para que sejais livres de repreensão e ambiguidade, filhos de Deus sem defeito, no meio desta geração depravada e pervertida, na qual brilhais como os astros no universo.

16Conservai com firmeza a palavra da vida. Assim, no dia de Cristo, terei a glória de não ter corrido em vão, nem trabalhado inutilmente. 17E ainda que eu seja oferecido em libação, no sacrifício que é o sagrado serviço de vossa fé, fico feliz e alegro-me com todos vós. 18Vós também, alegrai-vos pelo mesmo motivo e congratulai-vos comigo.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 26)

— O Senhor é minha luz e salvação!

— O Senhor é minha luz e salvação!

— O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?

— Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo.

— Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!


Evangelho (Lc 14,25-33)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas. 

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.

28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’

31Ou ainda: Qual rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Compreendendo e Refletindo


As palavras do Mestre Jesus parecem ser muito duras para a nossa vida, porque, se alguém quer vir a Ele mas não desapega do pai, da mãe, da família, daquilo que possui, não pode ser Seu discípulo.

O discípulo não pode ser apegado a nada, o discípulo tem que ter amor e cuidado, porque o apego é uma coisa doentia, mantém a pessoa friccionada naquilo em que ela se pegou e não solta para nada. Preciso dizer que nada do que temos será sempre nosso.

Pais, vocês têm que amar muito os filhos, é até redundante dizer isso porque não posso imaginar pais que não amem seus filhos. Você não pode ser apegado a eles, os seus filhos crescerão, eles têm que ser formados para que sirvam a vida, para que formem, muitas vezes, a família para a qual são chamados a formarem ou seguirem uma vocação sacerdotal, religiosa, missionária… Mas, muitas vezes, um jovem não consegue ser inteiro para formar uma família, porque ou é excessivamente apegado aos seus pais ou os pais não vivem sem ele. De qualquer forma, viveremos uns sem os outros um dia na vida.

O amor a Jesus nos dá as verdadeiras ferramentas para que cuidemos dos nossos

Então, podemos e devemos amar muito as pessoas que Deus colocou em nossa vida. Mas cuidado! Porque existem amores pegajosos e excessivos e a pessoa não consegue se deslocar. Marido e mulher têm que se amarem e serem um do outro como se comprometeram por toda vida, mas vai chegar um dia que um vai ter que partir, vai deixar e a sua vida tem que continuar.

Quem ama na medida certa ama sempre, ama com todo cuidado e com tudo aquilo que são as exigências do amor, mas quem coloca o apego acima do amor, esse sofre e faz os outros sofrerem, gera, inclusive dentro de si, muitas patologias que são preocupantes para o relacionamento sadio, que é necessário se ter em toda e qualquer esfera da vida humana, nas amizades, na relação que precisa ter entre pais e filhos, entre marido e mulher. Enfim, para ser discípulo de Jesus é preciso amá-Lo acima de qualquer coisa, temos que nos desapegar daquilo que nos mantém presos a este mundo.

Não se preocupe porque o amor a Jesus nos ensina a amar os nossos, o amor a Jesus nos dá as verdadeiras ferramentas para que cuidemos dos nossos. Não tenha medo de amar a Deus sobre todas as coisas, pois o nosso medo é viver os excessos, os apegos e não amarmos a Deus para amarmos os nossos como precisam ser amados.


Deus abençoe você!  


Padre Roger Araújo- Canção Nova

terça-feira, 3 de novembro de 2020

IGREJA NO BRASIL REALIZA A CAMPANHA “É TEMPO DE CUIDAR DA EVANGELIZAÇÃO 2020”, EM TODO O MÊS DE NOVEMBRO

 


Imagem destaque

Neste 3 de novembro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança a campanha: É Tempo de Cuidar da Evangelização 2020, uma campanha da Igreja no Brasil. O período de realização será em todo o mês de novembro, tendo na solenidade de Cristo Rei, dia 22, seu momento forte com a realização do grande gesto concreto: a Coleta do Bem. O lema da campanha é: “Somos Igreja: cuidamos da vida, cuidamos do anúncio da Palavra e cuidamos dos pobres”. A campanha é motivada pelo versículo bíblico: “Conheceis a generosidade de Cristo.” (2 Cor 8,9).

O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, informa que no desejo de equilibrar a partilha corresponsável e a realidade de cada pessoa, família e comunidade, as duas coletas, da Solidariedade e da Evangelização, foram esse ano integradas em uma única, tendo sido abertos caminhos para que a oferta seja feita sem risco de contaminação.

“A generosidade é uma característica do cristão. Quem ama partilha. E não partilha apenas do que sobra. Partilha do pouco que tem. Partilha para o bem dos mais pobres e para a ação evangelizadora. As coletas anuais existem como forma dessa partilha e nem um momento tão complexo como o atual, pode cercear a bondade do coração. Sejamos, portanto, generosos, não deixando que um vírus tão violento como esse que aí está nos amedronte e restrinja nossa generosidade. Conhecemos a generosidade de Cristo (2 Cor 8,9). Esforcemo-nos por ter em nós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus (Filip 2,5)”, disse.

A campanha tem três grandes objetivos: Mobilizar a comunidade, os homens e mulheres de boa vontade, a redescobrir a generosidade do amor de Cristo e revelá-la ao mundo por meio do gesto concreto de caridade e solidariedade, essência da identidade cristã; Renovar a corresponsabilidade dos cristãos católicos, fomentando a consciência sobre sua participação, como exigência da graça batismal, na obra e ação evangelizadora da Igreja no Brasil e na sustentação de suas atividades pastorais; e Mobilizar os cristãos católicos para contribuírem no gesto concreto da campanha, a Coleta do Bem.

De acordo com o secretário-executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, a campanha É Tempo de Cuidar da Evangelização é uma oportunidade singular para que todos conheçam as ações de solidariedade e do anúncio do Evangelho na Igreja no Brasil.

“Conhecer e participar! Eis o chamado que os bispos do Brasil nos fazem neste momento. Espero que esta campanha nos ajude a despertar o coração solidário. Um despertar capaz de envolver-se diretamente por meio da doação de recursos financeiros tão necessários à ação evangelizadora da Igreja católica no Brasil. Não somente contribuir, mas principalmente conhecer e acompanhar aquilo que a Igreja no Brasil vem realizando em cada uma de suas 278 circunscrições eclesiásticas”, afirmou.

Em 2020, a pandemia do novo Coronavírus provocou grande impacto na vida de todo mundo, incluindo a vida da Igreja. A nova realidade impôs à Igreja no Brasil e no mundo não apenas a necessidade de, observando as exigências médico-sanitárias, repensar a forma de realização das celebrações mas, também, o seu calendário de campanhas, coletas e eventos.

Coleta do Bem

Em um ano com condições normais, a CNBB realizaria a Coleta da Solidariedade, como o gesto da Campanha da Fraternidade, no Domingo de Ramos, destinada a apoiar iniciativas e projetos comunitários e solidários e de geração de renda e alternativas em todo o Brasil. E também realizaria, no terceiro domingo do advento, a Coleta para a Evangelização, cujo objetivo é despertar os católicos para o compromisso com a obra evangelizadora da Igreja no Brasil e para a corresponsabilidade na sustentação de sua pastoral. Foi neste contexto, que o Conselho Permanente da CNBB amadureceu a ideia de realizar, neste ano, apenas uma coleta para unificar estas duas coletas: a Coleta do Bem, a ser realizada durante todo o mês de novembro.

“Somos convidados a participar ativamente sobretudo nestes tempos de pandemia onde somos desafiados a viver a solidariedade como compromisso de amor e  do cuidado. É alargar o coração, cuidar de quem precisa e contribuir a fim de que, por meio de nossa corresponsabilidade e testemunho de vida fraterna, sejamos sinais do Reino de Deus hoje”, motivou o secretário-executivo de Campanhas da CNBB.

Como e onde se manter informado sobre a campanha:

Para informar-se sobre as ações e produtos da campanha É Tempo de Cuidar da Evangelização é necessário acessar o site campanhas.cnbb.org.br. Nesta página, a campanha vai disponibilizar, semanalmente, vídeos e cards para redes sociais, VTs para as tvs de inspiração católica do Brasil e spots e podcasts para a Rede Católica de Rádios (RCR).

Também serão disponibilizados cards para redes sociais e podcasts. No espaço de “downloads” da página da campanha, é possível baixar o texto-base, bem como três modelos de cartaz baseados no tema da campanha: “Somos Igreja: cuidamos da vida, cuidados do anúncio da Palavra, cuidamos dos pobres”. A Pascom Brasil (Pastoral da Comunicação) será uma grande animadora e mobilizadora desta campanha na Igreja no Brasil.

Formas de doação

Quem desejar doar à Coleta do Bem poderá fazê-lo de duas maneiras. Por meio da oferta nas missas e celebrações realizadas durante os dias 21 e 22 de novembro, quando a Igreja celebra a Solenidade de Cristo Rei. A doação também poderá ser feita de forma simplificada e digital, por meio do site doe.cnbb.org.br. 

1º vídeo da campanha: Igreja no Brasil, na tempestade remando com fé, esperança e caridade!

Este primeiro vídeo da campanha, com 4 minutos de duração, explica os impactos provocados pela pandemia do novo Coronavírus no mundo, na Igreja Católica e em seu trabalho de Evangelização no Brasil. O documentário demonstra que, mesmo num contexto de dificuldade, a Igreja no Brasil não deixou de cuidar da vida, dos pobres e da Evangelização e anuncia a realização da campanha e da Coleta do Bem. O vídeo reforça o lema da campanha: “Somos Igreja: cuidamos da vida, do anúncio da Palavra e dos pobres”.


Fonte: CNBB


 

Em que “vestes” o Senhor nos encontrará no dia do nosso encontro com Ele?


Photocreo | Depositphotos

Quando o encontro com o Senhor vier para todos nós, em que “vestes” ele nos encontrará? A questão é ainda mais séria tendo em conta que é impossível saber quando chegará

Em que roupas o Senhor nos encontrará? É evidente que os discípulos gostavam de discutir esse assunto com Jesus. Porém, por mais discípulos de Jesus que fossem, Jesus não deu à eles nenhum privilégio sobre algum conhecimento especial da hora final, do dia do “Retorno”: nenhuma informação sobre isso! Em vez disso, ele compartilhou uma bela lição com todos nós, que estamos igualmente preocupados. De fato, Jesus sugere que estejamos prontos para servir, “com roupa bem ajustada e luz acesa”. Esta “roupa bem ajustada” (literalmente, “os lombos justos”), é na verdade a vestimenta pascal usada pelos hebreus (Ex 12,11) no momento de sua partida do Egito. As roupas de um povo pronto para partir, libertado da escravidão humana, ainda vivo no mundo, mas já voltado para o Senhor. É uma vestimenta pascal, quase uma vestimenta litúrgica, batismal: vestes brancas e vela pascal (como a “luz acesa” que representa a esperança) é precisamente a vestimenta da Igreja que aguarda a volta do seu Senhor. Por que o retorno? Pois porque se casou, está junto com o seu Pai e está comemorando.

Estejam prontos para o serviço

Jesus evoca um tempo da Igreja, após a sua ressurreição e ascensão, em que os verdadeiros discípulos que reconheceram a sua vinda e se alegraram pela Salvação, já vivem à espera do seu regresso. Somente, para que possamos compartilhar esta festa, é melhor que ele nos encontre atentos.

Os servos atenciosos foram declarados “bem-aventurados” por Jesus. O importante nesta história da volta do mestre não é o medo ou a angústia de ser surpreendido por uma hora pérfida, como se Deus tivesse escondido esse momento para nos apanhar desprevenidos! Não, o importante é a felicidade do retorno, que permaneçamos “atentos no amor”, de acordo com a bela expressão de Isabel de la Trinidad. À meia-noite ou de manhã cedo, não há tempo muito tarde para um coração amoroso que está esperando o ser amado.

De fato, Jesus Cristo disse aos seus discípulos: “Mantenham-se preparados, com as roupas bem justas e a luz acesa. Atuem como servos esperando que seu senhor volte de um banquete de casamento, para abrir a porta para ele assim que ele chegar e bater. Bem-aventurados os servos que seu senhor encontra enquanto aguardam sua chegada. Acreditem em mim que ele ajeitará suas roupas, fará com que os servos se sentem à mesa, e ele mesmo os servirá. Sim, bem-aventurados os servos que seu senhor encontra prontos, mesmo que cheguem à meia-noite ou de manhã cedo. Mas entendam isto: se o proprietário de uma casa soubesse a que horas o ladrão vai chegar, ele estaria vigilante para não deixá-lo forçar a entrada. Da mesma forma, os senhores devem estar preparados, porque o Filho do homem virá quando os senhores menos o esperem”.

Irmão Dominique-Marie Dauzet

Fonte: Aleteia

Como desfazer-se adequadamente de objetos abençoados que estão quebrados?

 

Terço/ Crédito: Diocese de Saginaw

Santo do Dia : São Martinho de Lima

 

Com alegria, celebramos a santidade de vida de um santo do nosso chão latino-americano. São Martinho nasceu no Peru, em 1579, filho de um conquistador espanhol com uma mulata panamenha.

Grande parte da sociedade de Lima não diferenciava tanto da nossa atual, pois sustentava a hipócrita postura do preconceito racial, por isso Martinho sofreu humilhações, por causa de sua pele escura.

Aconteceu que São Martinho não foi reconhecido portador de sangue nobre, e nem precisava, porque educado de forma cristã pela mãe, descobriu com a vida que o “aspecto mais sublime da dignidade humana está na vocação do homem à comunhão com Deus” (Catecismo da Igreja Católica).

Com idade suficiente, São Martinho, homem cheio do Espírito Santo e de obras no amor, conseguia servir a Cristo no próximo, primeiramente pela suas diversas profissões (barbeiro, dentista, ajudante de médico), e mais tarde amou Deus no outro e o outro em Deus, como irmão da Ordem Dominicana. Mendigo por amor aos mendigos, São Martinho de Porres, ou de Lima, destacou-se dentre tantos pela sua luta contra o Tentador e a tentação, além da humildade, piedade e caridade. Sendo assim, Deus pôde munir Martinho com muitos Carismas, como o de cura e milagres, sem que estes o orgulhasse e o impedisse de ir para o Céu, onde entrou em 1639.

São Martinho de Lima, rogai por nós!

Liturgia Diária : 31ª Semana do Tempo Comum | Terça-feira

 Primeira Leitura (Fl 2,5-11)


Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses.

Irmãos, 5tende entre vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus. 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor” para a glória de Deus Pai.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 21)


— Ó Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembleia!

— Ó Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembleia!

— Cumpro meus votos ante aqueles que vos temem! Vossos pobres vão comer e saciar-se, e os que procuram o Senhor o louvarão; seus corações tenham a vida para sempre!”

— Lembrem-se disso os confins de toda a terra, para que voltem ao Senhor e se convertam, e se prostrem, adorando, diante dele todos os povos e as famílias das nações. Pois ao Senhor é que pertence a realeza; ele domina sobre todas as nações. Somente a ele adorarão os poderosos.

— Toda a minha descendência há de servi-lo; às futuras gerações anunciará, o poder e a justiça do Senhor; ao povo novo que há de vir, ela dirá: “Eis a obra que o Senhor realizou!”


Evangelho (Lc 14,15-24)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas. 

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 15um homem que estava à mesa disse a Jesus: “Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!” 16Jesus respondeu: “Um homem deu um grande banquete e convidou muitas pessoas. 17Na hora do banquete, mandou seu empregado dizer aos convidados: ‘Vinde, pois tudo está pronto’.

18Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: ‘Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 19Um outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-las. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 20Um terceiro disse: ‘Acabo de me casar e, por isso, não posso ir’.

21O empregado voltou e contou tudo ao patrão. Então o dono da casa ficou muito zangado e disse ao empregado: ‘Sai depressa pelas praças e ruas da cidade. Traze para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos’.

22O empregado disse: ‘Senhor, o que tu mandaste fazer foi feito, e ainda há lugar’. 23O patrão disse ao empregado: ‘Sai pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a virem aqui, para que minha casa fique cheia’. 24Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Compreendendo e Refletindo


A parábola que nos é relatada no dia de hoje nos traz a feliz bem-aventurança daquele que come o pão no Reino de Deus. É a parábola do pai que prepara um grande banquete e convida todos para que venham. Ele convida aqueles que estão mais próximos, para que participem do seu banquete, mas – e aqui há algo muito importante – na hora que o empregado vai chamar os convidados porque a mesa já está pronta, o banquete já está colocado, um começa a dar desculpa: “Tenho um campo, tenho uma coisa para resolver”, o outro traz outra desculpa, e cada um vai trazendo uma desculpa ou uma resposta para não se comprometer, para não se fazer presente.

Fico imaginando como é triste para o pai, para aquele que preparou um banquete, para aquele que preparou uma festa e convidou cada uma das pessoas, mas elas simplesmente não tiveram consideração. O que faltou aqui, na verdade, foi consideração. As desculpas nós inventamos muitas vezes, fantasiamos coisas, criamos e até mentimos, para darmos desculpas quando não queremos nos comprometer com alguma coisa.

Sinceridade é uma virtude para poucos, é muito mais fácil as pessoas ficarem enrolando, inventando, desculpando-se, do que dizer “Não posso”; “É porque não quero ir”.

O banquete está posto, só não podemos nos comportar com indiferença para com as coisas do Senhor

Muitas vezes, estamos assim no Reino de Deus também, por isso o Reino é tirado de nós e é dado para outros que, prontamente, respondem ao chamado, os largados, aos que, muitas vezes, não damos importância nem ligamos para eles.

É claro que Deus liga para todos, é claro que Ele chama a todos, é claro que o banquete é preparado para todos. Nós, no entanto, somos, muitas vezes, os primeiros chamados, mas somos aqueles que respondem com indiferença ou pouco-caso.

Não sejamos indiferentes com ninguém nem façamos pouco-caso com quem dá importância para nós; sobretudo, não sejamos indiferentes para com Deus. O banquete está aí, a Eucaristia está aí para ser adorada e amada. A Eucaristia está aí para ser o banquete da vida para todos nós.

Não façamos pouco-caso com o Corpo e o Sangue do Senhor, não façamos pouco-caso com o Pão da Palavra que sacia a nossa vida. Muitas vezes, deixamos a Bíblia, a Palavra de Deus, o Pão da Palavra que nos alimenta de escanteio, de lado.

O banquete está posto, só não podemos ter desculpas nem nos comportarmos com indiferença para com as coisas do Senhor.

Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo- Canção Nova