sábado, 13 de fevereiro de 2021

Quarta-feira de Cinzas 2021: Vaticano indica como distribuir cinzas sem infectar por Covid-19

Papa Francisco recebe a cinza em uma imagem de arquivo. Foto: Vatican Media


 Vaticano, 12 jan. 21 / 03:10 pm (ACI).- A Santa Sé divulgou uma nota com instruções sobre como serão impostas as cinzas na próxima Quarta-feira de Cinzas, 17 de fevereiro, para garantir a segurança dos fiéis e dos sacerdotes diante da pandemia do coronavírus.

A nota, elaborada pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos e assinada nesta terça-feira, 12 de janeiro, pelo Cardeal Robert Sarah, prefeito do dicastério, estabelece que “feita  a  oração  de  bênção  das  cinzas  e  depois  de  as  ter  aspergido  com  água benta  sem  dizer  nada,  o  sacerdote,  voltado  para  os  presentes,  diz  uma  só vez  para todos a fórmula que se encontra no Missal Romano: ‘Convertei-vos  e  acreditai  no Evangelho’, ou ‘Lembra-te que és pó da terra e à terra voltarás’”

Em seguida, “o sacerdote lava as mãos, coloca a máscara protegendo o nariz e a boca, e impõe as cinzas a todos os presentes que se aproximam dele, ou, se for mais conveniente, aproxima-se ele do lugar daqueles que estão de pé. O sacerdote pega nas cinzas e deixa-as cair sobre a cabeça de cada um, sem dizer nada”.

Fonte: Acidigital

O holocausto e o “vigiai e orai”

 

FILIPPO MONTEFORTE / AFP



Vitor Roberto Pugliesi Marques - publicado em 12/02/21

As realidades da vida, de um modo geral, não acontecem de modo espalhafatoso; pelo contrário, nota-se que é de modo gradativo que vão acontecendo

Há alguns meses, um amigo emprestou-me um livro dentro da temática da segunda guerra mundial e do holocausto. Trata-se do livro “Maus”, um graphic novel (estilo de livro composto de bandas desenhadas) do cartunista norte-americano Art Spiegelman, escrito entre os anos de 1980 e 1991. 

No livro, o autor irá contar a história de seu pai, que foi um judeu polonês sobrevivente do holocausto. Para tanto, a composição seguiu um estilo metafórico, representando judeus como ratos, alemães como gatos e poloneses como porcos, mostrando a criatividade e o estilo pós-moderno únicos do autor. Por essa peculiaridade na composição, em 1992, o livro tornou-se o primeiro graphic novel a ganhar o prêmio Pulitzer, que é um respeitado prêmio norte-americano dado a trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e composição musical. 

Sendo a temática já bastante trabalhada nos séculos XX e XXI, algo inovador foi o escrito trazer a cotidianidade da época. Percebe-se com clareza que os valores antissemitas nazifascistas não foram anunciados de forma retumbante aos quatro ventos, mas foram sendo incorporados, de modo gradativo e homeopático, na população. Iniciou-se por uma perseguição periférica e modesta, evoluiu-se para a reclusão da população perseguida em guetos para que, em um segundo momento, viessem os campos de concentração. Assim, quando se percebeu, havia uma guerra instaurada e um programa altamente especializado e capilarizado de perseguição às populações “não arianas” da Europa, com especial destaque à população judaica. Esse dado histórico nos permite ilustrar um dos ensinamentos deixados por Nosso Senhor: o vigiai e orai.

Três paralelos

Quando vivenciou a suprema angústia, antes da crucificação, no jardim do Getsêmani, Nosso Senhor Jesus colocou-se em atitude de oração com uma tristeza verdadeiramente mortal (cf. Mt 26,38). Neste momento, exortou seus discípulos a manter vigia enquanto orava; todavia, em seu retorno, flagrou-os dormindo, oportunidade que usou para ensinar: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26,41). Ele estava falando sobre todos os acontecimentos que viriam a ocorrer com Ele. Seus discípulos já o acompanhavam há alguns anos e já tinham sido instruídos quanto à Boa Nova do Reino, mas o Mestre sabia que, diante dos acontecimentos vindouros, era preciso não deixar a fé se esvair e não deixar que a alma fosse tomada pela tentação. Com esse acontecimento cabal da vida de Jesus, ao menos três paralelos podem ser feitos com o que ocorreu no holocausto.

O primeiro ponto é o de que as realidades da vida, de um modo geral, não acontecem de modo espalhafatoso; pelo contrário, nota-se que é de modo gradativo que vão acontecendo. Um grande médico, advogado ou escritor não se fazem do dia para a noite, mas são fruto de uma rotina de dedicação e trabalho. Do mesmo modo, nossos vícios e paixões desordenados vão se instalando de modo devagar, e é preciso que percebamos seus “sinais” para trabalharmos contra eles, pois caso se tornem uma guerra em curso o processo de reversão certamente será muito mais doloroso e traumático. Os cristãos devem guardar o zelo pelas coisas de Deus a todo momento e não devem se deixarem tomar pelo “sono” diante fé. 

O segundo ponto é a preparação que temos de ter para os momentos difíceis da vida. Todo ser humano vai passar por situações que lhe causarão tristeza e angustia, seja, por exemplo, diante da morte inesperada de alguém ou seja por uma enfermidade que não aguardava. Para esses momentos temos de ter em nosso coração a fé pulsante no Deus Vivo, o qual nunca nos abandona e nos dá a força sobrenatural para fazer das mazelas da vida oportunidades de crescimento e discernimento. 

O terceiro ponto é saber que nenhuma realidade, por pior e cruel que seja, não durará para sempre, pois apenas Deus é eterno. Passar-se-ão céus e terra, mas a palavra de Deus não passará (cf. Mt 24,35). Prova viva disso é que a segunda guerra passou, deixou chagas grandiosas na história da humanidade, mas o escritor do livro soube fazer com que dessa realidade cruel se tirasse arte e aprendizagem. Recomendo a todos essa leitura e recomendo ainda mais a tirar dela paralelo com nossa vida prática para que possamos crescer cada vez mais enquanto seres humanos. 

Fonte: Aleteia

O carnaval foi cancelado, a Quaresma não!

 

PRZEDPOŚCIE

Coompia77 | Shutterstock

A definição da data da Quaresma nunca dependeu da realização do carnaval

Por causa da pandemia do coronavírus, o carnaval no Brasil em 2021 está cancelado. Desfile de blocos, escolas de samba e trios-elétricos estão proibidos, assim como bailes e outros eventos relacionados à data.

Mesmo sendo apenas uma alteração para evitar aglomeração de pessoas, não houve uma mudança específica no calendário religioso. Apesar disso, muita gente chegou a pensar que o cancelamento do carnaval interferiria nas datas da Quaresma deste ano. Isso porque a Quarta-feira de Cinzas ocorre imediatamente após o carnaval.

De fato, a Quaresma é uma festa móvel da Igreja Católica, que é definida anualmente de acordo com a data da Páscoa, e não do carnaval.

Como se definem as datas da Quaresma e Páscoa

O filósofo Vanderlei de Lima, em artigo para a Aleteia, explicou como se chega à data de celebração da Páscoa. De sua explanação, destacamos o seguinte:

“A data da Páscoa não é calculada pelo calendário solar comum, mas, sim, pelo antigo calendário lunar, conforme prescrito no livro bíblico do Êxodo 12,1-14.”

Lima também explica como, na prática, se chega à data:

“É preciso observar, antes de tudo, o equinócio da Primavera (momento no qual o sol corta a Linha do Equador tornando os dias iguais às noites). Isso se dá duas vezes no ano: 21 e 22 de março, no hemisfério norte, e 22 e 23 de setembro no hemisfério sul. A nós interessa, é óbvio, só a primeira data, uma vez que as regras para a data da Páscoa foram elaboradas no hemisfério norte. Pois bem, basta tomar uma folhinha comum e nela observar a última lua nova anterior ao equinócio da Primavera. Feito isso, é só contar o tempo entre duas luas novas consecutivas o que dará 29 dias, 12 horas, 40 minutos e dois segundos. O primeiro Domingo após o 14º dia da primeira lua nova posterior ao equinócio da Primavera será a data da Páscoa cristã.”

Depois de definir a data da Páscoa, é preciso pensar na Quaresma:

“Uma vez encontrada a data da Páscoa, contem-se seis semanas anteriores ou 42 dias. Desse total de dias, retirem-se os seis Domingos, dado que neles não se faz jejum ou penitência. Temos, assim, 42-6 = 36. Contudo, como a Quaresma, segundo o próprio nome sugere (cf. Mt 4,1-11; Mc 1,12-13; Lc 4,1-13), compõe-se de 40 dias, acrescentam-se aos 36 dias mais quatro anteriores; ou seja, da quarta-feira, dita de Cinzas, ao sábado. Ora, o Carnaval ocorre, então, nos 4 dias anteriores à quarta-feira de Cinzas.”

A Quaresma de 2021

Como vimos, o cancelamento do carnaval é apenas uma mudança convencional e não impacta em nada nos dias da Quaresma, cujas principais celebrações ocorrerão nas seguintes datas:

  • Quarta-feira de cinzas: 17 de fevereiro
  • Domingo de Ramos: 28 de março
  • Quinta-feira Santa: 1 de abril
  • Sexta-feira Santa: 2 de abril
  • Sábado de Aleluia: 3 de abril
  • Domingo de Páscoa: 4 de abril

Mesmo com todas as restrições impostas pela pandemia, celebraremos, com segurança e responsabilidade a segunda Quaresma em tempos de coronavírus.

Fonte: Aleteia

Pandemia altera celebrações da Quarta-Feira de Cinzas no Santuário Nacional de Aparecida

 

Dom Orlando Brandes em Missa de Quarta-feira de Cinzas no Santuário de Aparecida. Foto: Thiago Leon / Santuário de Aparecida


APARECIDA, 12 fev. 21 / 09:12 am (ACI).- Devido à pandemia de Covid-19, as celebrações de Quarta-feira de Cinzas no Santuário Nacional de Aparecida (SP) se adaptarão às exigências sanitárias e seguirão as orientações do Vaticano.

 Neste ano, a fim de evitar a infecção por coronavírus, o Vaticano determinou mudanças no rito de imposição das cinzas. Para a colocação das cinzas na cabeça dos fiéis, os sacerdotes devem higienizar as mãos antes do rito e utilizar máscara de proteção. Ao contrário de anos anteriores, nada será dito durante a distribuição do sinal.

Habitualmente, o rito dispõe que o padre, ao impor as cinzas sobre a cabeça dos fiéis diga: “Convertei-vos e crede no Evangelho”, ou “Lembra-te que és pó e ao pó retornarás”. Desta vez, uma das frases será dita apenas uma única vez, de modo geral, no altar, longe dos fiéis.

No Santuário de Aparecida, tais orientações serão seguidas em todas as celebrações, isto é, às 6h45, 9h, 12h e 16h. Em todas, haverá o rito de imposição das cinzas.

A principal Missa do dia acontecerá às 9h e será presidida pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes.

A participação dos fiéis nas missas está condicionada à capacidade máxima da Basílica neste período, limitada a até mil pessoas. O acesso acontece próximo à Capela da Ressurreição, na Esplanada João Paulo II. No local, será realizada a aferição de temperatura corporal e higienização das mãos. O uso de máscaras é obrigatório em todo o território do Santuário.

As confissões, costumeiramente procuradas pelos católicos durante o período quaresmal, estão acontecendo no Santuário de forma comunitária. Na Quarta-Feira de Cinzas, os ritos acontecem nas capelas do subsolo da Basílica às 10h30, 11h, 14h30 e 15h. O acesso também é controlado e condicionado à capacidade do espaço.

Fonte : Acidigital




Santuário de Fátima celebrará Dia dos Pastorinhos com programação virtual

 

Pastorinhos de Fátima / Foto: Santuário de Fátima

FATIMA, 12 fev. 21 / 01:14 pm (ACI).- No próximo dia 20 de fevereiro, serão celebrados os santos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, mas, por causa das restrições impostas pela pandemia de Covid-19, o Santuário de Fátima, em Portugal, irá marcar esta data apenas com programação virtual.

As celebrações já tiveram início no dia 11 de fevereiro com a novena dos santos pastorinhos, mas haverá também programação especial nos dias 19 e 20.

Segundo informou o Santuário de Fátima, “dada à impossibilidade de uma participação presencial por parte dos peregrinos”, será dado destaque à preparação desta celebração por meio de alguns sinais concretos a serem transmitidos nas redes sociais.

O primeiro deles é que na Capelinha, serão colocadas as duas esculturas dos santos, o que permitirá sensibilizar visualmente quem acessar ao Streaming da Capelinha. Já na Basílica do Rosário, serão colocados os ícones dos santos Francisco e Jacinta.

Além disso, nas celebrações, sobretudo no terço das 18h30 e das 21h30, diariamente, haverá sempre um cuidado especial na evocação dos Santos Francisco e Jacinta Marto.

De acordo com a programação, no dia 19 de fevereiro, haverá a vigília, às 21h30, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, que constará de duas partes: depois do lucernário, será rezado o terço; a segunda parte será a veneração aos túmulos dos dois Santos.

No dia 20 de fevereiro, festa litúrgica de São Francisco e Santa Jacinta Marto, os canais digitais do Santuário – Youtube e Facebook – transmitirão o terço, às 10h; a Missa, às 11h, presidida pelo Bispo de Leiria-Fátima, Cardeal António Marto; e um documentário sobre os irmãos pastorinhos, às 14h.

Este documentário é uma das novidades para a festa deste ano, intitulado ‘Santos Vizinhos- duas crianças que se fizeram candeias da humanidade a partir de Fátima’. É uma produção do Santuário de Fátima que conta a história de vida desses que são os dois primeiros santos de desta cidade portuguesa, a partir do olhar de historiadores, teólogos e religiosas.

Entre os testemunhos apresentados no documentário estão o da ex-postuladora da Causa de Canonização, Irmã Ângela Coelho; da religiosa carmelita que pediu a intercessão dos santos na cura do menino brasileiro Lucas; e do próprio miraculado e da sua família.

Exemplo dos santos pastorinhos frente à pandemia

Conforme ressalta o Santuário de Fátima, no atual contexto em que o mundo enfrenta a pandemia de Covid-19, o Dia dos Pastorinhos “é uma oportunidade para pensar melhor a vida e o exemplo destes dois santos, sobretudo o de Jacinta, que faleceu justamente a 20 de fevereiro de 1920”.

Afetada pela “gripe espanhola”, em 1918, Jacinta vê o seu irmão morrer em abril de 1919; foi tratada em Ourém, onde recebe a visita de Lúcia, sua prima, vidente de Fátima, que diz tê-la encontrado feliz por poder oferecer este sofrimento a Deus.

Em janeiro de 1920, Jacinta Marto foi levada para Lisboa, para ser tratada no Hospital D. Estefânia, onde faleceu no dia 20 de fevereiro daquele ano.

Fonte: Acidigital

Santo do Dia ; São Martiniano

 

Nasceu no século IV, em Cesareia, na Palestina. Muito jovem, discerniu sua vocação à vida de eremita; retirou-se a um lugar distante para se entregar à vida de sacrifício e de oração pela salvação das pessoas e também pela própria conversão. Ele vivia um grande combate contra o homem velho, aquele que tem fome de pecado, que é desequilibrado pela consequência do pecado original que atingiu a humanidade que todos nós herdamos. Mas foi pela Misericórdia e pela força do Espírito Santo que ele se tornou santo.

Sua fama foi se espalhando e muitos procuravam Martiniano. Embora jovem, ele era cheio do Espírito Santo para o aconselhamento, a direção espiritual, até apresentando situações de enfermidades, na qual ele clamava ao Senhor Jesus pela cura e muitos milagres aconteciam. Através dele, Jesus curava os enfermos.

Homem humilde, buscava a vontade de Deus dentro deste drama de querer ser santo e ter a carnalidade sempre presente. Aconteceu que Zoé, uma mulher muito rica, mas dada aos prazeres carnais e também às aventuras com um grupo de amigos, fez uma aposta de que levaria o santo para o pecado. Vestiu-se com vestes simples, pobres, pediu para que ele a abrigasse por um dia. Eles dormiram em lugares distantes, mas ela, depois, vestiu-se com uma roupa bem sedutora e foi ser instrumento de sedução para Martiniano. Conta-nos a história que ele caiu na tentação.

Os santos não foram homens e mulheres de aço, pelo contrário, ao tomar consciência daquele pecado, ele se prostrou, arrependeu-se, penitenciou-se, mergulhou o seu coração e a sua natureza na misericórdia de Deus. Claro que o Senhor o perdoou.

Só há um pecado que Deus não perdoa: aquele do qual não somos capazes de nos arrepender.

São Martiniano arrependeu-se e retomou o seu propósito. Ele foi um instrumento de evangelização para aquela mulher que, de tal forma, também acolheu a graça do arrependimento, entrou para a vida religiosa e consagrou-se, fazendo parte do mosteiro das religiosas de Santa Paula e ali se santificou.

O santo, depois, foi para uma ilha; em seguida para Atenas, na Grécia; e, no ano 400, partiu para a glória tendo recebido os sacramentos.

Santo não é aquele que “nunca pecou”. A oração, a vigilância e o mergulho da própria miséria na Misericórdia Divina é o que nos santifica.

São Martiniano, rogai por nós!

Liturgia Diária ; COR LITÚRGICA: VERDE -5ª Semana Comum | Sábado

 Primeira Leitura (Gn 3,9-24)

Leitura do Livro do Gênesis.

9O Senhor Deus chamou Adão, dizendo: “Onde estás?” 10E ele respondeu: “Ouvi tua voz no jardim, e fiquei com medo porque estava nu; e me escondi”. 11Disse-lhe o Senhor Deus: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” 12Adão disse: “A mulher que tu me deste por companheira, foi ela que me deu do fruto da árvore, e eu comi”.

13Disse o Senhor Deus à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me e eu comi”. 14Então o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e todos os animais selvagens! Rastejarás sobre o ventre e comerás pó todos os dias da tua vida! 15Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”.

16À mulher ele disse: “Multiplicarei os sofrimentos da tua gravidez: entre dores darás à luz os filhos; teus desejos te arrastarão para o teu marido, e ele te dominará”. 17E disse em seguida a Adão: “Porque ouviste a voz da tua mulher e comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer, amaldiçoado será o solo por tua causa! Com sofrimento tirarás dele o alimento todos os dias da tua vida. 18Ele produzirá para ti espinhos e cardos e comerás as ervas da terra; 19comerás o pão com o suor do teu rosto até voltares à terra de que foste tirado, porque és pó e ao pó hás de voltar”.

20E Adão chamou à sua mulher “Eva”, porque ela é a mãe de todos os viventes. 21Então o Senhor Deus fez para Adão e sua mulher túnicas de pele e as vestiu. 22Disse, depois, o Senhor Deus: “Eis que o homem se tornou como um de nós, capaz de conhecer o bem e o mal. Não aconteça, agora, que ele estenda a mão também à árvore da vida para comer dela e viver para sempre!”

23E o Senhor Deus o expulsou do jardim de Éden, para que ele cultivasse a terra donde fora tirado. 24Expulsou o homem, e colocou a oriente do jardim de Éden os querubins, e a espada lampejante de chamas, para guardar o caminho da árvore da vida.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus

Salmo Responsorial (Sl 89)

— Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.

— Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.

— Já bem antes que as montanhas fossem feitas ou a terra e o mundo se formassem, desde sempre e para sempre vós sois Deus.

— Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” Pois mil anos para vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou.

— Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo seca.

— Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos!




Evangelho (Mc 8,1-10)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor!

1Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: 2“Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não tem nada para comer. 3Se eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe”.

4Os discípulos disseram: “Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?” 5Jesus perguntou-lhes: “Quantos pães tendes?” Eles responderam: “Sete”. 6Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os sete pães, e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que os distribuíssem. E eles os distribuíram ao povo.

7Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também. 8Comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram. 9Eram quatro mil, mais ou menos. E Jesus os despediu. 10Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus foi para a região de Dalmanuta.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Compreendendo e Refletindo


“Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não tem nada para comer” (Marcos 8,2).

Jesus pregava, anunciava, curava e libertava, mas, acima de tudo, anunciava o Reino de Deus. É Jesus quem nos diz: “Não só de pão o homem vive, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4,4), por isso, Ele dá àquela multidão o Pão da Palavra, por isso, Ele alimenta aquela multidão com o Pão da Palavra.

Não sejamos hipócritas, nós não vivemos somente da Palavra; nós nos alimentamos da Palavra e ela alimenta a nossa vida e o nosso espírito, mas o mesmo Jesus que era Palavra, também se alimentava e não podemos ser indiferentes à fome de ninguém, porque não somos nem em relação à nossa, pelo menos três refeições ao dia procuramos fazer e quando a fome começa a bater muitos ficam agitados e assim por diante.

Por que não nos preocupamos com a fome do outro? Por que não nos preocupamos com o que o outro precisa de material? Quem escuta a sede espiritual, também percebe a sede material que o outro vive. Cuidemos do espírito humano de cada um, mas não descuidemos das nossas necessidades materiais, porque, nesta Terra, não somos anjos. Seremos na eternidade semelhantes aos anjos, mas nem seremos anjos, seremos semelhantes a eles, aqui na Terra somos pessoas humanas.

É vergonhosa a humanidade, a igreja, a sociedade que permite alguém passar fome

Infelizmente, vemos muitas vezes um descaso, um pouco-caso com as realidades sofridas da humanidade, com pessoas que são famintas, que não têm o que comer, que não têm o que beber e vestir, e entregamos ao “Deus dará”. O que é o “Deus dará” senão nós nos dando para acolher e cuidar da necessidade do outro?

Não permita que ninguém passe fome ao seu lado, não permita que as comidas na sua casa sobrem ou estraguem. Não permita que seus filhos comam um pouquinho de comida e joguem o resto fora sem entender o valor sagrado do alimento que deve ser repartido, compartilhado e multiplicado para ser dividido para que ninguém passe necessidade.

É vergonhosa a humanidade, a igreja, a sociedade que permite alguém passar fome. A sociedade descartável como a nossa, que descarta comida para lá e para cá o tempo inteiro, descarta também seres humanos que estão famintos e sedentos de Deus. Estão famintos e sedentos de justiça social ao invés de comer, beber e vestir.

Nos banquetes que se promovem por aí se gastam tanto dinheiro numa noite, o que daria para alimentar uma família um ano inteiro. “Não é problema meu”, dizem alguns. Evangelicamente, como não pode importar ao nosso coração a dor e a fome do outro?

Se Jesus teve compaixão da multidão, e não é a primeira vez, mas em todo o Seu ministério e ação, um discípulo de Jesus não pode ser movido por outra coisa. Como me alimento do Pão do Céu, da Eucaristia, e vou louvor e bendizer a Eucaristia, Jesus que está em mim e não me preocupo com o irmão que não tem o que comer, o suficiente para sobreviver a cada dia?

Que a Eucaristia nos dê consciência de que precisamos receber Jesus para lavar os pés dos outros e dar de comer a quem não tem.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo- Canção Nova


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Como obter a indulgência do Ano São José todos os dias antes das 9h

 

saint joseph

© Zvonimir Atletic - shutterstock

A possibilidade de ganhar a indulgência é um motivo a mais para fazermos da oração matinal um hábito

Durante anos de celebração especial (como o ano de São José) ou em tempos de necessidade especial (como a pandemia), o Vaticano costuma expandir as maneiras pelas quais os fiéis podem obter uma indulgência.

É importante reconhecer que o propósito das indulgências é mais do que remover a punição temporal devido ao pecado. É também para nos ajudar a nos tornarmos mais santos.

De fato, “todo aquele que confia sua atividade diária à proteção de São José também pode obter a indulgência plenária”, diz o decreto do Vaticano que anuncia o Ano das Indulgências de São José.

Com isso, a Igreja nos convida a fazer uma oração matinal de oferecimento, na qual confiamos nossas atividades a São José.

Evidentemente, a prática espiritual de começar o dia oferecendo-o a Deus (às vezes por intercessão de um santo, como neste caso), é uma das mais eficazes para o crescimento na santidade. Inúmeros santos defenderam esta prática, pois é uma forma de confiar todo o nosso dia a Deus, permitindo-nos estar “orando constantemente” como São Paulo exortou, mesmo que não possamos ter nossas mentes ativamente rezando em todos os momentos.

Em companhia de São José

Agora, entretanto, o decreto sobre a indulgência nos oferece um motivo a mais para fazer da oração matinal um hábito – desta vez com a ajuda de São José.

Uma prece matinal na companhia de São José promete uma fecundidade espiritual particular. Afinal, provavelmente ninguém (além de Maria) passou tantas horas ou tantos dias na companhia de Jesus.

De fato, São José tem uma visão única sobre o que significa realizar atividades diárias com a contribuição e inspiração de Deus. Ao confiar nossa atividade diária à sua proteção, é como se estivéssemos colocando o nosso dia de trabalho lá na carpintaria, com José e Jesus. Não poderia haver melhor maneira de fazer nossas tarefas diárias!

Embora as condições usuais para se obter a indulgência continuem valendo, durante a pandemia pode ser impossível receber a Eucaristia ou confessar-se. Para as indulgências concedidas para a pandemia, o Vaticano disse que é suficiente ter “a vontade de cumprir as condições habituais (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração segundo as intenções do Santo Padre), o mais rapidamente possível”.

Fonte: Aleteia

Comunidades católicas promovem retiros virtuais na Quaresma

 


Uma oportunidade de caminhar com Jesus sem sair de casa

Desde os tempos antigos, a Quaresma sempre significou um tempo de revisão e renovação, tendo como principais pontos a oração, o combate ao pecado e o jejum. É também um costume antigo a reflexão acerca da Via-Sacra – uma prática comum nas Igrejas.

Quaresma é também um tempo de escuta e de reconciliação com Deus. Através desses pontos, temos a possibilidade de renovar nossa fidelidade com o Senhor e realmente vivenciar esse “convertei-vos e crede no Evangelho”. Por isso, faz-se necessário, nesse período, buscar vivê-lo da melhor forma. É pensando nisso que o Hozana, em comunhão com as comunidades Doce Mãe de Deus e Passio Domini, organizou dois retiros online que podem auxiliar muito nesse período, para que o vivamos de forma fiel.

Retiros de Quaresma

Os retiros “Viver a Quaresma pela Via-Sacra”, animada pela Comunidade Católica Passio Domini, e “Ouve Israel”, animada pela Comunidade Católica Doce Mãe de Deus são instrumentos eficazes que nos ajudarão a adentrar no tempo quaresmal e viver a totalidade desse período.

O retiro online “Viver a Quaresma pela Via-Sacra” nos levará à oração da Igreja, que medita profundamente a trajetória de Jesus para realizar sua Obra de Salvação. Meditar e orar com devoção a Via-Sacra, além de ser uma oportunidade de obtermos indulgência plenária, nos leva a um profundo autoconhecimento, uma autoavaliação e uma autoformação. Isso faz com que nos configuremos ao Cristo da Paixão, ao seu Amor incondicional, sendo parte fundamental da espiritualidade cristã. Clique aquipara participar desse retiro.

Da mesma forma, o retiro online “Ouve Israel” visa proporcionar reflexões acerca desse tempo de penitência e recolhimento a partir de textos meditativos e da oração. Todos os dias, serão disponibilizadas uma reflexão e uma motivação oracional. Tudo isso com a finalidade de nos preparar para a celebração da Páscoa do Senhor. Clique aqui para juntar-se ao grupo. 

Os carismas que promovem os retiros

A Comunidade Passio Domini tem sua sede na cidade de Praia Grande, diocese de Santos (SP/BR). É uma comunidade nova nascida desse novo Pentecostes, pertencente à Renovação Carismática Católica e tem como chamado principal ser “Discípulos e Ministros do Amor incondicional para o alívio do sofrimento pessoal e do outro”, nos mais diversos setores da sociedade.

A Comunidade Doce Mãe de Deus, fundada em 1989, tem sua sede na cidade de Joao Pessoa (PB/BR) e também faz parte da Renovação Carismática Católica. Hoje está presente também em Guarabira (PB), Escada (PE), Maceió (AL) e Gassin e Ramatuelle (FR). Sua missão é ser testemunha do Mistério da Salvação de Cristo pelo amor da Santa Cruz.

Que esses retiros possam nos levar a experimentar, por intermédio desses dois queridos carismas, a Misericórdia de Deus, e que essa Quaresma traga a cada um de nós verdadeira renovação e transformação.

Por Cláudia Pessoa, do Hozana 

Fonte: Aleteia