segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Papa se despede da África e pede sociedade justa e fraterna

2015-11-30 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidiu a celebração eucarística nesta segunda-feira (30/11), no Estádio Barthélémy Boganda de Bangui, terceira e última etapa de sua 11ª viagem apostólica internacional, a primeira do pontífice ao continente africano.
O pontífice disse aos centro-africanos que cada um deles é chamado a ser, com a perseverança da sua fé e com o seu compromisso missionário, artesão da renovação humana e espiritual de seu país. Francisco os convidou a se comprometerem na construção de uma sociedade mais justa e fraterna, onde ninguém é abandonado.
A seguir, a íntegra da homilia do Papa Francisco.
Ao ouvir a primeira Leitura, podemos ter ficado maravilhados com o entusiasmo e o dinamismo missionário presente no apóstolo Paulo. «Que bem-vindos são os pés dos que anunciam as boas novas!» (Rm 10, 15). Estas palavras são um convite a darmos graças pelo dom da fé que recebemos destes mensageiros que no-la transmitiram. E são também um convite a maravilhar-nos à vista da obra missionária que trouxe, pela primeira vez – não há muito tempo –, a alegria do Evangelho a esta amada terra da África Central. É bom, sobretudo quando os tempos são difíceis, quando não faltam as provações e os sofrimentos, quando o futuro é incerto e nos sentimos cansados e com medo de falir, é bom reunir-se ao redor do Senhor, como fazemos hoje, rejubilando pela sua presença, pela vida nova e a salvação que nos propõe, como outra margem para a qual nos devemos encaminhar. 
Esta outra margem é, sem dúvida, a vida eterna, o Céu onde nos esperam. Este olhar voltado para o mundo futuro sempre sustentou a coragem dos cristãos, dos mais pobres, dos mais humildes, na sua peregrinação terrena. Esta vida eterna não é uma ilusão, não é uma fuga do mundo; é uma realidade poderosa que nos chama e compromete a perseverar na fé e no amor.
Mas, a outra margem mais imediata que procuramos alcançar, esta salvação adquirida pela fé de que nos fala São Paulo, é uma realidade que transforma já a nossa vida presente e o mundo em que vivemos: «É que acreditar de coração leva a obter a justiça» (cf. Rm 10, 10). O crente acolhe a própria vida de Cristo, que o torna capaz de amar a Deus e amar os outros duma maneira nova, a ponto de fazer nascer um mundo renovado pelo amor.
Demos graças ao Senhor pela sua presença e pela força que nos dá no dia-a-dia da nossa vida, quando experimentamos o sofrimento físico ou moral, uma pena, um luto; pelos atos de solidariedade e generosidade de que nos torna capazes; pela alegria e o amor que faz brilhar nas nossas famílias, nas nossas comunidades, não obstante a miséria, a violência que às vezes nos circunda ou o medo do amanhã; pela coragem que infunde nas nossas almas de querer criar laços de amizade, de dialogar com aqueles que não são como nós, de perdoar a quem nos fez mal, de nos comprometermos na construção duma sociedade mais justa e fraterna, onde ninguém é abandonado. Em tudo isso, Cristo ressuscitado toma-nos pela mão e leva-nos a segui-Lo. Quero dar graças convosco ao Senhor de misericórdia por tudo aquilo que vos concedeu realizar de bom, de generoso, de corajoso nas vossas famílias e nas vossas comunidades, durante os acontecimentos que há muitos anos se têm verificado no vosso país.
Todavia é verdade também que ainda não chegamos à meta, de certo modo estamos no meio do rio, e devemos decidir-nos com coragem, num renovado compromisso missionário, a passar à outra margem. Cada baptizado deve romper, sem cessar, com aquilo que ainda há nele do homem velho, do homem pecador, sempre pronto a reanimar-se ao apelo do diabo (e como age no nosso mundo e nestes tempos de conflito, de ódio e de guerra!) para o levar ao egoísmo, a fechar-se desconfiado em si mesmo, à violência e ao instinto de destruição, à vingança, ao abandono e à exploração dos mais fracos…
Sabemos também quanta estrada têm ainda de percorrer as nossas comunidades cristãs, chamadas à santidade. Todos temos, sem dúvida, de pedir perdão ao Senhor pelas numerosas resistências e relaxamentos em dar testemunho do Evangelho. Que o Ano Jubilar da Misericórdia, agora iniciado no vosso país, seja ocasião para isso! E vós, queridos centro-africanos, deveis sobretudo olhar para o futuro e, fortes com o caminho já percorrido, decidir resolutamente realizar uma nova etapa na história cristã do vosso país, lançar-vos para novos horizontes, fazer-vos mais ao largo para águas profundas. O apóstolo André, com seu irmão Pedro, não hesitaram um momento em deixar tudo à chamada de Jesus para O seguir: «E eles deixaram as redes imediatamente e seguiram-No» (Mt 4, 20). Ficamos maravilhados, também aqui, com tanto entusiasmo por parte dos Apóstolos: de tal maneira os atrai Cristo a Si que se sentem capazes de poder empreender tudo, e tudo ousar com Ele. 
Assim cada um pode, no seu coração, fazer a pergunta tão importante acerca da sua ligação pessoal com Jesus, examinar o que já aceitou – ou recusou – a fim de responder à sua chamada para O seguir mais de perto. O grito dos mensageiros ressoa mais forte do que nunca aos nossos ouvidos, precisamente quando os tempos são duros; aquele grito que «ressoou por toda a terra e até aos confins do mundo» (cf. Rm 10, 18; Sal 19/18, 5). E ressoa aqui, hoje, nesta terra da África Central; ressoa nos nossos corações, nas nossas famílias, nas nossas paróquias, em qualquer parte onde vivemos, e convida-nos à perseverança no entusiasmo da missão; uma missão que precisa de novos mensageiros, ainda mais numerosos, ainda mais generosos, ainda mais jubilosos, ainda mais santos. E somos chamados, todos e cada um de nós, a ser este mensageiro que o nosso irmão de qualquer etnia, religião, cultura espera, muitas vezes sem o saber. De facto, como poderá este irmão acreditar em Cristo – pergunta-se São Paulo –, se a Palavra não for ouvida nem proclamada? 
Também nós, a exemplo do Apóstolo, devemos estar cheios de esperança e entusiasmo pelo futuro. A outra margem está ao alcance da mão, e Jesus atravessa o rio connosco. Ele ressuscitou dos mortos; desde então, se aceitarmos ligar-nos à sua Pessoa, as provações e os sofrimentos que vivemos sempre constituem oportunidades que abrem para um futuro novo. Cristãos da África Central, cada um de vós é chamado a ser, com a perseverança da sua fé e com o seu compromisso missionário, artesão da renovação humana e espiritual do vosso país.
A Virgem Maria, que, depois de ter compartilhado os sofrimentos da paixão, partilha agora a alegria perfeita com o seu Filho, vos proteja e encoraje neste caminho de esperança. Amém.
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Papa aos muçulmanos: não ao ódio e à violência em nome de Deus

2015-11-30 Rádio Vaticana
Na manhã desta segunda-feira (30/11), o Papa Francisco teve um encontro com a comunidade muçulmana, na Mesquita Central de Koudoukou, em Bangui. No seu discurso Francisco agradeceu particularmente ao Imã Tidiani Mousa Naibi pelas amáveis palavras de boas-vindas.
Em seguida o Papa sublinhou os laços de fraternidade que unem cristãos e muçulmanos, e o empenho a que são chamados para se comportarem como tais. Na verdade, sabemos bem que as violências que abalaram recentemente o vosso país não se fundavam em motivos propriamente religiosos, antes pelo contrário, quem afirma crer em Deus deve ser também um homem ou uma mulher de paz, e na RCA cristãos, muçulmanos e membros das religiões tradicionais viveram juntos, em paz, durante muitos anos, disse Francisco, tendo também acrescentado:
«Por isso, devemos permanecer unidos, para que cesse toda e qualquer ação que, dum lado e doutro, desfigura o Rosto de Deus e, no fundo, visa defender, por todos os meios, interesses particulares em detrimento do bem comum. Juntos, digamos não ao ódio, à vingança, à violência, especialmente aquela que é perpetrada em nome duma religião ou de Deus. Deus é paz, salam ».
O Papa recordou depois o importante papel dos líderes religiosos cristãos e muçulmanos nestes momentos difíceis para restabelecer a harmonia e a fraternidade entre todos, e citou em particular os gestos de solidariedade que cristãos e muçulmanos tiveram para com os seus compatriotas, mesmo de outras confissões religiosas, durante a crise no País. E em vista às próximas eleições o Papa disse esperar que elas possam dar ao País Responsáveis que saibam unir os centro-africanos, tornando-se assim símbolos da unidade da nação em vez de representantes duma facção:
« Encorajo-vos vivamente a fazer do vosso país uma casa acolhedora para todos os seus filhos, sem distinção de etnia, filiação política ou confissão religiosa. A República Centro-Africana, situada no coração da África e graças à colaboração de todos os seus filhos, poderá dar a todo o continente um impulso nesta direção, e poderá influenciá-lo positivamente e ajudar a extinguir os focos de tensão presentes nele e que impedem os africanos de beneficiar do desenvolvimento que merecem e a que têm direito ».
A terminar o Papa convidou a comunidade muçulmana a rezar e a trabalhar pela reconciliação, a fraternidade e a solidariedade entre todos, sem esquecer as pessoas que mais sofreram com estes acontecimentos. « Que Deus vos abençoe e proteja! » - concluiu o Papa. (BS)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Delegação do Vaticano na festa de Santo André em Istambul

2015-11-30 Rádio Vaticana

Hoje, 30 de Novembro é festa de Santo André. E como já é tradição, há sempre uma troca de delegações entre Roma e Istambul (na Turquia) para participar na festa dos respectivos padroeiros. São Pedro e São Paulo a 29 de Junho, Padroeiros de Roma, e Santo André, Padroeiro dos Cristãos Ortodoxos, a 30 de Novembro.
Assim, por esta ocasião, uma delegação do Vaticano chefiada pelo Cardeal Kurt Koch, Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos deslocou-se a Istambul para participar na solene liturgia presidida pelo Patriarca Ecumênico e Arcebispo de Constantinopla, Bartolomeu, na Igreja patriarcal de São Jorge em Fanar. Seguidamente, a Delegação terá um encontro com o Patriarca e conversações com a comissão sinodal encarregada das relações com a Igreja católica.
O Cardeal Koch leva ao Patriarca Bartolomeu uma mensagem assinada pelo Papa que será lida publicamente no fim da liturgia, com a entrega também de um presente da parte de Francisco.
Na sua mensagem o Papa exprime a alegria de poder mandar esta delegação assim como o seu afecto fraterno ao Patriarca Bartolomeu, sublinhando que há precisamente um ano estiveram juntos na solenidade de Santo André, em Fanar, uma ocasião que lhe permitiu renovar e aprofundar a amizade com o Patriarca e com a Igreja por ele presidida, Igreja que “professa, celebra e oferece o mesmo testemunho da fé em Jesus”.
O Papa recorda depois que no próximo dia 7 de Dezembro ocorrem os 50 anos da Declaração conjunta do Papa Paulo VI e do Patriarca Ecumênico Atenágoras I, sobre o cancelamento das excomunhões recíprocas proclamadas em 1054. Por diversos séculos, essas excomunhões, acompanhadas de palavras ofensivas, acusações mútuas e gestos repreensíveis de ambos os lados, representaram um obstáculo à aproximação e à caridade entre católicos e ortodoxos.
Tendo sido restauradas as relações de amor e fraternidade no espírito de mútua confiança, respeito e caridade – escreve o Papa – já não há nenhum impedimento à comunhão eucarística que não possa ser ultrapassado através da oração, da purificação dos corações, diálogo e afirmação da verdade.
Por isso, para continuar no caminho da comunhão é preciso inspirar-se continuamente no gesto de reconciliação de Paulo VI e Atenágoras I – frisa o Papa dizendo que “a todos os níveis  e contextos da vida da Igreja, as relações entre Católicos e Ortodoxos devem refletir cada vez mais a lógica do amor que não deixa espaço para o espírito de rivalidades”. Daí a importância também do nosso abraço – diz o Papa prosseguindo:
O próprio dialogo Teológico sustido pela caridade mútua, deve continuar a examinar atentamente as questões que nos dividem, procurando sempre aprofundar as nossas compreensões comuns da fé revelada.
O  mundo de hoje precisa de reconciliação e, Católicos e Ortodoxos, movidos pelo amor de Cristo devem oferecer um testemunho credível e efetivo da mensagem de Cristo, uma mensagem de reconciliação e salvação.
O Papa exprime também o seu apreço pelo empenho e sensibilidade do Patriarca Bartolomeu em relação à difícil questão do Ambiente, e considera um sinal positivo o facto de Católicos e Ortodoxos passarem a ter, conjuntamente, todos os anos um “Dia de Oração para o Cuidado à Criação”. Seguindo o que vinha já fazendo o Patriarcado Ecuménico, esse dia é 1 de Setembro.
Outro ponto da mensagem do Papa é o Jubileu da Misericórdia. Francisco explica que proclamou esse Jubileu porque a humanidade precisa de redescobrir o mistério da misericórdia, a ponte que liga o homem a Deus, abrindo os corações à esperança de ser amados para sempre, não obstante os nossos pecados. O Jubileu é apontado pelo Papa como um tempo favorável para contemplarmos a misericórdia de Deus plenamente revelada no seu filho, Jesus Cristo, e nos tornarmos sinais efectivos do amor de Deus, através do perdão e do trabalho mútuo da misericórdia.
O Papa considera providencial o facto de o Ano Jubilar coincidir com os 50 anos da Declaração que pôs termo às excomunhões recíprocas entre Católicos e Ortodoxos. E frisa que na linha dos autores dessa Declaração, Católicos e Ortodoxos, devem hoje pedir perdão a Deus e a si próprios pelas divisões que os cristãos provocaram acerca do Corpo de Cristo. E conclui pedindo oração ao Patriarca Ecumênico a rezar pelo Ano Jubilar e assegurou, por sua vez, as suas orações para o Sínodo Pan-ortodoxo que o Patriarcado está para celebrar.
(DA) 
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Santo do Dia - Santo André Apóstolo

Santo André Apóstolo
Se expressa no Evangelho como “ponte do Salvador”, porque é ele que se colocou entre seu irmão Simão Pedro e Jesus

Hoje a Igreja está em festa, pois celebramos a vida de um escolhido do Senhor para pertencer ao número dos Apóstolos.
Santo André nasceu em Betsaida, no tempo de Jesus, e de início foi discípulo de João Batista até que aproximou-se do Cordeiro de Deus e com São João, começou a segui-lo, por isso André é reconhecido pela Liturgia como o “protocleto”, ou seja, o primeiro chamado: “Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!”
Santo André se expressa no Evangelho como “ponte do Salvador”, porque é ele que se colocou entre seu irmão Simão Pedro e Jesus; entre o menino do milagre da multiplicação dos pães e Cristo; e, por fim, entre os gentios (gregos) e Jesus Cristo. Conta-nos a Tradição que depois do Batismo no Espírito Santo em Pentecostes, Santo André teria ido pregar o Evangelho na região dos mares Cáspio e Negro.
Apóstolo da coragem e alegria, Santo André foi fundador das igrejas na Acaia, onde testemunhou Jesus com o seu próprio sangue, já que foi martirizado numa cruz em forma de X, a qual recebeu do santo este elogio: “Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!”
Santo André Apóstolo, rogai por nós!

Liturgia Diária -Santo André, apóstolo - Segunda-feira 30/11/2015

Primeira Leitura (Rm 10,9-18)
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.
Irmãos, 9se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. 10É crendo no coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se consegue a salvação. 11Pois a Escritura diz: “Todo aquele que nele crer não ficará confundido”. 12Portanto, não importa a diferença entre judeu e grego; todos têm o mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam. 13De fato, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo. 14Mas como invocá-lo, sem antes crer nele? E como crer, sem antes ter ouvido falar dele? E como ouvir, sem alguém que pregue? 15E como pregar, sem ser enviado para isso?
Assim é que está escrito: “Quão belos são os pés dos que anunciam o bem”. 16Mas nem todos obedeceram à Boa Nova. Pois Isaías diz: “Senhor, quem acreditou em nossa pregação?” 17Logo, a fé vem da pregação e a pregação se faz pela palavra de Cristo. 18Então, eu pergunto: Será que eles não ouviram? Certamente que ouviram, pois “a voz deles se espalhou por toda a terra, e as suas palavras chegaram aos confins do mundo”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje (Sl 18)


— Seu som ressoa e se espalha em toda terra.
R- Seu som ressoa e se espalha em toda terra.

1- Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia.2- Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.

Compreendendo e Refletindo

Podemos nos tornar pescadores de homens, da humanidade. Basta que coloquemos nossos dons e talentos, nossa disposição a serviço do Reino de Deus
“Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens” (Mateus 4, 19).
Celebramos hoje o apóstolo Santo André, irmão de Pedro. Foi André quem ouviu de João que Jesus era o Cordeiro de Deus, aquele que primeiro seguiu Jesus e depois foi chamar seu irmão para dizer: ‘Encontramos o Messias!’.
A narração do Evangelho de hoje, segundo Mateus, mostra-nos um outro contexto deste chamado de Jesus. Quando Simão está junto de seu irmão André e Jesus passa por ali, chama-os para que se tornem pescadores: “‘Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens’. Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram” (Mateus 4, 19-20).
Na verdade, quando olhamos para o exemplo dos apóstolos, os irmãos Simão e André nos mostram que é capaz, é possível, porque Deus usa daquilo que fazemos de melhor para salvar pessoas e transformar o mundo.
Eles não deixaram de ser pescadores, usavam justamente da pesca para sobreviver, mas ampliaram a capacidade de pescar; não ficaram apenas pescando os peixinhos do mar. Aprenderam com o Mestre que era possível pescar homens, pescar a humanidade para que encontrassem o sentido da vida.
Nós, um dia, fomos pescados pela Palavra de Deus, fomos salvos da perdição do mundo para nos tornarmos seguidores de Jesus e podemos também ser outros pescadores de homens.
Talvez a sua nobre profissão não seja pescar, talvez você saiba fazer outra coisa, talvez seja uma excelente dona de casa, um programador, um professor… use do dom, do talento, daquilo que você faz e é capaz de fazer para também salvar almas!
Todos nós, a exemplo de Simão e André, o apóstolo que celebramos hoje, podemos nos tornar pescadores de homens, da humanidade. Basta que coloquemos os dons, os talentos, a nossa disposição a serviço do Reino de Deus.
Quantos usam o dom que tem para a internet, para as redes sociais, para fazer um bem enorme! Há também aqueles que provocam estragos irreparáveis, mas há aqueles que se propõem a salvar corações até mesmo com uma simples mensagem.
Onde você estiver seja um bom marceneiro, um bom profissional! Use do dom, do talento que você tem, porque Jesus precisa de você para pescar mais homens, para salvar a humanidade!
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo- Canção Nova

Evangelho (Mt 4,18-22)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 18quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. 21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

domingo, 29 de novembro de 2015

Em Bangui, papa recorda lema da República Centro-Africana, "Unidade, Dignidade e Trabalho"

Segundo Francisco, a trilogia "é uma bússola segura para as autoridades que guiam os destinos do país"
 
O papa Francisco chegou na manhã deste domingo, 29 de novembro, à República Centro-Africana, última etapa de sua viagem na África. Na capital Bangui, Francisco foi recebido pela chefe de Estado interina, Catherine Samba-Panza, que também é vice-presidente da Associação de Mulheres Juristas Africanas. Catherine, prefeita de Bangui durante o conflito armado ocorrido entre 2012 e 2013, foi escolhida para governar a fase de transição do país após a guerra civil até as eleições presidenciais, que deverão ocorrer no próximo mês. 
Ao encontrar-se com a classe dirigente e o corpo diplomático, Francisco disse estar naquele país como “peregrino da paz e apóstolo da esperança”, em um momento em que a República Centro-Africana segue rumo à normalização de sua vida social e política. “Desejo ardentemente que as diferentes consultas nacionais que se realizarão nas próximas semanas permitam ao país entrar com serenidade em uma nova etapa de sua história”, expressou. 
Na ocasião, papa recordou o lema da República Centro-Africana, “Unidade, Dignidade e Trabalho”. “Hoje, mais do que nunca, esta trilogia expressa as aspirações de todos os centro-africanos e, portanto, é uma bússola segura para as autoridades que guiam os destinos do país. (...) São três palavras cheias de significado, cada uma das quais representa mais uma obra por fazer do que um programa acabado, uma tarefa que deve ser levada adiante sem cessar”. 
A respeito da unidade, Francisco disse que é um valor fulcral para a harmonia dos povos. “Trata-se de viver e construir a partir da maravilhosa diversidade do mundo circundante, evitando a tentação do medo do outro, de quem não nos é familiar, de quem não pertence ao nosso grupo étnico, às nossas opções políticas ou à nossa confissão religiosa”, completou. 
Definiu a dignidade “como valor moral, sinônimo de honestidade, lealdade, garbo e honra, que caracteriza homens e mulheres conscientes tanto dos seus direitos como dos seus deveres e que os leva ao mútuo respeito”. Pediu a quem tem meios para levar uma vida decente para que procure ajudar os mais pobres a terem condições de vida respeitosas da dignidade humana. Citou o acesso à instrução, à assistência sanitária, a luta contra a desnutrição como desenvolvimento cuidadoso da dignidade humana. 
A respeito do trabalho, lembrou que a República Centro-Africana está situada numa área considerada como um dos dois pulmões da humanidade, devido à riqueza de biodiversidade. “A tal propósito, a que já me referi na Encíclica Laudato si’, chamo a  atenção de todos – cidadãos, responsáveis do país, parceiros internacionais e sociedades multinacionais – para a grave responsabilidade que vos cabe na exploração dos recursos ambientais, nas opções e projetos de desenvolvimento que, de uma forma ou outra, afetam a terra inteira. O trabalho de construção de uma sociedade próspera deve ser uma obra solidária”, afirmou. 
Evangelização
Francisco disse, ainda, que a “história da evangelização e a história sociopolítica do país dão testemunho do compromisso da Igreja na linha destes valores da unidade, da dignidade e do trabalho”.  Recordou os pioneiros da evangelização na República Centro-Africana e os bispos que hoje atuam no país. “Com eles, renovo a disponibilidade da Igreja presente nesta nação a contribuir cada vez mais para a promoção do bem comum, nomeadamente através da busca da paz e reconciliação”, falou.
Ao final do discurso, expressou a alegria de visitar o país, “pátria de um povo profundamente religioso, com um rico patrimônio natural e cultural”. “Nele vejo um país cumulado dos benefícios de Deus. Possa o povo centro-africano, bem como os seus dirigentes e todos os seus parceiros apreciar, no seu justo valor, estes benefícios, trabalhando sem cessar pela unidade, a dignidade humana e a paz fundada na justiça”, desejou.
Os discursos do papa Francisco durante a sua visita aos países africanos estão disponíveis em português no site do Vaticano, pelo endereço: http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2015/november.index.html
Fonte: CNBB

Pastorais Sociais e organismos participam de evento em favor do SUS

Projeto da Pastoral da Saúde uniu iniciativas eclesiais e sociais na defesa da saúde pública 
As Pastorais Sociais e organismos vinculados à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estarão presentes na 15ª Conferência Nacional de Saúde, que será realizada entre os dias 1º a 4 de dezembro, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília (DF). Um coletivo - composto por movimentos sociais, conselheiros, redes e entidades – foi mobilizado com a finalidade de destacar a importância e defender o Sistema Único de Saúde (SUS). O grupo montará a tenda “Em defesa do SUS” e disponibilizará um placar, chamado BenefiSUS, que mostrará em tempo real a quantidade de atendimentos realizados pela rede pública.
A partir do tema “Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro” o evento, promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), vinculado ao Ministério da Saúde, irá “avaliar a situação da saúde no país, ajudar a definir caminhos e a garantir que o SUS seja um direito de todos”.
A mobilização das Pastorais Sociais e de movimentos sociais está dentro das atividades do projeto “Direitos Sociais e Saúde: fortalecendo a cidadania e a incidência política”, que pertence ao programa Justiça Econômica e envolve uma parceria com a Pastoral da Saúde nacional, o Grito dos Excluídos Continental, as Pastorais Sociais da CNBB e a Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP). O financiamento da ação tem apoio da União Europeia e da Agência Católica para a Cooperação Internacional da Inglaterra e País de Gales (Cafod). Os grupos pretendem “contra-atacar todas as tentativas que colocam o sistema de saúde em ameaça para as populações mais excluídas e sem acesso a um serviço considerado dos mais básicos com dados da realidade”. 
O coletivo entende que “há muito tempo o sistema público de saúde é alvo de ameaças, com recursos que querem sua redução ou mesmo outras investidas que tentam acabar com direitos sociais”. 
Em carta enviada aos delegados envolvidos na iniciativa do projeto Direitos Sociais e Saúde, o bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, dom Guilherme Antônio Werlang, ressaltou a importância da defesa da saúde pública. “Precisamos cuidar do SUS, pois é filho da atuação cidadã de muitos brasileiros e brasileiras preocupados com a saúde do nosso povo e é o caminho eficaz do acesso ao direito à saúde”, disse.
O bispo ainda falou que para alcançar o objetivo de preservação da saúde pública com eficiência e qualidade é necessário “agir em defesa incondicional do SUS, como patrimônio do povo brasileiro, e de princípios e valores tão importantes para a sociedade, como a luta em defesa da vida e de outros direitos imprescindíveis a todos, desde o momento da concepção até a sua finitude”.
A tenda “Em defesa do SUS” oferecerá, além das informações do placar BenefiSUS, materiais do projeto Direitos Sociais e Saúde, como folders, as propostas defendidas para a 15ª Conferência, marcadores de páginas, camisetas, documentos bases de orientação, teses para a Conferência, entre outros. 
No dia 1º de dezembro, às 14h, haverá uma marcha em defesa do SUS, com a concentração em frente à catedral metropolitana de Brasília.
Populações do Campo
Paralelamente à 15ª Conferência e às ações do projeto Direitos Sociais e Saúde, haverá o 1º Encontro Nacional de Saúde das Populações do Campo, da Floresta e das Águas - “Cuidar, promover, preservar: a saúde se conquista com luta popular!”. O evento também acontecerá em Brasília, mas com início na segunda-feira, dia 30 e término no sábado, 5 de dezembro.
De acordo com a organização o encontro terá caráter formativo e de luta, com desafios relacionados à compreensão da participação e controle social nas questões de saúde das populações do campo, da floresta e das águas. Também haverá mobilização junto aos delegados da Conferência.
Fonte: CNBB

Papa aos evangélicos: divisão é contrária à vontade de Deus

2015-11-29 Rádio Vaticana

Bangui (RV) – Na tarde de domingo (29/11), o Papa foi até a Faculdade de Teologia Evangélica da capital da República Centro-Africana, onde encontrou as comunidades evangélicas do país.
Francisco incentivou os presentes a seguirem no trabalho e evangelização num país duramente provado e citou o “ecumenismo de sangue” que une todos os cristãos. Nesse ponto, o Pontífice reiterou mais uma vez que “a divisão dos cristãos é contrária à vontade de Deus”.
Abaixo, publicamos a íntegra do discurso do Papa.
***
Queridos irmãos e irmãs!
Sinto-me feliz por ter ocasião de encontrar vocês nesta Faculdade de Teologia Evangélica. Agradeço ao Decano da Faculdade e ao Presidente da Aliança dos Evangélicos na África Central as suas amáveis palavras de boas-vindas. Saúdo a cada um de vocês e, por seu intermédio, também a todos os membros das suas comunidades, num profundo sentimento de amor fraterno.
Estamos todos aqui ao serviço do mesmo Senhor ressuscitado, que hoje nos reúne; e, pelo Batismo comum que recebemos, somos convidados a anunciar a alegria do Evangelho aos homens e mulheres deste amado país da África Central.
Há muito tempo que o seu povo é atingido pelas provações e pela violência que causam tantos sofrimentos. Isto torna ainda mais necessário e urgente o anúncio do Evangelho. Porque é a carne do próprio Cristo que sofre nos seus membros prediletos: os pobres do seu povo, os doentes, os idosos e os abandonados, as crianças que já não têm os pais ou estão abandonadas a si mesmas, sem guia nem educação. E são também todos aqueles que a violência e o ódio feriram na alma ou no corpo; aqueles que a guerra privou de tudo: do trabalho, da casa, das pessoas queridas.
Ecumenismo de sangue
Deus não faz diferença entre aqueles que sofrem. Com frequência, tenho designado isto como o ecumenismo do sangue. Todas as nossas comunidades, sem distinção, sofrem com a injustiça e o ódio cego que o diabo desencadeia; quero, nesta circunstância, exprimir a minha proximidade e a minha solidariedade ao Pastor Nicolas, cuja casa foi recentemente saqueada e queimada, bem como a sede da sua comunidade.
Neste contexto difícil, o Senhor não cessa de nos enviar para manifestar toda a sua ternura, a sua compaixão e a sua misericórdia. Este sofrimento comum e esta missão comum são uma oportunidade providencial para nos fazer avançar juntos pelo caminho da unidade, sendo, para isso mesmo, um meio espiritual indispensável. Como poderia o Pai recusar a graça da unidade, embora ainda imperfeita, aos seus filhos que sofrem juntos e que, nas mais diversas circunstâncias, se dedicam juntos ao serviço dos irmãos?
Contrária à vontade do Senhor
Queridos amigos, a divisão dos cristãos é um escândalo, porque contrária, antes de mais nada, à vontade do Senhor. Mas é também um escândalo perante tanto ódio e tanta violência que dilaceram a humanidade, perante tantas contradições que levantam ao Evangelho de Cristo. Por isso, com apreço pelo espírito de respeito mútuo e colaboração que existe entre os cristãos do seu país, encorajo todos a avançar por este caminho num serviço comum da caridade. É um testemunho prestado a Cristo, que constrói a unidade.
Possam vocês, em medida sempre maior e com coragem, juntar, à perseverança e à caridade, o serviço da oração e da reflexão em comum, procurando um melhor conhecimento recíproco, uma maior confiança e amizade rumo à plena comunhão de que conservamos a firme esperança.
Asseguro que a minha oração a todos acompanha neste caminho fraterno de serviço, reconciliação e misericórdia, um caminho longo mas cheio de alegria e esperança.
Que Deus os abençoe, e abençoe as suas comunidades.
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(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Papa: depor instrumentos de morte, armar-se de amor e misericórdia

2015-11-29 Rádio Vaticana
Na tarde deste I domingo do Advento (29/11), na Catedral de Bangui, o Papa Francisco procedeu à abertura da Porta Santa, dando assim início ao Jubileu Extraordinário do Ano da Misericórdia na República Centro-Africana, Jubileu proclamado pelo Papa a 11 de abril deste ano. Na homilia da Missa, participada por sacerdotes, religiosos, seminaristas e milhares de fiéis da RCA, o Papa disse ante de tudo que Deus guiou os seus passos até esta terra, precisamente quando a Igreja universal se prepara para inaugurar o Ano Jubilar da Misericórdia. E na pessoa dos presentes Francisco saudou o povo da RCA:
“Através de vós, quero saudar todos os centro-africanos, os doentes, as pessoas idosas, os feridos pela vida. Talvez alguns deles estejam desesperados e já não tenham força sequer para reagir, esperando apenas uma esmola, a esmola do pão, a esmola da justiça, a esmola dum gesto de atenção e bondade».
Em seguida o Papa convidou a todos a confiar na força e no poder de Deus que curam o homem, convidando-os a «passar à outra margem», como diz o moto da visita do Papa à RCA, uma travessia, reiterou o Papa, que não faremos sozinhos mas juntamente com Jesus. E Francisco sublinhou :
« Devemos estar cientes de que esta passagem para a outra margem só se pode fazer com Ele, libertando-nos das concepções de família e de sangue que dividem, para construir uma Igreja-Família de Deus, aberta a todos, que cuida dos mais necessitados. Isto pressupõe a proximidade aos nossos irmãos e irmãs, isto implica um espírito de comunhão. Não se trata primariamente duma questão de recursos financeiros; realmente basta compartilhar a vida do Povo de Deus, dando a razão da esperança que está em nós e sendo testemunhas da misericórdia infinita de Deus”.
Na verdade, depois de nós mesmos termos feito a experiência do perdão, devemos perdoar, pois uma das exigências essenciais da vocação à perfeição é o amor aos inimigos, um amor que nos protege contra a tentação da vingança e contra a espiral das retaliações sem fim, disse Francisco que também acrescentou:
“Consequentemente os agentes de evangelização devem ser, antes de mais nada, artesãos do perdão, especialistas da reconciliação, peritos da misericórdia. É assim que podemos ajudar os nossos irmãos e irmãs a «passar à outra margem», revelando-lhes o segredo da nossa força, da nossa esperança, e da nossa alegria que têm a sua fonte em Deus, porque estão fundadas na certeza de que Ele está connosco no barco”.
Comentando os textos litúrgicos do domingo, o Papa falou de algumas características da salvação anunciada por Deus. Antes de tudo a felicidade de Deus é justiça. Aqui, como noutros lugares, muitos homens e mulheres têm sede de respeito, justiça, equidade, sem avistar no horizonte qualquer sinal positivo para eles, o Salvador vem trazer o dom da sua justiça, vem tornar fecundas as nossas histórias pessoais e colectivas, as nossas esperanças frustradas e os nossos votos estéreis, reiterou Francisco.
A salvação de Deus tem igualmente o sabor do amor, continuou o Papa,  e o Filho nos veio revelar um Deus que não é só Justiça mas também e antes de tudo Amor. Em todos os lugares, mas sobretudo onde reinam a violência, o ódio, a injustiça e a perseguição, os cristãos são chamados a dar testemunho deste Deus que é Amor.
E por último, a salvação de Deus é força invencível que triunfará sobre tudo. Deus é mais forte que tudo, e esta convicção dá ao crente serenidade, coragem e força de perseverar no bem frente às piores adversidades. E Papa Francisco concluiu com um importante apelo:
“A todos aqueles que usam injustamente as armas deste mundo, lanço um apelo: deponde esses instrumentos de morte; armai-vos, antes, com a justiça, o amor e a misericórdia, autênticas garantias de paz».
E aos discípulos de Cristo, sacerdotes, religiosos, religiosas ou leigos comprometidos na RCA, este desafio e missão: «a vossa vocação é encarnar o coração de Deus no meio dos vossos concidadãos».
(BS)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA