sábado, 30 de novembro de 2013

1º Domingo do Advento - A

"A vós, meu Deus, elevo a minha alma. Confio em vós, que eu não seja envergonhado! Não se riam de mim meus inimigos, pois não será desiludido quem em vós espera"(cf. Sl. 24,1 ss)


Meus queridos irmãos,

Chegamos ao início de mais um ano litúrgico, o ano chamado A, dedicado ao estudo do Evangelho de São Mateus. Assim começamos o chamado
tempo do Advento. O que vem a ser o Advento? O Advento quer dizer espera das coisas que hão de vir. E o centro destas coisas é Jesus Cristo, o Salvador da humanidade. Advento é o tempo propício de espera. Espera que deve estar unida à esperança, à doce esperança dos cristãos contra toda a esperança humana.

Advento que nos ensina a esperança. Esperamos Aquele que já está conosco, que está no meio de nós, por isso cantamos: “O Senhor Esteja Convosco! R. Ele Está no meio de nós!”. Realmente Jesus está no meio de nós, caminhando na história e sendo o início e o fim da vida humana.

Somos chamados neste ano a estudar, refletir e viver o Evangelho escrito pelo evangelista Mateus. Com Mateus caminharemos neste ano chamado de ano litúrgico A. Para entender bem o Evangelho de São Mateus é necessário termos presentes as cinco linhas mestras de seu Evangelho: o Sermão da Montanha, o discurso sobre a missão dos apóstolos, o discurso sobre as parábolas do Reino de Deus, o discurso sobre a instrução dos apóstolos e o discurso escatológico, isto é, sobre as últimas coisas que acontecerão com o homem e a mulher.

Estimados irmãos,

A escatologia será o tema principal dos quatro domingos do Advento, nos preparando assim para o Natal. Temos que ter presente que a escatologia é o tratado da teologia que estuda as últimas coisas que acontecerão ao homem. Costuma-se mencionar a morte, o juízo, o inferno e o paraíso. Seriam os novíssimos, porque aos olhos dos homens seriam as últimas coisas que nos aconteceriam. Mas no contexto de Deus são as coisas primeiras, porque trata do destino de nossa vida na vida que nos é reservada depois de nossa jornada neste vale de lágrimas.

Refletimos hoje sobre a parusia. Parusia que é a vinda de Jesus glorioso conforme a palavra de São Paulo Apóstolo: “Que todo o vosso espírito, toda a vossa alma e corpo se conservem sem mancha para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo”(Cf. 1Tes 5,23). Trata-se do encontro pessoal entre o homem e o Cristo salvador. É o Natal do homem que entendeu e viveu o Natal de Jesus. É a realização plena de todas as promessas.
           
Caros irmãos,

A Primeira Leitura(cf. Is 2,1-5) nos mostra a utopia messiânica e o caminho dos homens ao recinto de Deus. Sião é o lugar da presença de Deus. Para aí subirão as nações no tempo messiânico, para procurar a Palavra e a Sabedoria de Deus. Profecia proclamada pelos anos 700 a.C; o profeta já não espera a salvação da estratégia política e militar, mas do Deus de Sião e do universo. O oráculo, pronunciado num momento de crise político-religiosa - o povo procura alianças humanas e não com Deus - manifesta o objeto das intervenções de Deus na história de Israel, aqui simbolizado no monte Sião. a história do povo eleito tende a reunir todos os povos sob a lei do único Deus, banindo da humanidade a guerra.

A Segunda Leitura(cf. Rm 13,11-14) São Paulo aduz que todos somos convidados a levantar do sono, pois a salvação está perto. Com a vinda de Cristo, chega o “dia” decisivo: a luz do “dia” brilha para todos os homens. Desde nosso nascimento no batismo, vivemos para o dia que agora chegou: o dia do encontro com Cristo. Sua luz orienta nossa vida. O Kairós de Deus, isto é, o momento em que Deus opera a salvação, impõe ao cristão um determinado comportamento ético, que se concretiza na vigilância e na mortificação,no fazer as obras da luz, no ser construtores da paz e não de discórdia.

Irmãos e Irmãs,

O Evangelho de hoje(Mt 24,37-44) mostra o vigilante dono da casa, na expectativa escatológica. O Filho do Homem virá arrematar a história e julgar toda a existência, mas ninguém conhece a hora. Apesar dos presságios, Ele vem de repente.

Meus caros irmãos,

A decisão de seguir a Jesus e ter acesso à vida eterna é uma decisão muito pessoal que o fiel deve tomar com toda a sua liberdade. Vive plenamente o Natal o homem e a mulher que se define pelo Cristo, a partir do momento em que a pessoa se define pelo Ressuscitado, que já está em nosso meio, que vem e já veio para a salvação de todos.

Somos chamados hoje para que prestemos atenção a tudo que nos envolve e em nossas vidas, em nossas atitudes, no nosso cotidiano. Somos chamados a fazer um doce exame de consciência a respeito de nossa vida e de nossas atitudes. Somos chamados a nos contrapor a nossa caminhada. Devemos estar vigilantes, porque não sabemos nem o dia e nem a hora que o Senhor virá ao nosso encontro.

A necessidade da vigilância é reforçada com a lembrança do dilúvio, que purificou a terra. O advento deve purificar a nossa vida para viver bem o Natal. Como o dilúvio veio à morte também virá e é uma certeza inexorável. Como Deus salvou Noé por causa da fé e da fidelidade, também salvará os que crerem em Jesus e forem fiéis aos seus ensinamentos.

O homem tem um víeis para a eternidade. O homem encontra a felicidade no tempo, preparando-se assim para a eternidade. O homem encontra o equilíbrio na vida presente e efêmera, construindo a vida futura, a definitiva, e eterna junto de Deus. Isso é a doce vigilância que é o centro da liturgia deste domingo.

Vigiar com compromisso, com ardor missionário que passa não só pela individualidade, mas, sobretudo, pela vigilância que quer significar um compromisso com a nova evangelização, um compromisso missionário renovador e santo. Vamos, pois, construir o Reino de Deus aqui e agora fazendo dos mistérios da salvação o quotidiano da nossa futura salvação.

Meus caros irmãos,

O Advento nos desperta três atitudes: 1. Ficai preparados; 2. Esperar o Cristo e 3. Esperar o Senhor da Paz.
Assim devemos ser vigilantes, agindo com prudência e desapego, esperando o Cristo. Entretanto Cristo não pode ser programado: deve ser esperado; devemos deixar em nossa vida espaço para a sua presença. A vigilância cristã permite ler em profundidade os fatos para neles descobrir a “vinda” do Senhor. Exige coração suficientemente missionário para ver essa vinda nos encontros com os outros.

O Senhor Jesus não vem no meio do ruído, não se encontra na agitação e na confusão. Veio na paz e para a paz. A hora de Deus chega até nós, porque cada instante da nossa vida contém a eternidade de Deus. É preciso não nos basearmos unicamente na sabedoria humana, e não esperarmos uma intervenção ostensiva da parte de Deus. É no momento atual que é dada a salvação. Toda opção que se faz no presente, entre a luz e as trevas, é um sinal da vinda do Filho do Homem.

Vigilantes, acordados, livres, vamos caminhando na “luz do Senhor”, conforme nos recorda o profeta Isaías na primeira leitura ou como nos lembra o apóstolo Paulo na segunda leitura, que nos pede coragem de deixar o mundo do pecado e das trevas para praticar o bem, a caridade e o amor.

Bom advento a todos! Que todos possamos viver unicamente o amor de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, Amém!
Por: Padre Wagner Augusto Portugal Fonte: Catequese Católica

Sempre vigilantes

A Igreja abre o tempo do Advento e o novo ano litúrgico (Ano A) com o convite do Evangelho de Mateus para a vigilância: "Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor". Para ilustrar isso, o evangelista usa algumas figuras expressivas: o dilúvio, o trabalho no campo e o ladrão. 

Ser vigilantes significa estar atentos aos sinais do tempo em que estamos vivendo; em outras palavras, significa estar bem alertas e perceber os sinais pelos quais Deus se manifesta no dia a dia, principalmente nesta época de rápidas e grandes mudanças. 

Diante das muitas possibilidades apresentadas pela sociedade atual, é fundamental saber escolher os caminhos que conduzem à vida e à dignidade para todos. O Documento de Aparecida nos diz que os caminhos da vida verdadeira e plena "são aqueles abertos pela fé que conduzem à plenitude de vida que Cristo nos trouxe: com esta vida divina também se desenvolve em plenitude a existência humana, em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural" (n. 13).

No agitado mundo em que vivemos, onde tudo é programado e calculado, Cristo pode nos surpreender com suas visitas inesperadas e nos propor uma mudança radical que quebre e transforme a rotina cotidiana. O encontro com ele não pode ser programado, mas deve ser esperado a todo momento em face das pessoas, dos fatos e dos acontecimentos. Nossa vida deve abrir espaço para a sua presença.

No nosso agir cotidiano, não podemos negligenciar a possibilidade de surpresas, pois é ali que Cristo se manifesta. Cabe-nos estar atentos ao extraordinário de Deus no ordinário da vida. Vigiar é comunhão com Cristo e compromisso com as pessoas com as quais convivemos. Somos chamados a viver o tempo atual com os olhos dirigidos à frente, pois a vinda de Cristo no fim da história determina a vida no presente.

Pe. Nilo Luza, ssp

Sede protagonistas e não espectadores dos acontecimentos do mundo actual - Papa a estudantes e docentes durante a Oração das Primeiras Vésperas em São Pedro

2013-11-30 Rádio Vaticana
Na tarde deste sábado, como já é tradição no inicio do Advento, o Papa rezou, na Basílica de São Pedro, as primeiras Vésperas com os Estudantes e Professores das Universidades Pontifícias e Ateneus Romanos e italianos.
Nas palavras que lhes dirigiu o Papa Francisco disse que Deus nos concedeu muitos tesouros espirituais. Porque, então, deve intervir sempre para os manter íntegros? – perguntou-se, logo respondendo que é porque nós somos débeis, a nossa natureza humana é frágil e os dons de Deus são conservados em nós como que num vaso de barro.
A intervenção de Deus a favor da nossa perseverança até ao encontro definitivo com Jesus, é expressão da sua fidelidade, antes de mais consigo próprio. A obra que começou em cada um de nós, leva-o a cumprimento. E isto dá-nos segurança e confiança, uma confiança que assenta em Deus e requer a nossa colaboração activa e corajosa, perante os desafios do presente.
O Papa disse ainda aos jovens universitários que com a sua vontade e capacidade, unidas à potência do Espírito Santo que habita em cada um, consentem-lhes ser não espectadores, mas protagonistas do mundo contemporâneo. Fonte: News.VA

Ideia para viver o Advento

Por :Teresa Fernández
Durante o tempo de Advento é possível escolher alguma das opções que apresentamos a seguir para viver cada dia do Advento e chegar ao Natal com um coração cheio de amor pelo menino Deus.
1. Presépio e palhas:
Nesta atividade vai ser preparado um presépio para o Menino Deus o dia de seu nascimento. O presépio será elaborado de palha para que ao nascer o menino Deus não tenha frio e a palha lhe dê o calor que necessita. Com as obras boas de cada uma das crianças, vai preparando o presépio. Por cada boa obra que façam as crianças, fica uma palhinha no presépio até o dia do nascimento de Cristo.
2. Vitral do Nascimento:
Em algum desenho em que se represente o Nascimento as crianças poderão colorir algumas partes deste cada vez que façam uma obra boa para ir completando-o para o Natal.
3. Calendário Tradicional de Advento:
Nesta atividade as crianças eles façam mesmos um calendário de Advento aonde marquem os dias do Advento e escrevam seus próprios propósitos a cumprir. Podem desenhar na cartolina o dia de Natal com a cena do nascimento de Jesus. As crianças todos os dias revisarão os propósitos para ir preparando seu coração para o Natal. Este calendário poderão levar para a Igreja no dia de Natal se assim o desejarem.
Sugerem-se os seguintes propósitos:
  1. Ajudarei em casa naquilo que mais me custe trabalho.
  2. Rezarei em família pela paz do mundo.
  3. Oferecerei meu dia pelas crianças que não têm papais, nem uma casa onde viver.
  4. Obedecerei a meus papais e professores com alegria.
  5. Compartilharei meu almoço com um sorriso a quem lhe faça falta.
  6. Hoje cumprirei com toda minha tarefa sem me queixar.
  7. Ajudarei a meus irmãos em algo que necessitem.
  8. Oferecerei um sacrifício pelos sacerdotes.
  9. Rezarei pelo Papa.
  10. Darei graças a Deus por tudo o que me deu.
  11. Farei um sacrifício.
  12. Lerei alguma passagem do Evangelho.
  13. Oferecerei uma comunhão espiritual a Jesus pelos que não o amam.
  14. Darei um brinquedo ou uma roupa a uma criança que não tenha.
  15. Não comerei entre refeições.
  16. Em vez de ver televisão ajudarei a minha mamãe no que necessite.
  17. Imitarei Jesus em seu perdão quando alguém me incomode.
  18. Pedirei pelos que têm fome e não comerei doces.
  19. Rezarei uma Ave Maria para demonstrar à Virgem quanto a amo.
  20. Hoje não brigarei com meus irmãos.
  21. Cumprimentarei com carinho a toda pessoa que me encontre.
  22. Hoje pedirei à Santíssima Virgem por meu país.
  23. Lerei o nascimento de Jesus no Evangelho de São Lucas 2, 1-20.
  24. Abrirei meu coração a Jesus para que nasça nele.
4. Os que esperavam a Cristo:
Nesta atividade se trata de conseguir fazer uma lista com 24 ou 28 nomes (dependendo do número de dias do Advento) de personagens do Antigo e do Novo Testamento que esperavam a vinda do Messias. Buscarão na Bíblia, desenharão os personagens e recortarão. Atrás, lhes colocarão o nome de quem é e o que disse ou fez este personagem. Pode-se utilizar como jogo.
Alguns personagens que se podem incluir:
  • Abraão: Deus disse a Abraão que sua descendência ia ser numerosa como as estrela do céu e os grãos de areia do mar, e assim foi.
  • David: Deus disse ao rei David que o Messias ia ser de sua família.
  • Isaías: Deus disse ao profeta Isaías que o Messias ia nascer da Virgem.
  • Jeremias: Deus disse ao profeta Jeremias que quando nascesse o Messias, Ele ia dar aos homens um coração novo para conhecê-lo e amá-lo muito.
  • Ezequiel: Deus disse ao profeta Ezequiel que o Messias ia ressuscitar.
  • Miquéias: Deus disse ao profeta Miquéias em Belém ia nascer seu Filho.
  • Oséias: Deus disse ao profeta Oséias que do Egito ia chamar a seu Filho.
  • Zacarias: Deus disse ao profeta Zacarias que seu filho ia entrar em Jerusalém montado em um burro.
  • Homens Sábios ou Reis Magos: esperavam a vinda do Salvador dos homens.
  • Os pastores: Foram avisados por um anjo do grande acontecimento.

ADVENTO






POR QUE CELEBRAMOS O ADVENTO ?


Latim ad-venio, chegar.
Conforme o uso atual [1910], o Advento é um tempo litúrgico que começa no Domingo mais próximo à festa de Santo André Apóstolo (30 de Novembro) e abarca quatro Domingos. O primeiro Domingo pode ser adiantado até 27 de Novembro, e então o Advento tem vinte e oito dias, ou atrasar-se até o dia 3 de Dezembro, tendo somente vinte e um dias.
Com o Advento começa o ano eclesiástico nas Igrejas ocidentais. Durante este tempo, os fiéis são exortados a se prepararam dignamente para celebrar oaniversário da vinda do Senhor ao mundo como a encarnação do Deus de amor, de maneira que suas almas sejam moradas adequadas ao Redentor que vem através da Sagrada Comunhão e da graça, e em conseqüência estejam preparadas para sua vinda final como juiz, na morte e no fim do mundo.


Simbolismo

A Igreja prepara a Liturgia neste tempo para alcançar este fim. Na oração oficial, o Breviário, no Invitatório das Matinas, chama a seus ministros a adorar "ao Rei que vem, ao Senhor que se aproxima", "ao Senhor que está próximo", "ao que amanhã contemplareis sua glória". Como Primeira Leitura do Ofício de Leitura introduz capítulos do profeta Isaías, que falam em termos depreciativos da gratidão da casa de Israel, o filho escolhido que abandonou e esqueceu seu Pai; que anunciam o Varão de Dores ferido pelos pecados de seu povo; que descrevem fielmente a paixão e morte do Redentor que vem e sua glória final; que anunciam a congregação dos Gentis em torno ao Monte Santo. As Segundas Leituras do Ofício de Leitura em três Domingos são tomadas da oitava homilia do Papa São Leão (440-461) sobre o jejum e a esmola, como preparação para a vinda do Senhor, e em um dos Domingos (o segundo) do comentário de São Jerônimo sobre Isaías 11,1, cujo texto ele interpreta referido a Santa Maria Virgem como "a renovação do tronco de Jessé". Nos hinos do tempo encontramos louvores à vinda de Cristo como Redentor, o Criador do universo, combinados com súplicas ao juiz do mundo que vem para proteger-nos do inimigo. Similares idéias são expressadas nos últimos sete dias anteriores à Vigília de Natal nas antífonas do Magnificat. Nelas, a Igreja pede à Sabedoria Divina que nos mostre o caminho da salvação; à Chave de Davi que nos livre do cativeiro; ao Sol que nasce do alto que venha a iluminar nossas trevas e sombras de morte etc. Nas Missas é mostrada a intenção da Igreja na escolha das Epístolas e Evangelhos. Nas Epístolas é exortado ao fiel que, dada a proximidade do Redentor, deixe as atividades das trevas e se vista com as armas da luz; que se conduza como em pleno dia, com dignidade, e vestido do Senhor Jesus Cristo; mostra como as nações são chamadas a louvar o nome do Senhor; convida a estar alegres na proximidade do Senhor, de maneira que a paz de Deus, que ultrapassa todo juízo, custodie os corações e pensamentos em Cristo Jesus; exorte a não julgar, a deixar que venha o Senhor, que manifestará os segredos escondidos nos corações. Nos Evangelhos, a Igreja fala do Senhor, que vem em sua glória; dAquele no qual e através do qual as profecias são cumpridas; do Guia Eterno em meio aos Judeus; da voz no deserto, "Preparai o caminho do Senhor". A Igreja em sua Liturgia nos devolve no espírito ao tempo anterior à encarnação do Filho de Deus, como se ainda não tivesse ocorrido. O Cardeal Wiseman disse:
Estamos não somente exortados a tirar proveito do bendito acontecimento, como também a suspirar diariamente como nossos antigos pais, "Gotejai, ó céus, lá do alto, derramem as nuvens a justiça, abra-se a terra e brote a salvação". As Coletas nos três dos quatro Domingos deste tempo começam com as palavras, "Senhor, mostra teu poder e vem" - como se o temor a nossas iniqüidades previsse seu nascimento.

Duração e Ritual

Todos os dias de Advento devem ser celebrados no Ofício e Missa do Domingo ou Festa correspondente, ou ao menos deve ser feita uma Comemoração dos mesmos, independentemente do grau da festa celebrada. No Ofício Divino oTe Deum, jubiloso hino de louvor e ação de graças, se omite; na Missa o Glória in excelsis não se diz. O Alleluia, entretanto, se mantém. Durante este tempo não pode ser feita a solenização do matrimonio (Missa e Bênção Nupcial); incluindo na proibição a festa da Epifania. O celebrante e os ministros consagrados usam vestes violeta. O diácono e subdiácono na Missa, no lugar das túnicas usadas normalmente, levam casulas com pregas. O subdiácono a tira durante a leitura da Epístola, e o diácono a muda por outra, ou por uma estola mais larga, posta sobre o ombro esquerdo entre o canto do Evangelho e a Comunhão. Faz-se uma exceção no terceiro Domingo (Domingo Gaudete), no qual as vestes podem ser rosa, ou de um violeta enriquecido; os ministros consagrados podem neste Domingo vestir túnicas, que também podem ser usadas na Vigília do Natal, ainda que fosse no quarto Domingo de Advento. O Papa Inocêncio III (1198-1216) estabeleceu o negro como a cor a ser usada durante o Advento, mas o violeta já estava em uso ao final do século treze. Binterim diz que havia também uma lei pela qual as pinturas deviam ser cobertas durante o Advento. As flores e as relíquias de Santos não deviam ser colocadas sobre os altares durante o Ofício e as Missas deste tempo, exceto no terceiro Domingo; e a mesma proibição e exceção existia relacionada com o uso do órgão. A idéia popular de que as quatro semanas de Advento simbolizam os quatro mil anos de trevas nas quais o mundo estava envolvido antes da vinda de Cristo não encontra confirmação na Liturgia.

Origem Histórica

Não pode ser determinada com exatidão quando foi pela primeira vez introduzida na Igreja a celebração do Advento. A preparação para a festa de Natal não deve ser anterior à existência da própria festa, e desta não encontramos evidência antes do final do século quarto quando, de acordo com Duchesne [Christian Worship (London, 1904), 260], era celebrada em toda a Igreja, por alguns no dia 25 de Dezembro, por outros em 6 de Janeiro. De tal preparação lemos nas Atas de um sínodo de Zaragoza em 380, cujo quarto cânon prescreve que desde dezessete de Dezembro até a festa da Epifania ninguém devesse permitir a ausência da igreja. Temos duas homilias de São Máximo, Bispo de Turim (415-466), intituladas "In Adventu Domini", mas não fazem referência a nenhum tempo especial. O título pode ser a adição de um copista. Existem algumas homilias, provavelmente a maior parte de São Cesáreo, Bispo de Arles (502-542), nas quais encontramos menção de uma preparação antes do Natal; todavia, a julgar pelo contexto, não parece que exista nenhuma lei geral sobre a matéria. Um sínodo desenvolvido (581) em Macon, na Gália, em seu nono cânon, ordena que desde o dia onze de Novembro até o Natal o Sacrifício seja oferecido de acordo ao rito Quaresmal nas Segundas, Quartas e Sextas-feiras da semana. O Sacramentário Gelasiano anota cinco domingos para o tempo; estes cinco eram reduzidos a quatro pelo Papa São Gregório VII (1073-85). A coleção de homilias de São Gregório o Grande (590-604) começa com um sermão para o segundo Domingo de Advento. No ano 650, o Advento era celebrado na Espanha com cinco Domingos. Vários sínodos fizeram cânones sobre os jejuns a observar durante este tempo, alguns começavam no dia onze de Novembro, outros no quinze, e outros com o equinócio de outono. Outros sínodos proibiam a celebração do matrimônio. Na Igreja Grega não encontramos documentos sobre a observância do Advento até o século oitavo. São Teodoro o Estudita (m. 826), que falou das festas e jejuns celebrados comumente pelos Gregos, não faz menção deste tempo. No século oitavo encontramos que, desde o dia 15 de Novembro até o Natal, é observado não como uma celebração litúrgica, mas como um tempo de jejum e abstinência que, de acordo com Goar, foi posteriormente reduzido a sete dias. Mas um concílio dos Rutenianos (1720) ordenava o jejum de acordo com a velha regra desde o quinze de Novembro. Esta é a regra ao menos para alguns dos Gregos. De maneira similar, os ritos Ambrosiano e Moçárabe não têm liturgia especial para o Advento, mas somente o jejum.

Fonte: Acidigital

Histórias de Advento






O SONHO DA VIRGEM MARIA
José, ontem à noite tive um sonho muito estranho, como um pesadelo. A verdade é que não o entendo. Tratava-se de uma festa de aniversário de nosso Filho.
A família esteve se preparando por semanas decorando sua casa. Apressavam-se de loja em loja comprando todos os tipos de presentes. Parece que toda a cidade estava no mesmo porque todas as lojas estavam abarrotadas. Mas achei algo muito estranho: nenhum dos presentes era para nosso Filho.
Envolveram os presentes em papéis muito lindos e colocaram fitas e laços muito belos. Então os puseram sob uma árvore. Se, uma árvore, José, aí mesmo dentro de sua casa. Também decoraram a árvore; os ramos estavam cheios de bolas coloridas e ornamentos brilhantes. Havia uma figura no topo da árvore. Parecia um anjinho. Estava lindo.
Por fim, o dia do aniversário de nosso Filho chegou. Todos riam e pareciam estar muito felizes com os presentes que davam e recebiam. Mas veja José, não deram nada a nosso Filho. Eu acredito que nem sequer o conheciam. Em nenhum momento mencionaram seu nome. Não lhe parece estranho, José, que as pessoas tenham tanto trabalho para celebrar o aniversário de alguém que nem sequer conhecem? Parecia-me que Jesus se sentiria como um intruso se tivesse assistido a sua própria festa de aniversário.
Tudo estava precioso, José, e todo mundo estava tão feliz, mas tudo ficou nas aparências, no gosto dos presentes. Dava-me vontade de chorar, pois essa família não conhecia Jesus. Que tristeza tão grande para Jesus - não ser convidado a Sua própria festa!
Estou tão contente de que tudo era um sonho, José. Que terrível se esse sonho fosse realidade!

O MELHOR PRESENTE DE NATAL
Em 1994, dois americanos responderam a um convite do Departamento de Educação Russa, para ensinar moral e ética (apoiado em princípios bíblicos) nas escolas públicas. Foram convidados para ensinar nas prisões, negócios, corpos de bombeiro e polícia, e em um imenso orfanato. Cerca de 100 meninos e meninas que tinham sido abandonados, abusados, e deixados aos cuidados de um programa do governo, estavam neste orfanato. Eles relatam esta historia em suas próprias palavras.
Aproximavam-se os dias de festas Natalinas, 1994, tempo para que nossos órfãos escutassem pela primeira vez, a história tradicional de Natal. Contamos como Maria e José chegaram a Belém. Não encontraram albergue na estalagem e o casal foi a um estábulo, onde nasceu o menino Jesus e foi posto em um presépio.
Durante o relato da história, os meninos e os trabalhadores do orfanato estavam assombrados enquanto escutavam. Alguns estavam sentados ao lado de seus tamboretes, tratando de captar cada palavra. Terminando a história, demos aos meninos três pequenos pedaços de cartolina para que construíssem um presépio. A cada menino demos um pedaço de papel quadrado cortados de uns guardanapos amarelos, que eu havia trazido comigo pois não haviam guardanapos de cores na cidade.
Seguindo as instruções, os meninos rasgaram o papel e colocaram as tiras com muito cuidado no presépio. Pequenos pedaços de quadros de flanela, cortados de uma velha camisola de dormir que tinha descartado uma senhora Americana ao ir-se da Rússia, foi usado para a manta do bebê. Um bebê tipo boneca foi talhado de uma felpa cor canela que havíamos trazido dos Estados Unidos.
Os órfãos estavam ocupados montando seus presépios, enquanto eu caminhava entre eles para ver se necessitavam ajuda. Parecia ir tudo bem até que chegue a uma das mesas onde estava sentado o pequeno Misha. Parecia ter uns 6 anos e já tinha terminado seu projeto. Quando olhei no presépio deste pequeno, surpreendeu-me ver não um, mas dois bebês no presépio. Em seguida chamei o tradutor para que lhe perguntasse ao menino porque haviam dois bebês no presépio. Cruzando seus braços e olhando a seu presépio já terminado, começou a repetir a história muito seriamente.
Para ser um menino tão pequeno que só tinha escutado a história de Natal uma vez, contou o relato com exatidão… até chegar à parte onde Maria coloca o bebê no presépio. Então Misha começou a acrescentar. Inventou seu próprio fim da história dizendo, " e quando Maria colocou o bebê no presépio, Jesus me olhou e me perguntou se eu tinha um lugar onde ir. Eu lhe disse, "não tenho mamãe e não tenho papai, assim não tenho onde ficar. Então Jesus me disse que eu podia ficar com Ele. Mas lhe disse que não podia porque não tinha presente para lhe dar como tinham feito outros. Mas tinha tantos desejos de ficar com Jesus, que pensei que poderia lhe dar de presente. Pensei que se o pudesse lhe manter quente, isso fora um bom presente.
Perguntei ao Jesus, " Se te mantiver quente, seria isso um bom presente?"E Jesus me disse, "Se me mantiver quente, esse seria o melhor presente que me tenham dado".Assim que me meti no presépio, e então Jesus me olhou e me disse que me poderia ficar com O… para sempre". Enquanto o pequeno Misha termina sua história, seus olhos se transbordavam de lágrimas que lhes salpicavam por suas bochechas. Pondo sua mão sobre seu rosto baixou sua cabeça para a mesa e seus ombros se estremeciam enquanto soluçava e soluçava. Ele pequeno órfão tinha encontrado alguém que nunca o abandonaria ou o abusasse, alguém que se manteria com ele… PARA SEMPRE. Graças a Misha aprendi que o que conta, não é o que alguém tem em sua vida, se não, a quem alguém tem em sua vida. Não acredito que o ocorrido a Misha fosse imaginação. Acredito que Jesus seriamente lhe convidou a estar junto A ELE PARA SEMPRE. Jesus faz esse convite a todos, mas para escutá-lo terá que ter coração de criança.
Autor Desconhecido, traduzido e modificado pela equipe SCTJM

TRÊS ÁRVORES SONHAM

Era uma vez, no cume de uma montanha, três pequenas árvores amigas que sonhavam grande sobre o que o futuro proporcionaria para elas.

A primeira arvorezinha olhou para as estrelas e disse: "Eu quero guardar tesouros. Quero estar repleta de ouro e ser cheia de pedras preciosas. Eu serei o baú de tesouros, mas formoso do mundo".
A segunda arvorezinha observou um pequeno arroio em seu caminho por volta do mar e disse: "Eu quero viajar através de mares imensos e levar a reis poderosos sobre mi. Eu serei o navio mas importante do mundo". A terceira arvorezinha olhou para o vale e viu homens curvados de tantos infortúnios, fruto de seus pecados e disse: "Eu não quero jamais deixar o topo da montanha. Quero crescer tão alto que quando as pessoas do povoado se detenha para me olhar, levantarão seu olhar ao céu e pensarão em Deus. Eu serei a árvore, mas alta do mundo".Os anos passaram. Choveu, brilhou o sol e as pequenas árvores se converteram em majestosos cedros. Um dia, três lenhadores subiram ao cume da montanha. O primeiro lenhador olhou à primeira árvore e disse: "Que árvore tão formosa!", E com o arremesso de seu brilhante machado a primeira árvore caiu. "Agora me deverão converter em um baú formoso, vou conter tesouros maravilhosos", disse a primeira árvore.
Outro lenhador olhou a segunda árvore e disse: "Esta árvore é muito forte, é perfeita para mim!". E com o arremesso de seu brilhante machado, a segunda árvore caiu. "Agora deverei navegar mares imensos", pensou a segunda árvore, "Deverei ser o navio, mas importante para os reis, mas capitalistas da terra".
A terceira árvore sentiu seu coração afundar-se de pena quando o último lenhador se fixou nela. A árvore se parou direito e alto, apontando ao céu. Mas o lenhador nem sequer olhou para cima, e disse: "Qualquer árvore me servirá para o que procuro!". E com o arremesso de seu brilhante machado, a terceira árvore caiu.
A primeira árvore se emocionou quando o lenhador a levou a oficina, mas logo veio a tristeza. O carpinteiro o converteu em um mero presépio para alimentar as bestas. Aquela árvore formosa não foi preenchida com ouro, nem conteve pedras preciosas. Foi apenas usada para pôr o pasto.
A segunda árvore sorriu quando o lenhador o levou perto de um estaleiro. Mas não estava junto ao mar mas sim a um lago. Não haviam por ali reis a não ser pobres pescadores. Em lugar de converter-se no grande navio de seus sonhos, fizeram dela uma simples barcaça de pesca, muito pequena e débil para navegar no oceano. Ali ficou no lago com os pobres pescadores que nada de importância têm para a história.
Passou o tempo. Uma noite, brilhou sobre a primeira árvore a luz de uma estrela dourada. Uma jovem pôs a seu filho recém-nascido naquele humilde presépio. "Eu queria lhe haver construído um formoso berço", disse-lhe seu marido... A mãe lhe apertou a mão e sorriu enquanto a luz da estrela iluminava o menino que agradavelmente dormia sobre a palha e a rudimentar madeira do presépio. "O presépio é formoso" disse ela e, de repente, a primeira árvore compreendeu que continha o maior tesouro do universo.
Passaram os anos e uma tarde, um gentil mestre de um povo vizinho subiu com uns poucos seguidores a bordo do velho barco de pesca. O mestre, esgotado, ficou dormindo enquanto a segunda árvore navegava tranqüilamente sobre o lago. De repente, uma impressionante e aterradora tormenta se abateu sobre eles. A segunda árvore se encheu de temor, pois as ondas eram muito fortes para o pobre barco em que se converteu. Apesar de seus melhores esforços, faltavam-lhe as forças para levar a seus tripulantes seguros à borda. Naufragava!. Que grande pena, pois não servia nem para um lago!. Sentia-se um verdadeiro fracasso. Assim pensava quando o mestre, sereno, levanta-se e, elevando sua mão deu uma ordem: "calma". Imediatamente, a tormenta lhe obedeceu e deu lugar a um remanso de paz. De repente a segunda árvore, convertida no barco de Pedro, soube que levava a bordo o rei do céu, terra e mares.
A terceira árvore foi convertida em lenhos e por muitos anos foram esquecidos como escombros em um escuro armazém militar. Que triste jazia naquela penúria inútil, que longe parecia seu sonho de juventude! De repente uma sexta-feira na manhã, alguns homens violentos tomaram bruscamente esses madeiros. A terceira árvore se horrorizou ao ser forçada sobre as costas de um inocente que tinha sido golpeado sem misericórdia.
Aquele pobre réu o carregou, doloroso, pelas ruas ante o olhar de todos. Ao fim chegaram a uma colina fora da cidade e ali lhe cravaram mãos e pés. Fico pendurado sobre os madeiros da terceira árvore e, sem queixar-se, apenas rezava a seu Pai enquanto seu sangue se derramava sobre os madeiros. A terceira árvore se sentiu envergonhado, pois não só se sentia uma fracassada, sentia-se além cúmplice daquele crime ignominioso. Sentia-se tão vil como aqueles blasfemos diante da vítima elevada. Mas no domingo na manhã, quando ao brilhar o sol, a terra se estremeceu sob suas madeiras, a terceira árvore compreendeu que algo muito maior havia ocorrido. De repente tudo tinha mudado.
Seus lenhos banhados em sangue agora refulgiam como o sol. Encheu-se de felicidade e soube que era a árvore, mas valiosa que tinha existido ou existirá jamais, pois aquele homem era o rei de reis e se valeu dela para salvar o mundo! A cruz era trono de glória para o rei vitorioso. Cada vez que as pessoas pensem nele recordarão que a vida tem sentido, que são amadas, que o amor triunfa sobre o mal. Por todo mundo e por todos os tempos milhares de árvores o imitarão, convertendo-se em cruzes que pendurarão no lugar, mas digno das Igrejas e lares. Assim todos pensarão no amor de Deus e, de uma maneira misteriosa, chegou a tornar-se realidade seu sonho. A terceira árvore se converteu no, mas alto do mundo, e ao olhá-lo todos pensarão em Deus. Fonte: Acidigital

Mensagem de "paz e fraternidade" do Papa a Bartolomeu I

2013-11-30 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma Mensagem ao Patriarca Ecumênico, Bartolomeu I, por ocasião da festa de Santo André Apóstolo, irmão de São Pedro, que se celebra neste sábado, 30.
Em sua Mensagem a Bartolomeu I, o Santo Padre destaca o “diálogo, perdão e reconciliação como meios possíveis para resolver o conflito no Oriente Médio”, como também a dramática situação de tantas pessoas, que sofrem por causa da violência, da guerra, da fome, da pobreza e de desastres naturais, e o direito dos cristãos médio-orientais de permanecer na própria pátria.
Por isso, o Bispo de Roma faz seu premente apelo “a rezar pela paz na região” e insiste para que “se continue a trabalhar pela reconciliação e o justo reconhecimento dos direitos dos povos”.
Dirigindo, depois, seu pensamento ao martírio de Santo André, irmão de São Pedro, o Pontífice recorda “todos aqueles cristãos que, no mundo, sofrem por tantas formas de discriminação e, às vezes, até pagam com o próprio sangue o alto preço da sua profissão de fé”.
Como o Edito de Constantino, que há 1.700 anos pôs um ponto final à perseguição religiosa no Império Romano do Oriente e do Ocidente, também hoje, frisa o Papa, “os cristãos do Oriente e do Ocidente devem dar testemunho comum, para difundir a mensagem da salvação do Evangelho ao mundo inteiro”.
Logo, torna-se urgente e necessária “uma cooperação eficaz e diligente entre os cristãos, a fim de tutelar, por toda a parte, o direito de manifestar a própria fé, publicamente”, e ainda para que os cristãos “sejam tratados com igualdade, ao propagarem o cristianismo na sociedade e na cultura contemporânea”.
A seguir, o Papa Francisco fala, em sua Mensagem a Bartolomeu I, sobre o caminho ecumênico, que, no próximo ano, 2014, comemora o 50° aniversário do encontro histórico, em Jerusalém, entre Paulo VI e o Patriarca Ecumênico, Atenágoras.
O Pontífice frisa que “os cristãos são membros de uma mesma família, experimentam a alegria da autêntica fraternidade em Cristo”, apesar de estarem cientes de que “a plena comunhão ainda não foi plenamente atingida”. Neste sentido, o Papa chama a atenção dos cristãos, “a fim de se preparar para receber este dom de Deus mediante a oração, a conversão interior, a renovação da vida e o diálogo fraterno”.
Por fim, o Bispo de Roma confirma a intenção de “prosseguir as relações fraternas entre a Igreja de Roma e o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla”; e concluiu sua Mensagem com palavras de “profunda estima e calorosa amizade, em Cristo, enviando a Bartolomeu I um abraço fraterno de paz”! (MT)
Fonte: News.VA

Santo do Dia -Santo André Apóstolo

Hoje a Igreja está em festa, pois celebramos a vida de um escolhido do Senhor para pertencer ao número dos Apóstolos.

Santo André nasceu em Betsaida, no tempo de Jesus, e de início foi discípulo de João Batista até que aproximou-se do Cordeiro de Deus e com São João, começou a segui-lo, por isso André é reconhecido pela Liturgia como o “protocleto”, ou seja, o primeiro chamado: “Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!”
Santo André se expressa no Evangelho como “ponte do Salvador”, porque é ele que se colocou entre seu irmão Simão Pedro e Jesus; entre o menino do milagre da multiplicação dos pães e Cristo; e, por fim, entre os gentios (gregos) e Jesus Cristo. Conta-nos a Tradição que depois do Batismo no Espírito Santo em Pentecostes, Santo André teria ido pregar o Evangelho na região dos mares Cáspio e Negro.
Apóstolo da coragem e alegria, Santo André foi fundador das igrejas na Acaia, onde testemunhou Jesus com o seu próprio sangue, já que foi martirizado numa cruz em forma de X, a qual recebeu do santo este elogio: “Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!”
Santo André Apóstolo, rogai por nós!

Primeira Leitura (Rm 10,9-18)




Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.
Irmãos, 9se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. 10É crendo no coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se consegue a salvação.11Pois a Escritura diz: “Todo aquele que nele crer não ficará confundido”. 12Portanto, não importa a diferença entre judeu e grego; todos têm o mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam. 13De fato, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo. 14Mas, como invocá-lo, sem antes crer nele? E como crer, sem antes ter ouvido falar dele? E como ouvir, sem alguém que pregue? 15E como pregar, sem ser enviado para isso?
Assim é que está escrito: “Quão belos são os pés dos que anunciam o bem”. 16Mas nem todos obedeceram à Boa Nova. Pois Isaías diz: “Senhor, quem acreditou em nossa pregação?” 17Logo, a fé vem da pregação e a pregação se faz pela palavra de Cristo. 18Então, eu pergunto: Será que eles não ouviram? Certamente que ouviram, pois “a voz deles se espalhou por toda a terra, e as suas palavras chegaram aos confins do mundo”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje (Sl 18)


— Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
R- Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
1- Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia. R
2- Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz. R

Compreendendo e Refletindo

Convide os seus, convide outros para que conheçam o Senhor, para que se tornem conhecidos pelo Senhor, e você será uma mão de Deus para o seu irmão.
“Jesus disse a eles: ‘Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens’. Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram” (Mt 4,19-20).
Amados irmãos e irmãs no Senhor, nós celebramos, hoje, o dia do apóstolo Santo André, irmão de Simão Pedro. Os dois estavam trabalhando quando foram chamados pelo Senhor para o seguimento d’Ele. E deixaram imediatamente tudo para O seguirem e viverem a vida do Mestre.
Ainda que o Evangelho de hoje nos aponte os dois, Simão e André, chegando juntos para seguir o Senhor, é importante lembrar que, em outro relato do Evangelho, é André quem encontra primeiro o Messias e fica encantado com ele. Ele vê que Jesus é, de fato, o Senhor e ele quer realmente segui-­Lo.
O que André faz? Ele vai atrás de seu irmão Simão e diz: “Encontramos o Messias, encontramos o Senhor, vamos ao seu encontro!”. É André quem pega Simão pela mão, para que ele também vá ao encontro do Senhor. André é aquele que leva e que conduz o irmão para seguir Jesus.
Na vida de todos nós temos também “Andrés” que foram importantes, que nos levaram, que nos conduziram, para que nós também conhecêssemos Jesus. O primeiro “André” que eu tive foi minha mãe, que me levou à igreja, que me colocou no caminho. Foi ela quem me chamou, quem me importunou e me disse que Jesus era o Messias. Foi assim que comecei a seguir o Senhor.
Na sua vida, quem foi o “André” que lhe apresentou Jesus? Quem foi o “André” que lhe apontou a direção e o Messias como o Senhor da vida? E você? Tem sido um “André” na vida de alguém? Você tem mostrado para outros irmãos, seja da sua casa, seja da sua família ou do seu emprego, onde quer que você se encontre, querido irmão, que Jesus é o Senhor?
Hoje, eu proponho a você este desafio: pegue o outro pela mão e diga: “Encontramos o Messias!”. Leve-o à igreja, vá à casa de alguém que há muito tempo não vai à igreja, ofereça-lhe uma carona e convide-o a ir à igreja. Tem convite para festa, para churrasco; tem convite para tudo, falta­-nos a ousadia que Santo André teve.
Convide os seus e os outros para que eles também conheçam o Senhor e para que se tornem conhecidos pelo Senhor, e você será uma mão de Deus para o seu irmão. Que Santo André interceda por nós!
Que Deus o abençoe.
Padre Roger Araújo - Canção Nova

Evangelho (Mt 4,18-22)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. 21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou.22Eles, imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Homilia Papa em Santa Marta: o pensamento do cristão é livre e não uniforme

2013-11-29 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre celebrou Missa, na manhã desta sexta-feira, na Capela da Casa Santa Marta no Vaticano, onde reside.
Partindo da Liturgia do dia, o Papa explicou qual deve ser “o modo de pensar de um cristão”. O cristão, disse, deve pensar segundo Deus e, por isso, rejeitar um pensamento frágil e uniforme. Quem segue Jesus, não pensa só com a própria cabeça, mas com o coração e o espírito, dentro de si, para poder entender a ação de Deus na história.
Jesus ensina seus discípulos a compreender os sinais dos tempos, que os fariseus não conseguiam. Ele quer que entendamos o que realmente acontece no coração, na vida, no mundo, na história. Eis os sinais dos tempos! Pelo contrário, o espírito do mundo nos faz outras propostas e nos sugere seguir o caminho da uniformidade, sem pensamento e sem liberdade. E o Papa continuou:
“O pensamento uniforme, o pensamento igual e frágil é um pensamento difundido... O espírito deste mundo tenta impedir o que Jesus nos pede: um pensamento livre por parte do homem, que faz parte do Povo de Deus. Eis o significado da salvação: ser povo, ser povo de Deus, viver na liberdade”.
Com efeito, recordou o Pontífice, Jesus quer que pensemos livremente, para entender o que acontece em nós e ao nosso redor. Devemos saber qual é a verdade. Para que isto aconteça, não podemos agir sozinhos, mas precisamos da ajuda do Senhor. Somente assim podemos entender os sinais dos tempos, sobretudo através da inteligência, que nos foi dada como dom do Espírito Santo. Então, qual o meio que o Senhor nos propõe? E o Papa respondeu:
“Sempre através do espírito de inteligência, para entender os sinais dos tempos. É belo pedir ao Senhor Jesus esta graça: que nos envie o seu espírito de inteligência, afim de que não tenhamos um pensamento frágil, um pensamento uniforme... mas um pensamento que brota da alma, do coração e que dá o verdadeiro sentido dos sinais dos tempos”. (MT)

Fonte: News.VA

Ano de 2015 estará dedicado à vida consagrada, anuncia o Papa

Foto Grupo ACI
VATICANO, 29 Nov. 13 / 03:42 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco anunciou hoje que o ano 2015 estará dedicado à vida consagrada, ao receber em uma audiência de umas três horas à União de Superiores Gerais que celebrou a sua LXXXII assembleia no Salesianum de Roma, de 27 a 29 de novembro.
No encontro não houve um discurso do Papa preparado com antecipação e se tratou de uma longa conversa fraternal e cordial, com perguntas e respostas. Conforme informa um comunicado da União de Superiores Gerais, o Santo Padre disse que os religiosos "são homens e mulheres que podem despertar o mundo. A vida consagrada é profecia. Deus nos pede que deixemos o ninho que nos acolhe e que saiamos aos limites do mundo evitando a tentação de submetê-los. Esta é a forma mais eficaz de imitar o Senhor".
O Pontífice mencionou logo os quatro pilares da formação: espiritual, intelectual, comunitário e apostólico. É imprescindível evitar qualquer forma de hipocrisia e de clericalismo através de um diálogo franco e aberto sobre todos os aspectos da vida, "a formação é uma tarefa artesanal, não um trabalho de polícia", destacou, e seu objetivo é "formar religiosos que tenham um coração terno e não ácido como o vinagre. Todos somos pecadores, mas não corruptos. Temos que aceitar os pecadores, não os corruptos".
Ao concluir, o Papa disse: "Obrigado, pelo que fazem e pelo seu espírito de fé e de serviço. Obrigado pelo seu testemunho e também pelas humilhações pelas quais têm que passar".
Fonte: Acidigital

O Papa Francisco visitaria Terra Santa em maio de 2014

Foto Grupo ACI
DENVER, 29 Nov. 13 / 12:00 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco já teria programado a sua histórica viagem à Terra Santa para 2014, conforme assinalou a rede CNN com informação de uma fonte oficial de Israel.
As datas para esta esperada visita do Santo Padre à Terra Santa seriam no domingo 25 e na segunda-feira 26 de maio do próximo ano. Espera-se, entre as suas distintas atividades, que o Papa se reúna com autoridades de Israel e da Palestina.
Nos próximos dias espera-se que uma delegação oficial do Vaticano viaje à Terra Santa para os últimos preparativos da viagem.
Faz uns dias, um grupo de turistas colombianos visitou uma casa dos franciscanos próxima ao Cenáculo na cidade de Jerusalém. Mateo Rojas fazia parte desta peregrinação e assinalou ontem ao Grupo ACI que "o guia nos disse que já haviam confirmado que o Papa estará aqui no próximo ano celebrando Missa".
"É muito significativo para nós cristãos que nosso Papa vá à Terra Santa, onde estão os lugares que o Senhor escolheu com predileção para redimir a todo o gênero humano", afirmou.
Fonte: Acidigital

Texto da Evangelii Gaudium do Papa Francisco lembra a forma que Pedro falava com Jesus

Papa Francisco. Foto: Grupo ACI
ROMA, 29 Nov. 13 / 09:54 am (ACI/EWTN Noticias).- O Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, considera que a primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco Evangelii Gaudium (A alegria do Evangelho), lembra as conversas entre Jesus e São Pedro, o primeiro Pontífice da história.
O Papa Francisco na Evangelii Gaudium "me recorda o episódio do Evangelho no qual Jesus diz a Pedro: ‘Pedro, eu, rezei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, quando tiveres voltado para Mim, fortalece os teus irmãos’. Pois bem, a tarefa do Papa Francisco como a nossa, é confirmar os irmãos na fé", explicou Dom Celli em 26 de novembro em uma entrevista concedida ao Grupo ACI no Vaticano.
"Acho que esta Exortação Apostólica se situa na grande preocupação que hoje o Papa Francisco está dando à Igreja. O Papa Francisco convida a Igreja a assumir uma atitude de encontro, de ir ao encontro do homem e da mulher de hoje e demonstrar a estes homens e mulheres o amor do Pai, assim como se caracterizou na vida, nos ensinamentos, na morte e ressurreição de Jesus", acrescentou.
A autoridade vaticana assegurou que com o texto o Papa foge de todo proselitismo e busca ser exemplo para o homem com a ação e a palavra.
"Nós não falamos de proselitismo, temos que ser missionários anunciando com o testemunho de vida, e se for necessário também usar as palavras e explicar quem é Jesus para nós", e "o Papa convida a ter valor, a ter coragem, a ter este impulso missionário para isto", acrescentou.
Dom Celli considerou que com a Evangelii Gaudium o Papa devolve a alegria intrínseca que deve levar o anúncio do Evangelho: "Tem umas partes muito simpáticas na Evangelii Gaudium. Diz que muitos cristãos parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa, e que há muitos evangelizadores que têm cara de funeral. E isto não pode ser, é necessário redescobrir para todos a alegria de estar com Jesus, da profunda conversão, de sentir-nos amados pelo Pai e viver em plenitude esta conversão".
"A alegria é a primeira dimensão da Evangelii Gaudium que me parece a mais importante, a alegria do Evangelho, porque é indubitável que muitas vezes a vida, as dificuldades, as mil preocupações não ajudam o homem a experimentar a alegria de viver com Jesus e de ter recebido Jesus no próprio caminho existencial", expressou.
"Como sabem, na última ceia Jesus disse a seus discípulos: digo-lhes estas coisas para que minha alegria esteja em vós e minha alegria seja plena e o Papa recorda a todos que desde o começo, o anúncio de Jesus esteve marcado pela alegria".
O Arcebispo Celli resgatou do texto que a fé não se pode levar a meias ou com peso, mas tem que ser uma fé alegre, cheia de alegria por ter encontrado o Senhor.
Além disso, também assinalou que com este texto o Santo Padre se mescla totalmente entre os fiéis para expressar seu coração de pastor: "o coração de um homem que caminha entre nós. Sim, é certo que é o Bispo de Roma, é o Sucessor de Pedro, mas compartilha conosco o caminho, é nosso pastor, nosso guia", disse.
"Acho que isso é um ponto fundamental, a Igreja existe para anunciar o Evangelho, para anunciar Jesus, e hoje é necessário fazê-lo sabendo em que cultura e situação de vida vive o homem de hoje, o Papa quer que a Igreja saiba dialogar, saiba caminhar, e saiba expressar sua simpatia pelo ser humano e estabelecer com ele um diálogo respeitoso para anunciar Jesus Cristo", concluiu.
A exortação apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco em espanhol tem uma extensão de 142 páginas e está dividida em uma introdução e cinco capítulos: "A transformação missionária da Igreja", "Na crise do compromisso comunitário", "O anúncio do Evangelho", "A dimensão social da Evangelização" e "Evangelizadores com espírito".
A Evangelii Gaudium foi apresentada na Sala de Imprensa do Vaticano por Dom Celli, Dom Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização, e pelo Secretário Geral do Sínodo dosBispos, Dom Lorenzo Baldisseri.
Fonte: Acidigital