segunda-feira, 30 de junho de 2014

Papa entrega pálio a dois arcebispos brasileiros


000000bispospalioOntem, 29, solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo, o papa Francisco presidiu missa com imposição do Pálio a 24 novos arcebispos, entres eles os brasileiros dom Jaime Spengler, de Porto Alegre (RS), e dom José Luiz Majella Delgado, de Pouso Alegre (MG). O Pálio é uma insígnia exclusiva dos arcebispos e do patriarca de Jerusalém do rito latino. Trata-se de uma estola feita de lã branca de cordeiro, com seis cruzes e franjas pretas, que representa o poder que o arcebispo recebe na província eclesiástica.
Em sua homilia, o papa Francisco disse que “nos primeiros tempos do serviço de Pedro, na comunidade cristã de Jerusalém havia grande apreensão por causa das perseguições de Herodes contra alguns membros da Igreja”. Francisco recordou a morte de Tiago e a prisão de Pedro. “Estava este guardado e acorrentado na prisão, quando ouve a voz do Anjo que lhe diz: ‘Ergue-te depressa! (…) Põe o cinto e calça as sandálias (…) Cobre-te com a capa e segue-me’”, citou. Segundo Francisco, Pedro percebe que Deus o libertou do medo das cadeias.
Para Francisco, o testemunho de Pedro lembra que o verdadeiro refúgio é a confiança em Deus. “Esta afasta todo o medo e torna-nos livres de toda a escravidão e de qualquer tentação mundana. Hoje nós – bispos de Roma e os outros bispos, especialmente os metropolitanos que receberam o Pálio – sentimos que o exemplo de São Pedro nos desafia a verificar a nossa confiança no Senhor”, disse.
De acordo com o papa, “Pedro experimentou que a fidelidade de Deus é maior do que as nossas infidelidades, e mais forte do que as nossas negações”.
“A fidelidade que Deus, sem cessar, nos confirma também a nós, Pastores, independentemente dos nosso méritos, é a fonte de nossa confiança e da nossa paz. A fidelidade do Senhor para conosco mantém sempre aceso em nós o desejo de O servir e de servir os irmãos na caridade”, acrescentou.
Fonte: Imprensa CNBB com  informações da Rádio Vaticano.

Padre Reginaldo Guimarães Lima celebra 19 anos de vida Sacerdotal


padre5220
Acontecerá no dia 1º de julho, às 19h, na Paróquia Mãe Santíssima, no Parque Dois Irmãos, uma a Celebração em Ação de Graças pelos 19 anos de Vida Sacerdotal do Pe. Reginaldo Guimarães Lima.
Informações pelo telefone (85) 3493 5171, na Secretaria Paroquial

Qual a importância do exame de consciência para nossa vida espiritual?





Um bom católico deve ter o costume de examinar frequentemente a sua consciência. Em geral, o exame de consciência é feito para que a pessoa se prepare melhor para o Sacramento da Confissão, ou também, antes de deitar-se, como uma preparação para a morte, caso ela venha durante o sono. Contudo, a importância de um bom exame de consciência vai além desses dois aspectos.

A doutrina dos grandes santos está repleta de loas ao exame de consciência. Por exemplo, São João Crisóstomo, chegou a dizer que, se uma pessoa se empenhasse num bom exame de sua consciência, dentro de um mês seguramente estaria no caminho da santidade. Trata-se, portanto, de uma doutrina plurissecular da Igreja que merece toda a atenção.

Um livro em especial, "A vida interior simplificada e reconduzida ao seu fundamento", escrito por pelo padre cartuxo François de Salles Poullien, em cuja terceira parte, vários capítulos são dedicados ao exame de consciência. Num deles, o Pe. Poullien relata a experiência de Santo Ignácio de Loyola que dirigia seus filhos jesuítas quase que unicamente pela reflexão pessoal e pela prática dos Sacramentos. De tal forma que na Constituição da Ordem ele não poderia ser tido como dispensável. Isso significa que mesmo um jesuíta que estivesse doente, impedido de rezar, de frequentar os sacramentos estava dispensado de tudo, exceto do exame de consciência.

Sendo assim, como fazer um bom exame de consciência e caminhar em direção à santidade? Existe um tipo, chamado superficial que é aquele que se detém nos atos, ou seja, nos pecados cometidos durante o dia ou ao longo da vida. Já um exame de consciência profundo é aquele que mergulha no coração. Ora, sabe-se que o que se recolhe ao coração são os hábitos, as disposições habituais que, em geral, dão um rumo à vida. Se os hábitos são bons, a vida ruma para o bem, se são maus, a vida está desorientada. Então, é preciso mergulhar nos hábitos e identificá-los.

Para tanto, a pergunta fundamental que deve ser feita é: "onde está o meu coração?" O próprio Jesus afirmou nesse sentido: "onde está o seu coração, aí está o seu tesouro" (Mt 6,21). É a mesma pergunta que Deus fez a Adão ao entardecer do terrível dia em que o pecado veio ao mundo. Na brisa, Deus queria se encontrar com um amigo e perguntou: "Adão, onde estás?" (Gn 3,9). É precisamente a resposta à pergunta do Senhor que interessa ao exame. "Onde eu estava quando não estava com o Senhor?" foi a forma encontrada por São Josemaría Escrivá de Balaguer y Albas para fazer a mesma pergunta. E a resposta em todos os casos é a mesma: disperso.

O coração do homem precisa estar centrado em Deus e o exame de consciência serve para mostrar o quanto é grande o afastamento, o quanto se está longe de Deus, do centro. Os pecados e as disposições habituais são apenas sintomas desse doença que é a distância do núcleo que é Deus. Portanto, identificar para onde está sendo orientada a vida é parte decisiva na cura.

Definido o exame de consciência, é possível dividi-lo em três partes: a primeira é o chamado "golpe de vista", ou seja, aquele olhar que identifica os atos (superficial) e também aquele mais profundo que olha os hábitos já arraigados. A segunda é a contrição, na qual a pessoa percebe que o pecado não só machuca e destrói, como manda para longe o Céu e aproxima perigosamente o Inferno (atrição). Nessa etapa é preciso dar um passo além, o passo do amor filial, saindo da condição de temor servil, percebendo a ofensa cometida contra o pai amoroso e imbuindo-se de um verdadeiro arrependimento por ter causado a ofensa. "Senhor, eu pequei, perdoa-me". A terceira etapa é a resolução ou o propósito de amar mais a Deus, cortar na raiz os maus hábitos e os vícios arraigados no coração.

A frequência ideal do exame de consciência é três vezes ao dia, segundo Santo Ignácio de Loyola, sendo o primeiro pela manhã, de modo preventivo, olhando para a vida, para os vícios e atos maus costumeiramente praticados, orientando as próprias disposições a não cometê-los. O segundo, logo após o almoço, talvez na Hora Média ou numa visita ao Santíssimo Sacramento, avaliando como o dia foi conduzido até aquele momento e reforçando o desejo de acertar (ou não errar) no restante do dia. Por fim, à noite, antes do dormir, seguindo mesmo as orientações da Igreja que recomenda o exame de consciência antes das Completas.

O exame de consciência noturno é o mais importante dos três, pois não versa somente aquele dia (particular), mas deve ter o caráter geral, da vida toda e de como ela está sendo orientada, colocando diante de Deus toda miséria, louvando-O pelos bons atos realizados e colocando toda a confiança na misericórdia Dele e meditando no fato de que a salvação só pode vir pela Graça divina. Fazendo assim não há dúvida de que a vida será realmente convertida, conduzida para Deus, naquilo que os antigos chamavam de epistrofe, mudar o rumo, a direção da vida, para que a ovelha errante perdida encontre o Pastor da Alma no fim de cada dia e em todos os dias da vida.  

Padre Paulo Ricardo

O Papa Francisco concede nova entrevista, desta vez ao jornal italiano Il Messagero

Vaticano, 30 Jun. 14 / 11:32 am (ACI).- ACI Digital oferece a seus leitores e ao público em geral a íntegra em português da entrevista que o Papa Francisco concedeu recentemente ao jornal italiano Il Messagero, publicada no domingo 29 de junho, festa dos Apóstolos Pedro e Paulo. Nesta oportunidade o Santo Padre fala da realidade de Roma, do comunismo, do papel da mulher na Igreja, da corrupção e a política.
E então, na partida a Itália x Uruguai. Santo Padre, para quem torcia?
Eu, para nenhum, na verdade. Prometi à presidenta do Brasil (Dilma Rousseff), que seria neutro.
Começamos por Roma?
Você sabia que eu não conheço Roma? Veja só, eu vi a Capela Sistina pela primeira vez quando participei do Conclave que elegeu Bento XVI (2005). Nem sequer estive nos Museus. O fato é que quando era Cardeal não vinha muito frequentemente. Conheço Santa Maria Maior porque ia sempre. E depois São Lorenzo Extra Muros, onde ia para as confirmações quando estava Dom Giacomo Tantardini. Obviamente conheço Piazza Navona porque sempre me alojei na Via della Scrofa, ali ao lado”.
Há um pouco de romano no Bergoglio argentino?
Pouco e nada. Eu sou mais do Piamonte, essas são as raízes de minha família de origem. Ainda estou começando a me sentir romano. Tenho a intenção de ir visitar o território, as paróquias. Estou descobrindo pouco a pouco esta cidade. É uma metrópole muito formosa, única, com os problemas das grandes metrópoles. Uma pequena cidade possui a estrutura quase inequívoca, uma metrópole, por outro lado, compreende sete ou oito cidades imaginárias, superpostas juntas, em vários níveis. Também em níveis culturais.
Penso, por exemplo, nas tribos urbanas juvenis. Ocorre o mesmo em todas as cidades. Em novembro faremos em Barcelona um congresso dedicado precisamente à pastoral das metrópoles. Na Argentina promoveu-se intercâmbios com o México. Descobriram muitas culturas cruzadas, mas nem tanto devido às migrações, mas porque se tratavam de territórios culturais transversais, feitos de pertences próprios. Cidades dentre de uma cidade. A Igreja deve saber responder a este fenômeno.
Por que S.S. desde o começo quis sublinhar tanto as funções de Bispo de Roma?
O primeiro serviço de Francisco foi este: ser o Bispo de Roma. Todos os títulos do Papa, Pastor universal, Vigário de Cristo, etecetera, são dados ao Papa precisamente porque é Bispo de Roma. É a eleição primitiva. As consequências do Primado do Pedro. Se amanhã o Papa quisesse ser o Bispo de Tivoli, certamente me removeriam.
Há 40 anos, com o Papa Paulo VI, o Vicariato (da diocese de Roma) promoveu o congresso sobre os males de Roma. Dali saiu um quadro da cidade onde os que tinham muito tinham o melhor, e quem tinha pouco, tinha o pior. Hoje, no seu parecer, Quais são os males desta cidade?
São os das metrópoles como Buenos Aires. Estão os mais beneficiados, e aqueles que estão cada vez mais pobres. Não sabia do congresso sobre os males de Roma. Estas são perguntas muito romanas, e eu então tinha 38 anos. Sou o primeiro Papa que não participou do Concílio e, naquela época, para nós a grande luz era Paulo VI. Para mim, a Evangelii Nuntiandi, sempre será um documento pastoral insuperável.
Existe uma hierarquia de valores a ser respeitada na gestão dos assuntos públicos?
É evidente. Tutelar sempre o bem comum. A vocação para qualquer político é esta. Um conceito amplo que inclui, por exemplo, a custódia da vida humana, de sua dignidade. Paulo VI costumava dizer que a missão da política permanece como uma das mais altas da caridade. Hoje o problema da política –não falo só da Itália, mas de todos os países, pois o problema é mundial-, é que se desenvolveu, arruinado pela corrupção, pelo fenômeno dos subornos.
Lembro-me de um documento que publicaram os bispos franceses há 15 anos. Era uma carta pastoral titulada: Reabilitar a política. Confrontava precisamente este argumento. Se não houver um serviço de base, não se pode sequer entender a identidade da política.
Sua Santidade disse que a corrupção cheira a putrefação. Disse também que a corrupção social é o fruto do coração doente e não só de condições externas. Não haveria corrupção sem corações corruptos. O corrupto não tem amigos, apenas idiotas que lhe são úteis. Poderia explicar-nos melhor isso?
Falei durante dois dias seguidos sobre este tema porque comentava a leitura da Vinha de Nabor. Eu gosto de falar sobre as leituras do dia. No primeiro dia confrontei a fenomenologia da corrupção, no segundo dia sobre como acabam os corruptos. O corrupto, portanto, não tem amigos, só tem cúmplices.
Você acredita que se fala tanto de corrupção porque os meios de comunicação insistem neste tema ou porque efetivamente se trata de um mal endêmico e grave?
Não, infelizmente o fenômeno é mundial. Há chefes de estado na prisão precisamente por isso. Perguntei-me muito sobre isto, e cheguei à conclusão que muitos males crescem sobre tudo durante as mudanças de época. Estamos vivendo mais que uma época de mudanças, mas uma mudança de época. E portanto, trata-se de uma mudança de cultura, precisamente desta fase emergem coisas assim. A mudança de época alimenta a decadência moral, não só na política, mas também na vida financeira ou social.
Também os cristãos parecem não brilhar por seu testemunho…
O ambiente é o que facilita a corrupção. Não digo que todos sejam corruptos, mas acredito que é difícil permanecer honestos nesta política. Falo de todo o mundo, não só da Itália. Penso também em outros casos. Às vezes há pessoas que queriam fazer as coisas mais claras, mas depois se encontram com dificuldades, e é como se fossem fagocitados por um fenômeno endêmico, a altos níveis, transversais. Não porque seja esta a natureza da política, mas sim porque em uma mudança de época, as tensões para uma certa deriva moral se tornam fortes.

O que mais o assusta: a pobreza moral ou material de uma cidade?
Asduas me assustam. Um faminto, por exemplo, posso ajudá-lo para que não tenha mais fome, mas se tiver perdido o trabalho e não encontra outra ocupação, isso já é outra pobreza. Ele já não tem dignidade. Possivelmente possa ir à Cáritas e levar para casa um pouco de mantimentos, mas experimenta uma pobreza muito grave que arruína o seu coração. Um Bispo auxiliar de Roma me contou que muitas pessoas vão aos refeitórios populares em segredo, cheios de vergonha, e levam para casa a comida. Sua dignidade se empobreceu e vivem em um estado de prostração.
Pelas grandes ruas de Roma vê-se mulheres de apenas 14 anos, frequentemente obrigadas a prostituir-se no meio do descuido geral, enquanto que no metrô vê-se crianças mendigando. A Igreja é ainda fermento para a massa? Sente-se impotente como Bispo ante esta degradação cultural?
Sinto dor. Sinto uma enorme dor. A exploração de crianças me faz sofrer. Também na Argentina ocorre o mesmo. Para alguns trabalhos manuais se utiliza crianças porque têm as mãos menores pequenas. Mas elas também são exploradas sexualmente em hotéis. Uma vez me advertiram sobre uma rua de Buenos Aires onde havia garotinhas, prostitutas de 12 anos. Informei-me e efetivamente era sim. Isto me feriu. Mais ainda ao ver que eram abordadas por automóveis de grande cilindrada conduzidos por idosos. Podiam ser seus avós. Subiam a menina ao carro, davam-lhe 15 pesos que depois eram usados para comprar drogas, uma dose. Para mim as pessoas que fazem isto com meninas são pedófilos. Acontece também em Roma. A cidade eterna que deveria ser um farol no mundo é um espelho da degradação moral da sociedade. Penso que são problemas que se resolve com uma boa política social.
O que pode fazer a política?
Responder limpamente. Por exemplo, com os serviços sociais que permitam que as famílias entendam e tenham acompanhamento para sair de situações difíceis. O fenômeno indica uma deficiência do serviço social na sociedade.
A Igreja está trabalhando muitíssimo…
E deve continuar fazendo-o. Precisamos ajudar as famílias em dificuldade, uma tarefa árdua que requer esforço comum.
Em Roma cada vez menos jovens vão à igreja, não batizam seus filhos, não sabem nem sequer fazer o sinal da cruz. Que estratégia serviria para mudar esta tendência?
A Igreja deve sair às ruas, procurar às pessoas, ir às casas, visitar as famílias, ir às periferias. Não ser uma Igreja que só recebe, mas que oferece.
E os párocos devem então colocar chifres nas ovelhas (ndt: referindo-se a que os cristãos devem ser encorajados pelos párocos a serem mais agressivos no anúncio da Boa Nova)…
(Risadas) Obviamente. Estamos em uma época de missão há dez anos. Devemos insistir nisso.
Preocupa-lhe a cultura da não-natalidade na Itália?

Acredito que é preciso trabalhar mais pelo bem comum da infância. Pôr sobre a família um compromisso, às vezes não é suficiente com um salário, não se chega ao fim do mês. Existe o medo de perder o trabalho ou de não poder pagar mais o aluguel. A política social não ajuda. A Itália tem uma taxa de natalidade muito baixa, a Espanha também. A França vai um pouco melhor, mas também é baixa. É como se a Europa, cansou-se do papel de mãe e preferisse o de avó. Muito depende da crise econômica e não só de uma deriva cultural sobrecarregada no egoísmo e no hedonismo. O outro dia eu lia uma estatística sobre os critérios do gasto da população em nível mundial. Depois da alimentação, vestidos e remédios, três vozes necessárias, seguem a estética e os gastos com os animais domésticos.
As crianças importam menos que os animais?
Trata-se de outro fenômeno de degradação cultural. Isto é porque a relação afetiva com os animais é mais fácil, mais previsível. Um animal não é livre, enquanto que ter um filho é uma coisa complexa.
O Evangelho fala mais aos pobres ou aos ricos para convertê-los?
A pobreza está no centro do Evangelho. Não se pode entender o Evangelho sem entender a pobreza real, tendo em conta que existe também uma pobreza belíssima do espírito: ser pobre perante Deus porque Deus te preenche. O Evangelho se dirige indistintamente a pobres e ricos. E fala tanto de pobreza como de riqueza. Não condena para nada aos ricos, mas sim as riquezas quando se tornam objetos de idolatria. O deus dinheiro, o bezerro de ouro.
Sua Santidade tem fama de ser um Papa comunista, populista. A revista The Economist, que lhe dedicou uma capa, afirma que fala como Lenin. Identifica-se com isto?
Eu digo apenas que os comunistas nos roubaram a bandeira. A bandeira dos pobres é cristã. A pobreza está no centro do Evangelho. Os pobres estão no centro do Evangelho. Se olharmos Mateus 25, o protocolo sobre o qual seremos julgados: tive fome, tive sede, estive no cárcere, estive doente, nu. Ou olhemos as Bem-aventuranças, que é outra bandeira. Os comunistas dizem que tudo isto é comunista. Sim, como não, vinte séculos depois. Então quando falamos de comunistas, nós poderíamos virar e dizer: então vocês são cristãos! (risadas)
Se me permitir uma crítica…
Claro.
Você possivelmente fala pouco das mulheres e quando fala confronta o argumento só do ponto de vista maternal, a mulher esposa, a mulher mãe, etecetera. E as mulheres já dirigem estados, multinacionais, exércitos. Na Igreja, segundo você, que lugar ocupa as mulheres?
As mulheres são o mais formoso que Deus criou. A Igreja é mulher. Igreja é uma palavra feminina. Não se pode fazer teologia sem esta feminidade. Disto você tem razão, não se fala o suficiente. Estou de acordo que se deve trabalhar mais sobre a teologia da mulher. Eu já disse e se está trabalhando neste sentido.
Não entrevê uma certa misoginia de fundo?
O fato é que a mulher foi tirada de uma costela… (risadas). Brinco, eu só estava brincando. Estou de acordo que é necessário aprofundar mais na questão feminina, do contrário não se pode entender a Igreja em si mesma.
Podemos esperar de você decisões históricas, tipo uma mulher chefe de dicastério, não falo do clero…
(Risadas). Bom, muitas vezes os sacerdotes acabam sob a autoridade das beatas de igreja…
Em agosto S.S. irá a Coréia. É a porta para a China? Está apontando para a Ásia?
Irei à Ásia duas vezes em seis meses. À Coréia em agosto para encontrar aos jovens asiáticos. Em janeiro ao Sri Lanka e Filipinas. A Igreja na Ásia é uma promessa. A Coréia representa muito, tem uma história muito bonita, durante dois séculos não teve sacerdotes e o catolicismo avançou graças aos leigos. Houve também mártires. Quanto à China, trata-se de um desafio cultural grande. Maior. E depois está o exemplo de Matteo Ricci, que fez tanto bem…
Para onde está indo a Igreja de Bergoglio?
Graças a Deus não tenho nenhuma Igreja, sigo a Cristo. Não fundei nada. Do ponto de vista do estilo não mudei comparado a como eu era em Buenos Aires. Sim, possivelmente alguma coisa pequena, porque é devido, mas mudar na minha idade teria sido ridículo. Em meu programa, por outro lado, sigo o que os cardeais pediram durante as congregações gerais antes do Conclave. Vou nessa direção. O Conselho dos oito cardeais, um organismo externo, nasce daí. Haviam pedido para ajudar a reformar a Cúria. Algo por outro lado nada fácil, porque damos um passo, mas logo ocorre algo que mostra que falta isso ou aquilo, e se primeiro era um dicasterio depois se converte em quatro... Minhas decisões são o fruto das reuniões Pré-Conclave. Eu não tenho feito nada sozinho.
Isto é uma aproximação democrática…
Foram as escolhas dos cardeais. Não sei se se trata de uma aproximação democrática, diria que foi mais sinodal, ainda que esta palavra para os cardeais não seja a apropriada.
Que deseja aos romanos pela festa dos padroeiros São Pedro e Paulo?
Que continuem sendo bons. São muito simpáticos. Vejo-os nas audiências e quando vou às paróquias. Espero deles que não percam a alegria, a esperança, a fé não obstante as dificuldades. Também o ‘romanaccio’ –dialeto romano-, é bonito.
Wojtyla tinha aprendido a dizer em dialeto romano. ‘nos amemos os uns aos outros, nos ofereçamos a outros’. Você aprendeu alguma frase em romano?
Por enquanto poucas, ´Campa e fa’ campa´ -viva e deixe viver- (termina o Papa com risadas).
Fonte: Acidigital

Conheça o menor convento do mundo

foto: AICA
MADRI, 30 Jun. 14 / 10:13 am (ACI/EWTN Noticias).- Antes de entrar, frei José García, que serve de guia na visita ao menor convento do mundo, adverte: “Este mês temos uma oferta especial: as três primeiras cabeçadas nas portas são grátis, a quarta nós cobramos”.
Aos dez minutos, conta Armando Rubén Puente para a agência AICA de notícias católicas, um dos que o seguimos no percurso pelo convento de la Concepción de El Palancar, Espanha, efetivamente se golpeia contra uma das entradas (sem portas) que medem um metro e meio de altura por um de largura.
Foi São Pedro de Alcântara (1499-1562), religioso franciscano, que fez no ano 1557 este convento, o menor do mundo, medindo apenas 72 metros quadrados. “O conventino” virou o apelido do lugar na província de Cáceres, Espanha.
Lá, São Pedro da Alcántara passou os últimos anos de sua vida, levando a pobreza e austeridade da ordem dos franciscanos descalços a um grau extremo, vivendo em uma cela na qual é impossível estar de pé, nem deitado: só se pode estar ali de joelhos ou sentado sobre uma pedra, apoiado em um tronco e diante de uma cruz de madeira.
Conta Santa Teresa de Jesus que durante 40 anos o santo só dormia uma hora e meia por dia, sentado sobre a pedra, apoiando a cabeça no tronco. Ali o santo, que media um metro e oitenta, não tinha como deitar-se nem repousar em outra posição.
Frei José contou que este é “um convento dentro de outro convento”, pois atualmente está dentro do recinto de outro convento moderno, que conta com 20 habitações que podem albergar pessoas –geralmente jovens– que vão até lá para passar uns dias de retiro espiritual.
“São Pedro de Alcântara mandou construir este convento depois de levar mais de quarenta anos como frade, e o fez para que fosse um freio à ambição e à fantasia das pessoas. Estamos falando do Século de Ouro, e o nome de ouro não era uma metáfora; era realmente a paixão dos homens daquela época, como segue sendo agora”.
O imperador Carlos V pediu que o santo fosse seu confessor, quando ele já tinha renunciado ao poder e se encerrou em Yuste, mas o frade preferiu levar uma vida de ermitão neste local junto a sete outros frades que ocuparam o minúsculo convento, onde a sala maior –de 5 por 3 metros– servia de refeitório e lugar de reunião.
A outra “sala”, por dizer assim, que mede 5 por 3 metros, era a capela. Uma dezena de celas –a menor das quais era a do santo– e uma cozinha minúscula iluminada por um buraco na parede que servia de janela, completavam o convento, que tinha no centro um pátio, “o jardim”, de 3 x 3 metros.
Os visitantes do menor convento do mundo escutam a história com incredulidade, como se tudo o que lhes dissessem os quatro frades que hoje o cuidam fosse uma quimera. Mas o silêncio e a paz do lugar terminam por fazer-lhes sentir –ou ao menos intuir– que realmente há outras formas de viver, distintas às que nós, habitantes das grandes cidades do século XXI, estamos acostumados.
Fonte: Acidigital

ONU aprovou histórica resolução a favor da proteção da família

GENEBRA, 30 Jun. 14 / 09:52 am (ACI/EWTN Noticias).- O Conselho de Direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em seu 26° período de sessões, aprovou a resolução de “Proteção à Família”, que reconhece a família como o núcleo “natural e fundamental da sociedade, e tem direito a proteção por parte da sociedade e o Estado”, o que representou uma verdadeira derrota do lobby gay.
Na resolução, aprovada por 26 votos contra 14 neste 25 de junho, com seis abstenções, o Conselho de Direitos humanos da ONU reconhece também “que a família tem a responsabilidade primária de nutrir e proteger as crianças da mesma forma em que as crianças, para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, devem crescer em um ambiente familiar e em uma atmosfera de felicidade, amor e entendimento”.
Em declarações a ACI Imprensa, o Dr. Carlos Beltramo, do Instituto Cultura e Sociedade (ICS) da Universidade da Navarra, assinalou que a resolução do organismo da ONU “foi um interessante passo adiante no reconhecimento da natureza da família em um foro tão importante das Nações Unidas”.
“Esta é uma boa oportunidade para relançar a educação da pessoa dentro da família, que é o melhor caminho para o futuro da humanidade”, indicou.
Beltramo assinalou que “dar formação às famílias e animar a que as famílias eduquem suas crianças é um meio fundamental para fortalecer sociedades saudáveis que permitam que todos superem até mesmo situações difíceis como as que tivemos que viver”.
O organismo da ONU decidiu ainda criar um painel por motivo do 20º aniversário do Ano Internacional da Família, assim como promover referências à família de uma forma positiva para reverter uma tendência dos últimos tempos de tratar a família como o centro dos conflitos, dos problemas e das violações de direitos humanos.
Em declarações recolhidas pelo site BuzzFeed, Austin Ruse, presidente do Instituto Família Católica e Direitos humanos, com base nos Estados Unidos, assinalou que a resolução do Conselho de Direitos humanos da ONU é uma “derrota” do lobby gay.
“A derrota (do conceito) de vários tipos de família demonstra que a ONU está cansada deste tipo de debates”, assinalou.
Austin Ruse assegurou que “a maioria de estados membros queria avançar para temas que preocupem o mundo e não só as elites no (hemisfério) norte”.
Os países que apoiaram com seus votos a resolução de proteção da família são foram a Argélia, Benin, Botswana, Burkina Faso, China, Congo, Costa do Marfim, Etiópia, Gabão, Índia, Indonésia, Cazaquistão, Quênia, Kuwait, Maldivas, Marrocos, Namíbia, Paquistão, Filipinas, Federação Russa, Arábia Saudita, Serra Leoa, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Venezuela e Vietnã.
Os estados que se opuseram a esta histórica resolução a favor da família foram Áustria, Chile, República Tcheca, Estônia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Japão, Montenegro, República da Coréia, Romênia, Reino Unido e Estados Unidos.
Por sua parte Argentina, Brasil, Costa Rica, México, Peru e a República da Macedônia se abstiveram, e Cuba não participou do voto.
Fonte: Acidigital

Desporto e fraternidade na intenção de oração para o mês de julho

2014-06-30 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – O desporto é o tema da intenção universal de oração proposto por Francisco para o mês de julho: “Para que a prática do desporto seja sempre oportunidade de fraternidade e crescimento humano”.
Esses mesmos votos foram formulados pelo Pontífice na mensagem para a Copa do Mundo no Brasil.
“A minha esperança é que, além de festa do esporte, esta Copa do Mundo possa tornar-se a festa da solidariedade entre os povos. Isso supõe, porém, que as competições futebolísticas sejam consideradas por aquilo que no fundo são: um jogo e ao mesmo tempo uma ocasião de diálogo, de compreensão, de enriquecimento humano recíproco”, disse o Papa por ocasião da abertura do Mundial.
O Pontífice usou também uma gíria brasileira para defender o espírito de equipe não só no esporte, mas entre as pessoas e culturas.
“Não é só no futebol que ser ‘fominha’ constitui um obstáculo para o bom resultado do time; pois, quando somos ‘fominhas’ na vida, ignorando as pessoas que nos rodeiam, toda a sociedade fica prejudicada”, afirmou.
Já a intenção pela evangelização é: “Para que o Espírito Santo sustenha o serviço dos leigos que anunciam o Evangelho nos países mais pobres.”
(BF) Fonte: News.VA

Há mais cristãos perseguidos hoje do que nos primeiros séculos – o Papa na Missa em Santa Marta


2014-06-30 Rádio Vaticana
Há mais cristãos perseguidos hoje do que nos primeiros séculos – esta a principal mensagem do Papa Francisco na Missa em Santa Marta na manhã desta segunda-feira, 30 de junho, dia em que se faz memória dos Mártires da Igreja Romana, cruelmente assassinados no ano 64 na colina do Vaticano por ordem do Imperador Nero após do incêndio de Roma.
O Papa Francisco chamou a atenção para o testemunho dos cristãos especialmente dos mártires, afirmando que é assim que se faz a Igreja deixando germinar o Espírito:
“Sabemos que não há crescimento sem o Espírito: é Ele que faz a Igreja, é Ele que faz crescer a Igreja, é Ele que convoca a comunidade da Igreja. Mas também é necessário o testemunho dos cristãos. E quando o testemunho chega ao fim, quando as circunstâncias históricas pedem-nos um testemunho forte, ali estão os mártires, as maiores testemunhas. E aquela Igreja é regada pelo sangue dos mártires. E esta é a beleza do martírio. Começa com o testemunho, dia após dia e pode acabar como Jesus, o primeiro mártir, a primeira testemunha, a testemunha fiel: com o sangue.”
O Papa Francisco ao recordar na sua homilia os mártires dos primeiros séculos, não deixou de salientar os mártires de hoje que, segundo o Santo Padre, são mais do que aqueles das primeiras comunidades:
“Hoje há tantos mártires na Igreja, tantos cristãos perseguidos. Pensemos no Médio Oriente, cristãos que têm que fugir das perseguições, cristãos assassinados pelos seus perseguidores. Também os cristãos mandados embora em modo elegante, com luvas brancas: também isto é uma perseguição. Hoje há mais testemunhas, mais mártires na Igreja do que nos primeiros séculos. E nesta Missa, fazendo memória dos nossos gloriosos antepassados, aqui em Roma, pensemos também nos nossos irmãos que vivem perseguidos, que sofrem e que com o seu sangue fazem crescer a semente de tantas Igrejas pequeninas que nascem. Rezemos por eles e também por nós.” (RS)
Fonte: News.VA

MENSAGEM AO PADRE Reginaldo Guimarães PELO 19º ANIVERSÁRIO DE VIDA SACERDOTAL

Pereginaldo Guimaraes
Parabéns Padre Reginaldo...
          Hoje, 1º de julho de 2014,  louvamos e agradecemos a Deus pelo dom de sua vida, de quem a Providência Divina se serviu a fim de nos permitir estar aqui para agradecer mais um ano de sua ordenação sacerdotal. Na vida há acontecimentos e datas que não podemos esquecer e no que diz respeito à sua vocação, muito mais se torna importante fazer memória, principalmente como atitude de ação de graças pelo dom recebido.
A Paróquia Mãe Santíssima é abençoada pela sua presença e pelo seu trabalho, sua sabedoria pastoral e também os seus conselhos que sempre nos direcionam para o caminho certo.
 
Hoje, nós paroquianos e amigos aqui presentes, compreendemos um pouco a vocação para o sacerdócio como sendo um dom divinal, um dom para o qual é preciso abrir mão de muitas coisas essenciais na vida como: a família, o conforto, os amigos, a liberdade, um verdadeiro despojar-se de si mesmo, para que no fim, se obtenha o tudo ofertado pelas mãos de Deus. É ser grato, estar disposto, muitas vezes não é compreendido, é ser forte, destemido mesmo que o coração esteja partido pela 
dor, é ser rima, é ser verso, é ver Deus no universo.

Padre Reginaldofestejar mais um ano de ordenação sacerdotal é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, ensinar novas lições, sorrir novos motivos, amar mais ao próximo, dar cada vez mais amparo, rezar mais preces e agradecer mais vezes, é também amadurecer um pouco mais e olhar a sua missão de lançar as redes como uma dádiva de Deus.


 Padre Reginaldo, comemorar o aniversário de ordenação é comemorar a vida, pois o sacerdote não é apenas o homem da liturgia, mas, aquele que faz da sua vida um culto litúrgico, identificando-se com a realidade da cruz, que é doação, amor e entrega aos irmãos e à Igreja, fazendo da sua vida um sacramento intenso e fecundo.

A Ordenação Sacerdotal é um momento marcante e significativo para a Igreja, pois reafirma a aliança de Deus com a humanidade. Não estamos sós. Cristo caminha conosco pela intercessão das mãos consagradas do Padre, que em cada celebração Eucarística o coloca vivo entre nós; pleno de misericórdia, perdão e amor. Parabéns  Padre Reginaldo , neste dia tão grandioso e novamente que Maria, mãe da Igreja plena do Espírito Santo lhe impulsione cada vez mais a assumir sua vida sacerdotal.
Nós lhe parabenizamos e pedimos as bênçãos de Deus e que a Virgem Mãe Santíssima o cubra e proteja com Seu Manto Celestial, estando à frente de todas as dificuldades e obstáculos que se puserem em seu caminho.
ESTES SÃO OS SINCEROS VOTOS do Caminhar na Missão,Amigos, Familiares,,  Comunidades, Pastorais, Funcionários e todos que fazem a Paróquia Mãe Santíssima 
Um abraço Fraterno dessa amiga do Caminhar na Missão...

Dia Especial: 19 anos de VIDA SACERDOTAL do Padre Reginaldo Guimarães- Primeiro de JULHO

Santo do Dia - Protomártires da Igreja de Roma

Protomártires da Igreja de Roma
Depois da solenidade universal dos apóstolos São Pedro e Paulo, a liturgia nos apresenta a memória de outros cristãos que se tornaram os primeiros mártires da Igreja de Roma, por isso,protomártires.

O testemunho dos mártires da nossa Igreja nos recorda o que é essencial para a vida, para o cristão, para sermos felizes em Deus, principalmente nos momentos mais difíceis que todos nós temos.
Os mártires viveram tudo em Cristo.
No ano de 64, o imperador Nero pôs fogo em Roma e acusou os cristãos. Naquela época a comunidade cristã, vítima de preconceitos, era tida como uma seita, e inimiga, pois não adoravam o Imperador.
Qualquer coisa que acontecia de negativo, os cristãos eram acusados. Por isso, foram acusados de terem posto fogo em Roma, e a partir daí, no ano 64, começaram a ser perseguidos.
Os escritos históricos em Roma narram que os cristãos eram lançados nas arenas para servirem de espetáculo ao povo, junto às feras. Cobertos de piches, como tochas humanas e muitos outros atos atrozes.
E a resposta era sempre o perdão e a misericórdia.
O Papa São Clemente I escreveu: “Nos encontramos na mesma arena e combatemos o mesmo combate. Deixemos as preocupações inúteis e os vãos cuidados e voltemo-nos para a gloriosa e venerável regra da nossa tradição: consideremos o que é belo, o que é bom e o que é agradável ao nosso criador.”
Protomártires da Igreja de Roma, rogai por nós!

13ª Semana Comum – Segunda-feira 30/06/2014- Liturgia Diária

Primeira Leitura (Am 2,6-10.13-16)

Leitura da Profecia de Amós.
6Isto diz o Senhor: “Pelos três crimes de Israel, pelos seus quatro crimes, não retirarei a palavra: porque eles vendem o justo por dinheiro e o indigente pelo preço de um par de chinelos; 7pisam, na poeira do chão, a cabeça dos pobres, e impedem o progresso dos humildes; filho e pai vão à mesma mulher, profanando meu santo nome;8deitando-se junto a qualquer altar, usando roupas que foram entregues em penhor, bebem vinho à custa de pessoas multadas, na casa de Deus.
9Entretanto, eu tinha aniquilado, diante deles, os amorreus, homens espadaúdos como cedros e robustos como carvalhos, destruindo-lhes os frutos na ramada e arrancando-lhes as raí­zes. 10Fui eu que vos fiz sair da terra do Egito e vos guiei pelo deserto, durante quarenta anos, para ocupardes a terra dos amorreus.
13Pois bem, eu vos calcarei aos pés, como calca o chão a carroça carregada de feixes; 14o mais ágil não conseguirá fugir, o mais forte não achará força, o valente não salvará a vida; 15o arqueiro não resistirá de pé, o corredor veloz não terá pernas para escapar, nem se salvará o cavaleiro; 16o mais corajoso dentre os corajosos fugirá nu, naquele dia”, diz o Senhor.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje (Sl 49)

— Entendei isto, todos vós que esqueceis o Senhor Deus!
R- Entendei isto, todos vós que esqueceis o Senhor Deus!

1- “Como ousas repetir os meus preceitos e trazer minha Aliança em tua boca? Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos e deste as costas às palavras dos meus lábios! R
2- Quando vias um ladrão, tu o seguias e te juntavas ao convívio dos adúlteros. Tua boca se abriu para a maldade e tua língua maquinava a falsidade. R
3- Assentado, difamavas teu irmão, e ao filho de tua mãe injuriavas. Diante disso que fizeste, eu calarei? Acaso pensas que eu sou igual a ti? É disso que te acuso e repreendo e manifesto essas coisas aos teus olhos. R
4- Entendei isto, todos vós que esqueceis Deus, para que eu não arrebate a vossa vida, sem que haja mais ninguém para salvar-vos! Quem me oferece um sacrifício de louvor, este sim é que me honra de verdade. A todo homem que procede retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus”. R

Compreendendo e Refletindo

O Senhor hoje nos propõe o desprendimento. Tenha bens, mas não deixe que eles o possuam! Ame as pessoas, mas não deixe que nenhum afeto o escravize!
“Mas Jesus lhe respondeu: ‘Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos’” (Mateus 8, 22). 

Para seguir Jesus Cristo e se tornar Seu discípulo é preciso ter consciência de que segui-Lo exige radicalidade, exige disposição, liberdade da alma, do espírito e até do corpo. É verdade que existem muitas formas de seguir o Senhor, existem expressões mais radicais, existe a vida eremítica, a vida nos mosteiros, a vida missionária, a vida nos claustros. Existe na Igreja padres religiosos, padres diocesanos; irmãs religiosas dedicadas aos doentes em hospitais, mas todos podem se tornar discípulos de Jesus Cristo – como casal, como homem, como mulher.
Se você não foi chamado a uma entrega mais radical da sua vida a Cristo, entenda que, onde você vive, você é chamado a entregar-se de corpo e alma integralmente ao Senhor, vivendo as exigências do Evangelho na sua vida. Porque o Evangelho, por si só, é exigente e nos desprende deste mundo e não nos deixa levar a vida de acordo com as tendências e as normas que o mundo dita para nós.
Quem segue Jesus Cristo, O tem como seu Mestre, Senhor e modelo de vida, por isso, o Senhor hoje nos propõe o desprendimento: desprender-se de tudo, das pessoas, desprender-se, muitas vezes, dos afetos. Pois muitas vezes, nos apegamos radicalmente a pessoas e a coisas e, quando essas pessoas passam e essas coisas vão embora, parece que o nosso coração vai junto, perdemos o rumo da vida e o sentido do viver.
Não é que não devamos amar ninguém e que não devamos ter coisas materiais. Se nós colocamos demasiadamente o coração nas coisas, se nos prendemos demais às pessoas, daí quando uma ou outra vier a faltar, até mesmo o nosso seguimento a Jesus ficará comprometido. Tenha coisas, mas não deixe que elas o possuam! Ame as pessoas, mas não deixe que nenhum afeto o escravize!
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo- Canção Nova

Evangelho (Mt 8,18-22)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago.19Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”.
20Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. 21Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. 22Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

domingo, 29 de junho de 2014

Vencer-se a si mesmo


Saiba dominar-se e vencer-se a si mesmo.

Vitorioso não é aquele que vence os outros, mas o que se vence a si mesmo, dominando seus vícios e superando seus defeitos.

A vitória sobre si mesmo é muito mais difícil, e quem consegue isto pode ser classificado como verdadeiro herói. Se desta vez não conseguiu, recomece e um dia sairá vitorioso.

(C. Torres Pastorino)