quinta-feira, 30 de abril de 2015

Confissão: amor que cura com misericórdia!


A Igreja tem consciência muito viva do pecado, mas não está obcecada nem dá preponderância ao pecado. Professamos que, "onde abunda o pecado, mas abunda a graça". A graça de Deus é suficiente. A sua misericórdia pode nos curar, é mais forte que o pecado.

Conta-se a história de um camponês no oeste da Irlanda que vivia perto de um rio. Todas as semanas, o prior aparecia à beira do rio e gritava: "O mesmo!", e uma voz ecoava do outro lado: "A mesma!". Até que o velho lavrador não agüentou a curiosidade e perguntou ao padre o que é que se passava. O padre explicou que como era o único sacerdote na aldeia usava este método para fazer a sua confissão semanal. Ele chegava a este lado do rio. "E aí eu grito: 'O mesmo' (Os mesmos pecados) e o padre O'Brien grita 'A mesma!' (a mesma penitência)".

Nunca devemos deixar que as nossas confissões se tornem rotina, por muito que sejam frequentes. Cada Confissão, como cada Comunhão, é um encontro amoroso com o Senhor misericordioso que vem para curar as feridas do pecado, nos pôr na Sua montada e nos levar para um lugar seguro como o Bom Samaritano fez com o homem meio morto na estrada de Jericó.

Comunidade Shalom

Fonte: Catequese Católica

Nigéria resgata 200 meninas e 93 mulheres sequestradas pelo grupo Islâmico Boko Haram

foto: https://twitter.com/elespectador/
ROMA, 29 Abr. 15 / 02:19 pm (ACI).- A Nigéria anunciou nesta terça-feira que 200 meninas e 93 mulheres sequestradas pelo grupo extremista Boko Haram foram libertadas após três acampamentos deste grupo na floresta de Sambisa terem sido desmantelados pelas forças do Governo; entretanto, as autoridades afirmaram que não se tratam das menores raptadas há um ano em Chibok em um episódio que gerou uma intensa campanha nas redes sociais com a hashtag #bringbackourgirls.
O porta-voz do ministério de defesa Chris Olukolade, disse em uma mensagem de texto que o exército nigeriano “capturou e destruiu nesta tarde três acampamentos de terroristas na floresta de Sambisa e resgatou 200 meninas e 93 mulheres”. Entretanto ele descartou que entre elas estejam as escolares sequestradas em 2013. O militar também indicou que não sabem quanto demoraria em identificar as meninas e mulheres resgatadas.
No dia 14 de abril de 2014 o grupo terrorista Boko Haram sequestrou 276 menores de uma escola secundária em Chibok. Poucas horas depois, 57 menores conseguiram escapar. Algumas semanas após o sequestro, o líder terrorista Abubakar Shekau afirmou que as adolescentes foram obrigadas a converter-se ao Islã e forçadas a casar-se com jihadistas.
Boko Haram, grupo terrorista que jurou lealdade ao Estado Islâmico (ISIS), atacou nos últimos anos a zona norte da Nigéria e estenderam a sua influência a Camarões, Nigéria e Chade com o objetivo de instaurar um califado (unidade de governo islâmica).
Em novembro de 2014, o Pe. Gideon Obasogie, da diocese de Maiduguri, no estado de Borno, onde as meninas foram sequestradas, denunciou que mais de cem mil católicos foram obrigados a fugir das zonas controladas por este grupo terrorista, tendo que procurar refúgio nas cavernas das montanhas e em Yola, capital do estado de Adamawa.                      
Em janeiro de 2015 ocorreu o pior ataque deste movimento islamista ao ingressar em 16 locais da cidade nigeriana de Baga, incendiando moradias e assassinando cerca de duas mil pessoas. 
Fonte: Acidigital

Os jovens têm medo do matrimônio? Uma iluminadora resposta do Papa Francisco

Um grupo de jovens presentes na audiência geral de hoje na Praça de São Pedro. Foto Petrik Bohumil / ACI Prensa
VATICANO, 29 Abr. 15 / 03:32 pm (ACI/EWTN Noticias).- Na sua catequese desta quarta-feira, na Praça de São Pedro em Roma, o Papa Francisco relembrou alguns problemas e desafios que a família enfrenta atualmente e tratou o tema do matrimônio à luz o episódio evangélico das bodas de Caná. Na sua alocução o Papa respondeu à pergunta: “Por que os jovens não querem casar-se e preferem a convivência?”
Nas Bodas de Caná, “Jesus não só participou daquele matrimônio, mas ‘salvou a festa’ com o milagre do vinho!”, destacou o Pontífice. Este foi o “primeiro dos seus sinais prodigiosos, onde Ele revelou sua glória, durante um casamento, e foi um gesto de grande reverencia por esta família que começava, solicitado pelo afã materno de Maria”.
Deixando o texto que tinha preparado para sua catequese, o Papa improvisou: “E isto nos faz recordar o livro do Gênesis, quando Deus termina a obra da criação e realiza sua obra-prima; a obra-prima é o homem e a mulher. E aqui Jesus começa os seus milagres com esta obra-prima, em um casamento, em uma festa de núpcias: um homem e uma mulher. Assim, Jesus nos ensina que a obra-prima da sociedade é a família: o homem e a mulher que se amam!".
O Pontífice reconheceu que desde a época das bodas em Caná até hoje, muita coisa mudou, “mas esse sinal de Cristo contém uma mensagem sempre válida”.
“Hoje em dia não é fácil falar do matrimônio como uma festa que é renovada com o passar dos anos, nas diversas fases da vida dos cônjuges”.
“É um fato que, hoje, as pessoas que se casam são a minoria”, ressaltou o Papa Francisco.
“Em muitos países aumentou o número de separações, e diminuiu a quantidade de filhos. A dificuldade de permanecer juntos –seja como casal ou como família– leva a romper as uniões sempre com maior frequência e rapidez, e os filhos são os primeiros a sofrer as consequências de uma separação”, acrescentou o Santo Padre.
O Papa assinalou: “Se você experimenta, desde pequeno, que o casamento é um laço ‘por tempo determinado’, inconscientemente para você será assim. Na verdade, muitos jovens são levados a renunciar ao projeto para si mesmo de um laço irrevogável e de uma família duradoura”. Acredito que devemos refletir com seriedade sobre por que tantos jovens 'não sentem vontade de casar-se'”.
O Pontífice atribuiu esta situação à ““cultura do provisório”; tudo é provisório, parece que nada é definitivo”.
Essa realidade dos jovens que não querem se casar constitui, segundo o Santo Padre, uma das maiores preocupações dos tempos atuais. “Por que frequentemente as pessoas preferem conviver, e muitas vezes com uma 'responsabilidade limitada’? Por que muitos –também entre os batizados– têm pouca confiança no matrimônio e na família?”.
“É importante procurar compreender isto, se quisermos que os jovens possam encontrar o caminho certo a ser percorrido. Por que não confiam na família? Para o Pontífice, “as dificuldades financeiras não são o único motivo. Há quem cite como provável causa a emancipação da mulher.”.
O Papa também assegurou: “Na verdade, quase todos os homens e as mulheres desejam uma segurança afetiva estável, um matrimônio sólido e uma família feliz”.
“A família é o principal valor de todos os níveis de satisfação entre os jovens; mas, por medo a equivocar-se, muitos não querem pensar no matrimônio; embora sejam cristãos não pensam no matrimônio sacramental, sinal único e exclusivo da aliança, que se transforma em testemunho da fé. “Talvez justamente esse medo de errar seja o maior obstáculo para acolher a Palavra de Cristo, que promete a Sua graça à união conjugal e à família”.
O Papa destacou também que “o testemunho mais persuasivo da bênção do matrimônio cristão é a vida boa dos esposos cristãos e da família. Não existe maneira melhor de explicar a beleza do sacramento!”.
“O matrimônio consagrado por Deus cuida desta união entre o homem e a mulher que Deus abençoou até o fim da criação do mundo; e que é fonte de paz e de bem para a vida conjugal e familiar”.
Francisco manifestou: “A semente cristã da radical igualdade entre os cônjuges deve levar hoje novos frutos. O testemunho da dignidade social do matrimônio se transformará em persuasivo através deste caminho, o caminho do testemunho que atrai. A vida da reciprocidade entre eles, da complementariedade”.
“Por isso, como cristãos, devemos ser mais exigentes com respeito ao matrimônio. Por exemplo: apoiar com decisão o direito a uma retribuição igualitária pelo mesmo trabalho; a desigualdade é um escândalo!”, afirmou.
Além disso exortou a “reconhecer como riqueza sempre válida a maternidade das mulheres e a paternidade dos homens, beneficiando especialmente as crianças.
Antes de concluir, oPapa pediu a todos os fiéis que não tenham medo de convidar Jesus à nossa “festa das bodas”. “Não tenhamos medo de convidar a Jesus à nossa casa para que esteja conosco e cuide da nossa família, e também sua Mãe Maria!”.
“Os cristãos, quando se casam ‘no Senhor’, são transformados em sinal eficaz do amor de Deus. Os cristãos não se casam somente para si: casam-se no Senhor em favor de toda a comunidade, de toda a sociedade”, concluiu Francisco, anunciando que, na catequese da próxima semana, dará continuidade à reflexão sobre a beleza da vocação do matrimônio cristão. 
Fonte:Acidigital

Francisco sobre a identidade do cristão: história e serviço

2015-04-30 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa celebrou na manhã desta quinta-feira (30/04), a Santa Missa na capela da Casa Santa Marta. “A história e o serviço”: na homilia, Francisco se deteve sobre esses "dois aspectos da identidade do cristão”.
Antes de tudo, a história, disse Francisco. São Paulo, São Pedro e os primeiros discípulos “não anunciavam um Jesus sem história: eles anunciavam Jesus na história do povo, um povo que Deus fez caminhar por séculos para chegar” à maturidade, “à plenitude dos tempos”. Deus entra na história e caminha com seu povo:
“O cristão é homem e mulher de história, porque não pertence a si mesmo, faz parte de um povo, um povo que caminha. Não se pode pensar em um egoísmo cristão, não.., isso é errado. O cristão não é um homem, uma mulher espiritual de laboratório, é um homem, é uma mulher espiritual que faz parte de um povo, que tem uma história longa e continua caminhando até o retorno do Senhor”.
É uma “história de graça, mas também história de pecado”:
“Quantos pecadores, quantos crimes. Também hoje Paulo menciona o Rei Davi, santo, mas antes de se tornar santo foi um grande pecador. Um grande pecador. Na nossa história devemos reconhecer que somos santos e pecadores. E a minha história pessoal, de cada um, deve reconhecer o pecado, o próprio pecado e a graça do Senhor, que está conosco, acompanhando-nos no pecado para perdoar, e acompanhando-nos na graça. Não há identidade cristã sem história”.
O segundo aspecto da identidade cristã é o serviço: “Jesus lava os pés dos discípulos convidando a fazer o mesmo: servir:
“A identidade cristã é o serviço, não o egoísmo. “Mas padre, todos nós somos egoístas”. Ah sim? É um pecado, é um hábito do qual devemos nos distanciar. Pedir perdão, que o Senhor nos converta. Somos chamados para servir. Ser cristão não é uma aparência ou uma conduta social, não é maquiar a alma, para que seja um pouco mais bonita. Ser cristão é fazer o que Jesus fez: servir”.
O Papa nos exorta a fazer esta pergunta: “No meu coração o que eu faço mais? Faço-me servir pelos outros, uso os outros, uso a comunidade, a paróquia, a minha família, os meus amigos, ou sirvo, e estou servindo?”. (SP)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Papa: Difundir a cultura da justiça e da paz

2015-04-30 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira (30/05), na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de cinco mil membros da Comunidade de Vida Cristã - Liga Missionária Estudantil da Itália.
O encontro com o pontífice abriu o congresso nacional da entidade sobre o tema “Além dos muros” que tem início nesta quinta-feira, em Frascati, cidade localizada nos Castelos Romanos, e prossegue até 3 de maio próximo.
Um maior envolvimento da Europa no acolhimento aos imigrantes e um trabalho junto com os cristãos da Síria foram os projetos apresentados pela instituição, esta manhã, ao Papa Francisco.
O Santo Padre saudou os representantes da Comunidade de Vida Cristã da Itália e os expoentes de vários grupos de espiritualidade inaciana que seguem a tradição formativa dessa entidade e estão engajados na  evangelização e na promoção humana. O Papa saudou de modo particular os ex-alunos do Instituto “Massimo” de Roma e os representantes de outras escolas administradas pelos Jesuítas na Itália.
“Conheço bem essa associação, pois fui assistente nacional dela na Argentina, no final dos anos setenta. A comunidade aprofunda as suas raízes nas Congregações Marianas da primeira geração dos companheiros de Santo Inácio de Loyola. Trata-se de um longo percurso em que a associação se destacou no mundo pela sua vida espiritual intensa e pelo zelo apostólico de seus membros, antecipando os ditames do Concílio Vaticano II acerca do papel e do serviço dos fiéis leigos na Igreja”, destacou o Santo Padre em seu discurso.
O pontífice deu algumas indicações para o caminho espiritual e comunitário da Comunidade de Vida Cristã da Itália.
      Em primeiro lugar, o compromisso em difundir a cultura da justiça e da paz. “Diante da cultura da ilegalidade, da corrupção e do confronto, vocês são chamados a se dedicarem ao bem comum também através do serviço às pessoas envolvidas na política”. “Essa é a forma”, como dizia o Beato Paulo VI, “mais elevada e exigente da caridade”. “Se os cristãos abandonassem seu compromisso com a política, trairiam a missão dos fiéis leigos, chamados a ser sal e luz no mundo através dessa forma de presença”, sublinhou ainda o Papa.
Como segunda prioridade apostólilca, Francisco indicou a pastoral familiar debatida no último Sínodo dos Bispos e encorajou os presentes a “ajudarem as comunidades diocesanas na atenção à família, célula vital da sociedade, e no acompanhamento dos noivos ao matrimônio”. “Vocês podem também acolher os que estão distantes: dentre eles estão muitas pessoas separadas que sofrem por causa da falência de seu projeto de vida conjugal e por outras situações de desconforto familiar que podem dificultar o caminho de fé e de vida na Igreja”, frisou.
A terceira indicação do Papa Francisco foi a missionariedade. O pontífice incentivou o organismo a encontrar os pobres do mundo e as comunidades que mais precisam de agentes pastorais. 
O Papa encorajou os membros da Comunidade de Vida Cristã - Liga Missionária Estudantil da Itália a manterem a capacidade de sair e caminhar em direção aos mais pobres. “A sua solidariedade para com eles confirme a sua vocação na construção de pontes de paz em todo lugar”, destacou Francisco.
“Vocês convidaram alguns membros de suas comunidades que estão presentes na Síria e Líbano: povos martirizados por guerras terríveis. Renovo a eles o meu afeto e a minha solidariedade. Essas populações estão vivendo a hora da cruz, portanto que elas sintam o seu amor, sua proximidade e o apoio de toda a Igreja”, frisou o Santo Padre.    
“O seu estilo de fraternidade que se traduz também em projetos de acolhimento de imigrantes na Sicília, os torne generosos na educação dos jovens, dentro da associação e no âmbito das escolas. Santo Inácio de Loyola entendeu que para renovar a sociedade era preciso começar pelos jovens e incentivou a abertura de colégios. Assim, nasceram as primeiras Congregações Marianas.”
“Na esteira luminosa e fecunda deste estilo apostólico, vocês animem as várias instituições educacionais, católicas e estatais, presentes na Itália, como já acontece em várias partes do mundo. Que na base de sua ação pastoral esteja sempre a alegria do testemunho do Evangelho, junto com a delicadeza e o respeito pelo outro”, concluiu o Papa Francisco. (MJ)
 Fonte: News.VA


Papa: Ecumenismo não é opção, sangue dos mártires nos una

2015-04-30 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira (30/04), no Vaticano, os membros da Comissão Internacional anglicano-católica que nestes dias se reuniram para uma nova sessão de diálogo e que atualmente estuda a relação entre Igreja universal e Igreja local com particular referência aos processos de confronto e de decisões sobre questões morais e éticas.
Francisco recordou que esse diálogo é fruto do histórico encontro ocorrido em 1966 entre o Papa Paulo VI e o Arcebispo Ramsey, que deu início à Primeira Comissão Internacional anglicano-católica. Naquela ocasião – sublinhou ainda o Santo Padre – ambos rezaram com confiança para que se realizasse “um sério diálogo que, baseado nos Evangelhos e nas antigas tradições comuns”, pudesse levar “àquela unidade na verdade para a qual Cristo rezou”.
Aproximação
“Nós ainda não atingimos esse objetivo, mas estamos convencidos de que o Espírito Santo continua a nos empurrar nessa direção, apesar das dificuldades e dos novos desafios. A presença de vocês hoje é um sinal de que a tradição de fé e a história partilhada por anglicanos e católicos podem inspirar e apoiar os nossos esforços para superar os obstáculos que se interpõem à plena comunhão. Conscientes da importância dos desafios que temos pela frente, com realismo estamos confiantes de que poderemos realizar juntos ainda muitos progressos”.
Francisco recordou ainda que em breve serão publicadas cinco declarações comuns produzidas até agora na segunda fase do diálogo anglicano-católico, acompanhadas por comentários e respostas.
Unidade dos cristãos
A causa da unidade não é um compromisso opcional e as divergências que nos dividem não devem ser aceitas como inevitáveis. Alguns gostariam que, após 50 anos, houvesse maiores resultados no que diz respeito à unidade. Apesar das dificuldades, não podemos desanimar, mas devemos confiar ainda mais no poder do Espírito Santo, que pode nos curar e nos reconciliar e fazer o que humanamente parece impossível.
Francisco disse em seguida que há uma ligação forte que nos une, para além de toda divisão: é o testemunho dos cristãos que pertencem a Igrejas e tradições diferentes, vítimas de perseguições e violências apenas por causa da fé que professam.
“O sangue destes mártires irá alimentar uma nova era de compromisso ecumênico, uma nova apaixonada vontade para cumprir a vontade do Senhor: que todos sejam um (Jo 17:21). O testemunho destes nossos irmãos e irmãs nos encoraja a sermos ainda mais coerentes com o Evangelho e a nos esforçarmos para alcançar, com determinação, o que o Senhor deseja para a sua Igreja. Hoje, o mundo precisa urgentemente do testemunho comum e alegre, dos cristãos, da defesa da vida e da dignidade humana para a promoção da paz e da justiça”.
O Papa concluiu invocando os dons do Espírito Santo, para sermos capazes de responder corajosamente aos “sinais dos tempos”, que chamam todos os cristãos à unidade e ao testemunho comum. (SP)
Fonte: News.VA

Intenções de oração do Santo Padre para maio

2015-04-30 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – Foram publicadas as intenções de oração do Santo Padre para o mês de maio.
Intenção universal: “Para que, rejeitando a cultura da indiferença, cuidemos dos que sofrem, em particular dos enfermos e dos pobres”.
Intenção para a evangelização: “Para que a intercessão de Maria ajude aos cristãos que vivem em contextos secularizados a fazerem-se disponíveis para anunciar Jesus”.
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Vaticano disponibiliza site do Jubileu da Misericórdia

O Vaticano criou um website do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que acontecerá de 8 de dezembro deste ano até 20 de novembro de 2016. O endereço eletrônico está disponível em seis idiomas e possui o anúncio do Jubileu, a Bula de Convocação, notícias, vídeos, galeria de fotos e um formulário para contato com o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, responsável pela organização do Ano Santo.
O papa Francisco realizou a convocação oficial do Jubileu extraordinário da Misericórdia no dia 11 de abril. Na ocasião foi entregue aos quatro cardeais-arciprestes das basílicas papais de Roma a Bula “Misericordiae Vultus” (O rosto da Misericórdia).
Durante a 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que aconteceu em Aparecida (SP), de 15 a 24 de abril, o bispo de Amparo (SP) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da entidade, dom Pedro Carlos Cipollini, apresentou um breve comentário sobre o documento divulgado pelo papa.
“O tema da Misericórdia tem raízes profundas na Igreja e o papa Francisco (um homem marcado pela misericórdia, que ele escolheu como lema episcopal), soube captá-las e inserir nestas raízes a proposta do Ano Santo”, considerou em sua introdução.
Dom Cipollini retornou à fala de são João XXIII na abertura do Concílio Vaticano II, lembrando a proposta de uma Igreja que “prefere usar a medicina da misericórdia”. A Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia também menciona são João Paulo II, que publicou a encíclica “Dives in misericórdia” e canonizou Santa Faustina, a santa da Misericórdia.
Dos 25 itens da bula papal, o presidente da Comissão para Doutrina da Fé destacou três pontos. Os fundamentos teológicos, a aplicação à Igreja e indicações práticas sobre como viver um itinerário espiritual de conversão durante o Ano Santo.
No último tópico, foram dadas indicações práticas para a vivência do ano da misericórdia. Dom Cipollini destacou as propostas de “Peregrinação como caminho e sinal de conversão”. “A peregrinação ‘será sinal de que a própria misericórdia é uma meta a alcançar e que exige empenho e sacrifício’”, sublinhou.
Outra sugestão é a vivência do perdão. “O perdão aparece aqui como componente da misericórdia divina e vértice da oração cristã. É a redenção vista na ótica do perdão”, explica. Neste tópico, destaca-se o comunicado do papa no envio dos “missionários da misericórdia” durante a quaresma. “Sacerdotes a quem ele dará autoridade para perdoar mesmo os pecados reservados à Santa Sé e pede aos bispos que os convidem e acolham”, disse.
Por último, foi indicada a relação “Justiça e misericórdia”. “O papa reflete a partir de várias passagens bíblicas para concluir que a justiça de Deus culmina no seu perdão”, analisa o bispo.
Fonte:CNBB

Cáritas Brasileira e CNBB irão lançar campanha de ajuda ao Nepal

A Cáritas Brasileira e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estão se articulando para o lançamento da campanha de arrecadação de recursos financeiros para as vítimas do terremoto de magnitude 7,9 ocorrido no último sábado, 25, e que atingiu o Nepal, a Índia e a China. Segundo a Organização Mundial das Nações Unidas (ONU), o desastre natural afetou mais de 8 milhões de pessoas, com mais de 5 mil mortos e 6 mil feridos.
Diante da tragédia, a Cáritas Internacional (CI) está trabalhando com a Cáritas Nepal para oferecer ajuda aos feridos e desabrigados. A partir de uma teleconferência realizada entre 14 entidades que prestam apoio às vítimas do terremoto no Nepal, foi produzido um relatório da situação do país e de sua população neste momento.
A Rede Caritas e entidades parceiras apontaram que casacos, lonas e tendas, água e alimentos estão entre as principais e imediatas necessidades expressas pela Cáritas Nepal.
No domingo, 26, o papa Francisco rezou uma Ave Maria pelas vítimas do terremoto, junto aos fiéis reunidos na praça São Pedro, no Vaticano. Na oração dominical do Angelus, ele dirigiu uma mensagem de alento aos atingidos. “Desejo confirmar a minha proximidade com as populações atingidas pelo forte terremoto no Nepal e que atingiu também os países vizinhos. Rezo pelas vítimas, pelos feridos e por todos os que sofrem devido a esta calamidade. Que tenham o apoio da solidariedade fraterna”, expressou Francisco.
Recursos humanos e financeiros:
Neste momento, 33 agentes de várias Cáritas do mundo estão no Nepal e há um recurso de, aproximadamente, 2,5 milhões de euros para atender às necessidades imediatas dos sobreviventes.
A Caritas Nepal determinará sobre a necessidade de mais recursos humanos e será estabelecido mecanismo de apoio.
Para mais informações:
- Cáritas Brasileira: Localização: SGAN Quadra 601 Módulo F / Asa Norte - CEP: 70830-010 (Brasília-DF). +55 (61) 3521-0350
- Caritas Nepal: entre em contato com Lilian Chan: Telefone LilianC@caritas.org.au ou telefone +61 410 009 200.
 Fonte: CNBB

Por dentro e por fora

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém (PA)

A Páscoa é celebrada durante as semanas que se seguem ao dia da Ressurreição do Senhor, nas quais procuramos conhecer mais os sacramentos, as orações e a própria vida da Igreja. Trata-se de um tesouro inesgotável, do qual desejamos continuamente haurir a seiva que sustenta a presença cristã no mundo. A fonte é sempre o Senhor Jesus Cristo, Cabeça do Corpo que é a Igreja, com sua graça comunicada a todos os cristãos. Nele fomos enxertados pelo Batismo, nele desejamos permanecer e produzir frutos (Cf. Jo 15, 1-8). A vida cristã é uma divina aventura, conduzida pela graça de Deus, a fim de que nós manifestemos visivelmente a obra que o Senhor realiza em nossas almas, fazendo a nossa parte na construção do Reino de Deus. Sim, a cada cristão, renascido nas fontes batismais, cabe a tarefa de desenvolver a vida divina que lhe foi concedida.

Começa por dentro, no cultivo daquilo que chamamos vida interior, através do cuidado com a semente de vida plantada por Deus em nosso coração. Vale uma pergunta a respeito das ocasiões em que cada pessoa se encontra sozinha, olhando no espelho da própria consciência, para verificar se estamos cuidando com carinho do que Deus mesmo plantou em nós. Como é a nossa oração pessoal? Como utilizamos o tempo livre? Para que exista coerência em nossa existência, há que se cuidar do lado de dentro, a ser continuamente examinado, com o que a Igreja chama de exame de consciência, feito no confronto o que Deus pensa para nós. É fácil perguntar o que penso sobre minha vida, até porque podemos ser juízes tendenciosos em causa própria! Muito mais exigente e libertador é deixar que a luz de Deus ilumine o recôndito de nossa alma. De fato, a Escritura ensina: "Feliz o homem a quem Deus corrige! Não rejeites, pois, a repreensão do Poderoso, porque ele fere, mas trata da ferida; golpeia, mas suas próprias mãos curam" (Jó 5, 17-18).
O cuidado com a vida interior pode contar com duas fontes preciosas, que se completam maravilhosamente. Trata-se da Palavra de Deus, lida, ouvida e praticada, e mais a vida de oração. Como estamos tratando de cristãos desejosos de aprofundar sua vivência pessoal da fé, vale para todos a insistência em rezar mais e rezar melhor. É escolher mesmo um tempo para rezar. A sabedoria da Igreja nos indica as orações da manhã e da noite, a leitura orante da Palavra de Deus, a participação na Eucaristia como ponto alto da semana, além do Rosário e as devoções pessoais, cultivadas com carinho. E a história dos santos nos legou pequenas flechas, dardos de amor dirigidos ao Senhor, chamados "jaculatórias", começando da invocação do nome de Jesus. Quantos "peregrinos" aprenderam a dizer "Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, tem piedade de mim, que sou pecador", invocação repetida inúmeras vezes durante o dia, a chamada "Oração de Jesus". Impressionante é a força libertadora da memória que se enche de coisas boas, das quais a melhor é o cultivo da amizade com Deus! O que importa é nortear o programa de vida com escolhas claras, priorizando o que passa na frente, que é seguir a Jesus Cristo.
Toda planta frutífera vem a ser podada de tempo em tempo. Daí vem a magnífica afirmação do Senhor: "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto em mim, ele corta; e todo ramo que dá fruto, ele limpa, para que dê mais fruto ainda" (Jo 15, 1-2). Como acontece com a parreira de uva, também nossa vida cristã precisa ser podada e purificada. "Nossos pais humanos nos corrigiam, como melhor lhes parecia, por um tempo passageiro; Deus, porém, nos corrige em vista do nosso bem, a fim de partilharmos a sua própria santidade. Na realidade, na hora em que é feita, nenhuma correção parece alegrar, mas causa dor. Depois, porém, produz um fruto de paz e de justiça para aqueles que nela foram exercitados" (Hb 12, 10-11). Certamente não é fácil suportar os golpes de cinzel do divino escultor, que quer esculpir em nós uma obra de arte. Algumas podas permitidas pelo Senhor, como o sofrimento, o cansaço, as tribulações, a perseguição ou as crises pessoais não nos façam perder a esperança.
E chega a nossa vida o tempo dos frutos (Mt 7, 17-12): "Pelos seus frutos os conhecereis". Nossa união com o tronco, de onde recebemos a seiva da graça, manifesta-se na caridade vivida, na atenção ao próximo, gestos e palavras correspondentes à fé professada. Não cabem na vida do cristão a insensibilidade diante do sofrimento, nem a desatenção com aquilo que ocorre ao nosso redor. Nos dias que correm dos desastres naturais noticiados, como o terrível terremoto no Nepal, passando pelos vulcões e outros fenômenos, chegamos aos problemas criados pelos homens e mulheres de nossa geração. Há poucos dias, os Bispos do Brasil, reunidos em sua 53ª Assembleia Geral, alertaram nosso povo para algumas das muitas mazelas que pedem o testemunho corajoso dos cristãos: "A corrupção, praga da sociedade e pecado grave que brada aos céus (Cf. Papa Francisco – O Rosto da Misericórdia, n. 19), está presente tanto em órgãos públicos quanto em instituições da sociedade. Combatê-la, de modo eficaz, com a consequente punição de corrompidos e corruptores, é dever do Estado. É imperativo recuperar uma cultura que prima pelos valores da honestidade e da retidão. Só assim se restaurará a justiça e se plantará, novamente, no coração do povo, a esperança de novos tempos, calcados na ética. A credibilidade política, perdida por causa da corrupção e da prática interesseira com que grande parte dos políticos exerce seu mandato, não pode ser recuperada ao preço da aprovação de leis que retiram direitos dos mais vulneráveis".
Nosso relacionamento com a família, o ambiente de trabalho e todos os níveis de contato com as pessoas e a sociedade devem transformar-se a partir de dentro do coração humano, para gerar uma nova cultura, aquela que o Papa Francisco chama de "cultura do encontro". O Papa se relaciona com os outros como pessoa que encontra pessoas e que coloca profundamente em jogo a sua vida e busca que seu interlocutor coloque em jogo a si mesmo. É uma metodologia muito pessoal e envolvente, manifesta seu carisma, sua capacidade de ir ao coração do outro e convidá-lo a dar passos, a colocar-se em caminho pelo bem da humanidade. No grande vinhedo do mundo, há alguém que sabe vir de dentro do coração de Deus para que a cultura do Evangelho se espalhe!
Fonte: CNBB

Trabalhador modelo

Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

Tornou-se bastante comum na nossa sociedade escolher “modelos” para servirem de inspiração às pessoas. Os mais conhecidos são os homens e as mulheres que servem de “modelo” para desfilar as roupas que são fabricadas ou que servem para ilustrar as revistas de moda que ocupam generosos espaços nas prateleiras das livrarias e dos mercados. Mas temos também o “produtor modelo”, “estudante modelo”, “operário modelo” e “santo modelo”.

Não desmerecendo os outros, para os cristãos, o “trabalhador modelo” é São José, esposo de Maria e pai adotivo de Jesus. Sem fazer grande alarde, ele cumpriu com seu ofício de “pai provedor” na carpintaria de Nazaré. Foi lá que obteve os recursos para dar de comer à sua família e lhe dar vida decente. Foi também lá que introduziu Jesus no mundo do trabalho. É o que afirmou de forma sábia São João Paulo II na Exortação Apostólica Redemptoris custos: “Se a Família de Nazaré, na ordem da salvação e da santidade, é exemplo e modelo para as famílias humanas, é-o analogicamente também o trabalho de Jesus ao lado de José carpinteiro”. E, mais do que isso, foi “graças ao seu banco de trabalho, junto do qual exercitava o próprio ofício juntamente com Jesus, que José aproximou o trabalho humano do mistério da Redenção” (RC, 22).
Do tempo de São José até os dias de hoje o trabalho passou por muitas mudanças. A maior delas se deu, certamente, com a Revolução Industrial. O regime de trabalho mudou, assim como também mudaram os instrumentos usados para o trabalho. As novas tecnologias dificultam a percepção de uma relação entre o trabalho no tempo de Jesus e o trabalho no mundo atual. Continuamente corre-se o risco de transformar o trabalhador em simples peça de engrenagem, que pode ser descartado quando deixa de cumprir com sua função.
Na recente assembléia da CNBB, ao lançar um olhar sobre a conjuntura brasileira e, cientes de que não podemos calar “frente aos acontecimentos que interessam aos cidadãos”, publicamos uma Nota de alerta e convocação. Entre outras coisas, afirmamos que “a retomada de crescimento do País precisa ser feita sem trazer prejuízo à população, aos trabalhadores e principalmente aos mais pobres”. Alertamos que “a lei que permite a terceirização do trabalho, em tramitação no Congresso Nacional, não pode, em hipótese alguma, restringir os direitos dos trabalhadores. É inadmissível que a preservação dos direitos sociais venha a ser sacrificada para justificar a superação da crise”.
Aproveitemos, pois, as comemorações do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora para reafirmar a dignidade da pessoa humana. Unamo-nos na luta pela geração de novos empregos e na preservação dos direitos dos trabalhadores. Olhemos para São José e, assim como ele, façamos do trabalho o meio de nossa santificação pessoal.
Que Deus, por intermédio de São José Operário, abençoe os trabalhadores e as trabalhadoras.
Fonte: CNBB

Ainda o trabalho

Dom Luiz Demétrio Valentini
Bispo de Jales (SP)

O Primeiro de Maio continua sendo o Dia do Trabalho. Mesmo que as razões tenham sido esquecidas, ou nunca fossem conhecidas, o feriado permanece, testemunhando quanto o trabalho precisa estar no centro de nossas atenções, para garantir sua valorização.

Houve épocas em que a defesa do trabalho se constituiu em bandeira que precisou enfrentar muitas resistências, até garantir que o valor do trabalho fosse assegurado, e traduzido em primeiro lugar por sua justa remuneração.
Ao longo dos embates políticos, foi ficando claro que o trabalho não podia ficar exposto à precariedade dos interesses individuais. Foi emergindo a consciência da necessidade de implantar um aparato jurídico, que garantisse o valor do trabalho humano, reconhecendo sua importância social, mas sobretudo assegurando sua justa remuneração, seja quando o trabalho é feito de maneira autônoma, ou quando ele é alocado a serviço de quem o contrata.
Ao mesmo tempo, ficou evidente a necessidade dos trabalhadores serem os primeiros a garantir o valor do seu trabalho, unindo-se em torno das mesmas causas.
Para isto, foi necessário destroçar a falácia que proibia os trabalhadores de participarem de associações, alegando que cada um devia, “livremente”, fazer o contrato de trabalho com seu patrão, que também “livremente” impunha as condições que ele queria.
Esta era a tese do liberalismo, que no começo da revolução industrial presidia as mentalidades, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos. Sempre é bom ter presente que a revolução industrial coincidiu com o auge da ideologia liberal.
A revolução industrial foi desencadeada pela descoberta da máquina a vapor, por James Wattss, no ano de 1732. Foram tantas as aplicações práticas do domínio da força resultante do vapor, que transformaram rapidamente a economia, sobretudo as condições do trabalho humano, que passou a ser atropelado pela técnica. Tornou possível o domínio do ferro, que por sua vez necessitava do carvão, suscitando as grandes siderurgias, e tornando possível desenvolver o transporte em navios muito mais potentes, e em ferrovias que antes eram inconcebíveis.
Pois bem, o encanto dos novos aparatos técnicos, fez com que se desconhecesse o valor do trabalho humano, e a dignidade dos trabalhadores.
A reação contra a ideologia liberal foi lenta, pois precisava enfrentar os ventos contrários da nova dinâmica industrial que ia se implantando, esta sim, muito rapidamente.
Pois bem, estes breves acenos históricos se tornam oportunos no momento em que estamos vivendo, junto com um refluxo neo liberal, estratégias jurídicas que ameaçam anular os avanços legais da proteção do trabalho humano.
Ele precisa continuar sendo a “chave principal” de toda a questão social. A proteção legal do trabalho é sempre garantia de um mínimo de justiça social.
Os avanços jurídicos de proteção do trabalho precisam ser resguardados. Este o critério que deve presidir os debates que se travam agora no Congresso Nacional, sobre a terceirização do trabalho.
O que está em jogo é a defesa do valor e da dignidade do trabalho humano. Ele precisa sempre de proteção legal adequada, para não ficar exposto à sua exploração. É isto que os parlamentares deveriam compreender e garantir.
Fonte: CNBB

A pertença

Dom José Alberto Moura
Arcebispo de Montes Claros (MG)


Em todas as instituições humanas há direitos e deveres, bem como exigências a serem cumpridas e usufruto de benesses. Quanto mais se ama a instituição mais se veste a camisa da mesma e se ajuda a consecução de sua missão. Quando o interesse for de apenas tirar vantagens da mesma, o sentido de pertença fica prejudicado, bem como a própria agremiação não é ajudada de modo abrangente.

Jesus faz a comparação da videira, cujos ramos dão frutos se estiverem bem ligados ao tronco. Caso contrário, seca e não produz nada de resultado positivo (Cf. João 15,1-8). Ele quis instituir não simplesmente uma religião a mais, conforme a praxe humana. Planejou uma grande família em que todos vivessem ligados a Ele e uns aos outros, em verdadeira fraternidade. Ele sabia que a participação em sua família seria realizada de modo diferenciado, conforme o ser, a história e a realidade de cada um. Mas todos devem estar dispostos a fazer e dar tudo de si pelo bem da mesma. Ele promete, então, sua ajuda. Dá a própria vida. A nossa, porém, depende de nós mesmos. Ele não faz em nosso lugar o que nos compete, porque nos valoriza, respeita nossa liberdade e recompensa nosso esforço. Ao pequeno sinal de nossa boa vontade Ele se achega e nos ajuda. É preciso que confiemos nele. Antes, Ele mesmo nos estimula com sua ajuda para correspondermos a seu amor.
Ninguém é dono da grande família de Jesus, a Igreja. Ela tem seus valores, orientações, exigências e suporte ou ajuda para todos. Possui variedade de funções e serviços ou ministérios. É preciso haver docilidade a seus ensinamentos e dons. Querer usá-la sem compromisso de ajudá-la a realizar sua missão é o mesmo que querer ganhar um jogo sem ajudar o time. Neste não há torcedores. Só quem entra em campo e ajuda o time ganha o jogo. Não vale querer isto ou aquilo da Igreja sem ajudá-la a superar seus limites e colaborar com sua missão de implantar o Reino de Deus, onde haja justiça, solidariedade, colaboração, promoção da ética e do bem comum, além da Liturgia e das práticas religiosas. Trata-se de se carregar a bateria espiritual para a missão acontecer, numa verdadeira ligação entre fé proclamada e vida desenvolvida com os valores do Evangelho. Isto deve  dar-se na família, na comunidade eclesial e na sociedade. Vai haver, então, a promoção da vida, da dignidade humana, da boa política e do uso da ciência, da cultura, da economia e da técnica para a promoção da cidadania para todos. A Igreja de Jesus é encarnada na história para transformá-la com a luz de Cristo. Muitos querem uma Igreja de Liturgia voltada para dentro de si e ponto final. A Igreja é para servir e ser luz para o mundo, como quer o Divino Mestre.
Há quem estranhe pessoas que viviam de modo contrário ao Evangelho e agora estão a seu favor. A santidade não é não ter defeitos. Mesmo tendo-os a pessoa se converte e faz todo esforço para superá-los. Assim aconteceu com a vida de muitos, que até foram canonizados como santos. Os exemplos são muitos. O de Paulo é protótipo. Logo após sua conversão a comunidade tinha medo dele, pois, perseguia os cristãos. De repente ele se apresentou como apóstolo e ensinava o caminho de Jesus (Cf. Atos 9,26-31). A missão de quem participa da Igreja de Jesus é a de anunciá-lo a todos, para que haja conversão e vida nova. Esta é demonstrada no modo de viver segundo o Evangelho. Leva a pessoa a amar a Igreja, ajudá-la na missão e fazer com que ela possa ser instrumento de promoção de vida plena para todos. A manifestação de pertença a ele se mostra em quem segue seus ditames e sua grande missão!
 Fonte: CNBB

A praga da corrupção

Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney (RJ)

Na sua recém-terminada Assembleia Geral, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil emitiu uma nota sobre o momento nacional, na qual ressalta o problema da corrupção, usando como lema a frase do Jesus no Evangelho: “Entre vós não deve ser assim” (Mc 10,43):

“A corrupção, praga da sociedade e pecado grave que brada aos céus (cf. Papa Francisco – O Rosto da Misericórdia, n. 19), está presente tanto em órgãos públicos quanto em instituições da sociedade. Combatê-la, de modo eficaz, com a consequente punição de corrompidos e corruptores, é dever do Estado. É imperativo recuperar uma cultura que prima pelos valores da honestidade e da retidão. Só assim se restaurará a justiça e se plantará, novamente, no coração do povo, a esperança de novos tempos, calcados na ética”. E adverte: “A credibilidade política, perdida por causa da corrupção e da prática interesseira com que grande parte dos políticos exerce seu mandato, não pode ser recuperada ao preço da aprovação de leis que retiram direitos dos mais vulneráveis...”.
A corrupção é considerada pela ONU o crime mais dispendioso de todos, causa de muitos outros. A corrupção propicia a ocupação de cargos por pessoas indignas, as manobras políticas, a compra de votos, as licitações desonestas, o desvio, a malversação e o desperdício do dinheiro público, a impunidade, o tráfico de drogas e a sua veiculação nos presídios etc.
“Aquele que ama o ouro não estará isento de pecado; aquele que busca a corrupção será por ela cumulado. O ouro abateu a muitos... Bem-aventurado o rico que foi achado sem mácula... Quem é esse homem para que o felicitemos? Àquele que foi tentado pelo ouro e foi encontrado perfeito está reservada uma glória eterna:... ele podia fazer o mal e não o fez” (Eclo 31, 5-10). São palavras de Deus para todos nós.
Ao ler o título desse artigo, se pensa logo nos políticos. Mas há muita gente, fora da política, que se enquadra nesse título: quantos exploradores da coisa pública, quantos sugadores do Estado, que não são políticos! Aí se enquadram todos os profissionais ou amadores que se corrompem pelo dinheiro. Quem vota por dinheiro é corrupto. Quem vota apenas por emprego próprio é corrupto. Quem corre atrás dos políticos para conseguir benesses espúrias é corrupto. Precisamos voltar aos princípios cristãos básicos da honestidade e da justiça.
O Papa Francisco tem insistido sobre a diferença entre pecado e corrupção, entre o pecador e o corrupto. Segundo ele, pecadores somos todos nós, mas o corrupto é aquele que deu um passo a mais: perdeu a noção do bem e do mal. Já não tem mais o senso do pecado. Os corruptos fazem de si mesmos o único bem, o único sentido; negando-se a reconhecer a Deus, o sumo Bem, fazem para si um Deus especial: são Deus eles mesmos. O Papa lembrou que São Pedro foi pecador, mas não corrupto, ao passo que Judas, de pecador avarento, acabou na corrupção. “Que o Senhor nos livre de escorregar neste caminho da corrupção. Pecadores sim, corruptos, não.” (Homilia, 4/6/2013).
Fonte: CNBB

Santo do Dia - São José Benedito Cottolengo acolhia pobres, doentes mentais e físicos

São José Benetido Cottolengo
Hoje, lembramos São José Benedito Cottolengo que nasceu em Bra, na Itália, onde desde de pequeno demonstrou-se inclinado à caridade. Com o passar do tempo e trabalho com sua vocação, tornou-se um sacerdote dos desprotegidos na diocese de Turim.

Quando teve que atender uma senhora grávida, que devido à falta de assistência social, morreu em seus braços; espantado, retirou-se em oração e nisso Deus fez desabrochar no seu coração a necessidade da criação de uma casa de abrigo que, mesmo em meio às dificuldades, foi seguida por outras. Esse grande homem de Deus acolhia pobres, doentes mentais, físicos, ou seja, todo tipo de pessoas carentes de amor, assistência material, físico e espiritual.
Confiando somente nos cuidados do Pai do Céu, estas casas desde a primeira até a verdadeira cidade da caridade que surgiu, chamou-se “Pequena Casa da Divina Providência”. Diante do Santíssimo Sacramento, José Cottolengo e outros cristãos, que se uniram a ele nesta experiência de Deus, buscavam ali forças para bem servir aos necessitados, pois já dizia ele: “Se soubesses quem são os pobres, os servirias de joelhos!”.
Entrou no Céu com 56 anos.
São José Benedito Cottolengo, rogai por nós!

4ª Semana da Páscoa - Quinta-feira 30/04/2015- Liturgia Diária

Primeira Leitura (At 13,13-25)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.
13Paulo e seus companheiros embarcaram em Pafos e chegaram a Perge da Panfília. João deixou-os e voltou para Jerusalém. 14Eles, porém, partindo de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia. E, entrando na sinagoga em dia de sábado, sentaram-se.
15Depois da leitura da Lei e dos Profetas, os chefes da sinagoga mandaram dizer-lhes: “Irmãos, se vós tendes alguma palavra para encorajar o povo, podeis falar”.
16Paulo levantou-se, fez um sinal com a mão e disse: “Israelitas e vós que temeis a Deus, escutai! 17O Deus deste povo de Israel escolheu os nossos antepassados e fez deles um grande povo quando moravam como estrangeiros no Egito; e de lá os tirou com braço poderoso. 18E, durante mais ou menos quarenta anos, cercou-o de cuidados no deserto. 19Destruiu sete nações na terra de Canaã e passou para eles a posse do seu território, 20por quatrocentos e cinquenta anos aproximadamente.
Depois disso, concedeu-lhes juízes, até o profeta Samuel. 21Em seguida, eles pediram um rei e Deus concedeu-lhes Saul, filho de Cis, da tribo de Benjamim, que reinou durante quarenta anos. 22Em seguida, Deus fez surgir Davi como rei e assim testemunhou a seu respeito: ‘Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que vai fazer em tudo a minha vontade’.
23Conforme prometera, da descendência de Davi Deus fez surgir para Israel um Salvador, que é Jesus. 24Antes que ele chegasse, João pregou um batismo de conversão para todo o povo de Israel. 25Estando para terminar sua missão, João declarou: ‘Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Mas vede: depois de mim vem aquele do qual nem mereço desamarrar as sandálias’”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.