Por Jaime Carlos Patias
29 / Set / 2012 17:41
Os mais de 200 jovens reunidos no Centro Educacional Maria Auxiliadora
(CEMA) em Brasília – DF, para o Seminário Nacional sobre Juventude e
Missão, foram desafiados a assumir atitudes que levam à missão
além-fronteiras.
A proposta foi feita, na tarde deste sábado, 29, pelo padre Estêvão
Raschietti, SX, diretor do Centro Cultural Missionário (CCM) ao
apresentar os campos da Missão na Igreja.
O
missiólogo explicou que a Igreja se encontra hoje numa situação de
dispersão diante de um mundo globalizado, secularizado e pluricultural.
Nesse contexto, a Igreja é enviada “em todas as partes e em todas as
situações, portanto a todos os povos e não apenas a alguns”. Em seguida,
colocou em evidência três situações na ação evangelizadora da Igreja: o
cuidado pastoral, junto aos cristãos; a nova evangelização, junto aos
cristãos culturais e a missão Ad Gentes, junto aos não cristãos. Para
cada um dessas situações, padre Estevão indicou uma imagem bíblica que
pode servir de inspiração: o pastor, o semeador e o pescador,
respectivamente.
O
assessor recordou ainda que, o Concílio Vaticano II deu vida a um novo
consenso em torno da missão Ad Gentes, que aponta para uma noção global
de missão. Ao falar de missão, segundo padre Estêvão, “devemos ter
presente: o fundamento, os campos, os atores, os objetivos, os caminhos,
os meios e as tarefas”.
O
Documento de Aparecida (2007) aponta para algumas tarefas essenciais que
expressam o engajamento com a missão contextual (ad intra) junto ao
compromisso com a dimensão universal (ad extra). Temos a dimensão da
Missão em cinco perspectivas: “a missão aos corações, na comunidade
local, missão continental, missão as gentes e missão Universal”.
“Acreditar
na Missão é acreditar que temos algo importante para dizer ao coração
do outro. Na JMJ Rio 2013, vocês acolherão jovens de todo o mundo. Não
se esqueçam, porém, que Missão é sair e essa tarefa é para a juventude”,
argumentou. Padre Estêvão pediu cuidado com o uso da categoria
“afastados” para indicar os que já não frequentam nossos espaços. “Não
sei se foram eles que se afastaram da Igreja ou a Igreja que se afastou
deles”, alertou.
Em
sentido progressivo, “a Missão universal deve começar com pequenas
atitudes para abrir a comunidade ao mundo inteiro. Começa com a pessoa,
passa pela comunidade, o bairro e vai além de todas as fronteiras”,
arrematou.
O
assessor concluiu convidando os jovens a refletirem sobre quais campos
deveríamos escolher e quais tarefas assumir para impulsionar uma efetiva
renovação missionária de nossas comunidades. Na sequência os
participantes se reuniram em grupos de partilha e reflexão. A recitação
do Terço Missionário e uma vigília na Catedral Metropolitana de Brasília
encerram as atividades do dia.
Confira também: Os desafios de evangelizar a juventude no Brasil
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