domingo, 30 de setembro de 2012

Jovens estudam os campos de Missão na Igreja

Por Jaime Carlos Patias   
29 / Set / 2012 17:41
Os mais de 200 jovens reunidos no Centro Educacional Maria Auxiliadora (CEMA) em Brasília – DF, para o Seminário Nacional sobre Juventude e Missão, foram desafiados a assumir atitudes que levam à missão além-fronteiras. A proposta foi feita, na tarde deste sábado, 29, pelo padre Estêvão Raschietti, SX, diretor do Centro Cultural Missionário (CCM) ao apresentar os campos da Missão na Igreja.
O missiólogo explicou que a Igreja se encontra hoje numa situação de dispersão diante de um mundo globalizado, secularizado e pluricultural. Nesse contexto, a Igreja é enviada “em todas as partes e em todas as situações, portanto a todos os povos e não apenas a alguns”. Em seguida, colocou em evidência três situações na ação evangelizadora da Igreja: o cuidado pastoral, junto aos cristãos; a nova evangelização, junto aos cristãos culturais e a missão Ad Gentes, junto aos não cristãos. Para cada um dessas situações, padre Estevão indicou uma imagem bíblica que pode servir de inspiração: o pastor, o semeador e o pescador, respectivamente.
O assessor recordou ainda que, o Concílio Vaticano II deu vida a um novo consenso em torno da missão Ad Gentes, que aponta para uma noção global de missão. Ao falar de missão, segundo padre Estêvão, “devemos ter presente: o fundamento, os campos, os atores, os objetivos, os caminhos, os meios e as tarefas”.
O Documento de Aparecida (2007) aponta para algumas tarefas essenciais que expressam o engajamento com a missão contextual (ad intra) junto ao compromisso com a dimensão universal (ad extra). Temos a dimensão da Missão em cinco perspectivas: “a missão aos corações, na comunidade local, missão continental, missão as gentes e missão Universal”.
“Acreditar na Missão é acreditar que temos algo importante para dizer ao coração do outro. Na JMJ Rio 2013, vocês acolherão jovens de todo o mundo. Não se esqueçam, porém, que Missão é sair e essa tarefa é para a juventude”, argumentou. Padre Estêvão pediu cuidado com o uso da categoria “afastados” para indicar os que já não frequentam nossos espaços. “Não sei se foram eles que se afastaram da Igreja ou a Igreja que se afastou deles”, alertou.
Em sentido progressivo, “a Missão universal deve começar com pequenas atitudes para abrir a comunidade ao mundo inteiro. Começa com a pessoa, passa pela comunidade, o bairro e vai além de todas as fronteiras”, arrematou.
O assessor concluiu convidando os jovens a refletirem sobre quais campos deveríamos escolher e quais tarefas assumir para impulsionar uma efetiva renovação missionária de nossas comunidades. Na sequência os participantes se reuniram em grupos de partilha e reflexão. A recitação do Terço Missionário e uma vigília na Catedral Metropolitana de Brasília encerram as atividades do dia.

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