quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Papa Francisco envia saudação ao Ano do Laicato no Brasil


Papa Francisco envia saudação ao Ano do Laicato no Brasil
O papa Francisco enviou à Igreja do Brasil, dia 15 de novembro, por meio do cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, uma saudação por ocasião da abertura do Ano Nacional do Laicato, no domingo (26/11).
Nesse momento particular da história do Brasil, o documento afirma que é preciso que os cristãos assumam sua responsabilidade de ser o fermento de uma sociedade renovada, onde a corrupção e a desigualdade dêem lugar à justiça e solidariedade.
O documento foi lido na lançamento do Ano do Laicato na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na abertura da última reunião ordinária do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) de 2017, na manhã desta terça-feira, 28/11.
Veja, abaixo, o fac simile e no link a íntegra do documento em PDF: SaudaçãoVaticano
Fonte: CNBB

Um novo tempo!

Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

Domingo próximo começa um novo ano litúrgico, com o Advento. Palavra oriunda do latim, significando “vinda”, Advento é o “tempo litúrgico da expectativa do Salvador e símbolo da esperança cristã. A salvação que esperamos de Deus tem igualmente o sabor do amor. Preparando-nos para o mistério do Natal, assumimos de novo o caminho do povo de Deus para acolher o Filho que nos veio revelar que Deus não é só Justiça, mas é também e antes de tudo Amor (cf. 1 Jo 4, 8). Em todos os lugares, mas, sobretudo onde reinam a violência, o ódio, a injustiça e a perseguição, os cristãos são chamados a dar testemunho deste Deus que é Amor”.
“O Advento é o tempo para preparar os nossos corações a fim de acolher o Salvador, isto é, o único Justo e o único Juiz capaz de dar a cada um a sorte que merece. Aqui, como noutros lugares, muitos homens e mulheres têm sede de respeito, justiça, equidade, sem avistar no horizonte qualquer sinal positivo. Para eles, o Salvador vem trazer o dom da sua justiça (cf. Jr 33, 15). Vem tornar fecundas as nossas histórias pessoais e coletivas, as nossas esperanças frustradas e os nossos votos estéreis. E manda-nos anunciar, sobretudo àqueles que são oprimidos pelos poderosos deste mundo, bem como a quantos vivem vergados sob o peso dos seus pecados: ‘Judá será salvo e Jerusalém viverá em segurança. Este é o nome com o qual será chamada: Senhor-nossa justiça’ (Jr 33, 16). Sim, Deus é Justiça! Por isso mesmo nós, cristãos, somos chamados a ser no mundo os artesãos duma paz fundada na justiça” (Papa Francisco, Catedral de  Bangui, República Centro-Africana, 29/11/2015).
Celebramos duas vindas de Jesus Cristo ao mundo. A primeira, com a sua encarnação, ocorrida historicamente há cerca de dois mil anos, celebraremos no Natal. A segunda, em que meditamos no tempo do Advento, é o retorno glorioso no fim dos tempos. Como disse o Papa Bento XVI, “esses dois momentos, que cronologicamente são distantes – e não se sabe o quanto -, tocam-se profundamente, porque com sua morte e ressurreição Jesus já realizou a transformação do homem e do cosmo que é a meta final da criação. Mas antes do final, é necessário que o Evangelho seja proclamado a todas as nações, disse Jesus no Evangelho de São Marcos (cf. Mc 13,10). A vinda do Senhor continua, o mundo deve ser penetrado pela sua presença. E esta vinda permanente do Senhor no anúncio do Evangelho requer continuamente nossa colaboração; e a Igreja, que é como a Noiva, a esposa prometida do Cordeiro de Deus crucificado e ressuscitado (cf. Ap 21,9), em comunhão com o Senhor colabora nesta vinda do Senhor,  na qual já inicia o seu retorno glorioso”(Angelus, 2/12/2012).
Há ainda uma terceira vinda de Cristo, também celebrada no Natal. Acontece em nosso coração, pela sua graça. Essa será a grande alegria do Natal: “O encontro pessoal com o amor de Jesus que nos salva… A ALEGRIA DO EVANGELHO enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Todos os que se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento” (Francisco, Evangelii Gaudium).

Prepare o berço do coração!

Dom José Gislon
Bispo de Erexim

Estimados Diocesanos! Neste domingo, como Igreja comunidade de fé, iniciamos o tempo litúrgico do Advento. Qual a sua finalidade? Nós nos prepararmos, espiritualmente para celebrarmos e festejarmos o Santo Natal, a festa da vinda do Filho de Deus. É um período que nos oferece a oportunidade de rever a nossa vida cristã e as nossas relações com Deus e com os irmãos.
Podemos ser dominados pela tentação do apelo comercial, de pensar o Natal só do ponto de vista comercial, cuja preocupação primeira é aquela de querer agradar os amigos, filhos, familiares dando um presente significativo que alivie nossa consciência de não ter deixado passar a data despercebida, mas que no fundo pode revelar um coração vazio, que não é capaz de perceber expressar o amor divino e humano manifestado na carne da frágil criança colocada no berço da gruta de Belém.
O advento é um tempo especial para exercitarmos a cultura do encontro entre as famílias e nas comunidades. Esses encontros devem ser motivados por aquilo que é mais importante, a fé no Senhor Jesus, deixando de lado as pequenas diferenças, que fomentam divergências que às vezes passam a ser a razão maior do nosso viver. Elas podem destruir a nossa paz, a família e a participação na vida de fé da comunidade.
Advento é tempo de preparação interior para celebrar a vida, a esperança e o amor de Deus pela humanidade. É tempo de olharmos, sim, a beleza das luzes, das vitrines com os apelos de consumo, mas sem fecharmos os olhos da caridade, para vermos aqueles que vivem às margens da sociedade, iluminados pela luz do amor divino e humano de Jesus, que refulge no mundo através das tuas ações de bem.
Ajudam-nos a vivermos intensamente este tempo de espera e esperança, a Palavra de Deus, a celebração em comunidade e nas famílias, a humildade evangélica, que nos dá a força de sairmos de nós mesmos para ir ao encontro do outro e construirmos fraternidade. Estes pequenos passos nos ajudam a alargarmos as portas do coração, para que ele seja um berço de amor que acolhe o Senhor da vida.


 Fonte: CNBB

Canção sobre a Maria e o significado do Natal segue revolucionando YouTube [VÍDEO]


Não se pode usar Deus como pretexto para o ódio, a violência e a divisão, diz o Papa


Vaticano, 30 Nov. 17 / 11:48 am (ACI).- Durante o seu discurso às autoridades, o Papa Francisco condenou novamente o uso que algumas pessoas fazem da religião a fim de "incentivar a divisão" e a violência.
Em uma clara alusão ao terrorismo jihadista internacional, o Santo Padre afirmou: “Em um mundo onde muitas vezes a religião é – escandalosamente – usada para fomentar a divisão, revela-se ainda mais necessário um tal gênero de testemunho do seu poder de reconciliação e união”.
Além disso, o Pontífice recordou o terrível ataque que ocorreu precisamente em Daca, no dia 1º. de julho de 2016, quando cinco assaltantes abriram fogo em um restaurante e em uma padaria de um bairro financeiro da capital, onde também há várias embaixadas. Eles fizeram dezenas de reféns e mataram vários policiais. Finalmente, os assaltantes foram mortos.
“Isto manifestou-se de forma particularmente eloquente na reação comum de indignação que se seguiu ao brutal ataque terrorista do ano passado aqui em Daca e na mensagem clara enviada pelas autoridades religiosas da nação, segundo a qual o santíssimo nome de Deus não pode jamais ser invocado para justificar o ódio e a violência contra outros seres humanos, nossos semelhantes”, acrescentou Francisco.
Fonte: Acidigital

O pecado da tibieza enfraquece o relacionamento com Deus


O pecado da tibieza enfraquece o relacionamento com Deus
Hoje, há um grande esvaziamento espiritual no mundo inteiro. O povo está caindo na indiferença religiosa. A tibieza vai enfraquecendo o relacionamento com Deus, principalmente daqueles que já O conhecem ou tiveram uma profunda experiência com Ele.
O mal de tudo isso é a chamada tibieza que, em primeiro lugar, é a hesitação em responder ao amor de Deus e, se diz ser também: frouxidão, fraqueza, indolência, falta de ardor, ser morno.

Prostração espiritual

A tibieza é o hábito não combatido do pecado venial. Ela tem levado muitos à prostração espiritual, ao desânimo para com as coisas de Deus.
Muitos têm caído no sedentarismo espiritual e se acostumado com a presença e ação de Deus na sua vida e no mundo. Nada para a pessoa tíbia é interessante ou novo, tudo vira rotina para ela. Nesses casos, há um profundo rompimento com a intimidade relacionada a Deus. Deus se torna tão banal para o tíbio que, muitas vezes, nem mesmo existe mais um relacionamento com Ele. E, além disso, torna-se uma pessoa morna em tudo.
Mas o Senhor adverte aos que são mornos: “Conheço a tua conduta. Não é frio, nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, porque és morno, nem frio ou quente, estou para vomitar-te de minha boca” (Ap 3,15-16).
Hoje, cresce entre os católicos a falta de ardor, até mesmo entre os consagrados, padres e religiosos. O ardor, o fervor em ser de Deus foi se perdendo de maneira assustadora. E a vida com Deus, para muitos, torna-se um peso ou apenas um trabalho, de uma tal maneira, que se perde o verdadeiro sentido missionário e o amor por ser do Senhor.
Grupos de oração na tibieza

Outras coisas que caíram na tibieza, foram alguns grupos de oração, nos quais não há mais o fervor dos inícios, onde o Senhor podia agir de maneira esplêndida com a abertura das pessoas, tanto dos que estavam à frente, como daqueles que os frequentavam. Por isso, muitos têm deixado a Igreja, por falta de fervor e ardor na vida espiritual.
Inclusive muitos padres deixam o ministério, porque perderam o sentido da sua vocação, deixando-se ser levados pela tibieza, esfriando na vida de oração, na intimidade com Deus e, assim, acabam por despencar no sedentarismo e ativismo.
A vida vira rotina quando não se faz mais as coisas com fervor, então, perdem a empolgação missionária e o gosto de serem consagrados ao Senhor.
Desse modo, muitos grupos de oração perderam o essencial, que é a intimidade com Deus, a vida no Espírito e o ardor na oração. Deixando apenas, serem conduzidos pela razão humana a fim de entender as coisas do Espírito.
A tibieza entrou na vida de muitos grupos, por causa da disputa por cargos, onde um quer ser melhor do que o outro, e a inveja também foi entrando nos grupos.

Fervor no Espírito Santo

Precisamos voltar ao primeiro amor, ao fervor no Espírito Santo, no qual é sanada toda a raiz de tibieza, que foi tomando conta da nossa vida espiritual.
A tibieza nos amarra aos pecados, principalmente, aos vícios e aos pecados veniais. Ela retira nossa força de lutar, para sermos mais de Deus e superarmos os nossos pecados e falhas. Sendo assim, nos acostumando com o “feijão e arroz de todos os dias” – da ”vidinha” de oração que temos. Nos contentamos com o pouco, sabendo que Deus tem muito mais para nos ofertar.
Acabamos cometendo pecados de olhos abertos, com plena consciência, aceitando-os “numa boa”, sem que ao menos, façamos algum esforço para evitá-los. A tibieza impede a nossa santificação.
São Gregório escreve: “A tibieza, que deixou o fervor, cai no desespero”.
A tibieza é o fermento do diabo, que quer arrastar todos para o inferno, a começar por aqueles que estão na vida com Deus. O tíbio, mesmo diante da Eucaristia, torna-se insensível. O seu coração se fecha à ação do Espírito e ao novo que Deus tem para a vida dele.
De modo que, acaba por se tornar uma pessoa carrancuda, mal-humorada, triste, insatisfeita, rancorosa, entristecendo-se com o progresso espiritual do outro. Perde, de fato, o sentido da vida, e por fim, tende a abandonar tudo, todo progresso espiritual com Deus.
Mas, se o tíbio não abandonar tudo, vai fazendo com que os outros, que estão na caminhada ou na comunidade com ele, vão, também, esfriando na fé, tornando-se tíbios como ele.
Por isso, precisamos urgentemente, combater a tibieza de nossa vida e da nossa comunidade.
Padre Reinaldo Cazumbá
www.cancaonova.com

Santo do Dia : Santo André Apóstolo, foi discípulo de João Batista

Santo André, se expressa no Evangelho como “ponte do Salvador”

Hoje a Igreja está em festa, pois celebramos a vida de um escolhido do Senhor para pertencer ao número dos Apóstolos.
Santo André nasceu em Betsaida, no tempo de Jesus, e de início foi discípulo de João Batista até que aproximou-se do Cordeiro de Deus e com São João, começou a segui-lo, por isso André é reconhecido pela Liturgia como o “protocleto”, ou seja, o primeiro chamado: “Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!”
Santo André se expressa no Evangelho como “ponte do Salvador”, porque é ele que se colocou entre seu irmão Simão Pedro e Jesus; entre o menino do milagre da multiplicação dos pães e Cristo; e, por fim, entre os gentios (gregos) e Jesus Cristo. Conta-nos a Tradição que depois do Batismo no Espírito Santo em Pentecostes, Santo André teria ido pregar o Evangelho na região dos mares Cáspio e Negro.
Apóstolo da coragem e alegria, Santo André foi fundador das igrejas na Acaia, onde testemunhou Jesus com o seu próprio sangue, já que foi martirizado numa cruz em forma de X, a qual recebeu do santo este elogio: “Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!”
Santo André Apóstolo, rogai por nós

Liturgia Diária:34ª Semana do Tempo Comum - Quinta-feira

Primeira Leitura (Rm 10,9-18)
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.
Irmãos, 9se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. 10É crendo no coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se consegue a salvação. 11Pois a Escritura diz: “Todo aquele que nele crer não ficará confundido”. 12Portanto, não importa a diferença entre judeu e grego; todos têm o mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam. 13De fato, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo. 14Mas como invocá-lo, sem antes crer nele? E como crer, sem antes ter ouvido falar dele? E como ouvir, sem alguém que pregue? 15E como pregar, sem ser enviado para isso?
Assim é que está escrito: “Quão belos são os pés dos que anunciam o bem”. 16Mas nem todos obedeceram à Boa Nova. Pois Isaías diz: “Senhor, quem acreditou em nossa pregação?” 17Logo, a fé vem da pregação e a pregação se faz pela palavra de Cristo. 18Então, eu pergunto: Será que eles não ouviram? Certamente que ouviram, pois “a voz deles se espalhou por toda a terra, e as suas palavras chegaram aos confins do mundo”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje : Responsório (Sl 18)

— Seu som ressoa e se espalha em toda terra.
— Seu som ressoa e se espalha em toda terra.
— Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia.
— Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.

Compreendendo e Refletindo

Há irmãos que levam o outro para onde querem, mas precisamos ser aqueles que levam a graça de Deus para o irmão

“Quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André” (Mateus 4,18).
Hoje, celebramos o apóstolo Santo André. André poderia até ter ficado escondido, porque pouco se fala ou se faz referência a ele. Sabemos que era um apóstolo querido e amado pelo Senhor, e talvez lembremos dele porque é irmão de Simão Pedro.
Alguns podem pensar: “Ele é mais importante? É irmão de tal. É filho de fulano (…)”; essas são as referências genéricas que nós fazemos. Mas quem é André? É o irmão de Simão Pedro.
Veja, André foi um apóstolo fundamental e essencial. Cada apóstolo têm a sua importância, assim como cada um de nós temos a nossa importância. O Pedro que nós conhecemos, o chefe da Igreja, o primeiro papa, o discípulo primeiro de Jesus. Todas as coisas que Jesus iria realizar, Ele fazia referência a Pedro.
É Pedro, Tiago e João que estavam mais próximos de Jesus, é Pedro quem vai chefiar a Igreja de Jesus, a Igreja Primitiva, mas foi o irmão dele que o levou a seguir Jesus. Na narração do Evangelho encontramos isso de forma tão explícita: “Encontramos o Messias”. É André quem vai levar o seu irmão para ser seguidor de Jesus.
André é o irmão companheiro, é o irmão que leva a graça de Deus para o outro. Há irmãos que nos levam para tantos cantos da vida; que levam o outro para beber, para jogar; há irmãos que levam o outro para onde quiserem, entretanto, precisamos ser aqueles que, levam a graça de Deus para o irmão.
É preciso ser o irmão, mas não o irmão como Caim, que matou seu irmão Abel. Não podemos ser indiferentes ao irmão, aqui me refiro até ao irmão de sangue, filho do mesmo pai e da mesma mãe.
André era irmão de Simão Pedro e levou o seu irmão para que conhecesse Jesus. Você já levou a graça de Jesus para os seus irmãos? Não faça isso querendo forçar ou obrigar. Faça isso com a ternura de André, porque ele não tinha aquele ímpeto, aquele sentimento forte como tinha Pedro, mas tinha a docilidade.
Ele era aquele apóstolo, aquele homem, com o temperamento manso era reflexivo. Pedro já era mais agitado. O fato de ser mais sereno ajudou o outro a encontrar o Senhor. Ainda que, o nosso temperamento não seja como o de André, mesmo assim, que encontremos na serenidade, na calma, na sabedoria, o caminho para encaminhar os nossos para seguir Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo- Canção Nova

Evangelho (Mt 4,18-22)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 18quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. 21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Texto: Discurso do Papa às Autoridades e ao Corpo Diplomático em Mianmar

O Papa pronuncia seu discurso às autoridades. Foto. Edward Pentin / ACI Prensa
Vaticano, 28 Nov. 17 / 10:15 am (ACI).- “Nestes dias, quero encorajar os meus irmãos e irmãs católicos a perseverar na sua fé e a continuar a expressar a sua mensagem de reconciliação e fraternidade através de obras caritativas e humanitárias, de que toda a sociedade possa beneficiar”. Confira na íntegra as palavras do Santo Padre às autoridades de Mianmar neste segundo dia de viagem ao país.
Tradução oficial
Senhora Conselheira de Estado,
Ilustres membros do Governo e Autoridades Civis,
Senhor Cardeal, Veneráveis Irmãos no Episcopado,
Distintos membros do Corpo Diplomático,
Senhoras e Senhores!
Expresso vivo reconhecimento pelo amável convite para visitar o Myanmar e agradeço à Senhora Conselheira de Estado as suas cordiais palavras.
Estou muito grato a todos aqueles que trabalharam incansavelmente para tornar possível esta visita. Venho sobretudo para rezar com a pequena mas fervorosa comunidade católica da nação, para a confirmar na fé e encorajá-la no esforço de contribuir para o bem da nação. Motivo de contentamento é o facto de a minha visita se realizar depois do estabelecimento formal das relações diplomáticas entre o Myanmar e a Santa Sé. Apraz-me ver esta decisão como sinal do empenho da nação em prosseguir o diálogo e a cooperação construtiva dentro da comunidade internacional alargada, bem como em renovar o tecido da sociedade civil.
Gostaria também que a minha visita pudesse atingir toda a população do Myanmar e oferecer uma palavra de encorajamento a todos aqueles que estão a trabalhar para construir uma ordem social justa, reconciliada e inclusiva. O Myanmar foi abençoado com o dom duma beleza extraordinária e numerosos recursos naturais, mas o maior tesouro dele é, sem dúvida, o seu povo, que sofreu muito e continua a sofrer por causa de conflitos civis e hostilidades que duraram muito tempo e criaram profundas divisões. Uma vez que agora a nação está a trabalhar por restaurar a paz, a cura destas feridas não pode deixar de ser uma prioridade política e espiritual fundamental. Só posso expressar apreço pelos esforços do Governo em enfrentar este desafio, em particular através da Conferência de Paz de Panglong, que reúne os representantes dos vários grupos numa tentativa para pôr fim à violência, criar confiança e garantir o respeito pelos direitos de quantos consideram esta terra como a sua casa.
Com efeito, o árduo processo de construção da paz e reconciliação nacional só pode avançar através do compromisso com a justiça e do respeito pelos direitos humanos. A sabedoria dos antigos definiu a justiça como a vontade de reconhecer a cada um aquilo que lhe é devido, enquanto os antigos profetas a consideraram como o fundamento da paz verdadeira e duradoura. Estas intuições, confirmadas pela trágica experiência de duas guerras mundiais, levaram à criação das Nações Unidas e à Declaração Universal dos Direitos Humanos como base dos esforços da comunidade internacional para promover a justiça, a paz e o progresso humano em todo o mundo e para resolver os conflitos através do diálogo, e não com o uso da força. Neste sentido, a presença do Corpo Diplomático entre nós testemunha não só o
SALA DE IMPRENSA DA SANTA SÉ 1/2
lugar que o Myanmar ocupa entre as nações, mas também o compromisso do país em manter e perseguir estes princípios fundamentais. O futuro do Myanmar deve ser a paz, uma paz fundada no respeito pela dignidade e os direitos de cada membro da sociedade, no respeito por cada grupo étnico e sua identidade, no respeito pelo Estado de Direito e uma ordem democrática que permita a cada um dos indivíduos e a todos os grupos – sem excluir nenhum – oferecer a sua legítima contribuição para o bem comum.
No trabalho imenso da reconciliação e integração nacional, as comunidades religiosas do Myanmar têm um papel privilegiado a desempenhar. As diferenças religiosas não devem ser fonte de divisão e difidência, mas sim uma força em prol da unidade, do perdão, da tolerância e da sábia construção da nação. As religiões podem desempenhar um papel significativo na cura das feridas emocionais, espirituais e psicológicas daqueles que sofreram nos anos de conflito. Impregnando-se de tais valores profundamente enraizados, elas podem ajudar a extirpar as causas do conflito, construir pontes de diálogo, procurar a justiça e ser uma voz profética para as pessoas que sofrem. É um grande sinal de esperança o facto de que os líderes das várias tradições religiosas deste país se estejam comprometendo a trabalhar juntos, com espírito de harmonia e respeito mútuo, pela paz, pela ajuda aos pobres e pela educação nos valores religiosos e humanos autênticos. Quando procuram construir uma cultura do encontro e da solidariedade, eles contribuem para o bem comum e colocam as bases morais indispensáveis para um futuro de esperança e prosperidade para as gerações vindouras.
Hoje aquele futuro já está nas mãos dos jovens da nação. Os jovens são um dom a estimar e encorajar, um investimento que só produzirá um bom rendimento na base de oportunidades reais de emprego e duma educação de qualidade. Trata-se de um requisito impelente de justiça intergeracional. O futuro do Myanmar, num mundo em rápida evolução e interconexão, dependerá da formação dos seus jovens, não só nos campos técnicos, mas sobretudo na formação para os valores éticos de honestidade, integridade e solidariedade humanas, que podem garantir a consolidação da democracia e o crescimento da unidade e da paz em todos os níveis da sociedade. De igual modo a justiça intergeracional requer que as futuras gerações herdem um meio ambiente que não esteja corrompido pela ganância e a depredação humana. É indispensável que os nossos jovens não sejam espoliados da esperança e da possibilidade de empregar o seu idealismo e os seus talentos na projetação do futuro do seu país, melhor, da família humana inteira.
Senhora Conselheira de Estado, queridos amigos!
Nestes dias, quero encorajar os meus irmãos e irmãs católicos a perseverar na sua fé e a continuar a expressar a sua mensagem de reconciliação e fraternidade através de obras caritativas e humanitárias, de que toda a sociedade possa beneficiar. Espero que, na respeitosa cooperação com os seguidores de outras religiões e com todos os homens e mulheres de boa vontade, contribuam para abrir uma nova era de concórdia e progresso para os povos desta amada nação. Longa vida ao Myanmar! Agradeço-vos pela atenção e, formulando votos das melhores felicidades no vosso serviço ao bem comum, sobre todos vós invoco as bênçãos divinas de sabedoria, força e paz.
Fonte: Acidigital

Papa a líderes religiosos em Mianmar: Construam a paz e a unidade na diferença

Papa Francisco com os líderes religiosos em Mianmar. Foto: L'Osservatore Romano.
Vaticano, 28 Nov. 17 / 10:00 am (ACI).- O segundo dia do Papa Francisco na Birmânia (conhecida atualmente como Mianmar), começou com um encontro inter-religioso com representantes católicos, anglicanos, budistas, hindus e judeus. O Pontífice lhe recordou que, apesar das diferenças, devem estar unidos para viver em paz e pediu para não se deixarem levar pelas colonizações culturais.
Depois de um dia na cidade de Yangun e antes de ser transladado a Nay Pyi Taw, o Pontífice teve este encontro no qual agradeceu a "generosidade" dos presentes.
"No momento em que vocês falaram, veio a minha mente uma oração. Uma oração do Livro dos Salmos: “Como é bonito ver irmãos unidos”. Unidos não significa iguais. A unidade não é uniformidade", disse Francisco.
O Santo Padre acrescentou que “cada um tem seus valores, suas riquezas e também suas deficiências", e "cada confissão tem suas riquezas, suas tradições, suas riquezas para dar, para compartilhar. E isto somente pode existir, quando se vive em paz”.
“E a paz se constrói no coro das diferenças. A unidade sempre se dá com as diferenças, A paz é isto, a harmonia”.
O Pontífice assinalou que “nós vivemos uma tendência mundial à uniformidade”. “Isto é matar a humanidade. Isto é uma colonização cultural. Nós devemos entender a riqueza de nossas diferenças étnicas, religiosas, populares... e a partir destas diferenças que se dá o diálogo”.
“Aprendemos do outro que, como irmãos, estão ajudando a construir este país, que inclusive geograficamente tem muitas riquezas. A natureza em Mianmar é muito rica. Não tenhamos medo das diferenças. Um é o nosso Pai. Nós somos irmãos. E se discutimos entre nós, que seja como irmãos. Que em seguida se reconciliam. Sempre voltam a ser irmãos. Eu penso que somente assim se constrói a paz”.
Finalmente, exortou novamente os líderes religiosos a construir a paz e lhes advertiu: “não se deixem uniformizar pela colonização das culturas”.
Fonte: Acidigital

5 detalhes que talvez não conhecia sobre a Coroa do Advento


REDAÇÃO CENTRAL, 28 Nov. 17 / 05:00 am (ACI).- A Igreja se prepara para iniciar o tempo do Advento no próximo domingo, 3 de dezembro. Como é tradição, os fiéis se reunirão para rezar e acender a primeira vela da Coroa do Advento.
Confira a seguir, 5 detalhes que todo cristão deve saber sobre a Coroa.
1. É exemplo da cristianização da cultura
A Coroa do Advento tem a sua origem em uma tradição pagã europeia, que consistia em prender velas durante o inverso para representar o fogo do deus sol e pedir-lhe que voltasse com sua luz e calor.
Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas e lhes ensinaram que deviam aproveitar esta Coroa do Advento como meio para esperar Cristo, celebrar seu nascimento e lhe pedir que infunda sua luz em suas almas.
2. Sua forma circular é sinal do amor de Deus
O círculo é uma figura geométrica que não tem princípio nem fim. A Coroa do Advento recorda que Deus também não tem princípio nem fim, por isso reflete sua unidade e eternidade. É sinal do amor que se deve ter pelo Senhor e pelo próximo, o qual deve se renovar constantemente e nunca acabar.
3. Os ramos verdes representam Cristo vivo
Verde é a cor da esperança e da vida. Os ramos significam que Cristo está vivo entre nós. A cor verde também recorda a vida de graça, o crescimento espiritual e a esperança que devemos cultivar durante o Advento. O desejo mais importante deve ser querer chegar a uma união mais forte com Deus, nosso Pai, assim como a árvore e seus ramos.
4. As quatro velas representam cada domingo do Advento
As velas permitem refletir sobre a escuridão provocada pelo pecado, o qual deixa o homem cego e o afasta de Deus. Depois da primeira queda do homem, Deus foi dando pouco a pouco uma esperança de salvação que iluminou todo o universo, como as velas da Coroa.
Neste sentido, assim como as trevas se dissipam com cada vela que acendemos, os séculos foram se iluminando cada vez mais com a proximidade da chegada de Cristo ao mundo.
As quatro velas colocadas na Coroa de Advento são acesas semana a semana, nos quatro domingos do Advento e com uma oração especial.
5. Uma das velas é rosa
Tradicionalmente as velas da Coroa de Advento são três roxas e uma rosa, esta é acesa no terceiro Domingo do Advento. Este dia é conhecido também como “Domingo Gaudete”, ou da alegria, devido à primeira palavra do prefácio da Missa: Gaudete (regozijem-se).
A cor roxa representa o espírito de vigilância, penitência e sacrifício que devemos ter para nos prepararmos adequadamente para a chegada de Cristo. A cor rosa representa a alegria que sentimos diante da proximidade do nascimento do Senhor.
Em alguns lugares, todas as velas da Coroa são substituídas por velas vermelhas e, na Noite de Natal, é colocada no centro da coroa uma vela branca, simbolizando Cristo como centro de tudo que existe.
Sugestões
a) Recomenda-se fazer a coroa de Advento em família, aproveitando a ocasião para ensinar as crianças o sentido e o significado de tal símbolo do Natal.
b) A coroa deverá estar em um lugar especial da casa, de preferência onde seja facilmente visível por todos, recordando assim a vinda cada vez mais próxima do Senhor Jesus e a importância de se preparar bem para este momento.
c) É conveniente fixar um horário para se fazer a liturgia da Coroa do Advento de maneira que seja uma ocasião familiar e ordenada, com a participação consciente de todos.
d) Recomenda-se repartir as funções de cada membro da família durante a liturgia. Um acende a vela, outro lê a passagem bíblica, outro faz algumas preces, a fim de que todos possam participar e que seja uma ocasião de encontro familiar.

Fonte: Acidigital

De São João Paulo II ao Papa Francisco, o que a Igreja ensina sobre o uso da Internet?


REDAÇÃO CENTRAL, 27 Nov. 17 / 07:00 pm (ACI).- Desde a sua divulgação massiva na década de 90, a Internet tem sido objeto de debates sobre seu uso e repercussão como meio de comunicação; discussão que não é alheia à Igreja, que vê esta ferramenta como “um novo foro para a proclamação do Evangelho”.
Nesse sentido, levando em consideração que no dia 26 de novembro é recordado o Beato James Alberione, padroeiro da Internet, publicamos trechos dos ensinamentos da Igreja através dos três pontífices que a guiaram desde o surgimento da internet.
Novas formas de evangelização
Embora a idéia de uma rede interconectada de computadores tenha nascido com um propósito militar durante a Guerra Fria, após o desaparecimento da União Soviética e em boa parte dos regimes comunistas a rede começou a ser usada publicamente; tudo isso ocorreu durante o pontificado de São João Paulo II.
Nesse sentido, foi o Papa polonês viu esta nova ferramenta como "um novo foro para a proclamação do Evangelho", como indicou em sua mensagem para o 36º Dia Mundial das Comunicações em 2002.
São João Paulo II recordou que, ao longo da história da evangelização, a Igreja “teve de ultrapassar também muitos confins culturais”, cada um dos quais exigiu renovadas energia e imaginação, como ocorreu “na época das grandes descobertas, a Renascença e a invenção da imprensa, a Revolução Industrial e o nascimento do novo mundo”.
Nesse sentido, indicou que a mesma coisa acontece com o surgimento da Internet, “um novo ‘foro’” e uma nova fronteira dos outros tempos, também esta está “cheia da ligação entre perigos e promessas”.
"Embora a Internet nunca possa substituir aquela profunda experiência de Deus, que só a vida concreta, litúrgica e sacramental da Igreja pode oferecer, ela pode certamente contribuir com um suplemento e um apoio singulares, tanto preparando para o encontro com Cristo na comunidade, como ajudando o novo crente na caminhada de fé, que então tem início”, assinalou São João Paulo II.
Um apelo à geração digital
Depois de assumir a missão de Sucessor de Pedro em 2005, Bento XVIdemonstrou que não está longe da nova realidade no mundo das comunicações e em 12 de dezembro de 2012, lançou a conta oficial do Twitter @pontifex, através da qual ele colocou o papado no mundo das redes sociais.
Além disso, três anos antes, em sua mensagem para o 43º Dia Mundial das Comunicações Sociais, o então Pontífice assegurou que as novas tecnologias são "um dom" e incentivou os jovens, "a geração digital", a fazer um bom uso dela a fim de promover uma cultura do encontro e anunciar o Senhor Jesus.
Também se dirigiu aos criadores de conteúdos. Indicou que “se as novas tecnologias devem servir o bem dos indivíduos e da sociedade, aqueles que as usam devem evitar compartilhar palavras e imagens degradantes para o ser humano e, portanto, excluir o que causa ódio e intolerância, degrada a beleza e a intimidade da sexualidade humana, ou o que explora os fracos e indefesos”.
Bento XVI convidou os jovens católicos a “levar ao mundo digital o testemunho da sua fé", especialmente aos seus coetâneos, porque "vocês conhecem os seus temores e as suas esperanças, seus entusiasmos e suas desilusões".
Um dom de Deus
Assim, seguindo o caminho traçado pelos seus predecessores, o Papa Francisco mencionou a realidade da internet em sua mensagem do 48º Dia Mundial das Comunicações em 2014, ressaltando que a “a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus”.
Um ano antes, ao receber os participantes da Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para os Leigos, Francisco explicou que é preciso aprender a discernir “entre as oportunidades e os perigos da rede” para “conduzir os homens ao rosto luminoso do Senhor”.
Nesse sentido, assegurou que a presença da Igreja na rede é indispensável, sempre com estilo evangélico, “para despertar as perguntas incessantes do coração sobre o sentido da existência e indicar o caminho que conduz Àquele que é a resposta, a Divina Misericórdia feita homem, o Senhor Jesus”.

Fonte:Acidigital