quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A origem e o significado do Carnaval



Vários autores explicam o nome Carnaval a partir do latim “carne vale”, isto é, “adeus carne” ou “despedida da carne”. Isso significa que, no Carnaval, o consumo de carne era considerado lícito, pela última vez, antes dos dias de jejum quaresmal. Outros estudiosos recorrem à expressão “carnem levare”, suspender ou retirar a carne.
O Papa São Gregório Magno (590-604) teria dado ao último domingo, antes da Quaresma (domingo da quinquagésima), o título de dominica ad carnes levandas; o que teria gerado “carneval” ou carnaval. Um grupo de etimologistas apela para as origens pagãs do Carnaval: entre os gregos e romanos, costumava-se fazer um cortejo com uma nave dedicado ao deus Dionísio ou Baco, festa que chamavam em latim de “currus navalis” (nave carruagem), de onde teria vindo a forma Carnavale.
As mais antigas notícias do que hoje chamamos “Carnaval” datam, como se crê, do século VI a.C., na Grécia: há pinturas gregas em vasos com figuras mascaradas desfilando em procissão ao som de músicas em honra do deus Dionísio, com fantasias e alegorias; são certamente anteriores à era cristã. Outras festas semelhantes aconteciam na entrada do novo ano civil (mês de janeiro) ou pela aproximação da primavera, na despedida do inverno.
Eram festas religiosas dentro da concepção pagã e da mitologia com a intenção de, com esses ritos, expiar as faltas cometidas no inverno ou no ano anterior e pedir aos deuses a fecundidade da terra e a prosperidade para a primavera e o novo ano.
Tudo isso parece ter gerado abusos estimulados com o uso de máscaras, fantasias, cortejos, peças de teatro, etc. As religiões ditas “de mistérios” provenientes do Oriente e muito difusas no Império Romano, concorreram para o fomento das festividades carnavalescas. Estas tomaram o nome de “pompas bacanais” ou “saturnais” ou “lupercais”.
Como essas demonstrações de alegria tornaram-se subversivas à ordem pública, o Senado Romano, no séc. II a.C., resolveu combater os bacanais e os seus adeptos acusados de graves ofensas contra a moralidade e contra o Estado.
Essas festividades populares podiam ser no dia 25 de dezembro (dia em que os pagãos celebravam Mitra ou o Sol Invicto) ou o dia 1º de janeiro (começo do novo ano), ou outras datas religiosas pagãs.
Quando o Cristianismo surgiu, já encontrou esses costumes pagãos. E como o Evangelho não é contra as demonstrações de alegria, desde que não se tornem pecaminosas, os missionários, em vez de se oporem formalmente ao Carnaval, procuraram cristianizá-lo, no sentido de depurá-lo das práticas supersticiosas e mitológicas.
Aos poucos, as festas pagãs foram sendo substituídas por solenidade do Cristianismo (Natal, Epifania do Senhor ou a Purificação de Maria, dita “festa da Candelária”, em vez dos mitos pagãos celebrados a 25 de dezembro, 6 de janeiro ou 2 de fevereiro).
Portanto, a Igreja não instituiu o Carnaval; teve, porém, de reconhecê-lo como fenômeno existente e procurou subordiná-lo aos princípios do Evangelho. A Igreja procurou também incentivar os retiros espirituais e a adoração das Quarenta Horas nos dias anteriores à Quarta-feira de Cinzas.
Por Professor Felipe Aquino

Fonte: cancaonova

Como as famílias de Santa Maria podem lidar com a dor da perda?

A tragédia em Santa Maria, cidade universitária do Rio Grande do Sul, comoveu o Brasil por provocar mais de 230 vítimas, em sua maioria, jovens. Além disso, o país se entristeceu também por ver o sofrimento e, quem sabe, até sentir a dor das famílias que perderam seus entes queridos. De acordo o sacerdote e psicólogo, coordenador do Grupo de Psicólogos Católicos da Arquidiocese do Rio de Janeiro, padre Adílson Ribeiro dos Santos, o alento da fé é o referencial que dará suporte para todos aqueles que experimentam o mistério da morte. A fé servirá de apoio para lidar com a perda.
“Há diversas formas de lidar com as situações de perda. Lidar com ela olhando como uma fatalidade ou como uma abertura de perspectiva dentro do campo da fé, sobretudo da fé cristã. O homem cristão encontra o sentido da sua vida na visão beatífica de Deus, que é a contemplação de Sua face na eternidade”, explicou.
De fato, todo ser humano passará pela morte, afinal, essa acaba sendo a sua única certeza. Mas, segundo o sacerdote, a dor pode dar sentido à existência humana se for respaldada pela fé e pela solidariedade, manifestação do amor de Deus que demonstra às pessoas que elas não estão sozinhas.
“O exercício do voluntariado, os profissionais das diversas áreas que se reúnem para dar suporte, os cultos ecumênicos, as Missas que são celebradas em Santa Maria, tudo isso de alguma maneira é o substrato, o chão, para que na dimensão da finitude, o ser humano encontre um amparo e um sentido para a vida”, reforçou.
O sentimento de culpa
A culpa é um sentimento que pode fazer parte da vida de algumas pessoas que passam por situações traumáticas como a de Santa Maria. Culpa por ter permitido o filho ou a filha ir à boate, por não terem sido tomadas atitudes preventivas para evitar o acidente e assim por diante.
Para o padre Adilson, a culpa é um sentimento que precisa ser trabalhado e que brota da experiência de impotência ante a situação. Todavia, é um sentimento que se perde ao longo do tempo por não ter argumentos que o sustente.
“Diante do fato ocorrido sempre se julga que poderia ter sido feito algo e como nós não temos como prever as contingências da vida, hora ou outra o ser humano é surpreendido. Olhando nesta perspectiva, a culpa não teria muita razão de ser. Ela é natural, mas logo se perde porque não encontra argumentação que a sustente. À medida que a pessoa vai sendo acompanha vai entendendo que sentir-se culpada não cabe a ela e isso a livra da culpa”, esclareceu.
Como ajudar as pessoas na hora do luto?
Segundo o sacerdote, na hora da dor, a ajuda e presença de todos são importantes. Porém, o fundamental é não deixar a pessoa enlutada sozinha, sentindo-se desamparada. “É preciso respeitar a sua singularidade. Mas, é importante que ela se sinta amparada, protegida, que tem alguém junto com ela, para que possa, diante do vazio, ir aos poucos preenchendo com o carinho recebido. Não há muitas palavras a serem ditas nessas horas, mas só a presença afetiva e efetiva mesmo.”
O desafio do recomeço
Retomar a vida pode ser a grande luta que a pessoa enlutada irá travar consigo mesma. Por vezes, os sentimentos que vêm são aqueles como o desespero e a solidão. Perguntas como “o que será da minha vida a partir de agora” são comuns aos ouvidos de muitos. É uma dor difícil de ser superada, mas segundo padre Adilson, o tempo vai ajudar a administrar melhor o luto e a perda, visto que esse é um processo próprio da vida humana.
“No ato da fecundação você ganha a vida, o útero materno. Com o processo de desenvolvimento humano você deixa o útero e ganha a sua infância; você perde a infância e ganha a pré-adolescência; perde a pré-adolescência e ganha a adolescência; perde a adolescência e ganha a juventude; perde a juventude e ganha a vida adulta; perde a vida adulta e ganha a melhor idade; perde a melhor idade e ganha a Deus", explicou o sacerdote sobre o processo natural da vida.
Portanto, diz o padre, não há nada que a vida não possa se encarregar de, novamente, encontrar um sentido para levá-la adiante. “Estamos apenas de passagem por esse mundo. A vida definitiva está por vir e esses nossos irmãos já foram contemplados por Deus com a Eternidade. O alento da fé é o referencial que com certeza vai dar suporte para todos que diante do mistério da morte são capazes de criar e recriar a vida.” 

Fonte: cancaonova

Os testemunhos nos arrastam


Sem dúvida, todos nós precisamos de pessoas inspiradoras, que instiguem nosso modo de viver por meio do seu testemunho. Ansiamos por modelos autênticos de homens e mulheres, cujo olhar esteja voltado somente para Deus, e por um exemplo íntegro,  apontem-nos o caminho a seguir, semelhantes a luzeiros que iluminam a estrada durante a noite. Pessoas que, muito além das palavras, mostrem com atitudes o amor ao próximo, que vivem incendiadas pelo fogo de amor vindo do Espírito Santo. O exemplo dessas pessoas é de singular importância, pois não poucos pautam suas vidas neste “outro Cristo”, que passa as mesmas angústias e aflições do Senhor, mas é notória a confiança depositada n’Ele para vencerem todo o obstáculo pela fé.  
Desta maneira, urge a necessidade de modelos de fé tangíveis a nossos olhos, sobretudo para a juventude, tão carente de testemunhos cristãos. Por isso é imprescindível para um crente a vida coerente com os valores evangélicos, capazes de transformar a maneira de viver num atrativo testemunho de fé em Jesus Cristo, em meio à atual sociedade, a qual, cada vez mais, apresenta uma cultura de contra valores baseada na decadência moral e ética.  
Percebendo a grande necessidade da época por modelos de fé arraigados na crença em Cristo, São Paulo, numa convicção intrépida, põe a si mesmo como modelo a se imitar e diz aos coríntios: “Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo.”  
Todavia, não há testemunho verdadeiro sem luta cotidiana pela santidade, e podemos afirmar que ela é o passaporte para o testemunho cristão. Almejar uma grande conquista sem desafios e dificuldades, sem perdas e sacrifícios, é margear um precipício de olhos vendados. Quem deseja o prêmio oferecido por Jesus -  a salvação -, deve saber a direção e por qual caminho seguir, sem o qual a frustração é certa.  
Santo Agostinho nos lembra algo relevante sobre o testemunho, “as palavras convencem, porém os testemunhos arrastam”. Seria maravilhoso ver jovens e adolescentes serem “arrastados”, evidentemente pelo testemunho de outros moços e moças, à vivência da Celebração Eucarística e dos demais sacramentos na convivência fraterna em comunidade. Percebemos, assim, que o exemplo de vida fala muito mais alto do que as palavras. No mundo contemporâneo, talvez, o testemunho de vida cristã seja a forma com maior eficácia na evangelização.  
Sendo assim, com perspicácia rara de um pastor, o Papa Bento XVI alarga nossos horizontes acerca da força do testemunho cristão e nos assegura: “Como um pequeno fogo pode incendiar uma floresta, assim o testemunho fiel de alguns pode espalhar a força purificadora e transformadora do amor de Deus numa comunidade ou nação”. O vigário de Cristo não fala de uma grande chama, mas de ‘um pequeno fogo’ que, de maneira nenhuma, é diferente em relação ao testemunho dos cristãos, ou seja, não precisa mais que poucos anunciarem o Evangelho de Cristo com a própria vida para que se possa incendiar o mundo com a chama viva do amor de Deus.  
Enquanto não entendermos que a lógica do mundo segue contrária à de Deus, desejaremos ver quantidade em vez de qualidade; portanto, entendamos: Deus anda por caminho diverso do homem, pois assim a Sagrada Escritura nos exorta: “Se alguém dentre vós se julga sábio à maneira deste mundo, faça-se louco para tornar-se sábio, porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus” (I Coríntios 3, 18-19). Deus faz proveito do que é fraco neste mundo para confundir os fortes. Desta maneira, quer o Senhor apenas um coração simples e disponível, sem muitas indagações, que Lhe dê livre acesso. Então, logo se iniciará uma obra admirável aos olhos dos homens e alcançará, sem maiores alardes, uma comunidade ou nação.

Fonte: cancaonova

O Papa alenta testemunho público do direito à vida: 50 mil marcham em São Francisco, EUA

SAN FRANCISCO, 30 Jan. 13 / 11:32 am (ACI).- O Papa Bento XVI saudou os 50 mil participantes na “Caminhada pela Vida da Costa Oeste” realizada neste sábado 26 de janeiro em São Francisco, Estados Unidos.

O Núncio Apostólico nos Estados Unidos., Arcebispo Carlo Maria Viganò, leu perante os milhares de presentes uma mensagem enviada pelo Papa, que qualificou o evento como "expressão extraordinária de testemunho público a favor do direito fundamental à vida”.

Em sua mensagem, o Papa recorda a necessidade de defender a “moral imperativa que defende a dignidade inviolável de cada membro de nossa família humana, especialmente os mais pequeninos e mais indefesos de nossos irmãos e irmãs".

Bento XVI enviou ademais sua saudação e manifestou aos participantes "sua proximidade na oração".

Em declarações ao grupo ACI no dia 28 de janeiro, a Co-presidente da Caminhada pela Vida da Costa Oeste, Eva Muntean, disse estar admirada ao ver como os participantes escutavam as palavras do Santo Padre em absoluto silêncio.

"Podia-se escutar um alfinete cair. Estava tão silencioso, todo mundo prestava atenção. Isso foi muito especial para nós", comentou.

A multidão se congregou em frente à prefeitura de São Francisco antes de começar o percurso de pouco mais de três quilômetros pelo distrito financeiro e comercial da cidade, até chegar ao destino final no Ferry Building.

Muntean manifestou que o evento deste ano foi "o maior já tido em nove anos” e descreveu que a Praça do Centro Cívico estava repleta de jovens e adultos que animaram e sustentaram cartazes que mostravam de que lugar vinham.

Era "muito, muito alentador" ver a população em geral observar a passagem dos participantes através da cidade.

O Arcebispo de São Francisco, Dom Salvatore J. Cordileone abençoou os participantes e lhes disse “vocês são um testemunho poderoso de que a verdade de Deus não pode ser silenciada. Estamos aqui para ficar, porque a vida é boa e é sagrada".

Os participantes escutaram distintos testemunhos a favor da vida e contra o aborto, entre eles o de Lacey Buchanan, mãe de um filho deficiente físico; também Elaine Riddick, vítima de esterilização forçada pelo estado da Carolina do Norte, e do casal Mateo e Kelly Clinger, que expressaram estar arrependidos pelos abortos que realizaram.Fonte: Acidigital

Católicos denunciam que Governo equatoriano financia revista abortista e anticatólica

Capa de revista "El Diablo"
QUITO, 30 Jan. 13 / 10:42 am (ACI/EWTN Noticias).- Um grupo de católicos denunciou que o Ministério de Cultura do Equador patrocina uma publicação titulada “El Diablo”, cuja terceira edição apresentou na capa a uma mulher imitando Cristo crucificado, com o peito nu e uma saia escolar, com as mãos e pés pregados em um aparelho reprodutor feminino para promover o aborto.

“El Diablo” é uma revista criada pelo grupo Diabluma, que se define como uma “organização político cultural de esquerda radical”. Já em março de 2012, o jornal equatoriano El Universo assegurava que “o Governo e Diabluma têm estreita relação”.

Segundo El Universo, os ministérios de Cultura, de Inclusão Econômica e Social (MIES) e o de Justiça do Equador “auspiciam o Quitu Raymi e outros eventos musicais” que o grupo de esquerda radical e anticatólico realiza. Quitu Raymi é um festival de música que promove a despenalização do aborto, do consumo de drogas e que em sua página oficial tem como um dos patrocinadores, além dos órgãos do governo citados acima, a ONU Sida, um braço das Nações Unidas que promove o uso de preservativos como um “elemento crítico” para a prevenção da AIDS.

Para o Observatório Católico do Equador, que organizou uma coleta de assinaturas, “El Diablo” é “uma publicação que promove o aborto e que utiliza imagens sagradas do cristianismo de maneira totalmente ofensiva”.

O grupo de cidadãos equatorianos criticou o auspício do ministério de Cultura à publicação “com nosso dinheiro”.

Também denunciaram que o ministério de Cultura decidiu manter o auspício a “El Diablo” argumentando “que deve promover e respeitar a livre circulação das ideias e expressões”.

Em um comunicado de dezembro de 2012 este ministério disse que “em consonância com o caráter laico e democrático do Estado equatoriano, o Ministério de Cultura de maneira nenhuma exerce censura sobre os conteúdos das expressões artísticas e/ou os produtos comunicacionais gerados no marco dos projetos auspiciados”.

Para esta entidade do governo equatoriano, seu papel é “promover e respeitar a livre circulação das ideias e expressões culturais como parte constitutiva da liberdade de expressão das pessoas”.

Argumentando que “de maneira nenhuma as publicações geradas no marco de projetos auspiciados pelo Ministério de Cultura expressam sua posição, nem a do Estado Equatoriano, a respeito de temas que já se encontram normatizados pela legislação de nosso país”, asseguraram que é competência do Estado “abrir e fortalecer espaços de diálogo, debate e reflexão”.

Entretanto, o Observatório Católico questionou se a publicação de “El Diablo” qualifica como cultura.

“No Equador estão tirando as imagens religiosas dos hospitais, tentam introduzir o aborto, a ideologia de gênero; se não despertamos agora, depois será muito tarde”, advertiram.

Por isso, os membros da entidade católica convidaram os equatorianos a assinarem a carta dirigida ao ministério de Cultura, exigindo que “retirem o auspício à publicação abortista ‘El Diablo’, censurem as imagens religiosas e tirem a publicação de circulação”.Fonte: Acidigital

A onipotência de Deus Pai e criador se expressa no amor e na misericórdia, assinala Bento XVI



VATICANO, 30 Jan. 13 / 11:23 am (ACI/EWTN Noticias).- Em sua habitual audiência geral das quartas-feiras, o Santo Padre refletiu neste 30 de janeiro sobre a oração do Credo, no marco da Ano da Fé enfatizando a primeira definição de Deus que o Credo apresenta: ser Pai e Criador. O Papa remarcou também que a onipotência de Deus não se revela anulando nosso sofrimento, mas respeitando a liberdade humana e acompanhado o homem com amor de Pai.

Segundo a nota divulgada pela Rádio Vaticano, o Papa afirmou  que “nem sempre é fácil falar hoje de paternidade” sobretudo no mundo ocidental onde as famílias desagregadas, os compromissos de trabalho sempre mais exigentes, as preocupações e frequentemente a dificuldade de enquadrar as contas familiares, a invasão dos meios de comunicação de massa são alguns dos fatores que podem impedir uma relação serena e construtiva entre pais e filhos.

Bento XVI assinalou que pode ser problemático imaginar Deus como um pai não tendo modelos adequados de paternidade. “Para quem teve a experiência de um pai demasiado autoritário e inflexível, ou indiferente e pouco afetuoso, ou até mesmo ausente, não é fácil pensar com serenidade a Deus como Pai e abandonar-se a Ele confiança”.

“Mas a revelação bíblica nos ajuda a superar essas dificuldades falando-nos de um Deus que nos mostra o que significa verdadeiramente ser "pai", e é sobretudo o Evangelho, que nos revela este rosto de Deus como um Pai que ama até o ponto da entrega de seu próprio Filho para a salvação humanidade. A referência à figura do pai, portanto, nos ajuda a compreender algo do amor de Deus, que continua infinitamente maior, mais fiel, mais total do que o de qualquer homem”.

“Mas poderíamos nos perguntar: como é possível pensar num Deus onipotente olhando para a Cruz de Cristo?”, questiona o Papa.

Bento XVI ressaltou que muitas vezes nós gostaríamos de uma onipotência divina segundo os nossos esquemas mentais e nossos desejos: “um Deus “onipotente” que resolva os problemas, que nos evite qualquer dificuldade, que mude o andamento dos fatos e anule a dor”.

“Mas a fé no Deus Todo-Poderoso nos leva por caminhos muito diferentes: aprender a conhecer que o pensamento de Deus é diferente do nosso, que os caminhos de Deus são diferentes dos nossos, e até mesmo a sua onipotência é diferente: não é expressa como uma força automática ou arbitrária, mas é marcada por uma liberdade amorosa e paterna. Na realidade, Deus, criando criaturas livres, dando-lhes liberdade, deu-lhes parte de seu poder, deixando-nos o poder de nossa liberdade. Então, Ele ama e respeita a livre resposta de amor ao seu apelo”.

“Como Pai, Deus quer que nos tornemos seus filhos e viver como tal em seu Filho, na comunhão, na intimidade plena com Ele. Sua onipotência não é expressa em violência, não é expressa na destruição de todo o poder de encontro como queremos, mas se expressa no amor, misericórdia, perdão, aceitando a nossa liberdade e incansável chamada à conversão do coração, em uma atitude aparentemente fraca - Deus parece fraco, se pensarmos em Jesus que ora, e que se deixa matar. Aparentemente fraco, feito de mansidão, paciência e amor, Ele mostra que este é o caminho certo para ser poderoso! Este é o poder de Deus! E este poder vai triunfar!”, enfatizou o Papa.

“Então, quando dizemos "Creio em Deus Pai Todo-Poderoso", expressamos nossa fé no poder de Deus que em seu Filho morto e ressuscitado derrota o ódio, o pecado, o mal e nos dá a vida eterna, aquela dos filhos que querem estar para sempre na "Casa do Pai". Dizer "Eu creio em Deus Pai Todo-Poderoso", em seu poder, em seu modo de ser Pai, é sempre um ato de fé, conversão, transformação de nossos pensamentos, todo o nosso amor, o nosso modo de vida”.

“Queridos irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor que sustente a nossa fé, para ajudar-nos a encontrar a verdadeira fé e nos dê a força de anunciar Cristo crucificado e ressuscitado Cristo e dar testemunho do amor de Deus e do próximo. E queira Deus que possamos receber o dom da nossa filiação, a viver plenamente a realidade do Credo, no amor confiante do Pai e na sua onipotência misericordiosa, que é a verdadeira onipotência que salva”, concluiu o Pontífice.

No final da catequese, Bento XVI saudou os peregrinos de língua portuguesa presentes na praça de São Pedro: “Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! Saúdo de modo particular os brasileiros vindos do Rio de Janeiro e de Brasília. Fortalecidos com a certeza de que sois filhos de Deus, anunciai Cristo crucificado e ressuscitado a todas as pessoas com quem tenhais contato, dando testemunho d’Ele através do amor a Deus e ao próximo. E desça a minha bênção sobre vós, vossas famílias e comunidades. Fonte : Acidigital

Santo do Dia -São João Bosco


São João Bosco Nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas dois anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: "Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela".

Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.

Dom Bosco difundiu amplamente os chamados "Oratórios". Catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens a partir de então. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.

Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.

São João Bosco, rogai por nós!

Primeira leitura (Hebreus 10,19-25)



Leitura da Carta aos Hebreus.

19Sendo assim, irmãos, temos plena liberdade para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus. 20Ele nos abriu um caminho novo e vivo, através da cortina, quer dizer, através da sua humanidade. 21Temos um grande sacerdote constituído sobre a casa de Deus. 22Aproximemo-nos, portanto, de coração sincero e cheio de fé, com coração purificado de toda má consciência e o corpo lavado com água pura.
23Sem desânimo, continuemos a afirmar a nossa esperança, porque é fiel quem fez a promessa. 24Sejamos atentos uns aos outros, para nos incentivar à caridade e às boas obras. 25Não abandonemos as nossas assembleias, como alguns costumam fazer. Antes, procuremos animar-nos mutuamente, e tanto mais quanto vedes o dia aproximar-se.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje(Salmos 23)



— É assim a geração dos que buscam a vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.
  R-É assim a geração dos que buscam a vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

  1-Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável. R
2-“Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?” “Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime. R
  3-Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face.” R

Compreendendo e Refletindo

A pessoa que recebeu a Palavra de Deus de bom grado em seu coração há de frutificar grandemente, de maneira que todos possam ver os seus frutos. Daí a parábola da candeia, que revela a posição que ocupará no reino espiritual aquele que se deixou transformar completamente pela semente da Palavra.
Marcos apresenta alguns ditos de Jesus que são encontrados, dispersos, em Mateus e Lucas. O dito a respeito da lâmpada sobre o candelabro é encontrado no Evangelho de Mateus, introduzido pela proclamação “Vós sois a luz do mundo!” no início do Sermão da Montanha. Assim, o testemunho dos discípulos deve ser uma luz para o mundo. No ensinamento de Jesus, não há nenhuma falsidade oculta, como na doutrina dos fariseus, nem ensinamento reservado a grupos elitizados como no gnosticismo.
O candelabro era a lâmpada dos tempos de Jesus. Na parábola, a candeia significa a luz de Deus que brilha por meio de alguém que realmente teve uma experiência pessoal com Cristo. Sua vida vai manifestar um brilho especial como que dizendo ao mundo que achou o caminho da paz, da alegria, da fé que as pessoas tanto procuram.
O papel da Palavra de Deus no coração do homem é justamente este, de tirar o homem das trevas do ódio e da amargura, e colocá-lo na luz do amor de Deus. Uma vez que o indivíduo teve essa experiência e vai crescendo mais e mais no conhecimento do Pai, a luz de Cristo, no seu interior, vai brilhar cada vez mais intensamente a fim de se manifestar aos homens que ainda vivem nas trevas (João 1,4-5; I João 1,5-7).
“E disse-lhes: Vem porventura o candelabro para se meter debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não vem antes para se colocar no velador?” ( Marcos 4,21)
O texto diz que a lamparina não vem para ser deixada num lugar qualquer da casa, mas sim no velador que sempre era posicionado em lugares altos de onde podia iluminar toda a casa. Jesus está dizendo que aquele que teve uma experiência genuína com Deus, e que está crescendo em maturidade por meio da semente plantada em seu coração, certamente será posicionado em lugares cada vez mais estratégicos no reino espiritual de maneira que possa abençoar as pessoas de forma mais eficaz. Quem nos posiciona em lugares altos é o Senhor nosso Deus. Ele conhece o nosso coração e sabe se, de fato, temos frutificado e sido abençoadores de outras vidas. “Aquele que é fiel no pouco sobre o muito será colocado” (Mt 25,23).
“Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto” – Marcos 4,22.
Jesus disse que nada está encoberto senão para vir à luz. Ele está querendo dizer que, assim como uma semente plantada na terra permanece oculta por um certo tempo, vindo depois à luz, da mesma forma toda semente divina plantada no coração do homem tende a manifestar-se no seu devido tempo, revelando sua espécie. Aquele que tem recebido pela fé a Palavra de Deus em seu coração, mais cedo ou mais tarde terá a alegria de ver esta Palavra manifestada aos homens pelas novas atitudes e obras praticadas. A luz de Deus deixará de estar no oculto do coração para ser algo notório a todos os homens (cf. Gálatas 5,22-23).
“Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça” (Marcos 4,23).
Os versículos seguintes aos mencionados acima mostram que, para que a luz venha , de fato, manifestar-se, é necessário que o homem, canal da luz, seja um bom ouvinte da Palavra. Os versículos 23 e 24 dizem: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Também lhes disse: Atendei ao que ouvis”. Os ouvidos precisam atentar a toda palavra que sai da boca de Deus, porque desta viverá o homem (cf. Dt 8,3b).
O solo que frutificou na parábola do semeador foi aquele que, antes de tudo, ouviu a Palavra e a recebeu, e só então pode dar o fruto esperado. Antes da frutificação vem o receber, e antes do receber vem o ouvir. A pergunta que queremos deixar aqui é sobre como temos ouvido a Palavra. Não o ouvir com os ouvidos naturais, mas com os ouvidos do coração, porque toda frutificação depende de ouvidos sensíveis e receptivos ao que Deus está falando.
“E disse-lhes: Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com que medirdes vos medirão a vós, e ser-vos-á ainda acrescentada a vós que ouvis.” (Marcos 4,24-25)
Quem ouve as palavras de Jesus e as acolhe não condena, mas pratica a misericórdia. Quem faz um julgamento usando a misericórdia como medida alcançará, por sua vez, misericórdia em abundância.
A sentença final pode ser um provérbio popular da Antiguidade, que interpreta as relações socioeconômicas daquelas sociedades, no mundo grego-romano e oriental. O rico acumula cada vez mais riquezas à custa dos pobres, cada vez mais empobrecidos. Com certo constrangimento, seria aplicado na perspectiva da fé. Quem tem a fé vai se fortalecendo cada vez mais, enquanto aquele que não a tem, vai se debilitando.
Com que intensidade nós queremos ver a manifestação do brilho de Deus em nossas vidas? Qual o posicionamento no reino espiritual que esperamos da parte de Deus? Todas estas questões dependem de como nos debruçamos de coração ao que estamos a ouvir da parte de Deus. A medida de unção, revelação e autoridade espiritual dependem de uma atitude cada vez mais positiva em relação à Palavra de Deus a nós ministrada. Se a desprezarmos ela não terá proveito para nós; mas se a valorizarmos, Deus nos acrescentará mais e mais de tudo o que ela oferece (cf. Jeremias 29,13; 33,3).
Que toda transformação do nosso coração, operada por Deus e por Sua Palavra, possa resultar na iluminação de milhares de pessoas.Louvor e Glória ao Senhor!
Padre Bantu Mendonça- Canção Nova

Evangelho (Marcos 4,21-25)




— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 21“Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama? Ao contrário, não a põe num candeeiro? 22Assim, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto, e tudo o que está em segredo deverá ser descoberto. 23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça”. 24Jesus dizia ainda: “Prestai atenção no que ouvis: com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos; e vos será dado ainda mais. 25Ao que tem alguma coisa, será dado ainda mais; do que não tem, será tirado até mesmo o que ele tem”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A beleza da maturidade


A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos
A maturidade faz parte de um processo. Em um processo não podemos queimar etapas. Ele é lento, chato e demorado.
Uma criança passa por um momento de amadurecimento a partir do momento que começa a brincar. A maturidade acontece, quando tomamos posse do que nós somos, para aí então poder nos dividir com os outros. Isso faz parte do processo de maturidade. Não nascemos amando, pelo contrário, queremos ter a posse dos outros. Essa é a forma de amar da criança, pois ela não consegue pensar de maneira diferente. Ela não consegue entender que o outro não é ela.
Quantas pessoas já adultas pensam assim, trata-se da incapacidade de amar, falta de maturidade. Todos os encontros de Jesus levam a implantação do Reino de Deus. Mas só pode implantar esse reino quem é adulto, que já entende que só se começa a amar a partir do momento, que eu não quero mudar quem eu amo.
Geralmente quando tememos alguém ruim ao nosso lado, é porque nos reconhecemos naquela pessoa. Jesus não tinha o que temer porque era puramente bom, por isso contagiava os que estavam ao seu lado. Na maturidade de Jesus você encontra a capacidade imensa de amar o outro como ele é. Amar significa: amar o outro como ele é. Por isso quando falamos em amar os outros, podemos perceber o quanto deixamos de ser crianças. Devemos nos questionar a todo o momento quanto a nossa maturidade. A santidade começa na autenticidade. Por isso Jesus nos pede para ser como as crianças, que são verdadeiras e simples. É nisso que devemos manter da nossa infância e não a forma de possuir as coisas para si. Você tem condições para perceber a sua maturidade. É só observar se você é obediente mesmo quando não há pessoas ao seu redor. Você não precisa que ninguém te observe, pois você já viu aquilo como um valor. Pessoas imaturas sofrem dobrado. Pessoas imaturas querem modificar os fatos, pessoas maduras deixam que os fatos os modifiquem. A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. Um imaturo ganha um limão e o chupa fazendo careta. O maduro faz uma limonada com o limão que ganhou.
Muitas vezes os nossos relacionamentos de amizade são uns fracassos porque somos imaturos. Amigos não são o que imaginamos, mas o que eles são e com todos os defeitos. Amizade é processo de maturidade que nos leva ao verdadeiro encontro com as pessoas que estão ao nosso lado. Elas têm todos os defeitos, mas fazem parte da nossa vida e não a trocamos por nada deste mundo. Isso porque temos alma de cristão e aquele que tem alma de cristão não tem medo dos defeitos dos outros, porque sabe que aqueles defeitos não serão espelhos para nós, mas seremos um instrumento de Deus para ele superar esse defeito.Padre só pode ser padre a partir do momento que é apaixonado pelos calvários da humanidade. Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites. A rejeição é um processo de ver-se. Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer do outro uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança.
O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja. Amar alguém é viver o exercício constante, de não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse. A experiência de amar e ser amado é acima de tudo a experiência do respeito. Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é, quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e por isso você o ama tanto. Na hora que forem embora as suas utilidade, você vai saber o quanto é amado. Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não se perder de si mesmo você será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz.
O convite da vida cristã é esse: que você possa ser mais do que você faz! ”
Por Padre Fábio de Melo

Sua fé transforma vidas!


Mais um ano se iniciou e com ele a certeza de que a fé é capaz de transformar vidas. A cada mês que se encerra, temos motivos para nos alegrar, pois nossa missão evangelizadora se cumpre a cada dia.
Quem acompanha a Canção Nova consegue ver o alcance da evangelização, pois todos os dias são várias pessoas, famílias e vidas restauradas pela fé, pela Palavra de Deus.
Essas vidas restauradas acontecem graças a você, sócio evangelizador, que assumiu conosco a missão e contribui para que todo o Sistema de Comunicação Canção Nova fique no ar, 24h por dia comunicando Jesus.
Estamos nos últimos dias do mês de janeiro, mais um mês em que confiamos na Providência Divina e na fidelidade de cada sócio para chegarmos aos 100% de evangelização.
Você não pode ficar de fora dessa grande e abençoada missão que a Canção Nova tem: evangelizar. São várias formas de contribuir. Aqui, no próprio site do Clube, você, sócio ou não, pode imprimir o seu boleto ou encontrar o número das contas para fazer um depósito ou uma transferência on-line. Se você mora próximo a uma frente de missão, pode levar até lá sua contribuição. Você também pode nos ajudar contribuindo pelo cartão de débito e crédito, via telefone, ligando para (12) 3186-2600.
Contribua, mobilize sua comunidade, seu bairro e sua família para que todos os dias a sua fé possa continuar transformando vidas!

Fonte: cancaonova

O que é o amor?

dRecém-casados, Rita e Carlos desejavam muito ter um filho.
- Pois é Carlos acho que já esta na hora de arrumarmos um bebe pra dar trazer um pouco mais de alegria nessa casa você não acha meu amor?
- Olha Rita eu até concordo com você mais acontece que eu tenho medo de acontecer alguma coisa e você sabe que eu te amo muito e ficaria louco se algo acontecesse com você né.
- Deixa de Bobagem Carlos todo casal tem filhos e tudo ocorre bem.
- É verdade Rita, falo assim porque tenho muito medo de te perder...
- Bobagem meu amor você não vai se livrar de mim assim tão fácil não tá!?
Após um ano de casamento enfim Rita conseguiu engravidar.
- Olha mamãe, o Carlos e eu estamos chegando da clinica e o teste de gravidez deu positivo, positivo escutou mamãe!
- Nossa Rita que maravilha, é uma benção de Deus, eu rezei muito a Deus pra que vocês fossem abençoados com essa criança. E ai Carlos você deve estar explodindo de felicidade né rapaz!?
- Olha dona Joana na verdade eu estou feliz mais ao mesmo tempo tem algo que me incomoda, a senhora sabe né, a Rita é tudo pra mim, é a mulher da minha vida.
- Ora, bobagem Carlos, Deus não vai deixar que nada de mau aconteça, nem com a Rita nem com a criança.
- Deus... Deus... Sei lá se Deus existe dona Joana, todo mundo fala em Deus mas ele é bom só para os outros pra mim ele nunca fez nada.
- Não fala bobagens meu amor, Deus faz tanta coisa por nós, e olha vamos ter o nosso bebe e ser muito felizes tá bom!
A gravidez ia bem até que já no sétimo mês as coisas começaram se complicar e eles tiveram que tomar uma difícil decisão.
- Fala logo doutor, tá acontecendo alguma coisa com minha mulher, eu sei, fala logo doutor...
- Olha Carlos... Rita, estamos com muitas complicações na sua gravidez e você está correndo um sério risco de morrer, se você levar essa gravidez pra frente a o risco de ou você morrer na mesa de parto ou a criança já nascer sem vida. Eu sugiro fazermos um aborto para salvarmos sua vida.
- E o que você está esperando doutor faz logo isso, se é esse o caminho pra salvar minha esposa, faz isso logo, pelo amor de Deus.
- Não Carlos, calma, não é assim, vamos ter fé, sé Deus nos deu esta criança ele vai cuidar dessa gravidez, eu não vou abortar doutor, vou até o fim com essa gravidez, é uma vida que carrego dentro de mim e eu não tenho o direito de mata-la só porque a minha vida também corre risco.
Chegando o dia do parto Carlos não quis nem ir ao hospital, ele estava desesperado, pois o estado de saúde de sua esposa não era dos melhores. Dona Joana pediu sua companhia até a igreja mais Carlos estava revoltado com Deus e não queria nem ouvir falar em rezar.
A criança veio ao mundo, uma linda garotinha, mas a mãe, como já era temida, só teve tempo de dar um breve beijo de adeus na sua filha.
Carlos ao saber da noticia ficou louco e começou a culpar a criança pela morte da esposa.
-Não... Não... Não... Minha mulher não... E tudo por culpa dessa criança infeliz... Eu sabia que não deveríamos ter filhos, se não fosse essa criança minha mulher estaria aqui comigo, viva... Viva...
Dona Joana batizou a criança de Vitoria e sempre tentava aproximar a filha do pai, mas Carlos estava revoltado e não queria saber nem da filha e muito menos de Deus, ele repetia aos quatro cantos que se Deus existisse sua mulher não morreria e que Vitória era a culpada pela morte de Rita.
Foram varias tentavas de dona Joana de aproximar Carlos da filha, mas ele não queria nem ouvir falar da menina até que um dia:
- Carlos... Carlos... Pelo amor de Deus venha logo a Vitória passou mal e teve que ser hospitalizada com urgência.
- Ora dona Rita, não me venha fazer chantagem pra me aproximar dessa menina, já se passaram 3 anos que minha mulher morreu e eu não consigo perdoa-la pela morte de Rita.
- Ora Carlos, vamos logo, isso não é brincadeira, o médico pediu a presença do pai, pois disse que o problema é grave é precisa conversar com você.
Carlos saiu meio que contra sua própria vontade, chegando lá o médico lhe passou o diagnostico que fez Carlos sentir um amor que jamais havia sentido pela sua filha.
O médico disse que a criança tinha um tumor na cabeça e que precisaria ser operada urgentemente e precisava da autorização do pai, pois era uma cirurgia de alto risco para a criança. Carlos mais uma vez ficou sem chão, sua mulher havia morrido por aquela criança e agora ele corria o risco de perder a maior herança que Rita lhe havia deixado.
- Dona Joana, eu sei que não tenho sido um bom pai pra minha filha, a tenho culpado sempre pela morte de Rita, mais agora entendo que ela não tem culpa de nada, a Rita morreu pra que ela vivesse e agora ela pode morrer e eu nunca tive a oportunidade dar um abraço na minha filha, o que eu faço???
- Entregue nas mãos de Deus Carlos, vai dar tudo certo!
- Dona Joana, por favor, me ajude a rezar?
Carlos e dona Joana rezaram juntos durante horas, enquanto a cirurgia era realizada. A cirurgia foi um sucesso e Carlos não abandonou a filha em momento algum.
Já recuperada a filha disse para Carlos:
- Papai, quando eu fiquei doente eu não queria sarar porque eu achava que o senhor não me amava, eu queria morrer pra ficar com a mamãe lá no céu, mas ainda bem que Deus me curou, agora eu sei que eu tenho o melhor papai do mundo EU TE AMO PAPAI.
Autor: Desconhecido

Saiba como obter indulgência plenária pelo Dia Mundial do Doente



VATICANO, 29 Jan. 13 / 10:31 am (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Bento XVI decidiu conceder aos fiéis a indulgência plenária por ocasião da 21º Dia Mundial do Doente, que se celebrará de maneira solene entre os dias 7 e 11 de fevereiro no Santuário Mariano de Altötting, Alemanha.

A decisão se deu a conhecer em um decreto assinado pelo Cardeal Manuel Monteiro do Castro e o Bispo Krzysztof Nykiel, respectivamente Penitenciário Mor e Regente da Penitenciaria Apostólica.

O decreto assinala que obterão a indulgência as pessoas que, seguindo o exemplo do Bom Samaritano, " com espírito de fé e com alma misericordiosa, coloquem a si mesmo a serviço dos irmãos sofredores e, se por sua vez doentes, suportem as dores e dificuldades da vida, elevando com humilde confiança sua alma a Deus e oferecendo aberto testemunho de fé por meio da via do Evangelho do sofrimento".

Para obter a indulgência plenária, solo uma vez ao dia entre o 7 e em 11 de fevereiro, deve-se seguir as condições regulares que são a confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Papa. A indulgência pode ser obtida, se se desejar, para um defunto.

O decreto assinala que, além das condições regulares, é necessário seguir alguma das seguintes condições específicas:

- A Indulgência plenária, que os fiéis, com a alma verdadeiramente arrependida e contrita, poderão obter uma vez ao dia em condições habituais (Confissão sacramental, Comunhão eucarística e oração segundo as intenções do Santo Padre) e também aplicar em sufrágio das almas dos fiéis defuntos, sempre que, de 7 a 11 de fevereiro próximo, no Santuário Mariano de Altötting ou em qualquer outro lugar estabelecido pela Autoridade eclesiástica, participarem devotamente de uma cerimônia celebrada para implorar a Deus os propósitos do Dia Mundial do Enfermo  e recitarem o Pai Nosso, o Credo e uma invocação piedosa à Beata Virgem Maria.

- Os fiéis que em hospitais públicos ou em qualquer casa privada assistem caritativamente, como o Bom Samaritano, os adoentados e, por motivo do seu serviço não possam participar das funções supracitadas, obterão o mesmo dom da Indulgência plenária, se neste dias prestarem generosamente ao menos por algumas horas a sua assistência caritativa como se o fizessem ao próprio Cristo Senhor (cf. Mt 25, 40) e recitarem o Pai Nosso, o Credo e uma invocação piedosa à Beata Virgem Maria, tendo a alma livre de todo pecado e o propósito de cumprir, o mais breve possível, as condições requeridas para a obtenção da Indulgência plenária.

- Os fiéis, enfim, que por doença, por idade avançada ou por outra razão similar, estiverem impedidos de tomar parte da cerimônia supra indicada, obterão a Indulgência plenária, desde que, tendo a alma livre de qualquer pecado e propondo-se a cumprir o mais breve possível as condições habituais, participem espiritualmente das sagradas funções nos dias determinados, particularmente entre as Celebrações litúrgicas e a Mensagem do Sumo Pontífice que serão transmitidas pela televisão e pela rádio, orem devotamente por todos os adoentados e ofereçam a Deus, através da Virgem Maria, Salus infirmorum, seus sofrimentos físicos e espirituais.

- A Indulgência parcial a todos os fiéis sempre que dirigirem a Deus misericordioso, com coração contrito, nos dias supra sinalizados, devotas orações em auxílio dos enfermos no espírito do corrente Ano da Fé.  Fonte: Acidigital

Jornada da Vida Consagrada e Semana Santa na agenda do Papa até março



VATICANO, 29 Jan. 13 / 10:03 am (ACI/EWTN Noticias).- O Escritório das Celebrações Litúrgicas do Supremo Pontífice fez público hoje o calendário das celebrações que presidirá o Papa Bento XVI durante os meses de fevereiro e março:
Fevereiro

Sábado, 2
Festa da Apresentação do Senhor
17º Dia Mundial da Vida Consagrada
Basílica Vaticana, às 17h30
Santa Missa com os membros dos Institutos de vida consagrada e das Sociedades de vida apostólica

Segunda-feira, 11
Sala do Consistório, 11h
Consistório para algumas Causas de Canonização

Quarta-feira, 13
Quarta-Feira de Cinzas
Basílica de Santo Anselmo, 16h30
Procissão penitencial

Basílica de Santa Sabina, 17h
Santa Missa, benção e imposição das Cinzas

Domingo, 17
1º Domingo da Quaresma
Palácio Apostólico
Capela Redemptoris Mater, 18h
Início dos exercícios espirituais para a Cúria Romana

Sábado, 23
Capela Redemptoris Mater, 9h
Conclusão dos exercícios espirituais para a Cúria Romana

Março

Domingo, 24
Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor
Praça São Pedro, 9h30
Capela Papal
Benção dos Ramos, Procissão e Santa Missa

Quinta-feira, 28
Quinta-Feira Santa
Basílica Vaticana, 9h30
Santa Missa do Crisma

Basílica de São João de Latrão, 17h30
Capela Papal
Início do Tríduo Pascal
Santa Missa da Ceia do Senhor

Sexta-feira, 29
Sexta-Feira Santa
Basílica Vaticana, 17h
Capela Papal
Celebração da Paixão do Senhor

Coliseu, 21h15
Via Sacra

Sábado, 30
Sábado Santo
Basílica Vaticana, 20h30
Capela Papal
Vigília Pascal na Noite Santa

Domingo, 31
Domingo de Páscoa
Praça São Pedro, 10h15
Capela Papal
Santa Missa do dia

Balcão central da Basílica Vaticana, 12h
Benção "Urbi et Orbi"
Fonte: Acidigital

Santo do Dia- Santa Jacinta Marescotti


Santa Jacinta MarescottiEm Roma, em 1585, nasceu Jacinta, dentro de uma família muito nobre, religiosa, com posses, mas que possuía, principalmente, a devoção, o amor acima de tudo. Seus pais faziam de tudo para que os filhos conhecessem Jesus e recebessem uma ótima educação.

Jacinta Marescotti que, então, tinha como nome de batismo Clarisse, foi colocada num convento para a sua educação, numa escola franciscana, juntamente com as irmãs. Uma das irmãs dela já era religiosa franciscana.

Crescendo na educação religiosa, com valores. No entanto, a boa formação sempre respeita a liberdade. Já moça e distante daqueles valores por opção, ela quis casar-se. Saiu da vida religiosa, começou a percorrer caminhos numa vida de pecados, entregue à vaidade, à formosura e aos prazeres. Enfim, ia se esvaziando. Até que outra irmã sua veio a se casar. Sua reação não foi de alegria ou de festa, pelo contrário, com inveja e revolta ela resolveu entrar novamente na vida religiosa.

A consequência foi muito linda, porque ao entrar nesse segundo tempo, ela voltou como estava: vazia, empurrada por ela própria, pela revolta. Lá dentro, ela foi visitada por sofrimentos. Seu pai, que tanto ela amava e que lhe dava respaldo material, faleceu, foi assassinado. Ela pegou uma enfermidade que a levou à beira da morte. Naquele momento de dor, ela pôde rever a sua vida e perceber o quanto Deus a amava e o quanto ela não correspondia a esse amor.

Arrependeu-se, quis confessar-se e o sacerdote foi muito firme, inspirado naquele momento a dizer: “Eu só entro para o sacramento da reconciliação se sair, do quarto dela, tudo aquilo que está marcado pelo luxo e pela vaidade”. Até as suas vestes eram de seda, diferente das outras irmãs. Ela aceitou, pois já estava num processo de conversão. Arrependeu-se, confessou-se e, dentro do convento, começou a converter-se.

Jacinta Marescotti de tal forma empenhou-se na vida de oração, de pobreza, de castidade e vivência da regra que tornou-se, mais tarde, mestra de noviças e superiora do convento.

Deus faz maravilhas na vida de quem se deixa converter pelo Seu amor.

Santa Jacinta Marescotti, rogai por nós!

Primeira leitura (Hebreus 10,11-18)


Leitura da Carta aos Hebreus.

11Todo sacerdote se apresenta diariamente para celebrar o culto, oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, incapazes de apagar os pecados. 12Cristo, ao contrário, depois de ter oferecido um sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à direita de Deus. 13Não lhe resta mais senão esperar até que seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés.
14De fato, com esta única oferenda, levou à perfeição definitiva os que ele santifica. 15É isto que também nos atesta o Espírito Santo, porque, depois de ter dito: 16“Eis a aliança que farei com eles, depois daqueles dias”, o Senhor declara: “Pondo as minhas leis nos seus corações e inscrevendo-as na sua mente, 17não me lembrarei mais dos seus pecados, nem das suas iniquidades”. 18Ora, onde existe o perdão, já não se faz oferenda pelo pecado.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje (Salmos 109)



— Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem do rei Melquisedec!
  R-Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem do rei Melquisedec!

  1-Palavra do Senhor ao meu Senhor: “Assenta-te ao lado meu direito até que eu ponha os inimigos teus como escabelo por debaixo de teus pés!” R
2-O Senhor estenderá desde Sião vosso cetro de poder, pois Ele diz: “Domina com vigor teus inimigos; R
  3-tu és príncipe desde o dia em que nasceste; na glória e esplendor da santidade, como o orvalho, antes da aurora, eu te gerei!” R
  4-Jurou o Senhor e manterá sua palavra: “Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem do rei Melquisedec!” R

Compreendendo e Refletindo

Jesus narra a parábola do semeador e a explica aos seus discípulos. A semente semeada é a Palavra. São diversas as situações em que ela é ouvida. Uns a ouvem por mera curiosidade, sem compromisso; outros ouvem sinceramente, mas arrefecem seu ânimo diante dos riscos que podem correr. Há também osque a escutam, mas a esquecem logo, iludidos pelas falsas seduções dos sistemas de exploração deste mundo. Porém, Jesus nos chama a ouvir e acolher a Sua Palavra dando abundantes frutos de amor, misericórdia e justiça.
A história em si é simples: “Um semeador saiu a semear a sua semente, e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho, e foi pisada, e as aves do céu a comeram; E outra caiu sobre pedra, e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade; E outra caiu entre espinhos, e crescendo com ela os espinhos, a sufocaram; E outra caiu em boa terra; e, nascida, produziu fruto, cento por um.” (Lucas 8,5-8).
A explicação de Jesus é também fácil de entender: “A semente é a Palavra de Deus. A que caiu à beira do caminho são os que a ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do coração a Palavra, para não suceder que, crendo, sejam salvos. A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a Palavra, a recebem com alegria; estes não têm raiz, crêem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam. A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer. A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração retêm a Palavra; estes frutificam com perseverança” (Lucas 8,11-15).
Alguém ensina as Escrituras a várias pessoas; a resposta dessas pessoas depende do estado do coração delas, isto é, de sua atitude. Consideremos o semeador, a semente e o solo.
O trabalho do semeador é colocar a semente no solo. Uma vez que a semente for deixada no celeiro, nunca produzirá uma safra, por isso seu trabalho é importante. Mas a identidade pessoal do semeador não é. O semeador nunca é chamado pelo nome nesta história. Nada nos é dito sobre sua aparência, sua capacidade, sua personalidade ou suas realizações. Ele simplesmente põe a semente em contato com o solo. A colheita depende da combinação do solo com a semente.
Aplicando-se espiritualmente, os seguidores de Cristo devem estar ensinando a Palavra. Quanto mais ela é plantada nos corações dos homens, maior será a colheita. Mas a identidade pessoal do professor não tem importância: “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma cousa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento” (1 Coríntios 3,6-7).
A semente é a Palavra de Deus. Cada conversão é o resultado do assentamento do Evangelho dentro de um coração puro. A Palavra gera (Tiago 1,18), salva (Tiago 1,21), regenera (1 Pedro 1,23), liberta (João 8,32), produz fé (Romanos 10,17), santifica (João 17,17) e nos atrai a Deus (João 6,44-45).
Como o Evangelho se espalhava no primeiro século, foi-nos dito muito pouco sobre os homens que o divulgaram, porém, muito nos foi dito sobre a mensagem que eles disseminaram: estude o livro dos Atos dos Apóstolos e note que em cada cidade para onde os apóstolos viajaram, os homens eram convertidos como resultado da Palavra que era ensinada. A importância das Escrituras deve ser ressaltada ao máximo.
O fruto produzido depende da resposta à Palavra. É decisivamente importante ler, estudar e meditar sobre as Escrituras. A Palavra tem que vir habitar em nós (Colossenses 3,16), para ser implantada em nosso coração (Tiago 1,21). Temos de permitir que nossas ações, nossas palavras e nossas próprias vidas sejam formadas e moldadas pela Palavra de Deus.
Uma safra sempre depende da natureza da semente, não do tipo da pessoa que a plantou. Um pássaro pode plantar uma castanha: a árvore que nascer será um castanheiro, e não um pássaro. Isto significa que não é necessário tentar traçar uma linhagem ininterrupta de fiéis cristãos, recuando até o primeiro século. Há força e autoridade próprias da Palavra para produzir cristãos como aqueles do tempo dos apóstolos.
A Palavra de Deus contém força vivificante. O que é necessário são homens e mulheres que permitam que a Palavra cresça e produza frutos em suas vidas; pessoas com coragem para quebrar as tradições e os padrões religiosos em volta deles, para simplesmente seguir o ensinamento da Palavra de Deus. Hoje em dia, a Palavra tem sido frequentemente misturada com tanta tradição, doutrina e opinião que é quase irreconhecível. Mas se pusermos de lado todas as inovações dos homens e permitirmos que  ela trabalhe, podemos nos tornar fiéis discípulos de Cristo justamente como aqueles que seguiram Jesus há quase dois mil anos. A continuidade depende da semente.
É perturbador notar que a mesma semente foi plantada em cada tipo de solo, mas os resultados foram muito diferentes. A mesma Palavra de Deus pode ser plantada em nossos dias, mas os resultados serão determinados pelo coração daquele que ouve.
Alguns são solos de beira de estrada, duro, impermeável. Eles não têm uma mente aberta e receptiva para permitir que a Palavra de Deus os transforme. O Evangelho nunca transformará corações como estes, porque eles não o permitem entrar.
As raízes das plantas, no solo pedregoso, nunca se aprofundam. Durante os tempos fáceis, os brotos podem parecer interessantes, mas, abaixo da superfície do terreno, as raízes não estão se desenvolvendo. Como resultado, vem uma pequena temporada seca ou um vento forte, e a planta murcha e morre. Os cristãos precisam desenvolver suas raízes por meio da fé em Cristo e do estudo da Palavra cada vez mais profundo. Tempos difíceis virão, e somente aqueles que tiverem desenvolvido suas raízes abaixo da superfície sobreviverão.
Quando se permite que ervas daninhas cresçam junto com a semente pura, nenhum fruto pode ser produzido. As ervas disputam a água, a luz solar e os nutrientes e, como resultado, sufocam a boa planta. Existe uma grande tentação a permitir que interesses mundanos dominem tanto nossa vida que não nos resta energia para devotar ao crescimento do Evangelho em nossas vidas.
Então, há o bom solo que produz fruto. A conclusão desta parábola é deixada para cada um escrever. Que espécie de solo é você?
“Eis que o semeador saiu a semear.” A cena é atual. Também agora, o semeador divino lança a sua semente. A obra da salvação continua a cumprir-se e o Senhor quer servir-se de nós: deseja que nós, os cristãos, abramos ao seu amor todos os caminhos da terra; convida-nos a propagar a mensagem divina, com a doutrina e com o exemplo, até aos confins do mundo. Pede-nos que cada um de nós, cidadãos da sociedade eclesial e da sociedade civil, seja outro Cristo, santificando o seu trabalho profissional e as suas obrigações de estado.
Se olharmos à nossa volta, para este mundo que amamos, porque foi feito por Deus, veremos que a parábola se realiza: a Palavra de Jesus é fecunda, suscita em muitas almas desejos de entrega e de fidelidade. A vida e o comportamento dos que servem ao Senhor mudaram a história, e mesmo muitos que não O conhecem se regem – talvez nem disso se aperceberem – por ideais nascidos do Cristianismo.
Vemos também que parte da semente cai em terra estéril ou entre espinhos e abrolhos: há corações que se fecham à luz da fé. Os ideais de paz, de reconciliação, embora aceitos e proclamados, são – não poucas vezes – desmentidos pelos fatos. Alguns empenham-se inutilmente em afogar a voz de Deus, impedindo a sua difusão por meio da força bruta ou com outra arma menos ruidosa, mas talvez mais cruel, porque insensibiliza o espírito: a indiferença. Louvor e Glória ao Senhor!
Padre Bantu Mendonça- Canção Nova

Evangelho (Marcos 4,1-20)



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus começou a ensinar de novo às margens do mar da Galileia. Uma multidão muito grande se reuniu em volta dele, de modo que Jesus entrou numa barca e se sentou, enquanto a multidão permanecia junto às margens, na praia.
2Jesus ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. E, em seu ensinamento, dizia-lhes: 3“Escu­tai! O semeador saiu a semear. 4Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram os pássaros e a comeram. 5Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda, 6mas, quando saiu o sol, ela foi queimada; e, como não tinha raiz, secou. 7Outra parte caiu no meio dos espinhos; os espinhos cresceram, a sufocaram, e ela não deu fruto.
8Outra parte caiu em terra boa e deu fruto, que foi crescendo e aumentando, chegando a render trinta, sessenta e até cem por um”. 9E Jesus dizia: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. 10Quando ficou sozinho, os que estavam com ele, junto com os Doze, perguntaram sobre as parábolas. 11Jesus lhes disse: “A vós, foi dado o mistério do Reino de Deus; para os que estão fora, tudo acontece em parábolas, 12para que olhem mas não enxerguem, escutem mas não compreendam, para que não se convertam e não sejam perdoados”.
13E lhes disse: “Vós não com­preendeis esta parábola? Então, como compreendereis todas as outras parábolas? 14O semeador semeia a Palavra. 15Os que estão na beira do caminho são aqueles nos quais a Palavra foi semeada; logo que a escutam, chega Satanás e tira a Palavra que neles foi semeada. 16Do mesmo modo, os que receberam a semente em terreno pedregoso, são aqueles que ouvem a Palavra e logo a recebem com alegria, 17mas não têm raiz em si mesmos, são inconstantes; quando chega uma tribulação ou perseguição, por causa da Palavra, logo desistem.
18Outros recebem a semente entre os espinhos: são aqueles que ouvem a Palavra; 19mas quando surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e todos os outros desejos, sufocam a Palavra, e ela não produz fruto. 20Por fim, aqueles que recebem a semente em terreno bom são os que ouvem a Palavra, a recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro cem por um.”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Arcebispo de Santa Maria (RS) fala sobre a trágica morte de centenas de jovens: olhar para frente com esperança




Santa Maria, 29 Jan. 13 / 11:15 am (ACI).- Dom Helio Adelar Rubert, Arcebispo de Santa Maria (RS), tem dedicado os últimos dias a consolar e rezar pelas vítimas do incêndio na boate Kiss que causou a morte de mais de 230 jovens na cidade gaúcha. Em uma recente entrevista, o arcebispo afirmou que "agora não é o momento de nós condenarmos, julgarmos, mas é o momento de oração, de reflexão, de olhar para frente com esperança e também aprendermos muitas lições desse fato que aconteceu".

Em suas palavras durante a celebração fúnebre pelos jovens falecidos, ocorrida na Basílica de Nossa Senhora Medianeira de todas as graças no dia 28 de janeiro, Dom Rubert dizia: “É hora de silenciar e escutar a voz de Deus. É hora de reativar a nossa fé e dizer: “Não entendemos, mas cremos no amor de Deus”. É hora de não julgar e não condenar ninguém. Nem acusar, de sofrer em silêncio, na fé e no amor”.

“É hora de dizer: “Eu creio, Senhor, mas aumenta a minha fé””, ressaltou.

Falando à Rádio Vaticano, o prelado, quem não ocultou sua consternação e pesar, afirmou também: “Nessa tragédia de Santa Maria, as mães, os pais, os irmãos, os parentes, os amigos não desesperamos, antes: - abraçamos esta dor, esta cruz e dizemos: “Pai, em vossas mãos colocamos nossas lágrimas, nossa dor, nossos sofrimentos. Que tudo seja instrumento de redenção. Tende misericórdia de nossos jovens. Perdoai seus pecados. Acolhei suas vidas, seus últimos desejos. Que nada se perca, mas tudo se transforme em misericórdia e redenção”.

“Nós sabemos que a nossa pátria definitiva não é esta terra, nós aqui estamos caminhando unidos procurando viver a paz, o amor e o bem querer entre nós, sempre com um olhar voltado para o Céu que nos aguarda, a nossa pátria definitiva", assinalou também Dom Helio.
O arcebispo destacou como a fatalidade comoveu profundamente o Brasil e o mundo, especialmente as famílias, os amigos e as pessoas relacionadas com tantos jovens neste ano em que o Brasil se prepara para acolher a Jornada Mundial da Juventude.

Diante do imenso sofrimento que toma conta da cidade, Dom Hélio ofereceu em entrevista ao canal católico Canção Nova uma mensagem de esperança aos brasileiros: "O Senhor Jesus é a resposta para todos os nossos anseios. Ele nos abre essa perspectiva para a eternidade, para uma vida feliz em Deus, para quem O coloca como tudo em sua vida e procura os valores do Evangelho".

O Arcebispo disse também que todas as igrejas da arquidiocese estão à disposição para os velórios e os momentos de oração e de fé.      Fonte: Acidigital

Reze com fé pelos que necessitam das suas orações



Levantou-se, então, no Sinédrio, um fariseu chamado Gamaliel. Era doutor da Lei, e todo o povo o estimava. Gamaliel mandou que os acusados saíssem por um instante. Depois disse: "Homens de Israel, vejam bem o que estão para fazer contra esses homens. Algum tempo atrás apareceu Teudas, que se fazia passar por uma pessoa importante, e a ele se juntaram cerca de quatrocentos homens. Depois ele foi morto e todos os que o seguiam debandaram e nada mais restou. Depois dele, no tempo do recenseamento, apareceu Judas, o galileu, que arrastou o povo atrás de si. Contudo, também ele acabou mal, e todos os seus seguidores se dispersaram. Quanto ao que está acontecendo agora, dou-lhes um conselho: não se preocupem com esses homens, e os soltem. Porque, se o projeto ou atividade deles é de origem humana, será destruído; mas, se vem de Deus, vocês não conseguirão aniquilá-los. Cuidado para não se meterem contra Deus!" Os participantes do Sinédrio aceitaram o parecer de Gamaliel. Chamaram os apóstolos, mandaram açoitá-los, proibiram que eles falassem em nome de Jesus, e depois os soltaram. Os apóstolos saíram do Conselho muito contentes por terem merecido sofrer insultos por causa do nome de Jesus. E cada dia, no Templo e pelas casas, não paravam de ensinar e anunciar a Boa Notícia de Jesus Messias. (At 5,34-42).   Esta é a segunda vez que os apóstolos estão sendo presos, porque operavam curas e faziam prodígios em nome de Jesus. Com os dons do Espírito Santo, eles oravam pelos doentes.   Muitas vezes, as pessoas os acusavam de curandeiros, mas era obra do Espírito de Deus. O Senhor usa de pessoas tão frágeis e despreparadas como nós para orar pelos outros, mas para isso, além de sermos batizados, precisamos ser cheios do Espírito Santo. Isso não é uma recompensa pela nossa santidade, mas um dom de Deus. É só querer e pedir.
Vários de nós, pelo batismo no Espírito, tiveram seu encontro com Jesus. Isso deixa muita gente confusa, mas, em vez de entender o que Deus está fazendo, elas acusam e recusam. Assim como aconteceu com os apóstolos, as pessoas acabam proibindo que os milagres aconteçam. Precisamos rezar com fé pelos necessitados. É como Jesus diz: "Pedir, assim, como se já tivéssemos recebido".  
Imagine que você fez um pedido para alguém e a pessoa está lhe dando uma resposta. Mas para isso ela está lhe enviando uma carta. Ela leva um tempo para chegar até você, mas, na hora em que a pessoa recebe a sua carta, já se dispôs a fazer aquilo que você pediu, porém isso leva um tempo. As graças de Deus também são assim. Por isso, o Senhor nos diz para pedirmos como se já tivéssemos recebido, ou seja, com grande fé.  
Deus tem três maneiras de nos responder: sim, não e espere. Algumas vezes, Ele nos dá aquilo que precisamos. Outras vezes, acha que é melhor esperarmos, porque não estamos preparados ou o que pedimos não depende apenas d'Ele, mas de outras pessoas. Como é o caso de pedirmos a conversão de alguém, pois é preciso que ela queira isso, queira mudar de vida. Nesse "espere" de Deus, nós precisamos insistir, porque tudo pode ser mudado pela oração.  
O Senhor também pode dizer 'não' e, muitas vezes, Ele nos diz. Mas quantas vezes dizemos: "Que bom que Deus não me deu aquilo que pedi!". Ele sabe das coisas, do futuro, da situação que rodeia aquilo que estamos pedindo. Às vezes, pedimos pelo nosso próprio interesse, mas não vemos as outras coisas que estão ao nosso redor. Deus sabe o que é bom para nós. Ele tem todo um projeto para nós e para os outros. Ele precisa executar esses planos, por isso tem o direito de negar nossos pedidos.   Hoje, vemos como foi bom o Pai não ter atendido o pedido de Jesus para livrá-Lo daquele cálice. Jesus, por vontade do Pai, foi até a Cruz e nos abriu as portas da eternidade, do céu, para que pudéssemos entrar e desfrutar das glórias do Senhor.
Quanta graça nós recebemos! Anos atrás, eu fiz os ritos complementares do batismo de uma menininha de nossa comunidade, cujo nascimento foi um verdadeiro milagre. Ela operou logo depois de ter nascido e, por tudo o que ela passou, ficou muito tempo no hospital. A mãe teve de voltar para casa e a deixou lá. Ela podia apenas ir ao hospital uma vez ao dia para levar o leite materno. O nome da menina é Amanda Vitória, pois foi uma verdadeira vitória o que Deus fez a ela.  
O pai da Amanda, Ulisses, pegou um copo com água, antes da cirurgia, e derramou um pouco sobre a cabeça da filha, dizendo: "Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Após a cirurgia, eu fiz os ritos complementares do batismo dela. O sacramento que ela recebeu de emergência contribuiu para a cirurgia e a recuperação da amanda. Quantas graças nós temos recebido de Deus!
Era isso o que acontecia com os apóstolos, mas o chefe do povo os estava impedindo. O livro dos Atos dos Apóstolos vem nos mostrar a atitude de Gamaliel que, ajuizadamente, diz aos seus companheiros do tribunal: "Não se preocupem com esses homens e os soltem, porque se o projeto ou as atividade deles é de origem humana, será destruído; mas se vem de Deus vocês não conseguirão aniquilá-los. Cuidado para não se meterem contra Deus!" (At 5,38-39).  
Quem estava derramando o Espírito Santo era o próprio Senhor, os apóstolos apenas tiveram a graça de recebê-Lo para orar pelas pessoas necessitadas. Nós, muitas vezes, fazemos de tudo pela pessoa que precisa de ajuda, mas deixamos a oração por último, mas ela deve ser a primeira coisa. É isso o que Deus quer que aconteça nos tempos de hoje.
Deus os abençoe!  
Monsenhor Jonas Abib - Fundador da Comunidade Canção Nova                     Fonte: Canção Nova