sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Santo do Dia : Hoje é celebrado São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas e comunicadores


REDAÇÃO CENTRAL, 24 Jan. 20 / 05:00 am (ACI).- “O amor é a perfeição do espírito e a caridade é a perfeição do amor”, dizia São Francisco de Sales. Conhecido como o santo da amabilidade, lutou vários anos de sua vida para dominar sua ira e obteve a conversão de muitos. A festa deste Doutor da Igreja e padroeiro dos jornalistas e comunicadores é a celebrada neste 24 de janeiro.
São Francisco de Sales nasceu no castelo de Sales, na Saboya, em 1567. Desde menino era muito inquieto e brincalhão, tanto que sua mãe e sua ama tinham que estar constantemente vendo o que estava fazendo.
Sua luta contra a ira foi constante. Certo dia, um calvinista visitou o castelo, o pequeno Francisco se inteirou, tomou um pau e foi brincar de correr atrás das galinhas gritando: “Fora os hereges, não queremos hereges”.
Teve como mestre o Pe. Deage, sacerdote muito perfeccionista em suas exigências. Este preceptor lhe faria passar momentos amargos, mas lhe ajudaria muito em sua formação.
Aos 10 anos, recebeu a primeira comunhão e confirmação e, desde esse dia, comprometeu-se a visitar frequentemente o Santíssimo. Mais adiante, conseguiu que seu pai o enviasse ao Colégio do Clermont, dirigido pelos jesuítas e conhecido pela piedade e o amor à ciência.
Acompanhado pelo Pe. Deage, Francisco se confessava e comungava a cada semana, era dedicado aos estudos e reservava um par de horas diárias aos exercícios de equitação, esgrima e dança.
Muitas vezes o sangue lhe subia à cabeça pelas brincadeiras e humilhações. Mas, conseguia se conter de tal maneira que muitos nem imaginavam o seu mau gênio. Entretanto, o inimigo lhe fez sentir que seria condenado ao inferno para sempre. Este pensamento o atormentava até o ponto que perdeu o apetite e já não dormia.
Então, disse a Deus: “Não me interessa que me mande todos os suplícios que queira, desde que me permita seguir te amando sempre”. Logo, na Igreja de Santo Estêvão, em Paris, ajoelhado diante da imagem da Virgem, pronunciou a famosa oração de São Bernardo: “Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria…”. Assim, recuperou a paz. 
Esta provação o ajudou muito a se curar do orgulho e saber compreender as pessoas em crise para assim tratá-las com bondade. Obedecendo seu pai, foi estudar direito em Pádua, tempo que aproveitou para estudar também teologia por seu grande desejo de ser sacerdote.
Aos 24 anos, obteve seu doutorado em leis e mais tarde, junto a sua família, manteve uma vida típica de jovem da nobreza. Seu pai desejava que se casasse e que obtivesse postos importantes, mas Francisco se mantinha em reserva por sua inquietação de consagrar-se a serviço de Deus.
Com a morte do decano do Capítulo de Genebra, seu primo Luis de Sales, alguns conhecidos fizeram com que o Papa lhe outorgasse este cargo. O jovem santo, por outro lado, começou a dialogar com seu pai sobre sua inquietação vocacional e pouco a pouco o convenceu.
Vestiu a batina no dia em que obteve a aprovação de seu pai e recebeu a ordem do sacerdócio seis meses depois. Exercia os ministérios entre os mais necessitados com muito carinho e seus prediletos eram os de berço humilde.
Entre os habitantes do Chablais, os protestantes tinham dificultado a vida dos católicos e Francisco se ofereceu para ir até lá com permissão do Bispo.
A fim de tocar os corações da população, o santo começou a escrever panfletos nos quais expunha a doutrina da Igreja e refutava os calvinistas. Estes escritos mais tarde formariam o volume das “Controvérsias”.
O que as pessoas mais admiravam era a paciência com que o santo vivia as dificuldades e perseguições.
Francisco caiu em uma grave enfermidade e, ao recuperar a saúde, foi à Roma onde o Papa estava. Lá, teólogos e sábios que tinham ouvido de suas qualidades fizeram-lhe perguntas difíceis de teologia. Todos ficaram maravilhados pela simplicidade, modéstia e ciência de suas respostas.
O Pontífice o confirmou como coadjutor de Genebra e o santo retornou à sua diocese para trabalhar com mais empenho. Quando o Bispo morreu, Francisco o sucedeu no governo e fixou sua residência em Annecy.
Teve como discípula Santa Joana de Chantal e do encontro destes dois santos surgiu a fundação da Congregação da Visitação, em 1610. Das notas com que instruía a santa, surgiu o livro “Introdução à vida devota”. Mais tarde, São Francisco de Sales o publicou, tendo sido traduzido em muitos idiomas.
Em 1622, o duque da Saboya convidou o santo para se reunir em Aviñón. O santo Bispo aceitou, pela parte francesa de sua diocese, mas arriscando muito sua saúde devido à longa viagem em pleno inverno.
Deixou tudo em ordem, como se soubesse que não voltaria. Quando chegou a Aviñón, as multidões se apinhavam para vê-lo e as congregações queriam que pregasse para elas.
Ao regressar, São Francisco se deteve em Lyon e se hospedou na casinha do jardineiro do Convento da Visitação. Atendeu as religiosas durante um mês inteiro e quando uma delas lhe pediu uma virtude para praticar, o santo escreveu “humildade”.
No cruel inverno, prosseguiu sua viagem pregando e administrando os sacramentos, mas sua saúde ia piorando até que partiu para a Casa do Pai. Sua última palavra foi o nome de Jesus. São Francisco de Sales expirou aos 56 anos, em 28 de dezembro de 1622, sendo Bispo por 21 anos.
No dia seguinte, a população inteira do Lyon passou pela humilde casa onde faleceu. Em 1632, abriram seu túmulo para saber como estava. Parecia que se encontrava em um aprazível sonho.
Santa Joana de Chantal foi ver o corpo do santo junto a suas religiosas e, quando lhe disseram que podia se aproximar, a santa se ajoelhou, tomou a sua mão e a pôs sobre a sua cabeça para lhe pedir a bênção.
Nesse momento, todas as irmãs viram que a mão do santo parecia recuperar vida e, movendo os dedos, acariciava a humilde cabeça de sua discípula. Hoje, em Annecy, as irmãs da Visitação conservam o véu que Santa Joana usava naquele dia.
São Francisco de Sales foi canonizado em 1665. Em 1878, o Papa Pio IX o declarou Doutor da Igreja. São João Bosco adotou o “santo da amabilidade” como patrono de sua congregação e como modelo para o serviço que os salesianos devem oferecer aos jovens.
Fonte: Acidigital

Papa Francisco: A inveja é a semente da guerra

Papa durante a Missa na Casa Santa Marta. Foto: Vatican Media
Vaticano, 24 Jan. 20 / 11:40 am (ACI).- O Papa Francisco advertiu contra os sentimentos de inveja e ciúme em relação a outras pessoas, porque são sentimentos “criminosos, que procuram sempre matar”, são “a semente de uma guerra”, “um verme que te corrói por dentro”.
Assim o Pontífice se expressou durante a Missa celebrada nesta sexta-feira, 24 de janeiro, na Casa Santa Marta, quando advertiu que a inveja e o ciúme crescem “falando consigo mesmo”, na “murmuração consigo mesmo”. O ciumento “é incapaz de ver a realidade”, e somente “um fato muito forte” pode abrir seus olhos.
Citou como exemplo o caso do Rei Saul e do jovem Davi, narrado no Livro de Samuel: “O ciúme de Saul o levou a acreditar que Davi era um assassino, um inimigo”.
“Nós também, quando temos inveja, ciúmes, fazemos isto, eh! Cada um de nós pense:’ Por que é que esta pessoa é insuportável para mim? Por que aquela outra nem sequer quero vê-la? Por que aquela outra...’ Cada um de nós pense por quê. Muitas vezes procuramos o porquê e descobrimos que são fantasias nossas. Fantasias, que porém crescem naquela murmuração conosco mesmo”. Frente à inveja assassina de Saul, o Papa confrontou a nobreza de Davi e a exemplificou com o episódio bíblico no qual Saul vai à caverna na qual estavam refugiados Davi e seus partidários. Os amigos de Davi o incentivam a aproveitar para matar o rei, mas ele se nega: “Nunca colocarei minhas mãos sobre o ungido do Senhor”, foi sua resposta.E, em seguida, Davi sai da caverna e vai em direção a Saul, chamando-o “Ó rei, meu senhor!” e fazendo-o ver que poderia tê-lo matado, mas não o fez.
“Isso arrebenta a bolha de sabão do ciúme de Saul, que reconhece Davi como se fosse um filho e volta à realidade”, destacou o Pontífice.
“É uma graça quando o invejoso, o ciumento, se depara com uma realidade que estoura aquela bolha de sabão que é o seu vício de ciúme ou inveja”.
Por isso, convidou a olhar a si mesmo “quando não gostamos de uma pessoa, não a queremos bem. Perguntemo-nos: ‘O que há dentro de mim? Há o verme do ciúme que cresce, porque ele tem algo que eu não tenho ou há uma raiva escondida?’”.
Nesse sentido, convidou a “proteger nosso coração desta doença, desta murmuração comigo mesmo, que faz crescer esta bolha de sabão, que depois, não tem consistência, mas faz tanto mal”.
“Tenhamos cuidado, pois este é um verme que entra no coração de todos nós – de todos nós! – e leva-nos a julgar mal as pessoas, porque no interior há uma concorrência: ele tem algo que eu não tenho. E assim começa a concorrência”.
Essas concorrências, concluiu, “nos leva a descartar pessoas, leva-nos a uma guerra; uma guerra doméstica, uma guerra de bairro, uma guerra de postos de trabalho. Mas é precisamente na origem, é a semente de uma guerra: inveja e ciúme”.
Fonte: Acidigital

Liturgia Diária : 2ª Semana do Tempo Comum - Sexta-feira

Primeira Leitura (1Sm 24,3-21)
Leitura do Primeiro Livro de Samuel.
Naqueles dias, 3Saul tomou consigo três mil homens escolhidos em todo o Israel e saiu em busca de Davi e de seus homens, até os rochedos das cabras monteses. 4E chegou aos currais de ovelhas que encontrou no caminho. Havia ali uma gruta, onde Saul entrou para satisfazer suas necessidades. Davi e seus homens achavam-se no fundo da gruta 5e os homens de Davi disseram-lhe: “Este certamente é o dia do qual o Senhor te falou: ‘Eu te entregarei o teu inimigo, para que faças dele o que quiseres’. Então Davi aproximou-se de mansinho e cortou a ponta do manto de Saul. 6Mas logo o seu coração se encheu de remorsos por ter feito aquilo, 7e disse aos seus homens: “Que o Senhor me livre de fazer uma coisa dessas ao ungido do Senhor, levantando a minha mão contra ele, o ungido do Senhor”.
8Com essas palavras, Davi conteve os seus homens, e não permitiu que se lançassem sobre Saul. Este deixou a gruta e seguiu seu caminho.
9Davi levantou-se a seguir, saiu da gruta e gritou atrás dele: “Senhor, meu rei!” Saul voltou-se e Davi inclinou-se até o chão e prostrou-se. 10E disse a Saul: “Por que dás ouvidos às palavras dos que te dizem que Davi procura fazer-te mal? 11Viste hoje com teus próprios olhos que o Senhor te entregou em minhas mãos, na gruta. Renunciando a matar-te! Poupei-te a vida, porque pensei: Não levantarei a mão contra o meu senhor, pois ele é o ungido do Senhor, 12e meu pai.
Presta atenção, e vê em minha mão a ponta do teu manto. Se eu cortei este pedaço do teu manto e não te matei, reconhece que não há maldade nem crime em mim, que não pequei contra ti. Tu, porém, andas procurando tirar-me a vida. 13Que o Senhor seja nosso juiz e que ele me vingue de ti. Mas eu nunca levantarei a minha mão contra ti. 14‘Dos ímpios sairá a impiedade’, diz o antigo provérbio; por isso, a minha mão não te tocará. 15A quem persegues tu, ó rei de Israel? A quem persegues? Um cão morto! E uma pulga! 16Pois bem! O Senhor seja juiz e julgue entre mim e ti. Que ele examine e defenda a minha causa, e me livre das tuas mãos”.
17Quando Davi terminou de falar, Saul lhe disse: “É esta a tua voz, ó meu filho Davi? E começou a clamar e a chorar. 18Depois disse a Davi: “Tu és mais justo do que eu, porque me tens feito bem e eu só te tenho feito mal. 19Hoje me revelaste a tua bondade para comigo, pois o Senhor me entregou em tuas mãos e não me mataste. 20Qual é o homem que, encontrando o seu inimigo, o deixa ir embora tranquilamente? Que o Senhor te recompense pelo bem que hoje me fizeste. 21Agora, eu sei com certeza que tu serás rei, e que terás em tua mão o reino de Israel”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo Responsorial (Sl 56)
— Piedade, Senhor, tende piedade.
— Piedade, Senhor, tende piedade.
— Piedade, Senhor, piedade, pois em vós se abriga a minh’alma! De vossas asas, à sombra, me achego, até que passe a tormenta, Senhor!
— Lanço um grito ao Senhor Deus Altíssimo, a este Deus que me dá todo o bem. Que me envie do céu sua ajuda e confunda os meus opressores! Deus me envie sua graça e verdade!
— Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus, vossa glória refulja na terra! Vosso amor é mais alto que os céus, mais que as nuvens a vossa verdade!

Evangelho (Mc 3,13-19)
— O Senhor esteja convosco                                                     
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 13Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. 14Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, 15com autoridade para expulsar os demônios. 16Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; 17Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “Filhos do trovão”; 18André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, 19e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Compreendendo e Refletindo
“Saul disse a Davi: ‘Tu és mais justo do que eu, porque me tens feito bem e eu só te tenho feito mal. Hoje me revelaste a tua bondade para comigo, pois o Senhor me entregou em tuas mãos e não me mataste'” (1Sm 24,18-19).
Nós vemos, na Palavra de hoje, o quanto Saul perseguia a Davi. Saul tomou três mil homens, toda Israel, para capturar a Davi, matá-lo, persegui-lo, mas a graça de Deus estava com o pequeno Davi; e, no momento em que Saul adormece, ele é entregue nas mãos de Davi.
Davi tinha tudo para pegar a sua espada e cortar a cabeça de Saul, mas o sentimento do homem ungido é outro, não é o da vingança, do ódio, do ressentimento nem do rancor.
Por isso, o homem de Deus é um homem orante, é um homem que se coloca na presença de Deus até (e principalmente) nas adversidades, é assim que age Davi. Por isso, ele mesmo disse: “Que o Senhor me livre de fazer alguma coisa a um ungido d’Ele, levantando a minha mão contra ele; que o Senhor jamais permita que eu realize isso”.
Davi podia simplesmente usar até o argumento da legitima defesa porque, na verdade, Saul queria matá-lo, então, para se ver livre dele, Davi poderia matá-lo e seria justificado; e nós até poderíamos dizer: “Muio bem! Davi salvou a vida daquele que queria matá-lo”; mas aqui tem um sentimento maior, o do amor, da misericórdia, um coração que não é movido nem pela cólera, pela raiva, pelo ressentimento nem pelo ódio, mas é movido pelo amor e é capaz de perdoar o pior inimigo, aquele que, muitas vezes, faz tudo contra nós. É nessa unção que Davi trata o coração de Saul. 

Que o Senhor purifique o nosso coração e que não sejamos movidos, de forma alguma, pela vingança

Veja: ele amolece o coração de Saul; e esse fica deslumbrado, pelo menos naquele instante, diante da ação benéfica, bondosa, generosa, amorosa e divina do coração de Davi.
Hoje, o que nós queremos pedir ao coração do Senhor, nosso Deus, é que também purifique o nosso coração, que não sejamos movidos, de forma alguma, pela vingança, ódio e rancor. Pois, quando não fazemos o mal ao outro, nós desejamos o mal para ele e vibramos quando o mal acontece a ele. É comum sair da nossa boca, do nosso pensamento: “Tá vendo, eu falei, aqui se faz; aqui se paga”; esse é um sentimento humano, que vem do espírito mundano de desejar (nem que for no pensamento) a chamada “vingança mental”.
O homem de Deus se liberta desses pensamentos, sentimentos; ele é portador da graça, da misericórdia e da ternura divina até para o seu pior inimigo.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo- Canção Nova

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Dom Orani: O Brasil corre o perigo de se tornar um país ateu

Dom Orani durante a Missa / Foto: Facebook Santuário Basílica de São Sebastião - Frades Capuchinhos
RIO DE JANEIRO, 21 Jan. 20 / 03:35 pm (ACI).- Ao celebrar a festa de São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro, o Arcebispo local, Cardeal Orani João Tempesta, advertiu que o Brasil corre o perigo “de ser um país confessional ateu, e não um país laico que respeita todas as religiões”.
O Purpurado presidiu a Santa Missa do padroeiro na manhã de segunda-feira, 20 de janeiro, no Santuário Basílica de São Sebastião, na Tijuca, quando recordou a história desse santo mártir e assinalou a perseguição que os cristãos sofrem ainda nos dias de hoje.
“O Papa Francisco ultimamente tem falado que os mártires dos últimos tempos são em maior número do que nos primeiros séculos. A intolerância contra os cristãos católicos continua e muito na sociedade mundial”, afirmou Dom Orani durante sua homilia.
O Arcebispo ressaltou que “mesmo em nosso país nós vemos os últimos acontecimentos como falar contra Cristo, Maria e os cristãos católicos parece que além de render muito dinheiro, interessa as pessoas” e que se “impõem porque acham que podem fazer tudo”.
“Nosso país corre o perigo de ver uma teocracia ateia, de ser um país confessional ateu, e não um país laico que respeita todas as religiões. Nós vemos que um pouco essa maneira de pensar vai cada vez mais sendo propagada em todos os cantos”, advertiu.
Por outro lado, salientou que “aquilo que o mártir representa e é para nós faz com que nunca desanimemos em todas essas situações, mas saibamos que, quanto mais perseguidos e martirizados, mais fortes, mais animados e mais evangelizadores nós somos e seremos ainda mais”.

Nesse sentido, exortou os fiéis a não temer “aqueles que nos perseguem” e saber “viver esse nosso tempo com firmeza e sem desanimar com os duros ataques que têm contra a Igreja, contra Cristo, contra o Papa. Que nós permaneçamos firmes no Senhor, testemunhando em quem nós colocamos a nossa esperança e dando as razões da nossa esperança”.

Ainda durante sua homilia, o Cardeal Tempesta recordou a trezena realizada no Rio de Janeiro nos dias prévios à festa do padroeiro, quando teve a oportunidade de percorrer diferentes realidades da cidade.

“O que me chama atenção é que o carioca, ou aquele que veio viver no Rio de Janeiro, aprendeu com São Sebastião a se levantar das flechadas e continuar vida, aprendeu a não desanimar”, observou o Purpurado, destacando como os moradores do Rio de Janeiro continuem “firmes”, mesmo enfrentando a violência, problemas nas áreas da saúde, da educação, do emprego, entre outros.
“O carioca é um forte, o habitante do Rio de Janeiro é um forte e aprende com São Sebastião a assim viver”, exclamou.
Porém, ressaltou que “sermos fortes e continuarmos firmes, como nos dá exemplo São Sebastião, não significa sermos acomodados e conformados coma situação. Nós também temos o direito de sonhar com tempos diferentes”.
“Por isso, ao mesmo tempo que nós sabemos vencer as vicissitudes, sabemos levantar das flechadas que levamos na vida, também somos convidados e chamados a exigir de quem tem responsabilidade, para que realmente nós possamos ter tempos melhores em todos os campos e de todas as maneiras”, indicou.
Além disso, pontuou que, ao olhar essa realidade, vê-se também “a vocação de São Sebastião do Rio de Janeiro, que sempre teve uma importância nesse país”, de modo que o que acontece nesta cidade “se torna notícia nacional ou internacional”.
Desse modo, declarou, “temos também uma missão de poder dar esperança para o país de que, realmente, ao recuperar a cidade, ao retomar com alegria a justiça e a paz nessa cidade, também possamos olhar para o Brasil e pedir também que isso aconteça na liberdade, na fraternidade, na preocupação com o outro, sem os antagonismos e sem os ódios e rancores que às vezes nos dividem uns contra os outros”.
À tarde, a festa de São Sebastião na cidade do Rio de Janeiro contou ainda com uma multitudinária procissão que saiu da Basílica no bairro Tijuca, que é administrada pelos Capuchinhos, e seguiu até a Catedral Metropolitana no Centro da cidade.

A caminhada de cerca de 5 quilômetros  da Igreja dos Capuchinhos até a Catedral reuniu cerca de 6 mil pessoas, de acordo com a imprensa local.
Logo após a chegada à Catedral, o Cardeal Orani Tempesta presidiu a Missa, ocasião em que Mons. Tiago Stanislaw Blaszczyk, nomeado em dezembro do ano passado como Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, fez sua profissão de fé e também seu juramento de fidelidade. No próximo sábado, ele receberá a ordenação episcopal.
Fonte: Acidigital

Menina Benigna será beatificada em 21 de outubro, no Ceará

Todo mês de outubro, milhares de fiéis se reúnem para a romaria em honra à Serva de Deus


O anúncio da beatificação foi feito nesta terça-feira (21) pelo próprio bispo da Diocese de Crato, Dom Gilberto Pastana, ao receber do Vaticano a confirmação da data. Benigna Cardoso, da cidade cearense de Santana do Cariri, será beatificada em 21 de outubro em celebração na Sé Catedral de Nossa Senhora da Penha, em Crato, no Ceará.

“Acabo de receber a confirmação de Roma que daqui a 9 meses nós estaremos celebrando, justamente no dia 21 de outubro, que é o dia em que a Menina Benigna foi batizada, a celebração da beatificação dela.”
Esse foi o anúncio da beatificação feito pelo bispo da Diocese de Crato, dom Gilberto Pastana, nesta terça-feira, 21 de janeiro, durante um programa local da Rádio Educadora do Cariri, veículo porta-voz da diocese. Benigna Cardoso da Silva, que nasceu e morreu mártir em Santana do Cariri, cidade do Ceará com quase 18 mil habitantes, será beatificada em 21 de outubro em celebração na Sé Catedral de Nossa Senhora da Penha, em Crato. O rito vai contar com a presença de um representante do Papa Francisco, isto é, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Becciu.
“Essa data já será marcada no calendário, inclusive litúrgico, como da beatificação da Menina Benigna e Serva de Deus, Benigna Cardoso da Silva”, disse o bispo.

A história da próxima  Beata brasileira

A Serva de Deus, considerada “heroína da castidade”, será a primeira Beata nascida no Ceará a receber esse ato, que é um passo para o caminho da canonização. O testemunho de santidade da Menina Benigna começou logo após o martírio, há mais de 70 anos. “Ela morreu por uma causa, ela deu a vida por uma causa, explicitamente comprovada. Ela preferiu morrer para não pecar, por isso ela é a ‘heroína da castidade’. Ela é um exemplo de virtude cristã para todos aqueles que querem ser discípulos do Senhor”, comentou dom Gilberto.
O anúncio, feito exatamente nove meses antes da beatificação, já dando início às preparações ao rito. Em nível diocesano, já está confirmada para a terceira semana do mês de agosto um período de recordação e testemunho da Serva de Deus.
Ao bispo diocesano, segundo as normas da constituição apostólica Divinus Perfectionis Magister, promulgada pelo Papa João Paulo II em 1983, compete o direito de continuar investigando sobre a vida da Serva de Deus e os possíveis milagres para prosseguir com o processo de canonização. “Vamos primeiro celebrar a beatificação e depois começa o processo de canonização. Temos que percorrer todo um caminho que é um pouco diverso do caminho da beatificação”, finalizou Dom Gilberto.
( Assessoria de Comunicação Diocese de Crato)

Sobrevivente das chuvas no Espírito Santo encontra imagem de Fátima intacta: “coisa do céu mesmo”

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A história de fé da família Figueira Pinto foi divulgada pelo repórter brasileiro, Filipe Chicarino, em suas redes sociais, e tomou o caminho da esperança. A imagem de N.S. de Fátima foi encontrada intacta no quarto do casal. A força das águas devastou cidades do sul do Espírito Santo, como Iconha, mas tem fortalecido a fé da comunidade, voluntários e dos jornalistas que fazem a cobertura da triste tragédia que vitimou 7 pessoas e deixou mais de 2 mil pessoas desabrigadas.
Fonte: Vatican News

Liturgia Diária : 2ª Semana do Tempo Comum - Quinta-feira

Primeira Leitura (1Sm 18,6-9; 19,1-7)
Leitura do Primeiro Livro de Samuel.
18,6Naqueles dias, quando Davi voltou, depois de ter matado o filisteu, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, dançando e cantando alegremente ao som de tamborins e címbalos. 7E, enquanto dançavam, diziam em coro: “Saul matou mil, mas Davi matou dez mil”. 8Saul ficou muito encolerizado com isto e não gostou nada da canção, dizendo: “A Davi deram dez mil, e a mim somente mil. Que lhe falta ainda, senão a realeza?” 9E, a partir daquele dia, não olhou mais para Davi com bons olhos.
19,1Saul falou a Jônatas, seu filho, e a todos os seus servos sobre sua intenção de matar Davi. Mas Jônatas, filho de Saul, amava profundamente Davi, 2e preveniu-o a respeito disso, dizendo: “Saul, meu pai, procura matar-te; portanto, toma cuidado amanhã de manhã, e fica oculto em um esconderijo. 3Eu mesmo sairei em companhia de meu pai, no campo, onde estiveres, e lhe falarei de ti, para ver o que ele diz, e depois te avisarei de tudo o que eu souber”.
4Então Jônatas falou bem de Davi a Saul, seu pai, e acrescentou: “Não faças mal algum ao teu servo Davi, porque ele nunca te ofendeu. Ao contrário, o que ele tem feito foi muito proveitoso para ti. 5Arriscou a sua vida, matando o filisteu, e o Senhor deu uma grande vitória a todo o Israel. Tu mesmo foste testemunha e te alegraste. Por que, então, pecarias, derramando sangue inocente e mandando matar Davi sem motivo?”
6Saul, ouvindo isto, e aplacado com as razões de Jônatas, jurou: “Pela vida do Senhor, ele não será morto!” 7Então Jônatas chamou Davi e contou-lhe tudo isto. Levou-o em seguida a Saul, para que ele retomasse o seu lugar, como antes.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo Responsorial (Sl 55)
— É no Senhor que eu confio e nada temo!
— É no Senhor que eu confio e nada temo!
— Tende pena e compaixão de mim, ó Deus, pois há tantos que me calcam sob os pés, e agressores me oprimem todo dia! Meus inimigos de contínuo me espezinham, são numerosos os que lutam contra mim!
— Do meu exílio registrastes cada passo, em vosso odre recolhestes cada lágrima, e anotastes tudo isso em vosso livro!
— Meus inimigos haverão de recuar em qualquer dia em que eu vos invocar; tenho certeza: o Senhor está comigo!
— Confio em Deus e louvarei sua promessa. É no Senhor que eu confio e nada temo: que poderia contra mim um ser mortal? Devo cumprir, ó Deus, os votos que vos fiz, e vos oferto um sacrifício de louvor.


Evangelho (Mc 3,7-12)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 7Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galileia o seguia. 8E também muita gente da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia. 9Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse. 10Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. 11Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: “Tu és o Filho de Deus!” 12Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

  
Compreendendo e Refletindo
“E, a partir daquele dia, não olhou mais para Davi com bons olhos”. (I Sm 18,9)
O povo está exaltando a Davi porque ele venceu o grande filisteu, Golias. Então, começa a clamar: “Davi matou a dez mil; Saul matou a mil”; o fato é que Saul ficou muito encolerizado. E por que que Saul ficou encolerizado? A cólera é o fruto da inveja, em vez de se alegrar com o bem que Davi fez, se unir a ele, exaltá-lo, pelo contrario, Saul ficou com inveja daquilo que Deus realizou por meio de Davi.
Pessoa invejosa é aquela que não se deixa enviar por Deus mas por si própria; ela é incapaz de se alegrar com os dons que Deus dá ao outro, com o bem que Deus faz por meio de outros. E o coração que se enche de inveja, se enche de cólera, de raiva, de rancor, de ressentimento; e a primeira coisa que faz é falar mal. Dentro do seu coração mata-se aquela pessoa que é causa da inveja.
É, de fato, isso que Saul está fazendo; a cólera fez com que ele matasse dentro de si o amor, o sentimento mais nobre que podia e devia ter por Davi, que veio para ser, acima de tudo, um colaborador. Mas não, pois, dentro de si, ele já rejeita e mata Davi.

O amor faz com que cuidemos uns dos outros; o amor faz com que possamos proteger uns aos outros

Quando nos ressentimos com alguém e esse ressentimento não é curado, nós vamos matando essa pessoa dentro de nós; e, a primeira coisa que acontece é falarmos mal. Então, é isso que aconteceu, pois Saul vai para Jônatas, seu filho, para falar mal de Davi e, ainda, desejoso por matá-lo. Mas Jônatas, o filho de Saul, muito amava a Davi e era muito amigo dele. Ele não segue a cólera de Saul, muito pelo contrário, se precavê da cólera do seu pai; se isola daquilo que é a cólera, raiva; ele se blinda daquele mal. Jônatas, na verdade, vai advertir e ajudar o seu amigo.
Enquanto a inveja mata e faz de nós pessoas coléricas, maldosas; faz de nós pessoas que falam mal uma das outras, o amor faz com que cuidemos uns dos outros, o amor faz com que possamos proteger uns aos outros. Essa é a atitude de Jônatas, que amava profundamente a Davi que, por sua vez, o amava profundamente, pois havia sinceridade sincera, pura, autentica. E Jônatas vai ser o escudo, mesmo sabendo da ira do seu pai, para proteger o seu amigo.
Não sejamos pessoas do mal, da inveja, não sejamos pessoas da cólera, da ira, e sim do amor, assim como foi Jônatas, porque o amor liberta, protege, precavê, mas a inveja nos destrói e nos leva a destruirmos uns aos outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo - Canção Nova