quinta-feira, 31 de julho de 2014

Cardeal Maradiaga sobre conflito na Faixa de Gaza: "O caminho da reconciliação começa dentro de nós"


2014-07-31 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - O Presidente da Caritas Internacional, Cardeal Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, fez uma reflexão sobre o conflito na Faixa de Gaza.
"Desde o início de julho, cerca de dois milhões de palestinos em Gaza e parte da população israelense foram envolvidas numa guerra devastadora. A população não tem um lugar seguro para se refugiar quando as bombas caem nessa pequena faixa de terra, densamente povoada, que é Gaza. Ali o povo vê seus filhos assassinados, seus bairros destruídos e suas esperanças de um futuro de paz dilaceradas. O campo de batalha são os bairros cheios de homens, mulheres e crianças, hospitais lotados de feridos e mortos, e escolas bombardeadas, inclusive quando servem de refúgio", destaca o purpurado na mensagem.
O Cardeal Maradiaga pede em nome da Caritas o cessar-fogo permanente, primeiro passo no caminho para uma paz justa, baseada nas negociações, inclusive em toda a região.
"O caminho para a reconciliação é longo, mas começa dentro de nós mesmos. O que Israel e Hamas devem fazer é depor as armas e ver que a maioria de suas vítimas são pessoas inocentes", sublinha ainda o Presidente da Caritas Internacional.
O purpurado destaca em sua reflexão que "esta é a terceira guerra em cinco anos entre Israel e militantes de Gaza. Os palestinos de Gaza vivem uma vida em que o escasso abastecimento de água, a maioria dos alimentos vem de organizações humanitárias e está fora do alcance de seus habitantes a dignidade de ter um trabalho".
A Caritas fornece ajuda material e espiritual ao povo de Gaza, nos momentos de necessidade e desespero, e reza pela paz na Terra Santa.
"Rezamos pelas famílias palestinas e israelenses que perderam seus filhos, mães e irmãos, e por aqueles que morreram. Rezamos pelas crianças que vivem no terror, cujas cicatrizes mentais permanecerão profundas, mesmo depois que a guerra terminar, e rezamos pelos agentes da Caritas Jerusalém e outras pessoas que trabalham no local", sublinha ainda o Presidente da Caritas Internacional.
O Cardeal hondurenho conclui a mensagem recordando as palavras do Papa Francisco no encontro realizado recentemente, no Vaticano, entre os presidentes de Israel e Palestina: "Para fazer a paz é preciso coragem, muita mais do que para fazer a guerra". (MJ)
Fonte: News.VA

Um Ano de Eternas Saudades de Barthyra


    Caros amigos e familiares de Barthyra, quero lembrar a missa que celebraremos hoje,31 de Julho, dia de sua chegada ao céu. Na Capela Nossa Senhora de Fátima , no Jardim Castelão- Passaré às 19: 30 hs.       Agradecemos de coração aos que se fizerem presentes.

           
                                                                                                                                                                
             Hoje completa um ano de sua partida ao céu. Antes nesta foto ela olhava ao longe cheia de esperança e sonhos, mas no íntimo ela buscava uma resposta para tanto sofrimento, jovem, inteligente, apesar de tudo sonhadora, cheia de fé , encontrava nesta fé a presença viva de Jesus em sua vida. Fora feliz em meio as limitações, seu sorriso em meio as dores revelava sua fortaleza vinda de Deus. Sentimos muito sua falta, mas acreditamos que ela está bem ao lado de todos os anjos e santos do céu. Jesus lhe acolheu e com certeza deu uma recompensa por ter sofrido com tanta resignação. Te amamos muito Bah, sentimos muito sua falta, tudo lembra você, mas devemos aceitar a vontade de Deus. Permaneça em paz e rogue à Deus por nós. Te amarei sempre... digo te amaremos. Descanse na PAZ que somente Deus pode te oferecer...Amém!!!

Santo do Dia -Santo Inácio de Loyola

Santo Inácio de Loyola
Neste dia celebramos a memória deste santo que, em sua bula de canonização, foi reconhecido como tendo “uma alma maior que o mundo”.

Inácio nasceu em Loyola na Espanha, no ano de 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e assim como jovem valente entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar paralisado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos concluiu: “São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos isso, pois eu tenho também de o fazer”.
Realmente ele fez, como os santos o fizeram, e levou muitos a fazerem “tudo para a maior glória de Deus”, pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus “famosos” Exercícios Espirituais, e logo depois de estudar Filosofia e Teologia lançou os fundamentos da Companhia de Jesus. A instituição de Inácio iniciada em 1534 era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contra-Reforma. Ele mesmo esclarece: “O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição da alma própria, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição da alma do próximo”.
Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura do salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o céu com 65 anos e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora “com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade”, repetia.
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

Santo Inácio de Loyola - Quinta-feira 31/07/2014 - Liturgia Diária

Primeira Leitura (Jr 18,1-6)

Leitura do Livro do Profeta Jeremias.
1Palavra dirigida a Jeremias, da parte do Senhor:2“Levanta-te e vai à casa do oleiro, e ali te farei ouvir minhas palavras”. 3Fui à casa do oleiro, e eis que ele estava trabalhando ao torno; 4quando o vaso que moldava com barro se avariava em suas mãos, ei-lo de novo a fazer com esse material um outro vaso, conforme melhor lhe parecesse aos olhos.
5Fez-se em mim a palavra do Senhor: 6“Acaso não posso fazer convosco como este oleiro, casa de Israel? diz o Senhor. Como é o barro na mão do oleiro, assim sois vós em minha mão, casa de Israel”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje: Responsório (Sl 145)

— Feliz quem se apoia no Deus de Jacó!
R- Feliz quem se apoia no Deus de Jacó!

1- Bendize, minh’alma, ao Senhor! Bendirei ao Senhor toda a vida, cantarei ao meu Deus sem cessar! R
2- Não ponhais vossa fé nos que mandam, não há homem que possa salvar. Ao faltar-lhe o respiro ele volta para a terra de onde saiu; nesse dia seus planos perecem. R
3- É feliz todo homem que busca seu auxílio no Deus de Jacó, e que põe no Senhor a esperança. O Senhor fez o céu e a terra, fez o mar e o que neles existe. R

Compreendendo e Refletindo

A paciência e a tolerância geram muitos frutos de conversão, continuemos trabalhando intensamente para que Deus santifique, renove e purifique o mundo e o nosso coração.
“’Assim, pois, todo mestre da Lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas’” (Mateus 13, 52).

Nós, hoje, acompanhamos a conclusão de uma série de parábolas que Jesus nos conta para nos fazer compreender o Reino dos Céus. Hoje, esse mesmo Reino é comparado ao homem que lança uma rede ao mar e de lá apanha peixes de todas as espécies, peixes bons, peixes mais ou menos bons, e peixes ruins, que não servem para nada. Depois ele vai recolher estes peixes e separá-los nas cestas.
O Reino de Deus é também comparado a um pai de família que tem nos seus tesouros coisas novas e também coisas velhas. Quando nós olhamos para essas duas parábolas nos recordamos também da parábola do joio e do trigo, que nos ajudam a compreender o mundo em que vivemos, a Igreja da qual participamos, o trabalho onde estamos inseridos. Porque em todas as realidades é assim: existem pessoas boas, pessoas menos boas, pessoas generosas, mas existem também muitas pessoas maldosas, convivendo lado a lado conosco; algumas vezes até numa mesma casa, numa mesma família.
Isso acaba gerando sérios questionamentos dentro de nós: “Como é que Deus tolera tanta gente má neste mundo? Como é que os maldosos até riem, zombam de Deus, zombam da Igreja, fazem maldade com as pessoas boas?
Vamos convivendo e crescendo num mundo confuso, onde, lado a lado, estão o trigo e o joio, estão os peixes bons e os peixes ruins. Deus nos pede a paciência, a tolerância, porque, na verdade, foi e é a mesma paciência que o Senhor teve e tem conosco. Nenhum de nós pode dizer que, no nosso coração, só existem coisas boas, o mundo é um espelho do que, muitas vezes, é o coração de cada um de nós. No mesmo coração que há sentimentos generosos, bondosos; gestos de bondade e de ternura e há também coisas maldosas e há sentimentos negativos. Há muita confusão, mentiras e falsidades dentro de nós.
E o que nós percebemos? Que Deus, em Sua infinita misericórdia, vai nos lapidando, nos lavando e nos renovando se nós nos deixarmos ser tocados, renovados e transformados por Ele. Como Deus age em nosso coração Ele também age no mundo; quantas pessoas que não valiam nada e Deus Pai, em Sua infinita misericórdia, as salvou, as renovou e as transformou. Que o digam São Paulo, Santa Maria Madalena, São Francisco de Assis, Santo Inácio de Loyola! Que o digam tantos homens e mulheres da nossa sociedade que um dia foram peixes de péssima qualidade e foram transformados pelo poder da Palavra de Deus!
Paciência, nem todo peixe ruim se transforma num peixe bom, mas no Reino de Deus, quando nós cremos, o joio pode ser transformado em trigo! A paciência gera muitos frutos de conversão, continuemos trabalhando intensamente para renovar, purificar, santificar o mundo e o nosso coração.
Se nós e nem aqueles que vivem na maldade aceitarmos a conversão e a mudança de vida, nos fim dos tempos Jesus, em Sua glória, virá para separar o que é bom do que é mau.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo- Canção Nova

Evangelho (Mt 13,47-53)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 47“O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. 48Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. 49Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, 50e lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí, haverá choro e ranger de dentes. 51Compreendestes tudo isso?” Eles responderam: “Sim”. 52Então Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo mestre da Lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. 53Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

A Santa Sé propõe à atenção dos governos as preocupações do Papa pela paz

2014-07-30 Rádio Vaticana
A Secretaria de Estado enviou às embaixadas acreditadas junto da Santa Sé uma "nota verbal" para recordar os recentes apelos sobre o Médio Oriente lançados pelo Papa depois dos últimos Angelus. A RV (Debora Donnini) entrevistou o Secretário para as Relações com os Estados, o arcebispo Dom Dominique Mamberti, perguntando-lhe com quais sentimentos a Santa Sé olha para o que está a acontecer com os cristãos no Médio Oriente, neste momento:
Certamente a Secretaria de Estado acompanha a situação das comunidades cristãs no Médio Oriente com grandíssima preocupação. As comunidades cristãs estão a sofrer injustamente,estão com medo e muitos cristãos foram obrigados a emigrar. Só em Mosul, cerca de 30igrejas e mosteiros foram ocupados e danificados pelos extremistas e a cruz foi removida. Pela primeira vez em muitos anos não foi possível celebrar a Santa Missa aos domingos. Deve-se recordar que no Iraque, como nos outros países do Médio Oriente, os cristãos estão presentes desde o início da história da Igreja e têm desempenhado um papel significativo nodesenvolvimento da sociedade e querem simplesmente continuar a estar presentes comoartesãos da paz e da reconciliação.
O que está a fazer a Santa Sé para tentar aliviar a situação?
A Santa Sé atua em diferentes níveis. Primeiro de tudo, o próprio Santo Padre tem manifestado em várias ocasiões e de maneira comovida a sua proximidade às comunidades cristãs, em particular às famílias de Mosulconvidando a todos a rezar por eles. Ele exprimiupessoalmente a sua proximidade também através de alguns dos seus responsáveis religiosos, entre os quais o Patriarca de Babilónia dos Caldeus e o Patriarca de Antioquia dos Sírios, encorajando pastores e os fiéis a serem fortes na esperança. Também enviou uma ajuda económica às famílias através do Pontifício Conselho Cor Unum, para atender àsnecessidades humanitárias. Da nossa parte, portanto, a Secretaria de Estado, através dos seus próprios canais diplomáticoscontinua a estimular a atenção das autoridades internacionais e dos governos ao destino destes nossos irmãos e foi enviada, mesmo nestes dias, uma "Nota verbal" a todas embaixadas acreditadas junto da Santa Sé com o texto dos últimos apelos do Santo Padre relativos mais geral à situação no Médio Oriente, com o pedido de apresentar a mensagem aos respectivos governos. E é nosso desejo sincero que a comunidade internacional tome a peito a questão, pois estão em jogo princípios fundamentaispara a dignidade humana, o respeito pelos direitos de cada pessoapara uma convivênciapacífica e harmoniosa das pessoas e dos povos. O Iraque e os outros países do Médio Oriente são chamados a ser um modelo de convivência entre comunidades diversas, caso contrário, seria uma grande perda e um péssimo presságio para o mundo inteiro.
Com referência sempre à situação no Médio Oriente, o que pensa dos conflitos que atravessam a região e, em particular, a escalada da violência na Faixa de Gaza?
Trata-se de uma situação trágica e muito triste, à qual, infelizmente, há o risco de nos habituarmos e a considerarmos quase como inevitável, o que não seria justo. O Santo Padrelançou numerosos apelos para se continuar a rezar, invocando o dom da paz e acolhendo a chamada que vem de Deus para quebrar o ciclo do ódio e da violência que põe a paz sempre mais distante. Gostaria de reiterar aqui o convite do Papa a quantos têm responsabilidades políticas a nível local e internacional, para não poupar algum esforço que ponha fim a todas as hostilidades e ajude a alcançar a paz desejada para o bem de todos. Como diz exactamente oPapa Francisco, é preciso mais coragem para fazer a paz do que para fazer a guerra, além disso no centro de qualquer decisão deveriam ser colocados não os interesses particulares, mas o bem comum e o respeito por cada pessoa.

Fonte: News.VA