quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O Salmo da Paz

Dom José Maria Maimone

Bispo de Umuarama – PR

                          SALMO  71  (72)

A Igreja do Brasil está preparando a “Caminhada da Paz”, que acontecerá em todas as Dioceses no dia de São Francisco de Assis, 04 de outubro.

Rezando este salmo, pensei que ele pode nos ajudar na preparação do nosso espírito para este acontecimento.

Em nossas Bíblias é o único salmo atribuído a Salomão. Mas, Santo Agostinho, nos seus “Comentários aos Salmos”, coloca como título; “Salmo sobre Salomão”.

Bem, além de tirar de Salomão a autoria do Salmo, o Santo comenta: “O que o salmo descreve não se adapta àquele Salomão, rei de Israel segundo a carne, de acordo com o que dele narra a Sagrada Escritura. Pode. Contudo, aplicar-se de modo muito adequado a Cristo Senhor... A palavra Salomão significa pacífico”.

Sim, Jesus é o Rei da Paz. Ele nos diz no Evangelho: “Deixo-vos a paz; a minha paz vos dou. A verdadeira paz, muito superior à paz desse mundo; não tenhais medo nem vos preocupeis” (Jo 14, 27).

Os versículos 6 e 7 deste salmo nos afirmam: “Ele virá do alto, como o orvalho sobre a relva, como a chuva que molha a terra ressecada. A partir desse dia florirá a justiça e haverá grande paz até o fim dos tempos”. 

De fato estamos diante se um salmo messiânico que fala e anseia pela vinda do Messias, o Salvador.

Podemos e devemos rezar o salmo 71 como uma súplica pela vinda do reino de Cristo, do Reino de Deus, o Reino da Paz.

Ele nos leva a repetir frases do Evangelho, como o pedido que dizemos ao rezar o Pai Nosso: “Rezai assim: Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino” (Mt 6, 9-10; Lc 11, 2). 

Convidando-nos ao desapego dos bens materiais, Jesus ensina: “Bem-aventurados vós que tendes o espírito de pobres, pois vosso é o reino dos céus” (Lc 6,20).

Enviando a evangelizar Jesus recomenda: “Enquanto estiverdes caminhando proclamai: O reino de Deus está próximo”. (Mt 10, 7).

E São Paulo nos diz: “Felizes, agradecei a Deus que vos torna capazes para participar do reino que ele preparou para os seus. Ele vos libertou do poder das trevas vos trouxe com segurança para participar do Reino de seu Filho amado” (Cl 1, 12-13).

Acolhamos a paz que Cristo nos oferece, a fim de, com alegria, distribuir a paz que vem do Senhor, e participar com firmeza da Caminhada da Paz!

 Fonte: CNBB

Instituição familiar

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba

Tem sido muito difícil entender os rumos da cultura dentro da chamada “mudança de época”. No cenário visualizado dos últimos tempos, conseguimos ver, com muita facilidade, a crise de valores. Ficamos até nos interrogando se o que víamos como valor, era realmente valor. Onde está o erro, no passado, ou no presente. Nem sei se isto pode ser medido a partir das consequências apresentadas!
A família foi sempre compreendida como um grande valor. Ela, sem dúvida nenhuma, deixou um legado muito importante para a sociedade do passado. Será que podemos dizer o mesmo nos dias de hoje? Existe a tentativa da formatação de novos valores familiares, provocando grandes crises, que afetam fortemente o itinerário social. Estamos passando da realidade para prática de ideologias.
Entendo que o amor familiar, conforme os ensinamentos do Evangelho, está desaparecendo. Ele deixou de ser verdadeiro, de comprometimento, e é praticado como ato de satisfação imediata e sem compromisso mútuo. O amor exige sacrifício e doação de vida de um para o outro. Deve crescer com o tempo e não cair no esvaziamento, provocando situações desagradáveis.
Alguns detalhes são fundamentais, isto é, valores que não podem faltar na instituição familiar: o diálogo, o respeito mútuo, a igualdade e a paz. Será que o individualismo, a cultura midiática e virtual têm permitido que esses valores sejam realmente valores para a família? Ou estamos num mundo de inversão de valores!
Pela natureza humana, ninguém existe para viver na solidão e nem numa situação abaixo dos animais. Também não estamos num contexto patriarcal familiar onde um manda mais do que outro, dificultando a convivência. Não pode haver submissão e nem desrespeito pela individualidade do outro. Há, sim, unidade na diferença, no diálogo e no discernimento.
Temos que saber entender os limites e os sofrimentos que acompanham o ser humano, mas encará-los com muita dignidade, deixando-nos conduzir na busca da perfeição. Certas facilidades são enganosas e fazem a pessoa perder a direção, o rumo e acaba terminando a vida de forma totalmente infeliz.


 Fonte: CNBB

Missão da família

Dom José Alberto Moura

Arcebispo de Montes Claros (MG)

Hoje os vários tipos de convivência familiar dependem da história de cada pessoa, de sua cultura, de seu ambiente e dos influxos da sociedade e, não menos, da mídia. Muitos se casam para buscar e ter a felicidade. Este é um termo de muitas conotações.
No referencial da família, a felicidade ou a realização gratificante ou prazerosa e  contínua de todas as pessoas nela envolvidas, inclui a parte logística ou de estrutura material, psicológica e religiosa. No entanto, se não for permeada de um ideal elevado a ser buscado em comum, dificilmente se consegue seu objetivo. É o mesmo que querer um corpo saudável sem o sangue a circular por suas veias! Se o ideal de felicidade não tiver a iluminação divina, ele fica embaçado e pode levar as relações humanas a ruírem, como acontece com freqüência.
O casamento é uma instituição inerente à pessoa humana (Cf. Gênesis 2,18-24). Mas o Filho de Deus a elevou à vocação e missão marcadas pelo dom divino de sacramento. Isso significa que a união perseverante do homem e da mulher no matrimônio é permeada pelo amor humano permeado pelo divino. As pessoas o assumem, comprometendo-se a realizar um projeto de vida com  a vocação matrimonial para um ajudar o outro. Isso ocorre dentro das respectivas condições de igualdade de missão na diferença de função, conforme sua masculinidade e feminilidade, colocando tudo em comum. Assumem juntas a paternidade e a maternidade no mútuo apoio para amarem e educarem os possíveis filhos para a vida em plenitude. 
A marca da convivência dos cônjuges, nessa perspectiva cristã, é o amor continuamente crescido em humanidade e na graça de Deus. A família assim constituída tem força para superar as diferenças das pessoas, as dificuldades da vida e os problemas de convivência, buscando energia espiritual da religiosidade vivida em comunidade. Esta se torna um suporte importante para dar subsídio emocional e sobrenatural para a família. A própria comunidade religiosa é uma verdadeira família a subsidiar espiritualmente as famílias constituídas pelas pessoas com o sacramento do matrimônio. As pessoas e famílias, que têm dificuldades inerentes aos problemas de constituição e prática familiares, encontram aí força e estímulo para o  cumprimento de sua vocação.
Mas a família cristã tem também missão especial em relação à sociedade: a de ser geradora de pessoas que ajudem a promoção da cidadania para todos. A marca da formação nessa família fundamentalmente é a da formadora do caráter. Deste modo seus membros tornam-se presença qualificada de ética, honestidade e compromisso com o bem comum. Usam os dons pessoais para servirem o semelhante. É verdadeira missão de servir. Isso só é entendido quando o matrimônio é assumido como vocação. A união só por outros interesses não significa ser família com o enfoque acima referido.
A iluminação do ideal motivado pela fé religiosa leva a família a se estruturar baseada no amor eminentemente oblativo, com seus membros colocando tudo em comum para buscarem a realização humana, progressivamente,  com os ditames do projeto do Criador. É a convivência no amor, que leva cada um a cooperar com a plena realização do outro, até com o sacrifício de si. Quem ama verdadeiramente, dá de si com alegria! A família que vive na interação das pessoas com essa atitude é feliz e vive e transmite alegria!
Fonte: CNBB

Comissões promovem encontro sobre formação missionária nos seminários

“A formação missionária do presbítero diocesano” é o tema do evento
“Consolidar a missão como verdadeiro eixo da espiritualidade e atuação dos novos presbíteros”. Esta é uma das indicações do Encontro sobre Formação Missionária nos Seminários, que acontece no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília (DF), desde o dia 28 e que seguirá até o dia 2 de outubro. O evento, que aborda o tema “A formação missionária do presbítero diocesano”, é promovido em parceria pelas Comissões Episcopais Pastorais para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial e para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O objetivo do encontro é subsidiar os responsáveis pela formação presbiteral das Igrejas locais com elementos que os ajudem a consolidar e colocar em prática algumas orientações quanto à capacitação missionária dos presbíteros diocesanos, de acordo com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) e os documentos sobre a formação presbiteral. 
A partir da primeira urgência das DGAE 2015-2019, “Igreja em estado permanente de missão”,  e da da troca de experiências, serão traçadas linhas de ação a fim de orientar a formação missionária dos presbíteros diocesanos.
Segundo o bispo auxiliar de São Luís (MA) e presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária da CNBB, dom Esmeraldo Barreto de Farias, "a Igreja no Brasil reafirma seu compromisso de colocar em prática as indicações do documento de Aparecida e tornar realidade no processo formativo o princípio enunciado pelo papa Francisco, que ‘a ação missionária é o paradigma de toda obra da Igreja’”, disse ao recordar a exortação apostólica do papa, Evangelli Gaudium.
Atividades
Na última terça-feira, 29, os 25 participantes do encontro partilharam as experiências missionárias dos seminaristas dentro e fora das dioceses. De acordo com o assessor da Comissão para a Ação Missionária, padre Sidnei Dornelas, que coordenou o momento, “a grande riqueza dessas experiências permitiu que fosse avaliado o seu impacto e significado no caminho pedagógico trilhado pelos seminaristas”. O sacerdote ainda ressalta que o testemunho dos seminaristas ajudou a ver como as experiências compartilhadas podem ser um diferencial no “amadurecimento da vocação do futuro presbítero”.
Ao tomar como ponto de partida as ideias e desafios apresentados pelos participantes durante a troca de experiências, dom Esmeraldo Barreto de Farias falou sobre o desenvolvimento do perfil de uma formação “verdadeiramente missionária” dos novos padres. Nesta quarta-feira, dia 30, o bispo apresentou a preocupação com a inserção dos futuros padres na “linha da missão” dentro da caminhada de cada igreja particular. Para isso, foi proposto um processo pedagógico humano e intelectual “que integre a prática missionária e uma espiritualidade que configure missionários presbíteros para uma ‘Igreja em Saída’, como desejada pelo Papa Francisco”.

Linhas de ação

As sessões dos próximos dois dias de encontro estão reservadas para os participantes traçarem linhas orientadoras que ajudem a Igreja no Brasil “a prosseguir de maneira efetiva na tarefa de inserir a missão como eixo integrador do processo formativo dos novos presbíteros”. O momento será assessorado pelo padre Gabriel dos Santos Filho, da arquidiocese de Porto Velho (RO). Ao final do encontro será elaborado um documento conclusivo com a colaboração de seminaristas e formadores.
Fonte: CNBB

Santo do Dia - São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja

São Jerônimo
A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o “Dia da Bíblia” no mês do seu aniversário de morte

Neste último dia do mês da Bíblia, celebramos a memória do grande “tradutor e exegeta das Sagradas Escrituras”: São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Ele nasceu na Dalmácia em 340, e ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. É de São Jerônimo a célebre frase: “Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”.
Com posse da herança dos pais, foi realizar sua vocação de ardoroso estudioso em Roma. Estando na “Cidade Eterna”, Jerônimo aproveitou para visitar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e se esforçava para decifrar os escritos nos túmulos dos mártires. Nessa cidade, ele teve um sonho que foi determinante para sua conversão: neste sonho, ele se apresentava como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois ainda não havia abraçado as Sagradas Escrituras, mas somente escritos pagãos). No fim da permanência em Roma, ele foi batizado.
Após isso, iniciou os estudos teológicos e decidiu lançar-se numa peregrinação à Terra Santa, mas uma prolongada doença obrigou-o a permanecer em Antioquia. Enfastiado do mundo e desejoso de quietude e penitência, retirou-se para o deserto de Cálcida, com o propósito de seguir na vida eremítica. Ordenado sacerdote em 379, retirou-se para estudar, a fim de responder com a ajuda da literatura às necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, Jerônimo pôde, a pedido do Papa Dâmaso, traduzir com precisão a Bíblia para o latim (língua oficial da Igreja na época). Esta tradução recebeu o nome de Vulgata. Assim, com alegria, dedicação sem igual e prazer se empenhou para enriquecer a Igreja universal.
Saiu de Roma e foi viver definitivamente em Belém no ano de 386, onde permaneceu como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas, até falecer em 420, aos 30 de setembro com, praticamente, 80 anos de idade. A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o “Dia da Bíblia” no mês do seu aniversário de morte, ou ainda, dia da posse da grande promessa bíblica: a Vida Eterna.
São Jerônimo, rogai por nós!

Liturgia Diária- Quarta-feira 30/09/2015-Primeira Leitura (Ne 2,1-8)


Leitura do Livro de Neemias.
1Era o mês de Nisã, no vigésimo ano do rei Artaxerxes. Como o vinho estivesse diante do rei, eu peguei no vinho e ofereci-o ao rei. Como em sua presença eu nunca podia estar triste, 2o rei disse-me: “Por que estás com a fisionomia triste? Não estás doente. Isso só pode ser tristeza do coração”. Fiquei muito apreensivo e disse ao rei:3“Que o rei viva para sempre! Como o meu rosto poderia não estar triste, quando está em ruínas a cidade onde estão os túmulos de meus pais e suas portas foram consumidas pelo fogo?” 4E o rei disse-me: “Que desejas?” Então, fazendo uma oração ao Deus do céu, 5eu disse ao rei: “Se for do agrado do rei e se o teu servo achar graça diante de ti, deixa-me ir para a Judeia, à cidade onde se encontram os túmulos de meus pais, a fim de que possa reconstruí-la”. 6O rei, junto de quem a rainha se sentara, perguntou-me: “Quanto tempo vai durar a tua viagem e quando estarás de volta?” Eu indiquei-lhe a data do regresso e ele autorizou-me a partir. 7Eu disse ainda ao rei: “Se parecer bem ao rei, sejam-me dadas cartas para os governadores de além do rio, para que me deixem passar, até que chegue à Judeia. 8E também outra para Asaf, guarda da floresta do rei, para que me forneça madeira de construção para as portas da cidadela do templo, para as muralhas da cidade, e para a casa em que vou morar”. E o rei concedeu-me tudo, pois a bondosa mão de Deus me protegia.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje (Sl 136)


— Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti Jerusalém, eu me esquecer!
R-Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti Jerusalém, eu me esquecer!

1-Junto aos rios da Babilônia nos sentávamos chorando, com saudades de Sião. Nos salgueiros por ali penduramos nossas harpas.
2- Pois foi lá que os opressores nos pediram nossos cânticos; nossos guardas exigiam alegria na tristeza: “Cantai hoje para nós algum canto de Sião”
3- Como havemos de cantar os cantares do Senhor numa terra estrangeira? Se de ti, Jerusalém, algum dia eu me esquecer, que resseque a minha mão.
4- Que se cole a minha língua e se prenda ao céu da boca, se de ti não me lembrar! Se não for Jerusalém minha grande alegria!

Compreendendo e Refletindo

Encontramos em Jesus a justa medida para a nossa vida. É preciso ter a justa medida e viver uma coisa a cada tempo, saber viver aquilo que fomos chamados a viver.
“As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça” (Lucas 9, 58).
Aquele que deseja seguir Jesus, tornar-se Seu discípulo, ir atrás do Mestre [porque Ele é quem vai à nossa frente], precisa ter um coração desprendido. Se você esperar ter segurança material, segurança afetiva, ter todas as coisas que anseia, que deseja, para começar a seguir Jesus, a sua vida vai acabar aqui na terra e não O seguirá nunca, porque Ele é o primeiro a não ter nada. “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”, diz a Carta de São Lucas 9, 58.
Na pobreza, no desprendimento, no ‘não ter’ ou no pouco que tem, Ele é todo do Pai. E nós, que queremos ir atrás do Senhor, vamos com o que temos e, muitas vezes, precisamos deixar o que temos, porque o que temos é pesado demais, nos mantém presos, agarrados, cativos e não temos disposição para segui-Lo.
Desculpe-me, mas, muitas vezes, nós queremos cuidar de toda a nossa família e não cuidamos de nós. Queremos cuidar do pai, da mãe, do irmão, da irmã, do sobrinho, da sobrinha, do sogro, da sogra[…]. Nós temos que, realmente, cuidar dos nossos, orar por eles, nos fazer presente quando necessário. Agora, quando queremos carregar todo mundo no colo não conseguimos seguir o que Deus tem para nós!
É bonito ver quem tem disposição para cuidar da mãe, do pai; não podemos deixá-los jogados, desprezados, como se não tivessem ninguém, de forma nenhuma. Mas, precisamos saber ter um tempo para cada coisa; precisamos saber cuidar de nós, saber do tempo para nos dedicar a Deus. Uma vez que tornamos alguém dependente afetivo de nós, quando precisarmos nos tornar livres não conseguiremos ou se o fizermos sofreremos muito e faremos o outro sofrer. É preciso ter a justa medida e viver uma coisa a cada tempo, saber viver aquilo que fomos chamados a viver.
Uma vez que se casou, a prioridade é o seu casamento, a família que se formou; na medida que é possível você colabora, ajuda seus pais, seus sobrinhos, mas uma coisa de cada vez! É por querermos abraçar muitas coisas, ao mesmo tempo, que deixamos de abraçar o essencial!
Que saibamos encontrar em Jesus a justa medida para fazer cada coisa a seu tempo!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo- Canção Nova

Evangelho (Lc 9,57-62)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 57enquanto Jesus e seus discípulos caminhavam, alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores”. 58Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”. 59Jesus disse a outro: “Segue-me”. Este respondeu: “Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai”. 60Jesus respondeu: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; mas tu, vai anunciar o Reino de Deus”. 61Um outro ainda lhe disse: “Eu te seguirei, Senhor, mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares”. 62Jesus, porém, respondeu-lhes: “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Papa Francisco chega a Roma

2015-09-28 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco chegou a Roma, ao aeroporto de Ciampino, na manhã desta segunda-feira (28/09), às 10h locais, concluindo sua 10ª Viagem Apostólica Internacional que o levou a Cuba e Estados Unidos.
Do aeroporto o pontífice se dirigiu diretamente à Basílica de Santa Maria Maior para um momento de oração e agradecimento a Nossa Senhora, Salus Populi Romani. 
Antes de partir para Cuba e Estados, Francisco foi ao templo mariano, no último dia 18, para pedir à Mãe de Deus ajuda e proteção. É a 25ª vez que o Papa Francisco visita a Basílica de Santa Maria Maior.
Ao chegar à Cidade Eterna, Francisco tuitou: De coração vos agradeço. O amor de Cristo guie sempre o povo americano! (MJ)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

“Papa não é celebridade, é Servo dos servos de Deus”, diz Francisco aos jornalistas


2015-09-28 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – Na tradicional conversa a bordo com os jornalistas realizada ao final das viagens, o Papa disse que não é uma “estrela” mas que o Pontífice é o “Servo dos servos de Deus”. Francisco ainda declarou-se surpreendido pela “calorosa” acolhida recebida nos Estados Unidos. Falou ainda que o maior desafio para a Igreja nos EUA é estar próxima das pessoas e que “foi duro” com os bispos acerca dos abusos sexuais.
Santo Padre, nos Estados Unidos, o senhor virou uma “star”. É bom para a Igreja que o Papa seja uma celebridade?
“O Papa deve… Sabes qual era o título que os Papas usavam e que se deve usar? Servo dos servos de Deus. É um pouco diferente de uma celebridade. As estrelas são bonitas de se ver, eu gosto de vê-las quando o céu está limpo no verão... Mas o Papa deve ser – deve ser! – o Servo dos servos de Deus. Sim, na imprensa se usa isso, mas há uma outra verdade: quantas estrelas vimos que depois se apagam e caem. É uma coisa passageira. Ao invés, ser ‘Servo dos servos de Deus’, isso é bonito! Não passa! Não sei… Assim, penso eu”
“Divórcio católico”
Sobre o seu recente Motu Proprio que facilitou o processo de nulidade matrimonial, o Papa reiterou que o “divórcio católico” não existe. “Ou não foi matrimônio – e esta é a nulidade, não existiu – e se existiu é indissolúvel. Isto é claro”.
China
Ao recordar que já se havia manifestado sobre seu desejo de ver estabelecidas relações diplomáticas entre Santa Sé e China, o Papa disse que “existem contatos e diálogo”. “Para mim, ter um país amigo como a China, que tem tanta cultura e tanta possibilidade de fazer bem, seria uma alegria”.
Colômbia
Sobre o acordo de paz na Colômbia, o Papa disse sentir-se parte não por ter uma atuação direta e sim porque “sempre desejou isso”. “Falei duas vezes com o presidente Juan Manuel Santos sobre o problema, e a Santa Sé – não somente eu – a Santa Sé está aberta a ajudar como puder”.
Objeção de consciência
No contexto de uma resposta sobre “funcionários do governo” que se rejeitam realizar o trabalho segundo a lei, o Papa disse que a objeção de consciência é um direito humano. “Se a uma pessoa não é permitido exercer a objeção de consciência, essa é a negação de um direito”.
“Sucesso” da viagem
Ao ser questionado se se “sentia mais forte” após o sucesso da viagem, Francisco afirmou que deve continuar no caminho do serviço porque sente que ainda não faz tudo o que deve fazer. “Este é o sentido que eu tenho de poder”, respondeu. “Não sei se tive sucesso ou não. Mas tenho medo de mim mesmo, porque se eu tenho medo de mim mesmo, me sinto sempre – não sei – frágil, no sentido de não ter poder, o poder é também uma coisa passageira: hoje existe, amanhã não... Jesus definiu o poder: o verdadeiro poder é servir”.
“Mulheres” sacerdotisas
Questionado sobre se, um dia, a Igreja católica terá mulheres sacerdotisas, o Papa afirmou que “isso não se pode fazer”. Contudo, admitiu: “Estamos um pouco atrasados no desenvolvimento de uma teologia da mulher. Devemos seguir adiante com essa teologia. Isso sim, é verdadeiro”. (RB)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Pe. Lombardi: EUA admirado com humanidade do Papa Francisco

2015-09-28 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - Com a chegada às 10h da manhã desta segunda-feira ao aeroporto Ciampino de Roma, o Papa Francisco concluiu a 10ª Viagem Apostólica Internacional de seu Pontificado, cuja visita – tanto a Cuba quanto aos EUA – foi profundamente marcada pelo tema da família. Entrevistado pela Rádio Vaticano, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, atém-se aos momentos candentes da visita aos EUA.
Pe. Federico Lombardi:- “O Papa sempre destacou – desde Cuba – que a questão da família era, de certo modo, a temática que o levara a fazer essa viagem, que, de fato, se concluía em Filadélfia para o Encontro mundial. Francisco recordou o tema da família em cada um dos discursos importantes desta viagem: recordou-o falando diante do presidente Obama; diante do Congresso dos EUA, diante das Nações Unidas. O Papa falou sobre a gravidade das questões que dizem respeito à situação da família e do matrimônio no momento histórico atual. Portanto, mesmo se o clima – felizmente – era de muita festa, muita alegria, era de anúncio de uma palavra positiva do Evangelho, da família na sua perspectiva cristã, porém, estava muito presente a consciência da seriedade da situação das interrogações sobre o futuro da humanidade, inclusive no que tange ao modo em que se vive, tutela ou não a célula fundamental que é a família. Naturalmente, nas grandes concentrações houve todo o entusiasmo da população dos EUA – das três grandes cidades que foram visitadas – para ver o Papa, para ouvi-lo, para entrar em contato com ele. E se via que o Papa chegava encontrando um interesse, uma simpatia, uma disponibilidade excepcional do povo em geral, realmente muito, muito notável. E o que impressiona – ressaltou-o também o presidente Obama, o secretário-geral Ban Ki-moon, vários outros – é justamente, de certo modo, a humanidade deste Papa, a sua capacidade de estabelecer uma relação com as pessoas, que expressa proximidade, solidariedade. Existe essa atração – digamos – da sua figura humana, que lhe dá a possibilidade de dizer palavras, por vezes também incômodas, mas claras e orientadoras, para a humanidade de hoje. Os elementos deste entusiasmo e deste desejo do povo estadunidense eram muito evidentes e também a cobertura midiática dada a esta presença do Papa foi grandiosa.”
RV: Suas palavras recordam-me aquilo que o Papa Francisco disse aos organizadores despedindo-se no aeroporto de Filadélfia: “Sejam generosos. Continuem sendo entusiastas da mensagem do Evangelho, olhem sempre para os pobres nesta terra que foi abençoada por muitas oportunidades”...
Pe. Federico Lombardi:- “Sim, o Papa – também ele – foi ao povo estadunidense com uma grandíssima amizade, com uma enorme disponibilidade e benevolência, para colher seus valores, para entrar em diálogo com ele, compreendendo a grande história de liberdade, de democracia, de pluralismo, de construção de uma grande nação, a partir da imigração de tantas diferentes origens, mesmo tendo todas suas mensagens a dar de responsabilidade, de necessidade de compromisso e de mudança para o futuro, sob diferentes aspectos, quer no tocante ao acolhimento dos migrantes, quer no tocante ao cuidado do ambiente, as responsabilidade em nível internacional e assim por diante... Todas essas foram coisas que o Papa disse, mas soube dizê-las partindo de uma base, de uma premissa de compreensão repleta de respeito e de admiração pelos valores da história deste grande país.”
RV: Olhando de modo geral para essa décima viagem apostólica – a mais longa até então do Papa Francisco –, a título de impressão pessoal, o que, nesse primeiro momento, fica mais evidente para o senhor?
Pe. Federico Lombardi:- "Diria que do ponto de vista emotivo da experiência humana, ficou-me impressa a simpatia que se respirava na Sala do Congresso à espera do Papa... Era uma atmosfera realmente de festa. Inclusive pensando e sabendo que tipo de debates, de divisões e de tensões se realizam naquela sala, também neste período: o presidente da Câmara de Representantes do Congresso dos EUA renunciou no dia seguinte ao da visita do Papa, provavelmente devido a dificuldades da sua situação e de seu serviço. Porém, se via que todos os presentes estavam enormemente interessados e disponíveis a ouvir o que Papa  teria a dizer. Achei também muito emocionante o momento no Ground Zero, na cerimônia inter-religiosa, naquele lugar terrível de manifestação do mal e do ódio, o Papa pôde – de certo modo – dar uma mensagem que traz uma luz de esperança, justamente baseada no amor e na generosidade que acompanharam naqueles dias a terrível manifestação do mal, respondendo, ao invés, com um amor pronto ao sacrifício da vida generosamente para buscar salvar as vidas das pessoas atingidas, como todos os bombeiros e o pessoal da segurança. Certamente, o calor humano do encontro fica muito impresso na memória. Em particular, em Nova Iorque, esse entusiasmo se manifestou na Missa no Madison Square Garden, que sendo um ambiente fechado, mesmo sendo de grandes dimensões, se prestava muito a constituir aquela comunidade que se sentia unida em torno a seu pastor. Além disso, fiquei muito impressionado com o encontro com os detentos: num ambiente impressionante, em que toda a arquitetura expressa isolamento, fechamento, limite das possibilidades de expressão. Essa mensagem tão cordial, tão capaz de convidar a olhar para além e a olhar para a esperança que o Papa deu. Foi, particularmente, uma eficaz e profunda manifestação da proximidade aos últimos.” (RL)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Dublin sediará Encontro Mundial das Famílias em 2018

2015-09-28 Rádio Vaticana

Filadélfia (RV) -  Dublin, na Irlanda, sediará o próximo Encontro Mundial das Famílias, em 2018. O anúncio foi feito pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, ao final da celebração conclusiva do encontro da Filadélfia.
"Eu tenho a alegria em anunciar que o Santo Padre decidiu que o próximo Encontro Mundial das Famílias será Veja o anúncio
Antes do anúncio, o Arcebispo Vincenzo Paglia ressaltou que  neste encontro “vemos claramente a fraternidade entre todos, aqui compreendemos melhor a terra como casa comum, o empenho em abrir as portas a todos. Na família nunca se é estrangeiro, na família não se fecham nunca as portas aos filhos, mesmo quando se afastaram”. “O milagre destes dias – enfatizou – somos chamados a vivê-lo todos os dias, particularmente neste ano da misericórdia que está para ser aberto. Obrigado Santo Padre, por este grande dom!”.
O Presidente do Pontifício Conselho para a Família antecipou que em 27 de dezembro próximo, Festa da Sagrada Família de Nazaré, será celebrado em todas as dioceses o Jubileu das Famílias. “Abrir-se-ão para as famílias cristãs as portas das catedrais e dos santuários”. E em resposta aos apelos do Papa Francisco em favor dos refugiados, Dom Paglia afirmou, que “de nosso lado, deverão abrir-se as portas das casas das famílias em todas as partes do mundo onde existem refugiados para acolhê-los". “Os acolheremos também nós. As portas de nossas casas, as portas de nosso coração estarão abertas. É uma profecia que as famílias cristãs são chamadas a viver e a testemunhar”.
Cinco famílias de cinco grandes cidades de diferentes continentes receberam do Papa Francisco um Evangelho para levarem às periferias de suas cidades: Havana, Kinshasa, Marselha, Hanói e Sydnei, às quais foi acrescentada uma família da Síria, que "deixaram atrás de si as bombas. Mas não permanecerão aqui, voltarão a Damasco para levar o Evangelho para que cure as feridas, conforte na dor e leve esperança". Uma coleta será destinada às vítimas do conflito na Síria. (JE)
(from Vatican Radio)realizado em 2018 em Dublin, Irlanda".
Fonte: News.VA

No voo de regresso dos Estados Unidos o Papa traça um primeiro balanço da viagem - Todos os muros desabam

2015-09-28 L’Osservatore Romano
A calorosa hospitalidade recebida nos EUA, os desafios da Igreja naquela Nação, a vergonha pelos abusos sexuais cometidos por alguns sacerdotes, o processo de paz na Colômbia, a crise migratória, os processos matrimoniais, a objecção de consciência, a China, as religiosas norte-americanas e as mulheres na Igreja, o poder do Papa: foram estes os principais pontos da conferência de imprensa de Francisco que, durante o voo de regresso de Filadélfia — onde a 27 de Setembro, com a missa de encerramento do encontro mundial das famílias, terminou a viagem papal — respondeu por mais de 45 minutos a uma dúzia de perguntas.
O Pontífice disse que ficou surpreendido pela hospitalidade recebida que, embora tenha sido diferente nas três cidades visitadas nos Eua, foi muito calorosa. E acrescentou que ficou impressionado também com as celebrações litúrgicas e com a oração dos fiéis. O desafio da Igreja, disse, consiste em continuar a permanecer ao lado deste povo, acompanhando-o tanto na alegria como nas dificuldades. E isto deve realizar-se, permanecendo ao lado das pessoas.
Sobre os abusos sexuais cometidos por alguns membros do clero, o Papa disse que falou diante de todos os bispos do país, porque sentiu a necessidade de expressar compaixão pelo que aconteceu: algo muito desagradável, pelo que muitos pastores autênticos sofreram. Sem dúvida, os abusos existem em toda a parte, disse, mas quando quem os comete é um sacerdote, isto é gravíssimo, porque é uma traição da vocação presbiteral, que consiste também em fazer crescer o amor de Deus e, ao mesmo tempo, a maturidade afetiva dos jovens.
Quanto ao processo de paz na Colômbia, o Pontífice afirmou que recebeu com alívio a notícia, e que se sentiu partícipe desta aproximação entre o Governo e as Farc.
Sobre a imigração, ao contrário, Francisco frisou que hoje estamos diante de uma crise que deriva de um processo de longo período, porque a guerra da qual as pessoas fogem se combate há anos. Além disso, há a fome, que leva as pessoas a migrar. A África, disse ainda, é o continente explorado: primeiro a escravidão, depois os grandes recursos, e agora as guerras tribais, que escondem interesses económicos. Mas em vez de explorar, seria necessário investir, para evitar esta crise.
O Papa falou também das barreiras que são levantadas nalgumas regiões da Europa, afirmando que mais cedo ou mais tarde os muros desabam, e que contudo não são uma solução.
No que se refere à questão da nulidade matrimonial, o Pontífice reiterou que na reforma dos processos foi fechada a porta da via administrativa, através da qual podia entrar aquilo que alguém definiu «divórcio católico», e que a simplificação dos procedimentos já foi pedida pelos padres sinodais no ano passado. O matrimónio é um sacramento indissolúvel, e isto a Igreja não pode mudar. Os processos servem para provar que o que parecia sacramento não era tal. Além disso, há questões ligadas às segundas núpcias e à comunhão aos divorciados recasados que no entanto, disse o Papa, não são as únicas que serão enfrentadas no iminente Sínodo.
Falou-se inclusive de objecção de consciência, e Francisco afirmou qeu se trata de um direito, faz parte dos direitos humanos e é válida para todas as pessoas, portanto também quando se trata de um funcionário público. Negá-la significa negar um direito.
Depois, o Papa falou sobre a China, ressaltando que é uma grande Nação, portadora de uma imensa cultura. E afirmou que gostaria muito de visitar aquele país, acrescentando que ter uma Nação amiga como a China, com tantas possibilidades da fazer o bem, seria uma alegria.
Voltando a discorrer sobre questões americanas, o Pontífice disse que as religiosas são muito amadas nos Eua porque fizeram maravilhas nos campos da educação e da saúde. E reiterou que na Igreja as mulheres são mais importantes do que os homens, contudo realçando que há um pouco de atraso em matéria de teologia da mulher.
Quando lhe fizeram notar que nos Eua ele se tornou uma star, Francisco recordou que o título de um Papa é «servo dos servos de Deus». Os mass media usam o termo star, mas há outra verdade. Demasiadas estrelas apagaram-se. Ao contrário, frisou, ser servo dos servos de Deus não passa.
Enfim, respondendo a uma pergunta sobre a presença do presidente da câmara municipal de Roma, Ignazio Marino, na missa conclusiva do encontro mundial das famílias, o Papa desmentiu categoricamente que houve um convite da sua parte ou da parte dos organizadores.
Fonte: News.VA