segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Você conhece o verdadeiro significado da Ave-Maria?

 


O Papa Francisco explica o sentido das palavras que proferimos nesta importantíssima oração

Todos nós rezamos a Ave-Maria. Mas quantos de nós conhecem seu verdadeiro significado? O que queremos dizer com esta oração?

No livro Maria. Mamma di tutti (edições San Pablo, publicado na Itália), é o próprio Papa Francisco quem nos ensina o sentido das palavras que proferimos nesta importantíssima oração. Confira!

Cheia de graça

O anjo Gabriel refere-se a Maria, usando a expressão “cheia de graça” (Lc 1,28): nela – observa o Papa – “não há espaço para o pecado, porque Deus a escolheu desde sempre como mãe de Jesus e a preservou do pecado original. E o Verbo se fez carne em seu seio. Nós também somos chamados a ouvir a Palavra de Deus, que fala conosco, e a acatar a vontade dele. O Senhor sempre fala conosco”.

O Senhor é convosco

O que aconteceu com a Virgem – explica Francisco – “também acontece conosco em nível espiritual, quando acatamos a Palavra de Deus com bom e sincero coração e a colocamos em prática. É como se Deus se fizesse carne em nós. Ele vem habitar em nós, porque faz morada nos que o amam e seguem a sua Palavra. Não é fácil entender isso, mas, sim, é fácil sentir no coração”.

Bendita sois vós entre as mulheres

Como Maria viveu esta fé? O Papa responde: “viveu na simplicidade das mil ocupações e preocupações diárias de qualquer mãe, como: prover o alimento, o vestuário, o cuidado com a casa… Precisamente esta existência normal da Virgem foi o terreno onde aconteceu uma relação singular e um diálogo entre ela e Deus, entre ela e seu Filho”.

E bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus

Francisco esclarece que Maria é receptiva, não passiva: “fisicamente, [ela] recebe o poder do Espírito Santo, mas, depois, dá carne e sangue ao Filho de Deus que se forma nela. Dessa forma, no plano espiritual, recebe a graça e corresponde a ela com a fé. Por isso, Santo Agostinho afirma que a Virgem ‘concebeu antes no coração do que no ventre’”.

Santa Maria, Mãe de Deus

O Papa continua: “a Mãe do Redentor nos precede e continuamente nos confirma na fé, na vocação e na missão. Com seu exemplo de humildade e de disponibilidade à vontade de Deus, nos ajuda a imprimir nossa fé no anúncio do Evangelho”.

Rogai por nós, pecadores

Para explicar o sentido desta passagem, Francisco recorre a uma história:

“Lembro-me que, certa vez, no santuário de Luján [em Buenos Aires, Argentina], estava no confessionário, diante do qual havia uma longa fila. Havia também um moço todo moderno, com correntes, tatuagens e todas estas coisas. E ele veio para me dizer o que estava acontecendo. Era um problema grave, difícil. E me disse: contei isso a minha mãe e ela me disse: vá à Virgem e ela dirá o que você tem que fazer. Era uma mulher que tinha o dom do conselho. Ela não sabia como resolver o problema do filho, mas lhe indicou o caminho justo: vá à Virgem e ela lhe dirá. Este é o dom do conselho. Essa mulher humilde e simples deu ao filho o melhor conselho. De fato, o rapaz me disse: olhei para a Virgem e senti que tinha que fazer isso, isso e isso… Eu não tinha o que falar, a mãe dele já tinha dito tudo ao jovem. Vocês, mães, que têm este dom, peçam para os seus filhos. O dom de dar um conselho aos filhos é um dom de Deus.”

Agora e na hora de nossa morte

O Papa Francisco acrescenta: “confiemo-nos a Maria, para que ela, como Mãe, como mãe de nosso irmão primogênito, Jesus, nos ensine a ter seu mesmo espírito materno em relação aos nossos irmãos, com a capacidade sincera de acolher, perdoar, dar força e levar confiança e esperança. Isso é o que faz uma mãe. O caminho de Maria ao céu começou naquele SIM pronunciado em Nazaré, em resposta ao mensageiro celeste, que anunciava a vontade de Deus para ela… Cada SIM a Deus é um passo para o céu, para a vida eterna”.

Fonte: Aleteia

A oração diária de Advento que o Papa Francisco propôs neste domingo

 

Papa Francisco

Photo by FABIO FRUSTACI / POOL / AFP

A oração diária de Advento que o Papa Francisco propôs neste domingo é muito simples, mas inexaurivelmente profunda:

“Vem, Senhor Jesus!”

Afinal, ela resume nesta súplica o próprio sentido da palavra “Advento”: chegada. É o tempo litúrgico da expectativa pela chegada do Salvador, pelo nascimento de Jesus, pela vinda do Messias. Um tempo de espera ativa, de preparação e de abertura pessoal à graça: “Vem, Senhor Jesus!”

O Papa sugeriu esta breve e densa oração durante a Santa Missa deste Primeiro Domingo do Advento, 29 de novembro, celebrada na Basílica de São Pedro junto com 11 dos 13 novos cardeais criados no consistório deste sábado.

A oração diária de Advento

Francisco afirmou sobre esta breve oração:

“Podemos dizê-la no início de cada dia e repeti-la com frequência, antes das reuniões, do estudo, do trabalho e das decisões a tomar, nos momentos mais importantes e nos momentos de provação (…) Invocamos assim a sua proximidade, treinaremos a nossa vigilância. Uma oração breve, mas vinda do coração. Repitamo-la neste tempo de Advento: ‘Vem, Senhor Jesus!'”.

Proximidade e vigilância

Além disso, na homilia, o Papa destacou duas palavras-chave da liturgia do dia: proximidade e vigilância.

“Proximidade de Deus e vigilância nossa: enquanto o profeta Isaías diz que Deus está perto de nós, Jesus, no Evangelho, nos exorta a vigiar à espera d’Ele. O Advento é o tempo para nos lembrarmos da proximidade de Deus, que desceu até nós. E a primeira mensagem do Advento e do ano litúrgico é também reconhecer Deus próximo e Lhe dizer: ‘Aproximai-Vos de novo!’. Ele quer vir até nós, mas Se propõe, não Se impõe. Cabe a nós repetir a oração do Advento: ‘Vinde!’. Jesus, como nos lembra o Advento, veio até nós e voltará no fim dos tempos. Mas perguntemo-nos: de que servem essas vindas se Ele não vem hoje à nossa vida? Convidemo-Lo”.

Francisco reforçou, para isto, a necessidade de vigiar:

“É importante permanecermos vigilantes, porque, na vida, é um erro nos perdermos em mil coisas e não nos darmos conta de Deus”.

Fonte: Aleteia 

Oração, uma luta?

 

EDUARDO VERASTEGUI

fot. Jeffrey Bruno/ALETEIA

Reflexões sobre a oração, na companhia do papa emérito Bento XVI

Talvez hoje a afirmação de que a oração é uma luta possa ser revolucionária, inclusive um pouco estranha, devido a que muitas pessoas costumam relacionar a oração à meditação, à paz, à tranquilidade e ao silêncio.

Utilizar o símbolo da luta faz referência à força de ânimo, à perseverança e à tenacidade para alcançar o que se deseja. É por isso que a luta tem uma profunda relação com a existência da oração. Nesta ocasião, o Papa Bento XVI foi quem me fez refletir sobre este tema, a partir de suas catequeses.

Muitas pessoas me comentaram que não gostavam do jeito como o Papa Bento XVI pregava, dada a complexidade das suas reflexões teológicas. Eu acho, no entanto, que tais reflexões nos permitem conhecer a fundo a espiritualidade que radica na oração do papa emérito e, neste sentido, poder crescer com sua experiência espiritual, bem como fortalecer nossa relação com o Senhor Jesus e amadurecer na fé.

Coincido com o Papa Bento em que a luta e o encontro com Deus – a oração – estão presentes na vida do cristão. O fato de que a oração às vezes se assemelhe a uma luta não lhe confere um caráter negativo. Muitas coisas realmente importantes na vida exigem de nós muito trabalho e luta.

Penso que uma experiência comum se dá quando queremos fazer silêncio em osso interior para orar. Certamente, surgem milhares de ideias em nossa cabeça, lembranças, tarefas, entre outros, que complicam este espaço que queremos ter junto ao Senhor.

Métodos

A luta por fazer silêncio e utilizar certos métodos, como ler a Bíblia, escrever em um caderno o que queremos dizer ao Senhor, certamente nos ajudam a concentrar-nos no objetivo de orar.

Nas catequeses dedicadas à oração, atrevo-me a dizer que o que Bento XVI faz é ensinar ao mundo que o cristão está chamado a entrar m uma relação pessoal com Deus, relação na qual eu só posso ganhar, quando não fico tentando controlar Deus.

A oração de petição também pode se assemelhar a uma luta. Provavelmente, esta é a oração mais comum dos cristãos. Nela, nós nos colocamos em atitude de oração para pedir algo a Deus. E devemos fazer isso, pois o próprio Jesus nos convidou a orar assim: “Pedi e recebereis” (Mt 7, 7; Lc 11, 9).

As expectativas são colocadas em que Deus faça aquilo que lhe pedimos. E aqui nos aproximamos do mistério e nos agarramos à esperança de obter o bem que desejamos. O que pedimos vai se cumprir? O que tenho de fazer para que isso aconteça? São perguntas que não podemos responder, porque só Deus sabe o que será. Mas isso não deve nos levar a duvidar da existência de Deus ou pensar que a nossa vida é uma incerteza absoluta.

Nossa vida é como uma longa noite de luta e oração. É um corpo a corpo com Deus, como Jacó, com o desejo de receber sua bênção e obter seu amor, que contém tudo aquilo por que ansiamos e pedimos na oração.

Papa Francisco nos convidou a rezar com coragem e insistência ao Senhor. Então, nossa oração é autêntica quando o objetivo da sua insistência é fortalecer nossa relação de amor e amizade com Ele. Assim, por meio da oração, podemos aprofundar em seus misteriosos caminhos, que se tornam também os nossos caminhos.

Fonte: Aleteia

Santo do Dia : São João da Cruz

 

Nasceu em Fontiveros, na Espanha, em 1542. Seus pais, Gonçalo e Catarina, eram pobres tecelões. Gonçalo morreu cedo e a viúva teve de passar por dificuldades enormes para sustentar os três filhos: Francisco, João e Luís, sendo que este último morreu quando ainda era criança. Como João de Yepes (era esse o seu nome de batismo) mostrou-se inclinado para os estudos, a mãe o enviou para o Colégio da Doutrina. Em 1551, os padres jesuítas fundaram um colégio em Medina (centro comercial de Castela). Nele, esse grande santo estudou Ciências Humanas.

Com 21 anos, sentiu o chamado à vida religiosa e entrou na Ordem Carmelita, na qual pediu o hábito. Nos tempos livres, gostava de visitar os doentes nos hospitais, servindo-os como enfermeiro. Ocasião em que passou a ser chamado de João de Santa Maria. Devido ao talento e à virtude, rapidamente foi destinado para o colégio de Santo André, pertencente à Ordem, em Salamanca, ao lado da famosa Universidade. Ali, estudou Artes e Teologia. Nesse colégio ele foi nomeado “prefeito dos estudantes”, o que indica o seu bom aproveitamento e a estima que os demais tinham por ele. Em 1567 foi ordenado sacerdote.

Desejando uma disciplina mais rígida, São João da Cruz quase saiu da Ordem para ir ingressar na Ordem dos Cartuxos, mas, felizmente, encontrou-se com a reformadora dos Carmelos, Santa Teresa D’Ávila, a qual havia recebido autorização para a reforma dos conventos masculinos. João, empenhado na reforma, conheceu o sofrimento, as perseguições e tantas outras resistências. Chegou a ficar nove meses preso num convento em Toledo, até que conseguiu fugir. Dessa forma, o santo espanhol transformou, em Deus e por Deus, todas as cruzes num meio de santificação para si e para os irmãos. Três coisas pediu e acabou recebendo de Deus: primeiro: força para trabalhar e sofrer muito; segundo: não sair deste mundo como superior de uma comunidade; e terceiro: morrer desprezado e escarnecido pelos homens.

Pregador, místico, escritor e poeta, esse grande santo da Igreja faleceu após uma penosíssima enfermidade, em 1591, com 49 anos de idade. Foi canonizado no ano de 1726 e, em 1926, o Papa Pio XI o declarou Doutor da Igreja. Escreveu obras bem conhecidas como: Subida do Monte Carmelo; Noite escura da alma (estas duas fazem parte de um todo, que ficou inacabado); Cântico espiritual e Chama viva de amor. No decurso delas, o itinerário que a alma percorre é claro e certeiro. Negação e purificação das suas desordens sob todos os aspectos.

São João da Cruz é o Doutor Místico por antonomásia; da Igreja, o representante principal da sua mística no mundo, a figura mais ilustre da cultura espanhola e uma das principais da cultura universal. Foi adotado como Patrono da Rádio, pois, quando pregava, a sua voz chegava muito longe.

São João da Cruz, rogai por nós!

Liturgia Diária: 3ª Semana do Advento | Segunda-feira COR LITÚRGICA: BRANCO

 Primeira Leitura (Nm 24,2-7.15-17a)

Leitura do Livro dos Números.

Naqueles dias, 2Balaão levantou os olhos e viu Israel acampado por tribos. O espírito de Deus veio sobre ele, 3e Balaão pronunciou seu poema: “Oráculo de Balaão, filho de Beor, oráculo do homem que tem os olhos abertos; 4oráculo daquele que ouve as palavras de Deus, que vê o que o Poderoso lhe faz ver, que cai, e seus olhos se abrem. 5Como são belas as tuas tendas, ó Jacó, e as tuas moradas, ó Israel! 6Elas se estendem como vales, como jardins ao longo de um rio, como aloés que o Senhor plantou, como cedros junto das águas.

7A água transborda de seus cântaros, e sua semente é ricamente regada. Seu rei é mais poderoso do que Agag, seu reino está em ascensão”.

15E Balaão continuou pronunciando o seu poema: “Oráculo de Balaão, filho de Beor, oráculo do homem que tem os olhos abertos, 16oráculo daquele que ouve as palavras de Deus, e conhece os pensamentos do Altíssimo, que vê o que o Poderoso lhe faz ver, que cai, e seus olhos se abrem. 17aEu o vejo, mas não agora; e o contemplo, mas não de perto. Uma estrela sai de Jacó, e um cetro se levanta de Israel”.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 24)


— Fazei-me conhecer a vossa estrada, ó Senhor!

— Fazei-me conhecer a vossa estrada, ó Senhor!

— Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação.

— Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e a vossa compaixão que são eternas! De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor!

— O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho.


Evangelho (Mt 21,23-27)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus. 

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 23Jesus voltou ao Templo. Enquanto ensinava, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se dele e perguntaram: “Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu tal autoridade?”

24Jesus respondeu-lhes: “Também eu vos farei uma pergunta. Se vós me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. 25Donde vinha o batismo de João? Do céu ou dos homens?”

Eles refletiam entre si: “Se dissermos: ‘Do céu’, ele nos dirá: ‘Por que não acreditastes nele?’ 26Se dissermos: ‘Dos homens’, temos medo do povo, pois todos têm João Batista na conta de profeta”. 27Eles então responderam a Jesus: “Não sabemos”. Ao que Jesus também respondeu: “Eu também não vos direi com que autoridade faço estas coisas”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Compreendendo e Refletindo

Jesus voltou ao Templo. Enquanto ensinava, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se dele e perguntaram: ‘Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu tal autoridade?’” (Mateus 21,23).

Os sumos sacerdotes, anciãos do povo, autoridades religiosas da época de Jesus estão incomodados com a autoridade d’Ele. Eu nem diria preocupados, porque se estivessem preocupados, na verdade, procurariam ouvir Jesus, acolhê-Lo e entendê-Lo, mas como não O acolhem nem se abrem para Ele, eles na verdade ficam incomodados com a autoridade do Senhor.

Eles ficam incomodados porque não têm autoridade. Eles têm o conhecimento, a vivência religiosa da forma deles, mas não têm a autoridade da vida. Jesus fala com autoridade, mas não aquela que vem dos homens – nós, muitas vezes, nos prendemos às influências humanas, pois esta nos dá o poder sobre as coisas deste mundo.

Quem tem autoridade usa-a como quer, tornando-se uma pessoa que manda pela força do grito, porque tem a caneta na mão, porque pode fazer isso ou aquilo, mas essa é uma autoridade humana que logo passam.

É uma autoridade que testemunha o amor de Deus vivido, praticado e ensinado ao coração dos homens

Às vezes, olho para os gritos autoritários do mundo, aqueles vividos em casas e famílias, vividos por autoridades públicas, e todas elas devem ser respeitadas no exercício da suas atividades. O que podemos pedir é que elas correspondam àquilo que de verdade são, para que vivam bem a autoridade do exemplo para cada um de nós.

A autoridade de Jesus não vem de um respeito humano, mas vem pela vida. Primeiro, ela nos é dada do Alto para proclamar, pregar, anunciar, curar, libertar, restaurar e, sobretudo, testemunhar o amor de Deus vivido, praticado e ensinado ao coração dos homens.

Olhemos hoje para a autoridade de Jesus, a fim de que ela possa converter o nosso modo de sermos autoridade onde quer que estejamos. Que ninguém precise usar do autoritarismo nem do grito para conseguir o que quer, mas por uma comunhão com Deus, vivendo uma coerência de vida naquilo que faz e fala.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo : Canção Nova

sábado, 12 de dezembro de 2020

"Estrela do Natal" poderá ser vista depois de 800 anos

 

CHRISTMAS

Jack Frog | Shutterstock

A última vez que o fenômeno aconteceu foi em 1226, e a próxima será daqui a 60 anos

Um fenômeno astronômico raro chamado de “Estrela do Natal” ou “Estrela de Belém” poderá ser visto no céu entre os dias 16 e 21 de dezembro deste ano.

O fato é que, pela primeira vez desde a Idade Média, um raro alinhamento astronômico entre Júpiter e Saturno criará uma luz excepcionalmente brilhante no céu. Pesquisadores dizem que a intensidade da luz pode ser igual à da estrela de Belém que guiou os Reis Magos ao local onde nasceu Jesus. Isso, de fato, criará um espetáculo único.

“Estrela de Natal” ainda mais rara em 2020

Um artigo da revista Forbes explica que o alinhamento entre Saturno e Júpiter ocorre uma vez a cada 20 anos. Entretanto, o que torna o fenômeno deste ano único é a posição da Terra, o que fará os dois planetas parecerem ainda mais próximos do que o normal.

No 21 de dezembro, o alinhamento será mais visível em toda a terra. O fenômeno poderá ser visto logo após o por do sol. Nesta noite, os dois planetas aparecerão tão próximos que parecerão uma enorme massa. A proximidade entre eles, então, criará uma quantidade extraordinária de luz – até maior do que a da lua cheia.

Proximidade com o Natal

Em uma declaração à Rice University, o astrônomo Patrick Hartigan observou que a última vez que Júpiter e Saturno se alinharam dessa forma foi em 4 de março de 1226. Entretanto, em 2020, a data da aproximação entre os planetas está tão perto do Natal que muitos estão comparando o fenômeno com a Estrela de Belém.

Embora a narrativa bíblica não dê nenhuma indicação sobre as origens dessa estrela-guia, Mark Collins, do News4Jax, pondera que a verdadeira Estrela do Natal pode ter sido uma supernova, ou seja, estrela maciça que, num estágio de sua evolução, explode, passando repentinamente a brilhar de modo muito intenso. Além disso, pesquisadores não descartam que, na época de Jesus, tenha havido um alinhamento triplo de Júpiter, Saturno e Vênus.

Mas atenção: o fenômeno que observaremos agora em 2020 só voltará a ocorrer daqui a 60 anos. Então, não perca!

Fonte: Aleteia

A Vacina Chegou! É Providência Divina..


 

Indulgência plenária na festa de Guadalupe: saiba como obter

Nossa Senhora de Guadalupe

Usa-Pyon | Shutterstock

 Francisco Vêneto - publicado em 11/12/20

Devido à pandemia, o Papa Francisco autorizou a concessão de indulgência plenária a quem acompanhar devidamente as celebrações em casa

Indulgência plenária na festa de Guadalupe: a pedido do cardeal mexicano dom Carlos Aguiar Retes, o Papa Francisco autorizou a concessão de indulgência plenária a quem celebrar em sua casa, neste ano de 2020, a festa de Nossa Senhora de Guadalupe, cujo dia litúrgico é 12 de dezembro.

O motivo são as restrições devidas à pandemia de covid-19, conforme declaração do próprio dom Carlos:

“A pandemia nos obrigou, pelo bem da vida de todos, a manter fechado o complexo guadalupano de 10 a 13 de dezembro. Por isso, em vez de virem à casa da nossa mãe, ela quer ir à casa de vocês”.

Ele acrescentou sobre a indulgência:

“Quando acompanharem as Missas da meia-noite (3h da manhã pelo horário de Brasília), do início do dia 12 ou a Missa das Rosas, do meio-dia (15h no horário de Brasília), eu pedi ao Santo Padre, o Papa Francisco, que nos concedesse o recebimento da indulgência plenária, em casa, para motivação, encorajamento e esperança de todos vocês e de todos os devotos de Nossa Senhora”.

Indulgência plenária na festa de Guadalupe

As condições para obter a indulgência plenária

Existem em geral dois grupos de condições:

  • as condições habituais obrigatórias para qualquer indulgência plenária;
  • a realização das obras enriquecidas de indulgência para a ocasião específica.

1 – As condições habituais para se obter uma indulgência são:

  1. Estar em estado de graça, tendo feito a confissão recentemente;
  2. Participar da Missa completa e nela receber a Eucaristia;
  3. Rezar pelas intenções do Santo Padre.

Atenção: por causa da pandemia, a participação na Missa, a comunhão e a confissão sacramental podem ser realizadas logo que a situação sanitária permitir.

2 – As obras enriquecidas de indulgência nesta ocasião são:

  1. Preparar um local de oração a Nossa Senhora de Guadalupe na sua casa;
  2. Participar de uma das Missas celebradas na Basílica de Guadalupe, através dos meios de comunicação, mas com a mesma devoção e concentração recomendada a quem participa de uma Missa presencial.

Como acompanhar as celebrações em casa

As transmissões ao vivo serão disponibilizadas no canal oficial do Santuário no YouTube. Você poderá acessá-lo por aqui.

Fonte: Aleteia

Papa: olhando para Maria, transformemos nossa vida num dom

 

Santa Missa na Festa de Nossa Senhora de Guadalupe

"Contemplando a imagem de Nossa Mãe hoje, peçamos a Deus um pouco deste estilo que Ele tem: a generosidade, a abundância, o bendizer, jamais amaldiçoar, e transformar a nossa vida num dom, num dom para todos”, palavras do Pontífice ao presidir à missa na Basílica Vaticana na festa da "Guadalupana".

Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano

O Papa Francisco presidiu na manhã deste sábado, na Basílica de São Pedro, à santa missa na festa de Nossa Senhora de Guadalupe.

Desta vez, a participação numerosa da comunidade latino-americana de Roma teve que ser reduzida devido à pandemia, mas não faltaram os tradicionais cantos.

Já em sua homilia o Pontífice ressaltou três palavras contidas na liturgia e que se refletem também na Virgem de Guadalupe: abundância, bênção e dom.

“Abundância porque Deus sempre se oferece em abundância”, disse. Ele não conhece doses ou “cômodas parcelas”. Aliás, disse o Papa, Deus tem um limite, pelo menos um: a generosidade, a impossibilidade de doar-se senão em abundância.

A segunda palavra é bênção, e o encontro de Maria com Isabel foi uma bênção. Abençoar significa “bendizer”, explicou Francisco. Portanto o estilo de Deus é bendizer, enquanto o do diabo é amaldiçoar, é o estilo da mesquinhez, da incapacidade de doar-se totalmente.

Dom é a terceira palavra, pois esta abundância, este bendizer é um presente, um dom – um dom que é graça, divindade. O dom de Deus que nos é presenteado na abundância do seu Filho, por natureza, e na abundância de sua mãe, por graça. “Bem-aventurada és Tu entre as mulheres porque nos trouxeste o bendito."

"Contemplando a imagem de Nossa Mãe hoje, concluiu Francisco, peçamos a Deus um pouco deste estilo que Ele tem: a generosidade, a abundância, o bendizer, jamais amaldiçoar, e transformar a nossa vida num dom, num dom para todos.”

Fonte: Vatican News

Santo do Dia : Nossa Senhora de Guadalupe

 

Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México, a fim de participar da catequese e da Santa Missa, enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Esse índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).

Então, Nossa Senhora disse ao Juan Diego que ele fosse até o bispo e lhe pedisse que, naquele lugar, fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.

O bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Isso ocorreu quando Juan Diego buscava um sacerdote para o tio doente: “Escute, meu filho, não há nada o que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua “tilma” (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omita”.

O prelado viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Santíssima Virgem para a capela e, ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.

Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado o porquê”. Diante de tudo isso, muitos se converteram e o santuário foi construído.

O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais do que 20 anos e esse já existe há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e, até hoje, os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.

No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia, descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma, a figura de Juan Diego, do referido bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que essas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pinturas, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.

Declarou o Papa Bento XIV, em 1754: “Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros… Uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus não agiu assim com nenhuma outra nação”.

Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América”, pelo Papa Pio XII no dia 12 de outubro de 1945.

No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou a Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira.

Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

Liturgia Diária : 2ª Semana do Advento | Nossa Senhora de Guadalupe | Sábado COR LITÚRGICA: BRANCO

 Primeira Leitura (Gl 4,4-7)

Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas.

Irmãos, 4quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei,5a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva. 6E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá – ó Pai! 7Assim, já não és mais escravo, mas filho; e se és filho, és também herdeiro: tudo isso, por graça de Deus.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 95)


— Manifestai a sua glória entre as nações.

— Manifestai a sua glória entre as nações.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu Santo nome.

— Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!

— Publicai entre as nações: “Reina o Senhor! Ele firmou o universo inabalável, e os povos ele julga com justiça”.


                    


Evangelho (Lc 1,39-47)


— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou em seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. 46Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Compreendendo e Refletindo

“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?”(Lucas 1,42-43).

Temos hoje a graça de celebrar a Festa de Nossa Senhora de Guadalupe. Ela é a imperatriz de toda a América Latina, ela é a padroeira do nosso continente, e por isso celebramos com muito amor aquela que é a Mãe do meu Senhor e que visita o seu povo.

O Evangelho nos narra hoje Maria que vai ao encontro de Isabel, Maria que vai visitá-la, Maria que vai levar a presença do seu Filho para a casa de sua prima. Assim como Maria foi à casa de Isabel, Maria tem vindo ao encontro de todos os filhos de Deus em todos os cantos do mundo.

O nosso continente Latino-americano é muito agraciado por essa visita tão especial dos Céus através da Virgem de Guadalupe, que apareceu ao indígena Juan Diego no século XVI quando este continente estava sendo colonizado e também evangelizado.

No meio de um processo de colonização tão complicado, que trouxe tantas consequências trágicas para esse continente, a Mãe de Deus veio dizer a Juan Diego e a cada um de nós: “Não se preocupem, eu sou a vossa Mãe”. Mãe que carrega seu filho no colo, Mãe que vê as lágrimas, as dores e os sofrimentos de cada um dos seus filhos. Mãe que nos aponta a direção e o caminho do Céu. Por isso, Nossa Senhora traz nos seus olhos a face, a expressão, as dores, as alegrias e os sofrimentos de cada um de nós.

Que possamos abrir o nosso coração, porque Maria vem trazer a luz para iluminar as nossas almas

Assim como ficou nos olhos de Juan Diego a imagem da Virgem Maria, ficou também nos olhos da Virgem Maria a imagem daquele pequeno indígena tão amoroso, tão devoto e fiel a Deus.

Queremos estar nos olhos de Deus, queremos estar nos olhos e nos cuidados da Virgem Maria, a Mãe de Deus, que assim como visitou Isabel e Juan Diego, também nos visita. Não é visita de cortesia, mas de cuidado, de presença materna, de presença amorosa e fecunda do Reino de Deus no meio de nós. Ela é a Aurora Luminosa que nos traz o Salvador, seu Filho Jesus.

No tempo de graça, o tempo do Advento, que traz ao nosso coração um novo alento da presença bondosa de Deus no meio de nós, que possamos abrir o nosso coração, porque Maria vem trazer a luz para iluminar as nossas almas. Bendita aquela que vem em nome do Senhor, bendita é ela entre todas as mulheres e bendito é o fruto que do ventre dela nasceu. Salve Maria!

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo- Canção Nova