quarta-feira, 30 de novembro de 2016

“Canto e música nos ritos de iniciação cristã: Confirmação” é o tema do 11ª Encontro de Compositores e Letristas

Cerca de 38 compositores e letristas participaram da iniciativa
Desde 2006, o Setor de Música Litúrgica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove um encontro anual no qual convida compositores, letristas e músicos instrumentistas de diversas regiões do Brasil que se dedicam à criação e à divulgação da música litúrgico-ritual e prestam um serviço relevante na área em suas regiões ou dioceses. 
Neste ano, o encontro teve a temática “Canto e música nos ritos de iniciação cristã: Confirmação” e reuniu cerca de 38 compositores e letristas na Casa Sagrada Família, em Ipiranga, São Paulo (SP). O evento contou com a assessoria do padre Domingos Ormonde, da diocese de Duque Caxias (RJ). 
Em sua 10ª edição, realizada em 2015, os compositores e letristas já tinham iniciado a reflexão do tema, com uma compreensão teológico-sistemática da Iniciação à Vida Cristã (IVC).  Na ocasião, uma “ferramenta de trabalho” foi produzida e tinha como objetivo fazer com que o compositor ou letrista tivesse mais propriedade para desenvolver canto e música ou apenas letra, privilegiando a linguagem ritual, a forma poética, a qualidade literária do texto, do estilo, da originalidade e da harmonia - tanto poética quando musical -, além do desenvolvimento ordenado das ideias e da simbiose entre letra e música. 
Entre a última edição e a deste ano, os compositores e letristas puderam se debruçar sobre a “ferramenta de trabalho”, bem como o amadurecimento e o trabalho recolhido e pessoal do compositor e do músico. Nesta edição, inclusive, os compositores e letristas tiveram a oportunidade de apresentar seus trabalhos para apreciação, justificando o processo de criação da letra, da poesia e da música, os critérios usados e o que foi aperfeiçoado, conforme a “ferramenta de trabalho” enviada anteriormente. 
Segundo a equipe de reflexão, o encontro foi a maneira adequada e, de certa forma, mais metodologicamente requerida para tratar de um assunto em que pouco se tem notícia - a música ritual presente nos ritos de iniciação cristã. “A colaboração destes compositores e letristas é o que fará a diferença quando as comunidades cantarem textos com uma teologia bem aprofundada sobre o que é o sacramento da Confirmação, o próprio Espírito Santo recebido como dom e promessa de Deus”, sublinhou. 
“Contribui também para este Encontro a convivência entre os compositores e letristas mais experientes e aqueles que estão na caminhada das comunidades e no campo acadêmico tanto das letras, das outras formas de arte e do estudo da música. Experiência muito boa nos dias de convivência são as celebrações em torno da Palavra e da Eucaristia, ponto alto e convergente do Encontro, além da reflexão sobre a caminhada eclesial, isto é, a apuração da Roda da Vida, chão em que pisa o compositor e do qual bebe para tornar-se objeto e substrato para sua obra”, afirma a equipe de reflexão.

Encontro Anual

O encontro, promovido pelo Setor de Música Litúrgica da CNBB, desenvolve sua metodologia sempre a partir de três eixos temáticos: a Liturgia, a Música e a Cultura brasileira, que são abordados, discutidos e refletidos em exposições e rodas de conversa, assim como a aplicação prática entre os participantes, por isso sempre é assessorado por músicos profissionais, liturgistas qualificados e convidados especialistas no assunto, tudo sob a coordenação do assessor da música litúrgica, com a ajuda da equipe de reflexão.
Fonte: CNBB

Audiência: a misericórdia é saber rezar uns pelos outros

2016-11-30 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco acolheu na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de sete mil fiéis para a Audiência Geral.
 
Com a catequese desta quarta-feira (30/11), o Pontífice encerrou o ciclo dedicado à misericórdia, falando nesta ocasião sobre duas obras: uma espiritual de “rezar pelos vivos e pelos mortos”, e outra corporal, enterrar os mortos. “As catequeses terminam, mas a misericórdia deve continuar”, disse o Papa.
À primeira vista, afirmou Francisco, enterrar os mortos pode parecer estranho, mas se pensarmos em tantas regiões atribuladas pelo flagelo da guerra, enterrar os mortos se torna tristemente uma obra muito atual. Às vezes, significa colocar em risco a própria vida, como foi o caso do velho Tobi, no Antigo Testamento; outras vezes, exige uma grande coragem, como no caso de José de Arimatéia, que providenciou um sepulcro para Jesus, após a sua morte na Cruz.
“Para os cristãos, a sepultura é um ato de piedade, mas também de fé e esperança na ressurreição dos mortos”, explicou Francisco. Por isso, somos chamados também a rezar pelos defuntos, primeiramente porque reconhecemos o bem que essas pessoas nos fizeram em vida e, depois, para encomendá-las à misericórdia de Deus. “Todos ressuscitaremos e todos permaneceremos para sempre com Jesus”, recordou o Papa, que recomendou  que não se esqueça de rezar pelos vivos.
Trata-se de uma manifestação de fé na Comunhão dos Santos, que nos ensina que os batizados, encontrando-se unidos em Cristo e sob a ação do Espírito Santo, podem interceder uns pelos outros.
Lembrança
O Pontífice recordou que existem muitos modos de rezar pelo próximo, como as mães e os pais que abençoam os filhos antes de saíram de casa, “hábito ainda presente em algumas famílias”, a oração às pessoas doentes, a intercessão silenciosa às vezes com as lágrimas.
Francisco contou aos fiéis um episódio ocorrido no dia anterior, de um jovem empresário que participou da Missa celebrada por ele na capela da Casa Santa Marta. Após a celebração, chorando, o proprietário disse que deveria fechar a fábrica devido à crise, mas 50 famílias ficariam sem trabalho. “Eis um bom cristão”, disse o Papa, pois ele poderia declarar falência e ficar com o dinheiro, mas sua consciência não o permitia e ia à missa para pedir a Deus uma solução, não para ele, mas para as 50 famílias. “Este é um homem que sabe rezar, com o coração, com os fatos, sabe rezar pelo próximo numa situação difícil. E não busca a solução mais fácil. Fez-me tão bem ouvi-lo e espero que existam tantas pessoas assim hoje, pois muitos sofrem com a falta de trabalho.”
Comunhão
Ao rezar uns pelos outros, devemos pedir sempre que se faça a vontade de Deus, porque a sua vontade é certamente o bem maior, o bem de um Pai que jamais nos abandona.  “Abramos o nosso coração, disse o papa,  rezar e deixar que o Espírito Santo reze em nós. E isso é o belo da vida, rezar, agradecer, louvar a Deus, pedir algo, mesmo chorando quando há alguma dificuldade, mas com coração aberto ao Espírito para que reze em nós, conosco e por nós.”
Concluindo estas catequeses sobre a misericórdia, Francisco pede um esforço a rezar uns aos outros para que as obras de misericórdia corporais e espirituais se tornem sempre mais o estilo da nossa vida:
“Como disse anteriormente, as catequeses se concluem. Fizemos o percurso das 14 obras de misericórdia, mas a misericórdia continua e devemos exercitá-la nesses 14 modos.”
(bf)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Papa expressa seu pesar pela tragédia da Chapecoense

2016-11-30 Rádio Vaticana

Rádio Vaticano (RV) – O Papa Francisco expressou seu pesar pela tragédia da Chapecoense.
Durante a saudação em português, de maneira improvisada, o Papa disse:
"Eu também gostaria de recordar hoje a dor do povo brasileiro pela tragédia do time de futebol e rezar pelos jogadores mortos, pelas suas famílias. Na Itália, sabemos bem o que isso significa, pois lembramos o acidente aéreo de Superga, em 1949. São tragédias duras. Rezemos por eles”.
(rb)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Mensagem do Papa o 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações

2016-11-30 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) - Íntegra da mensagem do Papa Francisco para o 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações que se celebrará em 7 de maio de 2017 - IV Domingo da Páscoa, sobre o tema «Impelidos pelo Espírito para a missão».
Amados irmãos e irmãs!
Nos anos passados, tivemos ocasião de refletir sobre dois aspetos que dizem respeito à vocação cristã: o convite a «sair de si mesmo» para pôr-se à escuta da voz do Senhor e a importância da comunidade eclesial como lugar privilegiado onde nasce, alimenta e se exprime a chamada de Deus.
Agora, no 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, gostaria de me deter na dimensão missionária da vocação cristã. Quem se deixou atrair pela voz de Deus e começou a seguir Jesus, rapidamente descobre dentro de si mesmo o desejo irreprimível de levar a Boa Nova aos irmãos, através da evangelização e do serviço na caridade. Todos os cristãos são constituídos missionários do Evangelho. Com efeito, o discípulo não recebe o dom do amor de Deus para sua consolação privada; não é chamado a ocupar-se de si mesmo nem a cuidar dos interesses duma empresa; simplesmente é tocado e transformado pela alegria de se sentir amado por Deus e não pode guardar esta experiência apenas para si mesmo: «a alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária» (FRANCISCO, Exort. ap. Evangelii gaudium, 21).
Por isso, o compromisso missionário não é algo que vem acrescentar-se à vida cristã como se fosse um ornamento, mas, pelo contrário, situa-se no âmago da própria fé: a relação com o Senhor implica ser enviados ao mundo como profetas da sua palavra e testemunhas do seu amor.
Se experimentamos em nós muita fragilidade e às vezes podemos sentir-nos desanimados, devemos levantar a cabeça para Deus, sem nos fazermos esmagar pelo sentimento de inaptidão nem cedermos ao pessimismo, que nos torna espetadores passivos duma vida cansada e rotineira. Não há lugar para o temor: o próprio Deus vem purificar os nossos «lábios impuros», tornando-nos aptos para a missão. «“Foi afastada a tua culpa e apagado o teu pecado!” Então, ouvi a voz do Senhor que dizia: “Quem enviarei? Quem será o nosso mensageiro?” Então eu disse: “Eis-me aqui, envia-me”» (Is 6, 7-8).
Cada discípulo missionário sente, no seu coração, esta voz divina que o convida a «andar de lugar em lugar» no meio do povo, como Jesus, «fazendo o bem e curando» a todos (cf. At 10, 38). Com efeito, já tive ocasião de lembrar que, em virtude do Batismo, cada cristão é um «cristóvão» ou seja, «um que leva Cristo» aos irmãos (cf. FRANCISCO, Catequese, 30 de janeiro de 2016). Isto vale de forma particular para as pessoas que são chamadas a uma vida de especial consagração e também para os sacerdotes, que generosamente responderam «eis-me aqui, envia-me». Com renovado entusiasmo missionário, são chamados a sair dos recintos sagrados do templo, para consentir à ternura de Deus de transbordar a favor dos homens (cf. FRANCISCO, Homilia na Missa Crismal, 24 de março de 2016). A Igreja precisa de sacerdotes assim: confiantes e serenos porque descobriram o verdadeiro tesouro, ansiosos por irem fazê-lo conhecer jubilosamente a todos (cf. Mt 13,44).
Com certeza não faltam as interrogações ao falarmos da missão cristã: Que significa ser missionário do Evangelho? Quem nos dá a força e a coragem do anúncio? Qual é a lógica evangélica em que se inspira a missão? Podemos dar resposta a estas questões, contemplando três cenas evangélicas: o início da missão de Jesus na sinagoga de Nazaré (cf. Lc 4, 16-30); o caminho que Ele, Ressuscitado, fez com os discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35); e, por último, a parábola da semente (cf. Mc 4, 26-27).
Jesus é ungido pelo Espírito e enviado. Ser discípulo missionário significa participar ativamente na missão de Cristo, que Ele próprio descreve na sinagoga de Nazaré: «O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-Me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (Lc 4, 18-19). Esta é também a nossa missão: ser ungidos pelo Espírito e ir ter com os irmãos para lhes anunciar a Palavra, tornando-nos um instrumento de salvação para eles.
Jesus vem colocar-Se ao nosso lado no caminho. Perante as interrogações que surgem do coração humano e os desafios que se levantam da realidade, podemos sentir-nos perdidos e notar um défice de energia e esperança. Há o risco de que a missão cristã apareça como uma mera utopia irrealizável ou, em todo o caso, uma realidade que supera as nossas forças. Mas, se contemplarmos Jesus Ressuscitado, que caminha ao lado dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-15), é possível reavivar a nossa confiança; nesta cena evangélica, temos uma autêntica e real «liturgia da estrada», que precede a da Palavra e da fração do Pão e nos faz saber que, em cada passo nosso, Jesus está junto de nós. Os dois discípulos, feridos pelo escândalo da cruz, estão de regresso a casa percorrendo o caminho da derrota: levam no coração uma esperança despedaçada e um sonho que não se realizou. Neles, a tristeza tomou o lugar da alegria do Evangelho. Que faz Jesus? Não os julga, percorre a própria estrada deles e, em vez de erguer um muro, abre uma nova brecha. Pouco a pouco transforma o seu desânimo, inflama o seu coração e abre os seus olhos, anunciando a Palavra e partindo o Pão. Da mesma forma, o cristão não carrega sozinho o encargo da missão, mas experimenta – mesmo nas fadigas e incompreensões – que «Jesus caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele. Sente Jesus vivo com ele, no meio da tarefa missionária» (FRANCISCO, Exort. ap. Evangelii gaudium, 266).
Jesus faz germinar a semente. Por fim, é importante aprender do Evangelho o estilo de anúncio. Na verdade, acontece não raro, mesmo com a melhor das intenções, deixar-se levar por um certo frenesim de poder, pelo proselitismo ou o fanatismo intolerante. O Evangelho, pelo contrário, convida-nos a rejeitar a idolatria do sucesso e do poder, a preocupação excessiva pelas estruturas e uma certa ânsia que obedece mais a um espírito de conquista que de serviço. A semente do Reino, embora pequena, invisível e às vezes insignificante, cresce silenciosamente graças à ação incessante de Deus: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como» (Mc 4, 26-27). A nossa confiança primeira está aqui: Deus supera as nossas expetativas e surpreende-nos com a sua generosidade, fazendo germinar os frutos do nosso trabalho para além dos cálculos da eficiência humana.
Com esta confiança evangélica abrimo-nos à ação silenciosa do Espírito, que é o fundamento da missão. Não poderá jamais haver pastoral vocacional nem missão cristã, sem a oração assídua e contemplativa. Neste sentido, é preciso alimentar a vida cristã com a escuta da Palavra de Deus e sobretudo cuidar da relação pessoal com o Senhor na adoração eucarística, «lugar» privilegiado do encontro com Deus.
É esta amizade íntima com o Senhor que desejo vivamente encorajar, sobretudo para implorar do Alto novas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. O povo de Deus precisa de ser guiado por pastores que gastam a sua vida ao serviço do Evangelho. Por isso, peço às comunidades paroquiais, às associações e aos numerosos grupos de oração presentes na Igreja: sem ceder à tentação do desânimo, continuai a pedir ao Senhor que mande operários para a sua messe e nos dê sacerdotes enamorados do Evangelho, capazes de se aproximar dos irmãos, tornando-se assim sinal vivo do amor misericordioso de Deus.
Amados irmãos e irmãs, é possível ainda hoje voltar a encontrar o ardor do anúncio e propor, sobretudo aos jovens, o seguimento de Cristo. Face à generalizada sensação duma fé cansada ou reduzida a meros «deveres a cumprir», os nossos jovens têm o desejo de descobrir o fascínio sempre atual da figura de Jesus, de deixar-se interpelar e provocar pelas suas palavras e gestos e, enfim, sonhar – graças a Ele – com uma vida plenamente humana, feliz de gastar-se no amor.
Maria Santíssima, Mãe do nosso Salvador, teve a coragem de abraçar este sonho de Deus, pondo a sua juventude e o seu entusiasmo nas mãos d’Ele. Que a sua intercessão nos obtenha a mesma abertura de coração, a prontidão em dizer o nosso «Eis-me aqui» à chamada do Senhor e a alegria de nos pormos a caminho, como Ela (cf. Lc 1, 39), para O anunciar ao mundo inteiro.
Cidade do Vaticano, 27 de novembro – I Domingo do Advento – de 2016.
[Franciscus]

(from Vatican Radio)

Fonte : News.VA

Papa a políticos franceses: "Diversidades são oportunidades"

2016-11-30 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – Antes da audiência de quarta-feira, 30/11, o Papa recebeu os participantes de uma peregrinação de políticos franceses eleitos na Região de Rhône–Alpes. O grupo está acompanhado pelo Cardeal-arcebispo de Lion, Philippe Barbarin, e pelos Bispos da Província.
 
No rápido encontro, o Papa sublinhou a necessidade de ‘reencontrar o sentido da política’ neste mundo em mudança. “A sociedade francesa é rica de potencialidades e diversidades que podem se tornar oportunidades, desde que seus valores de liberdade, igualdade e fraternidade não sejam apenas exibidos de maneira ilusória, mas aprofundados e compreendidos em seu fundamento transcendente”, disse. 
“Neste sentido, a busca do bem comum que os anima deve conduzi-los a escutar com atenção as pessoas em condição de precariedade, sem esquecer os migrantes que fugiram de seus países por causa da guerra, da miséria e da violência. Assim, os senhores poderão contribuir na construção de uma sociedade mais justa e mais humana; acolhedora e fraterna”, concluiu o Pontífice. 
(CM)

(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Dia de S. André: Papa saúda ortodoxos e envia mensagem a Bartolomeu

2016-11-30 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – “No dia de Santo André, gostaria de cumprimentar a Igreja de Constantinopla e o Patriarca Bartolomeu, na festividade desta ‘Igreja-irmã’ – Pedro e André, juntos – e desejar todo o bem possível, todas as bênçãos do Senhor e um grande abraço”: Foram as palavras ditas espontaneamente pelo Papa na conclusão da audiência desta quarta-feira, 30 de novembro
Troca de visitas é tradição
A cada ano, nesta data, uma delegação católica participa das celebrações de Santo André em Istambul; e no dia 29 de junho, uma comitiva ortodoxa celebra em Roma a festividade dos Santos Pedro e Paulo. 
“Que a corrida de André ao sepulcro recorde a vocês, queridos jovens, que a nossa vida é uma peregrinação rumo à Casa do Pai; que sua força ao enfrentar o martírio ampare vocês, queridos enfermos, quando o sofrimento parecer insuportável; que sua apaixonada sequela do Salvador os induza, queridos noivos, a colher a importância do amor em sua família”. 
Em Istambul, liderando a delegação da Santa Sé, o Cardeal Kurt Koch participa das celebrações no Patriarcado Ecumênico
A mensagem do Papa
Na solene Divina Liturgia presidida por Bartolomeu, na igreja patriarcal de São Jorge, o cardeal suíço, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, entregou e leu ao Patriarca uma mensagem assinada pelo Papa Francisco.
Para o Pontífice, as visitas recíprocas são um “sinal visível do profundo elo que une ortodoxos e católicos; e expressam o desejo de uma comunhão sempre mais profunda, até o dia em que, segundo os desejos de Deus, testemunharemos o nosso amor mútuo dividindo a mesma mesa eucarística”.
Conflitos do passado e diálogo do presente
“A história das relações entre os cristãos, contudo, foi marcada por conflitos que deixaram marcas na memória dos fiéis. Por esta razão, alguns se apegam a atitudes do passado”, constata Francisco na mensagem.
“Graças ao processo de diálogo, ao longo das décadas, começamos a nos reconhecer como irmãos, a valorizar nossos dons, a servir a humanidade e a causa da paz, promover a dignidade do ser humano e o valor inestimável da família; e proteger os mais necessitados, assim como a Criação, nossa Casa Comum”. 
Caminho rumo à reconciliação entre todos
O Papa ainda ressaltou a importância de estudos e documentos recentes, auspiciando a reconciliação entre cristãos do Leste e do Oeste, e relembrou o encontro de líderes cristãos e de outras tradições religiosas em Assis (Itália), em 20 de setembro passado. 
Concluindo, Francisco assegura aBartolomeu suas orações cotidianas e melhores votos de paz, saúde e bênçãos a todas as pessoas confiadas ‘a seus cuidados’. 
(CM)

(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Santo do Dia - Santo André Apóstolo, foi discípulo de João Batista

Santo André ApóstoloSe expressa no Evangelho como “ponte do Salvador”, porque é ele que se colocou entre seu irmão Simão Pedro e Jesus
Hoje a Igreja está em festa, pois celebramos a vida de um escolhido do Senhor para pertencer ao número dos Apóstolos.
Santo André nasceu em Betsaida, no tempo de Jesus, e de início foi discípulo de João Batista até que aproximou-se do Cordeiro de Deus e com São João, começou a segui-lo, por isso André é reconhecido pela Liturgia como o “protocleto”, ou seja, o primeiro chamado: “Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!”
Santo André se expressa no Evangelho como “ponte do Salvador”, porque é ele que se colocou entre seu irmão Simão Pedro e Jesus; entre o menino do milagre da multiplicação dos pães e Cristo; e, por fim, entre os gentios (gregos) e Jesus Cristo. Conta-nos a Tradição que depois do Batismo no Espírito Santo em Pentecostes, Santo André teria ido pregar o Evangelho na região dos mares Cáspio e Negro.
Apóstolo da coragem e alegria, Santo André foi fundador das igrejas na Acaia, onde testemunhou Jesus com o seu próprio sangue, já que foi martirizado numa cruz em forma de X, a qual recebeu do santo este elogio: “Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!”
Santo André Apóstolo, rogai por nós!

Liturgia Diária -1ª Semana do Advento - Quarta-feira 30/11/2016

Primeira Leitura (Rm 10,9-18)
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.
Irmãos, 9se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. 10É crendo no coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se consegue a salvação. 11Pois a Escritura diz: “Todo aquele que nele crer não ficará confundido”.12Portanto, não importa a diferença entre judeu e grego; todos têm o mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam. 13De fato, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo. 14Mas como invocá-lo, sem antes crer nele? E como crer, sem antes ter ouvido falar dele? E como ouvir, sem alguém que pregue? 15E como pregar, sem ser enviado para isso?
Assim é que está escrito: “Quão belos são os pés dos que anunciam o bem”. 16Mas nem todos obedeceram à Boa Nova. Pois Isaías diz: “Senhor, quem acreditou em nossa pregação?” 17Logo, a fé vem da pregação e a pregação se faz pela palavra de Cristo. 18Então, eu pergunto: Será que eles não ouviram? Certamente que ouviram, pois “a voz deles se espalhou por toda a terra, e as suas palavras chegaram aos confins do mundo”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje (Sl 18)

— Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
— Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia.
— Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.

Compreendendo e Refletindo


  • Temos que levar as pessoas para que se encontrem com Jesus, o Salvador
“Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram” (Mateus 4,20).
Hoje, celebramos o apóstolo Santo André, irmão de Simão Pedro. Os dois irmãos deixaram suas redes e foram atrás de Jesus, tornaram-se discípulos, apóstolos, seguidores do Mestre Jesus. Hoje, falando particularmente de André, há outra narrativa do Evangelho que nos mostra este apóstolo como aquele que vai levar Simão Pedro até Jesus.
André encontrou-se primeiro com Jesus, não foi numa única circunstância, mas hoje os dois vão juntos. Mas numa ocasião anterior, André foi primeiro, e foi dizer a seu irmão: “Encontrei o Messias”, e o conduziu pela mão.
Quando celebro o apóstolo Sandro André, gosto justamente de olhar para essa situação: como Deus precisa de mãos para que conduzam outras mãos, para que elas encontrem o caminho! Todos nós estamos em busca de um caminho, de uma luz, da verdade, da salvação, felicidade e direção para a nossa vida.
Há pessoas que nos levam para o mau caminho. E nós nos deixamos levar pelo mau caminho quando somos facilmente influenciados por outras pessoas. Muitas vezes, até andamos no caminho da salvação, mas nos deixamos influenciar por falácias, por pessoas que parecem convincentes naquilo que dizem, e essas pessoas vão nos seduzindo, conduzindo-nos pelas veredas de suas falácias, por suas filosofias e histórias.
O discípulo de Cristo é muito humilde, movido por uma profunda fé, mas, acima de tudo, por um encontro pessoal com Jesus. O discípulo de Cristo não leva a pessoa junto de si, leva-a para encontrar-se com Cristo. O discípulo de Cristo não forma discípulos para si, para que vá atrás dele, mas coloca as pessoas no caminho, no seguimento de Jesus.
Precisamos ter sabedoria, precisamos de apoio, mas temos que ter cuidado com isso, porque, quando temos confiança demais nas pessoas, chega uma hora que o apoio pode balançar, ir para lá e para cá e caímos juntos.
O nosso apoio, a nossa segurança é Jesus, e se precisamos levar as pessoas para que se salvem, não é para nós, pois não somos salvadores; temos de levar as pessoas para que se encontrem com Jesus, o Salvador.
André não levou seu irmão para junto de si: “Venha que o Salvador está em mim”, mas disse: “Vamos até Ele!”. Leve as pessoas para Jesus, leve-as para que se encontrem pessoalmente com Jesus, para que entreguem suas vidas a Ele. No início, podemos ajudar, devemos conduzir, podemos realmente mostrar o caminho, mas não podemos deixar que as pessoas parem em nós, porque vamos, porque seguimos, porque seguimos adiante. Mas que bom que aquela pessoa encontrou-se com o Mestre.
Veja: Simão Pedro vai se tornar, depois, até mais importante para o Mestre, devido aquilo que ele vai fazer e ser. Não podemos dizer que Pedro não seria Pedro, se não tivesse um irmão  como André, que o levou até Jesus.
Seja um irmão, o amigo do Esposo e leve as pessoas para Jesus e não para si.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo= Canção Nova 

Evangelho (Mt 4,18-22)

 O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram.21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Como esperar o Natal



Dom Adelar Baruffi
Bispo de Cruz Alta

O tempo do Advento, no qual os cristãos se preparam para a celebração do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, nos ensina a esperar. Como temos dificuldades de esperar! Pessoas ficam ansiosas e perdem a paz com facilidade. Tudo está acelerado. O que vale é o agora, o instante, que deve ser intenso e pleno. O Advento nos educa a viver o tempo da espera. Diante dos olhos temos Jesus Cristo que, após uma longa espera pelo povo da primeira Aliança, veio até nós, nascido da Virgem Maria. Preparamo-nos para celebrar sua vinda entre nós, seu nascimento. Mas, também, o Advento nos recorda que Cristo vem hoje, presente na sua Igreja, nas pessoas, no mundo, nas famílias, nos sofredores e, como em Belém, procura “um lugar”, alguém que o acolha. Em terceiro lugar, o Advento projeta nosso olhar para o futuro, para o Cristo Ressuscitado, que, qual Juiz, virá um dia para julgar os vivos e os mortos. Uma tríplice espera. Ele veio, Ele vem e Ele virá. Que atitudes cultivar para esperar dignamente? 
A primeira atitude própria de quem espera é a vigilância. É a atitude semelhante à da espera de um amigo. A vigilância oferece o conteúdo à espera, tornando-a ativa e operosa. É uma espera de quem se sente comprometido a tudo preparar para que a chegada do amigo não nos surpreenda. Não nos causa medo, mas nos compromete com as obras de misericórdia (cf. Mt 25, 31-46). A vigilância também indica a atitude de cuidado, para que “a casa não seja arrombada” (Mt 24,43). É a atenção permanente sobre si mesmo, assumindo responsavelmente sua vida. A vigilância, também, nos mostra sempre o quanto ainda precisamos crescer. Nos faz ver os sinais do Reino de Deus presentes no mundo e, ao mesmo tempo, quanto ainda o mundo é injusto, violento, excludente.
A segunda atitude de quem espera é a oração. Ela é expressão da confiança em Deus que caminha conosco, pois Ele veio até nós. A oração do Advento é uma oração alegre. Ela expressa admiração, como nas conhecidas antífonas do “Ó” que antecedem o Natal, e gratidão, como os pastores “que voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido” (Lc 2,20). Somos convidados, especialmente, a rezar com os grupos de reflexão, através do material preparado pelo nosso Regional da CNBB, “Natal, a alegria do amor em família”.
A terceira atitude de quem espera é estar atento aos sinais. O Natal tem seus símbolos próprios. Não deixemos que a sociedade de consumo nos roube estes símbolos. Fixemos a estrela nas portas da casa, preparemos o presépio, deixemos nosso lar com ares de festa e não esqueçamos o Menino Jesus. Não deixemos o Papai Noel ocupar o lugar que não lhe pertence. Mas, sobretudo, os sinais se manifestam nas pessoas, na acolhida, no perdão e na misericórdia. 
A quarta atitude própria da espera do Natal é a solidariedade. Ele “se fez pobre por vós, a fim de vos enriquecer por sua pobreza” (2Cor 8,9). Veio ao encontro dos pobres, nasceu pobre e viveu pobre. Não o aguardemos em Jerusalém. Se quisermos encontrá-lo façamos o “êxodo” de nós mesmos em direção a Belém e Nazaré. Nos gestos solidários, o rosto de Deus se manifesta. 
Enfim, esperemos ativamente o Natal. Esperemos pessoalmente. Esperemos em nossa família, no nosso grupo de reflexão e em nossa comunidade de fé. “Vem, Senhor Jesus” (Ap 22,20), nós te esperamos.


Fonte: CNBB