domingo, 4 de outubro de 2020

Rezar pela saúde e pelos enfermos: um novo Rosário em tempos de pandemia

 

No início de outubro, o mês de Maria, foi lançado um novo e-book do Rosário para rezar em tempos de pandemia e de doença. O Rosário de Crise e Saúde pode ser descarregado gratuitamente como livro electrónico, em formato EPUB, MOBI ou PDF a partir do website www.aleteia.org

Na festa de Santa Teresa de Lisieux, santa padroeira dos missionários católicos, foi lançado um novo Rosário convidando todos a rezar por todos aqueles que foram afetados pela pandemia do coronavírus e outros tipos de doenças. Designado por o Rosário pela Crise e Saúde é um e-book cujos conteúdos foram escritos pelaCOVID-19: Comissão do Vaticano. Também a 7 de outubro, na festa de Nossa Senhora do Rosário, estará ainda disponível como um Rosário em áudio-guia no Click To Pray eRosary, a app gratuita que o ajudará a rezar esta oração mariana, cujos conteúdos foram criados pelaRede Mundial de Oração do Papa e desenvolvida pela GTI.

A importância de rezar o Rosário em tempos de pandemia

Desde que a pandemia da COVID-19 atingiu o mundo no início de 2020, muitos países têm sofrido grandemente. Não só devido à urgência sanitária, que tirou inúmeras vidas, mas também derivado às consequências socioeconómicas que continuam a atingir todo o mundo. Desde este surto que o Papa Francisco tem insistido na necessidade de rezar nestes tempos difíceis. A 30 de maio, apelou a toda a humanidade que rezasse em conjunto pedindo ajuda divina durante a pandemia do coronavírus e guiou a oração do Rosário diante da gruta de Lourdes nos jardins do Vaticano. Fê-lo acompanhado de um médico, uma enfermeira, um doente recuperado e uma pessoa que perdera um membro da família com a COVID-19:

“Na presença da dramática situação, carregada de sofrimentos e angústias que oprimem o mundo inteiro, recorremos a Vós, Mãe de Deus e nossa Mãe, refugiando-nos sob a vossa proteção.”

PAPA FRANCISCO

O Santo Rosário em tempos de pandemia

Ciente da era digital em que vivemos, este novo e-book pretende ajudar os fiéis a chegar até Maria, nossa Mãe, e contemplar cada mistério à luz de um mundo em crise provocado pela COVID-19 e dos cenário dramáticos no horizonte.

Por conseguinte, o que os leitores encontrarão no e-book do Rosário pela Crise e Saúdesão testemunhos reais de pessoas afetadas pela pandemia, em várias formas. Os escritores, membros daCOVID-19: Comissão do Vaticano, pretenderam guiar os crentes unindo algumas das histórias dolorosas e difíceis de pessoas de todo o mundo à contemplação dos diferentes mistérios do Rosário.

Ao rezar, o leitor irá tomando conhecimento de algumas histórias pessoais comoventes: por exemplo, a história de Juan, que perdeu o emprego na segunda semana da emergência do coronavírus. Era a terceira vez que ficara sem nada em menos de um ano, e não conseguia aceitar a situação. Ficou cada vez mais deprimido e o seu ânimo era muito baixo. A esposa de Juan ficou resolutamente a seu lado repetiu vezes sem fim que confiava nele e que se orgulhava da sua forma de lutar. Enquanto esperam encontrar alguma coisa conseguem viver ambos com o modesto salário dela. Ela não o abandonou e é a âncora que lhe permite a ele continuar a acreditar em si mesmo. Perante esta experiência, perguntaram-nos: Já senti algumas vezes a força de Cristo na minha fraqueza? O que me prometeu Ele durante o correr da minha vida? Lembro-me das suas promessas em momentos mais difíceis?

O Padre August Zampini, Secretário Adjunto doDicastério para Promover o Desenvolvimento Integral do Ser Humano e um dos coordenadores da COVID-19: Comissão do Vaticano, disse: “Estes são tempos de sofrimento, divisão e incerteza. Mas ao mesmo tempo, este momento de desafios é uma oportunidade para mudarmos e nos prepararmos para um futuro mais saudável. Com o nosso olhar fixo em Jesus e contemplando os mistérios luminosos, dolorosos, alegres e gloriosos da Sua vida, podemos abraçar a esperança do Reino de Deus que nos abre novos horizontes. Guiados pela Virgem Maria, que soube como guardar tudo no seu coração sofredor, vamos reunir-nos em oração enquanto trabalhamos para o bem-estar das pessoas, das instituições e do planeta.”

  • Fonte: Aleteia

São Francisco de Assis: 12 fatos fascinantes que talvez você não conhecia

 

REDAÇÃO CENTRAL, 04 out. 20 / 06:00 am (ACI).- Neste dia 4 de outubro, é celebrada a festa de São Francisco de Assis, um dos santos mais conhecidos e queridos da Igreja, cujo nome foi adotado em sua honra pelo Papa Francisco.

A seguir, 12 fatos fascinantes que talvez não conhecia sobre a vida deste santo:

1. Os retratos mais antigos de São Francisco estão na Itália

O primeiro (esquerda) se encontra no mosteiro beneditino de Subiaco. Foi feito durante uma visita ao mosteiro; neste , São Francisco não tem auréola nem estigmas.

O segundo (direita) está na Basílica inferior de Assis e foi pintado por Cimabue. O afresco completo representa a Virgem com o Menino Jesus entronizados, quatro anjos e São Francisco.

2. Foi chamado Francisco pelo povo da França

Seu pai, Pedro Bernardone, foi um comerciante que trabalhava na França. Como estava neste país quando seu filho nasceu, as pessoas o apelidaram de “Francesco” (o francês), por mais que no batismo tenha recebido o nome de João.

3. Foi prisioneiro de guerra durante um ano

Quando tinha cerca de 19 anos, antes de sua conversão, uniu-se ao exército e lutou em uma guerra travada entre as cidades de Perugia e Assis. Foi feito prisioneiro durante um ano, mas finalmente foi libertado ileso.

4. Sua vida se inspirou em Mateus 10,9

Em Mateus 10,9, Jesus diz a seus discípulos: “Não leveis nem ouro, nem prata, nem dinheiro em vossos cintos”, quando saírem para pregar o Evangelho. Sentiu-se inspirado a fazer o mesmo e começou a viajar na pobreza para pregar o arrependimento.

5. Em um ano, ganhou 11 seguidores

No ano de 12010, havia 12 deles no total, ou seja, como o número dos apóstolos. Então, Francisco redigiu uma regra breve e informal que consistia principalmente nos conselhos evangélicos para alcançar a perfeição. Com ela, foram para Roma a fim de apresenta-la para a aprovação do Papa. Viajaram a pé, cantando e rezando, cheios de felicidade e vivendo das esmolas que as pessoas lhes davam.

6. O Papa Inocêncio III decidiu apoiar os franciscanos depois de um sonho sobrenatural

O Papa Inocêncio III se mostrou adverso ao dar apoio a Francisco e seu novo grupo de seguidores. Então, teve um sonho no qual viu Francisco sustentando com seu corpo a Basílica de São João de Latrão, a catedral da Diocese de Roma, que estava a ponto de desmoronar.

O Santo Padre interpretou o sonho como uma indicação de que Francisco e seu grupo poderiam servir de apoio à Igreja e, assim, deu-lhes o reconhecimento oficial como uma ordem.

7. Assistiu ao IV Concílio de Latrão, onde conheceu São Domingos de Gusmão

O IV Concílio de Latrão foi o concílio ecumênico 12 da Igreja Católica no qual se ratificou a transubstanciação e a primazia papal, entre outras coisas. São Domingos, fundador da Ordem dos Pregadores ou Dominicanos, também esteve presente.

8. Visitou um sultão muçulmano, pregou o Evangelho e o desafiou a uma prova “de fogo” a fim de provar a verdade do cristianismo

Durante a quinta cruzada, Francisco e um acompanhante viajaram a território muçulmano para visitar o sultão do Egito e Síria, Al-Kamil.

O santo pregou diante do sultão e, para demonstrar sua grande fé na religião cristã, desafiou os presentes a um “prova de fogo”, que consistia em que ele e um muçulmano caminhassem por uma trilha em chamas, com a ideia de que o seguidor da religião verdadeira deveria ser protegido por Deus.

Francisco se ofereceu a ir primeiro, mas Al-Kamil recusou o desafio. Entretanto, o sultão ficou tão impressionado por sua fé que deu permissão para Francisco pregar em sua terra.

9. Deteve os milagres de um franciscano falecido

Em 1220, Francisco se retirou do governo da Ordem e nomeou como seu Vigário Pedro Cattani. Entretanto, Pedro morreu apenas cinco meses depois.

As pessoas que visitaram seu túmulo reportaram muitos milagres, o que levou grandes multidões ao local, o que causava problemas na região. Por isso, Francisco rezou a Cattani para que os milagres se detivessem, e estes cessaram.

10. Recebeu os estigmas enquanto realizava um jejum de 40 dias

Os estigmas são uma condição na qual as feridas de Cristo aparecem sobrenaturalmente no corpo de uma pessoa. Um franciscano que o acompanhou disso: “De repente, teve a visão de um serafim, um anjo de seis asas em uma cruz. Este anjo lhe deu o dom das cinco chagas de Cristo”.

Isto aconteceu em 1224, durante um jejum de 40 dias no Monte Alvernia, quando se preparava para a Festa de São Miguel Arcanjo, em 29 de setembro.

11. A primeira pedra da Basílica de São Francisco de Assis foi colocada no dia seguinte de sua canonização

Francisco morreu em 3 de outubro de 1226. Foi declarado santo pelo Papa Gregório IX, em 16 de julho de 1228, e no dia seguinte o Santo Padre colocou pessoalmente a primeira pedra da nova basílica de São Francisco de Assis.

12. Seu túmulo se perdeu durante séculos até que foi redescoberto em 1818

Seu corpo foi transladado para sua basílica em 1230, mas logo foi ocultado pelos franciscanos para protegê-lo dos invasores sarracenos. A localização de seu corpo ficou esquecida e não foi redescoberta até quase seis séculos depois, em 1818.

Fonte: Acidigital

Hoje é celebrado São Francisco de Assis, exemplo de pobreza, harmonia e paz



REDAÇÃO CENTRAL, 04 out. 20 / 05:00 am (ACI).- “Conheço Jesus pobre e crucificado e isso me basta”, dizia São Francisco de Assis, cuja festa se celebra neste dia 4 de outubro. O Papa, que escolheu o nome Francisco por causa deste santo, definiu-o como homem de harmonia e de paz.

São Francisco nasceu em Assis (Itália) em 1182, em uma família abastada. Tinha muito dinheiro e o gastava com ostentação. Só se interessava por “gozar a vida”.

Em sua juventude, foi à guerra e acabou sendo feito prisioneiro. Logo depois de ser libertado, ficou doente até que escutou uma voz que lhe questionou: “Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?”.  Retornou para casa e com a oração foi entendendo que Deus queria algo a mais dele.

Começou a visitar e servir aos doentes, até dar de presente suas roupas e dinheiro. Desta maneira desenvolvia seu espírito de pobreza, humildade e compaixão.

Certo dia, enquanto rezava na Igreja de São Damião, pareceu-lhe que o crucifixo repetia três vezes: “Francisco, vai e repara a minha Igreja que, como vês, está toda em ruínas”. Então, acreditando que lhe pedia que reparasse o templo físico, foi, vendeu os vestidos da loja de seu pai, levou o dinheiro ao sacerdote do templo e pediu para viver ali.

O presbítero aceitou que ficasse, mas não o dinheiro. Seu pai o buscou, golpeou-o furiosamente e, ao ver que seu filho não queria retornar para casa, exigiu o dinheiro. Francisco, ante o conselho do Bispo, devolveu-lhe até a roupa que levava no corpo.

Mais adiante, ajudou a reconstruir a Igreja de São Damião e de São Pedro. Com o tempo, transferiu-se para uma capela chamada Porciúncula, a qual reparou e onde viveu. Pelos caminhos, costumava saudar dizendo: “A paz do Senhor esteja contigo”.

Sua radicalidade de vida foi atraindo algumas pessoas que queriam ser seus discípulos. Foi assim que, em 1210, Francisco redigiu uma breve regra e junto a seus amigos foi a Roma, onde obteve a aprovação.

O santo fez da pobreza o fundamento de sua ordem e o amor à pobreza se manifestava na maneira de se vestir, nos utensílios que usavam e nos atos. Apesar de tudo, sempre eram vistos alegres e contentes.

Sua humildade não era um desprezo sentimental de si mesmo, a não ser na convicção de que “ante os olhos de Deus o homem vale pelo que é e não mais”.

“Muitos há que, insistindo em orações e serviços, fazem muitas abstinências e macerações dos seus corpos, mas por causa de uma única palavra que lhes parece ser uma injúria a seu próprio eu ou por causa de alguma coisa que se lhes tire, sempre se escandalizam e se perturbam. Estes não são pobres de espírito, porque quem é verdadeiramente pobre de espirito se odeia a si mesmo e ama quem lhe bate a face”, dizia.

Considerando-se indigno, chegou a receber só o diaconato e deu à sua Ordem o nome de frades menores porque queria que seus irmãos fossem os servos de todos e buscassem sempre os lugares mais humildes.

É atribuído a ele ter começado a tradição do “presépio” que se mantém até os dias de hoje. Além disso, Deus lhe concedeu o milagre dos estigmas.

Ao visitar Assis em 4 de outubro de 2013, o Papa Francisco disse que São Francisco “dá testemunho de respeito por tudo, dá testemunho de que o homem é chamado a salvaguardar o homem, de modo que o homem esteja no centro da criação, no lugar onde Deus – o Criador – o quis; e não instrumento dos ídolos que nós criamos! A harmonia e a paz! Francisco foi homem de harmonia e de paz”.

Fonte: Acidigital

Ângelus: Papa Francisco ressalta que a autoridade é uma forma de viver o serviço


Vaticano, 04 out. 20 / 07:36 am (ACI).- Narrando a parábola dos vinhateiros malvados, a qual Jesus dirigiu aos chefes da sinagoga e anciãos, autoridades espirituais dos judeus,o Papa Francisco ressaltou a necessidade de entender e viver a autoridade como um serviço, buscando o interesse de Deus e não os próprios. 

"No Evangelho de hoje (cf. MT 21,33-43) Jesus, prevendo sua paixão e morte, narra a parábola dos vinhateiros assassinos, para advertir aos supremos sacerdotes e anciãos do povo que estão por empreender um caminho errado. Têm, com efeito, más intenções para com Jesus e procuram a maneira de eliminá-lo", afirmou o Papa.

"O relato alegórico descreve um proprietário que, depois de ter cuidado muito sua vinha (cf. V. 33), tem que ausentar-se e a arrenda a uns lavradores. Logo, quando chega o tempo da colheita envia alguns servos a recolher os frutos; mas os vinhateiro os recebem a pauladas e inclusive matam alguns. A proprietária manda outros servos, mais numerosos, que, entretanto recebem o mesmo trato (cf. vv. 34-36). O cúmulo chega quando o proprietário decide enviar seu filho: os vinhateiros não têm nenhum respeito, pelo contrário, pensam que eliminando-o poderão apropriar-se da vinha, e assim o matam também (cf. vv. 37-39)".

"A imagem da vinha representa o povo que o Senhor escolheu e formou com tanto cuidado; os servos mandados pelo proprietário são os profetas, enviados por Deus, enquanto o filho é uma figura de Jesus. E assim como foram rechaçados os profetas, também Cristo foi rechaçado e assassinado", destacou o Santo Padre.

"Ao final do relato, Jesus pergunta aos chefes do povo: "Quando vier, pois, o dono da vinha, o que fará com aqueles lavradores?" (V. 40). E eles, levados pela lógica do relato, pronunciam sua própria condenação: o dono -dizem- castigará severamente estes malvados e "arrendará a vinha a outros lavradores, que lhe paguem os frutos a seu tempo" (V. 41)".

"Com esta dura parábola, Jesus põe a seus interlocutores frente a sua responsabilidade, e o faz com extrema claridade. Mas não pensemos que esta advertência valha somente para os que rechaçaram Jesus naquela época. Vale para todos os tempos, incluindo o nosso. Também hoje Deus espera os frutos de sua vinha daqueles que enviou a trabalhar nela".

Em cada época, os que têm autoridade no povo de Deus podem sentir a tentação de seguir seu próprio interesse em lugar do de Deus. Mas a vinha é do Senhor, não nossa. A autoridade é um serviço, e como tal deve ser exercida, para o bem de todos e para a difusão do Evangelho", ensinou o Pontífice na audiência geral.

"São Paulo, na segunda leitura da liturgia de hoje, diz-nos como ser bons operários na vinha do Senhor: tudo que há de verdadeiro, de nobre, de justo, de puro, de amável, de honorável, tudo que seja virtude e digno de elogio, tudo isso tenham em conta. (cf. Flp 4,8). Converter-nos-emos assim em uma Igreja cada vez mais rica em frutos de santidade, daremos glória ao Pai que nos ama com infinita ternura, ao Filho que segue nos dando a salvação, ao Espírito que abre nossos corações e nos impulsiona para a plenitude do bem".

"Dirigimo-nos agora a Maria Santíssima, espiritualmente unidos aos fiéis reunidos no Santuário de Pompeia e em outubro renovemos nosso compromisso de rezar o santo Rosário".

Após a oração mariana o Santo Padre saudou os peregrinos e foi distribuída sua mais recente encíclica, que leva o título de “Fratelli Tutti”, em uma edição extraordinária impressa do L´Osservatore Romano.

Fonte: Acidigital









“Fratelli Tutti”: Vaticano apresenta oficialmente a nova encíclica do Papa Francisco

 

Papa Francisco. Foto: Daniel Ibáñez (ACI Prensa

Vaticano, 04 out. 20 / 07:28 am (ACI).- A Santa Sé apresentou oficialmente este domingo 4 de outubro a encíclica “Fratelli tutti”, a terceira do pontificado do Papa Francisco, subtitulada “Sobre a fraternidade e a amizade social”.

O Santo Padre assinou a encíclica no Convento de São Francisco de Assis, ontem sábado 3 de outubro, junto à tumba do santo cuja festa a Igrejacelebra hoje.

Na apresentação, que teve lugar no Sala Nova do Sínodo, o Secretário de estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, explicou que o Papa Francisco põe de relevo em sua encíclica que “a fraternidade não é uma moda que se desenvolve no tempo, mas a manifestação de atos concretos”.

O Cardeal, em sua exposição, fez um chamado a pôr as “relações internacionais ao serviço da fraternidade” e “favorecer o desenvolvimento de uma cultura da fraternidade”.

O Secretário de estado contrapôs a guerra ao diálogo e argumentou que “se as armas destroem vidas humanas, destroem o ambiente, destroem a esperança; o diálogo destrói as barreiras do coração e da mente, abre espaço ao perdão e favorece a reconciliação”.

O diálogo, assinalou, “quando é perseverante, não gera notícias como os conflitos, mas ajuda discretamente a fazer o mundo melhor”.

“O diálogo exige paciência e aproxima do martírio, por isso a encíclica o evoca como instrumento da fraternidade”, sublinhou.

O Cardeal Parolin indicou que o objetivo desta encíclica assinada em Assis pelo Papa Francisco é um percurso ascendente que “partindo da individualidade, abraça a família, a sociedade”.

“É necessário fazer crescer não só uma espiritualidade da fraternidade, mas uma estrutura internacional eficaz”, insistiu.

Também destacou que o Papa na encíclica não é alheio aos desafios que expõe a atual pandemia de coronavirus. De fato, o Papa emprega como argumento “a experiência da pandemia, que pôs em evidência nossas carências”.

O Cardeal Parolin destaca que na encíclica se mostra a “aberta contradição entre o bem comum e a atitude de dar prioridade aos Estados”.

Frente a isso, “a fraternidade se converte no instrumento para realizar um bem comum verdadeiramente universal”. “Faz um chamado à responsabilidade individual e coletiva” e recorda que “nos proclamarmos irmãos não basta”, é preciso ações concretas.

Do mesmo modo, o Cardeal Parolin fez insistência que “por meio da cultura da fraternidade, o Papa Francisco chama a amar a outros povos, as demais nações como a própria”.

Além disso do Cardeal Secretário de estado participaram da conferência de imprensa o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso, Cardeal Miguel Angel Ayuso, o secretário geral do Alto Comitê para a Fraternidade Humana, Mohamed Mahmoud Abdel Salam, a professora da universidade do Durham (Reino Unido), Anna Rowlands, e o fundador da Comunidade do Sant’Egidio, Andrea Riccardi.


Fonte: Acidigital

Papa Francisco vai a Assis e assina sua nova carta encíclica Fratelli Tutti

 

O Papa Francisco assina em Assis a Encíclica Fratelli tutti. Foto: Captura do Youtube

ASSIS, 03 out. 20 / 12:48 pm (ACI).- O Papa Francisco assinou, este sábado 3 de outubro no Convento de São Francisco de Assis, sua Encíclica “Fratelli tutti”, sobre a fraternidade e a amizade social.

O Pontífice se transladou na véspera da festividade de São Francisco de Assis até a localidade natal do santo italiano, onde também se encontra sua tumba, para celebrar ali a Santa Missa e assinar a Encíclica.

Antes disto, o Papa se deteve na cidade de Spello, no mosteiro das Clarissas, para realizar uma visita privada às religiosas. Ao finalizar, prosseguiu viagem até a cidade em que viveu São Francisco, chegando às 14:30h, hora da Itália.

Ali, visitou o convento das Clarissas de Assis e o convento de São Francisco, em cuja cripta, está a tumba do santo. Foi ali que presidiu a Santa Missa e assinou a sua nova Carta Encíclica.

“Fratelli tutti” (Irmãos todos) é a terceira Encíclica do pontificado de Francisco após “Lumen fidei”, publicada em 29 de junho de 2013, e “Laudato Sì”, publicada em 24 de maio de 2015. Esta é a segunda vez que o Papa Francisco assina um documento magisterial fora do Vaticano. Anteriormente, no dia 25 de março de 2019, ele foi à cidade de Loreto (Itália) para assinar a Exortação Apostólica Pós-sinodal “Christus vivit”.

Por outro lado, desde sua chegada ao papado, esta é a quarta ocasião em que o Santo Padre visita a terra natal de São Francisco, cujo nome ele adotou ao ser eleito Sumo Pontífice. Anteriormente, o Papa viajou a Assis no dia 04 de outubro de 2013, em 04 de agosto de 2016 para celebrar os 800 anos da “Festa do Perdão”, e em 20 de setembro de 2016 para a Jornada Mundial de Oração pela Paz, com a presença de representantes de diferentes religiões.

O texto da Encíclica Fratelli tutti será publicado amanhã, 04 de outubro de 2020, após a oração do Ângelus que tem início ao meio-dia, hora de Roma.

Fonte: Acidigital

Liturgia Diária : 27º Domingo do Tempo Comum

Primeira Leitura (Is 5,1-7)

Leitura do Livro do Profeta Isaías:

1Vou cantar para o meu amado o cântico da vinha de um amigo meu: Um amigo meu possuía uma vinha em fértil encosta. 2Cercou-a, limpou-a de pedras, plantou videiras escolhidas, edificou uma torre no meio e construiu um lagar; esperava que ela produzisse uvas boas, mas produziu uvas selvagens.

3Agora, habitantes de Jerusalém e cidadãos de Judá, julgai a minha situação e a de minha vinha. 4O que poderia eu ter feito a mais por minha vinha e não fiz? Eu contava com uvas de verdade, mas por que produziu ela uvas selvagens?

5Pois agora vou mostrar-vos o que farei com minha vinha: vou desmanchar a cerca, e ela será devastada; vou derrubar o muro, e ela será pisoteada. 6Vou deixá-la inculta e selvagem: ela não será podada nem lavrada, espinhos e sarças tomarão conta dela; não deixarei as nuvens derramar a chuva sobre ela. 7Pois bem, a vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e o povo de Judá, sua dileta plantação; eu esperava deles frutos de justiça — e eis a injustiça; esperava obras de bondade — e eis a iniquidade.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 79)

— A vinha do Senhor é a casa de Israel.

— A vinha do Senhor é a casa de Israel!

— Arrancastes do Egito esta videira,/ e expulsastes as nações para plantá-la;/ até o mar se estenderam seus sarmentos,/ até o rio os seus rebentos se espalharam.

— Por que razão vós destruístes sua cerca,/ para que todos os passantes a vindimem,/ o javali da mata virgem a devaste,/ e os animais do descampado nela pastem?

— Voltai-vos para nós, Deus do universo!/ Olhai dos altos céus e observai./ Visitai a vossa vinha e protegei-a!

— Foi a vossa mão direita que a plantou;/ protegei-a, e ao rebento que firmastes!

— E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus!/ Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome!/ Convertei-nos, ó Senhor Deus do universo,/ e sobre nós iluminai a vossa face!/ Se voltardes para nós, seremos salvos!

Segunda Leitura (Fl 4,6-9)

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses:

Irmãos: 6Não vos inquieteis com coisa alguma, mas apresentai as vossas necessidades a Deus, em orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças. 7E a paz de Deus, que ultrapassa todo o entendimento, guardará os vossos corações e pensamentos em Cristo Jesus. 8Quanto ao mais, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso, tudo o que é virtude ou de qualquer modo mereça louvor.

9Praticai o que aprendestes e recebestes de mim, ou que de mim vistes e ouvistes. Assim, o Deus da paz estará convosco.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.




Anúncio do Evangelho (Mt 21,33-43)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus disse aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo: 33“Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, fez nela um lagar para esmagar as uvas, e construiu uma torre de guarda. Depois, arrendou-a a vinhateiros, e viajou para o estrangeiro. 34Quando chegou o tempo da colheita, o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros para receber seus frutos. 35Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados, espancaram a um, mataram a outro, e ao terceiro apedrejaram.

36O proprietário mandou de novo outros empregados, em maior número do que os primeiros. Mas eles os trataram da mesma forma. 37Finalmente, o proprietário enviou-lhes o seu filho, pensando: ‘Ao meu filho eles vão respeitar’.

38Os vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança!’ 39Então agarraram o filho, jogaram-no para fora da vinha e o mataram. 40Pois bem, quando o dono da vinha voltar, o que fará com esses vinhateiros?”

41Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”.

42Então Jesus lhes disse: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?’

43Por isso, eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Compreendendo e Refletindo

 “Por isso, eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos” (Mateus 21,43).

Começamos a reflexão deste Evangelho dominical com essa sentença final de Jesus. Ele está dizendo que, se não produzirmos frutos, o Reino de Deus será tirado de nós e entregue a um povo que produza frutos. O Reino de Deus não é estéril, ele produz frutos e mais frutos. 

A partir da própria parábola dos vinhateiros desonestos, que simplesmente pegaram aquilo que era para eles cuidarem, pois aquela vinha pertencia ao proprietário, quando esse mandou seus emissários para prestarem conta de como estava a vinha, aqueles vinhateiros desprezaram, espancaram e até mataram alguns, apedrejaram outros, enfim, desprezaram os enviados do proprietário para não prestarem conta a ele. Por fim, o proprietário enviou também o seu próprio filho; e os vinhateiros disseram: “Vamos matá-lo logo porque é o filho e, assim, tomaremos posse de tudo”.

A parábola que Jesus está contando é muito dura e cruel porque está nos contando uma tragédia. Os vinhateiros estavam matando os enviados do proprietário da vinha e, depois, matando o próprio filho dele.

Quando olhamos para a história e, sobretudo, para a história da Salvação, saibamos que foi o que fizeram com Deus. Porque quando Deus enviou os seus emissários, profetas, seus sacerdotes, os patriarcas como mandou no Antigo Testamento, eles foram desprezados, muitos foram mortos e ignorados. Mas não é somente no passado, é no presente também; é no presente que a Palavra de Deus é desprezada, que a voz de Deus é ignorada, que os profetas são desprezados.

Podemos produzir frutos, se não ignorarmos nem desprezarmos a presença amorosa de Deus entre nós

Talvez, não queiramos ouvir esse ou aquele profeta e queiramos ouvir o próprio Deus falando a nós. Deus enviou o Seu próprio Filho; e com Ele foram muito mais cruéis porque O mataram.

Não preciso dizer que, nos tempos de hoje, Jesus continua sendo desprezado, ignorado e morto. Não existe pior maneira de matar alguém do que ignorar a sua presença, distorcer, desprezar; e não podemos fazer parte desse grupo ou pensamento homicida.

Os homens tomaram conta do mundo e fazem dele o que querem, desprezam e ignoram a Deus. Em muitas das nossas casas, Deus está sendo ignorado, em muitas das nossas casas nem símbolos religiosos temos mais. Em nossas casas se ouve de tudo, mas não há espaço para ouvir a Palavra de Deus.

Precisamos cuidar para que o Reino de Deus não seja tirado de nós e seja dado para quem produz frutos, porque podemos produzir frutos, se não ignorarmos nem desprezarmos a presença amorosa de Deus entre nós.  

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo : Canção Nova