segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Compreendendo e Refletindo o Evangelho

Jesus não diz para não pagar o imposto do Templo, que, em princípio, não era injusto. Perigo de desvio e de mau aproveitamento do que é arrecadado sempre existiu e existe onde circula dinheiro. Os judeus do mundo inteiro mandavam a Jerusalém sua moeda para a manutenção do Templo do Senhor. Era a Casa do Senhor, amada e venerada por todos. Jesus mesmo pagou o seu tributo, quando questionado. O evangelista recolhe uma lenda que se construiu mais tarde, da moeda na boca do peixe. O que o texto está dizendo aos seus leitores é que Jesus não precisa pagar o imposto do Templo porque é de casa. Os reis cobravam imposto dos estrangeiros, não dos “seus filhos”, assim está escrito. Jesus não é estrangeiro no Templo. É Filho! Foi também uma explicação dada a Pedro, porque Jesus ainda não tinha pagado o imposto.


Nesta primeira parte da leitura orante, você é convidado(a) a fazer a leitura do Evangelho e a responder à pergunta: o que diz o texto bíblico? Leia o texto quantas vezes julgar necessário e identifique seu tema central. Destaque os verbos e os personagens que aparecem na narrativa e relembre outros textos que possam ajudá-lo(a) a compreender o Evangelho de hoje.
“Ante o segundo anúncio da paixão-morte-ressurreição, ‘os discípulos ficaram extremamente tristes’. De que tristeza se trata? Tristeza da incompreensão. Talvez se fixem somente nas palavras paixão-morte e se esqueçam de que a ressurreição passa pela paixão e morte do Senhor. O episódio do imposto devido ao Templo é próprio do primeiro evangelho. A obrigação de pagar um imposto para o Templo se encontra em Neemias 10,33ss. No entanto, a questão legal, aqui, é menos importante. Jesus amplia a questão, perguntando a Simão: ‘Os reis da terra cobram impostos ou tributos de quem, do próprio povo ou dos estranhos?’. Ao que Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’. Jesus ultrapassa, assim, um primeiro nível de sentido: os filhos, aqui, são filhos do Rei, isto é, os que reconhecem em Jesus o Filho bem-amado do Pai. Desse modo, os discípulos estariam liberados do imposto. E Jesus? Ora, Jesus não é só maior que o Templo, mas onde aprouve a Deus habitar com a plenitude de sua graça. A moeda na boca do peixe é um modo de sugerir a Simão pagar o imposto com o fruto do seu trabalho, isto é, a pesca” (Carlos Alberto Contieri, sj, em “A Bíblia dia a dia”, da Paulinas Editora).
Fonte: Catequese Católica

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