Dom Washington Cruz
Arcebispo de Goiânia
No ano que se findou, o Jubileu da Misericórdia tornou-se vivo, visível e atingiu as metas propostas na Arquidiocese de Goiânia. Para começar, abrimos a primeira Reunião Mensal de Pastoral do ano apresentando como tema central a Bula de Proclamação do Ano Santo, Misericordiae Vultus, explanação que foi feita pelo nosso padre Luiz Henrique Brandão. Foi ocasião também para apresentar duas obras de misericórdia da Arquidiocese: o Centro de Educação Infantil Santa Úrsula, coordenado pela Congregação das Irmãs Ursulinas de São Carlos; e a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia.
Como Igreja que tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus, a Arquidiocese também viveu intensamente o Ano Santo pela celebração de vários jubileus: da Vida Consagrada; da Cúria; para todos os que aderem à Espiritualidade da Divina Misericórdia; dos Adolescentes; dos Encarcerados; dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão; dos Diáconos; dos Sacerdotes; e Jubileu dos Doentes e das Pessoas com Deficiência.
Foi graça pulsante em nossa Igreja, a abertura de três Portas Santas da Misericórdia, na Rodovia dos Romeiros, rumo a Trindade; no Santuário Basílica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campinas; e no novíssimo Santuário Sagrada Família, na Vila Canaã; nos quais pudemos exaltar as palavras do Santo Padre. “A peregrinação há de servir de estímulo à conversão: ao atravessar a Porta Santa, deixar-nos-emos ser misericordiosos com os outros como o Pai o é conosco” (MV, 14). Eu mesmo pude testemunhar, em peregrinação a Trindade, por ocasião da Festa do Divino Pai Eterno, quantas pessoas se colocaram a caminho para passar pela Porta Santa, e só depois prosseguir a caminhada até a meta desejada.
A identidade cristã da nossa Igreja particular foi também reafirmada pela missionariedade, em projeto acompanhado pelo padre Antônio Donizeth do Nascimento, em Guiné-Bissau, quinto país mais pobre do mundo. A missão desenvolvida lá tem o objetivo de amenizar as carências no campo social e espiritual. Continuando o retrospecto sobre nossa caminhada em 2016, também estudamos juntos, em Reunião Mensal de Pastoral, as seguintes Obras de Misericórdia Espirituais: dar bom conselho, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram. Foi pauta de nossas reuniões, ainda, a Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia – sobre o amor na família, com explanação e apontamentos sobre os capítulos feitos pelo assessor da Comissão para a Doutrina da Fé, da CNBB, monsenhor Antônio Luiz Catelan. Foi enriquecedor também as reflexões sobre os leigos e o anúncio da Palavra de Deus. Continua, portanto, nosso desafio de ser sal e luz, discípulos provocados a viver a santidade no mundo.
Comecemos o novo ano pedindo a Deus que a nossa juventude tenha clareza para entender que a fé não deve apenas ser emocional como um sentimento bom, mas que seja uma raiz firmada em Jesus Cristo, como foi estudado na Reunião de Pastoral em novembro, pela Teologia Pastoral da Igreja para a Juventude, tema desenvolvido pelo bispo auxiliar Dom Moacir Arantes. Somos, desde já, interpelados a estarmos em comunhão para que os frutos sejam colhidos gradualmente nesse processo de caminhada pastoral. Que Nossa Senhora seja o auxílio de cada cristão para que a evangelização na Igreja de Goiânia se faça obra contínua de experiência e participação.
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