Dom José Gislon
Bispo de Erexim
Estimados Diocesanos! Dentro do mês vocacional, não podemos esquecer a presença missionária, profética, caritativa e contemplativa da Vida Consagrada, na Igreja. Os vários carismas das Ordens Religiosas, Congregações e Institutos, nasceram do desejo profundo dos fundadores e fundadoras de viverem o Evangelho e seguirem o Cristo Jesus. Souberam, em seu tempo, ouvir o chamado do Espírito, ver o rosto de Cristo sofrendo na Cruz, presente no rosto de tantos irmãos e irmãs que estavam presentes na realidade em que viviam.
Deixando o amor de Deus tocar o próprio coração, sentiram-se livres e puderam ver o mundo com os olhos da fé, da compaixão e da misericórdia. Impulsionados pelo Espírito Santo e pelo amor de Deus, não tiveram medo de romper barreiras, para se colocarem a serviço do Senhor e dos que padeciam toda sorte de enfermidades, sociais e espirituais, na realidade em que estavam inseridos. O modelo a seguir era Jesus, que, no encontro com as pessoas, revelava misericórdia e ternura em relação às suas necessidades mais autênticas.
Precisamos ter a coragem de fazer propostas desafiadoras aos jovens, para despertá-los da apatia espiritual e vocacional em relação ao seguimento do Senhor, pelas causas do Reino. Fazer como fez Jesus, que ao passar diante da banca de cobrança dos impostos, seus olhos fixaram-se nos de Mateus. Era um olhar cheio de misericórdia que perdoava os pecados daquele homem e, vencendo as resistências dos outros discípulos, escolheu-o, pecador e publicano, para se tornar um dos Doze. Por sinal, esta passagem inspira o lema de nosso Papa Francisco, também ele um religioso, na Companhia de Jesus, os jesuítas.
Jesus olhou Mateus com amor misericordioso e escolheu-o. Porque se sentiu escolhido, acolhido e amado, deixou sua banca de impostos, mudou de vida, seguiu o Mestre e colocou-se a serviço do Reino.
Quero manifestar na mensagem de hoje também a minha gratidão aos consagrados e consagradas presentes na nossa Diocese.
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