domingo, 31 de julho de 2016

Jornada Mundial da Juventude – O Regresso

Dom José Gislon

Bispo Diocesano de Erexim

Desde terça-feira até este último domingo de julho, está sendo realizada na cidade de Cracóvia, Polônia, a 31ª Jornada Mundial da Juventude. Penso que está ainda bastante presente na nossa memória as imagens da Jornada Mundial da Juventude de 2013, realizada no Brasil, mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro. Naquela Jornada, uma multidão de jovens acolheu o recém-eleito Papa Francisco, o primeiro Papa do Continente Americano, que com seu jeito tão paterno falou não só para os ouvidos, mas ao coração dos jovens, das crianças, dos adultos e dos idosos, de uma forma bastante incisiva do compromisso do cristão na sociedade. 
Esta Jornada Mundial da Juventude tem um caráter particular. Ela acontece na monumental cidade Cracóvia, terra de santos e mártires, local onde nasceu a devoção à Divina Misericórdia, onde foi bispo e depois Papa o agora São João Paulo II. Foi ele, que tinha um apreço especial pelos jovens, quem introduziu na Igreja a Jornada Mundial da Juventude. Ele tinha um carisma todo especial para interagir com os jovens, assim como o Papa Francisco. 
Sei que muitos jovens fizeram grandes sacrifícios para poderem participar desta Jornada. Alguns caminharam durante vários dias para poderem chegar até lá, outros passaram os últimos três anos, economizando, fazendo promoções, pedindo colaboração para poderem pagar as despesas. Tudo por um objetivo, estar na Jornada Mundial da Juventude, encontrar milhares de outros jovens, de mais de cento e oitenta países, que falam dezenas de línguas diversas, com centenas de culturas diferentes, dispersos nos cinco continentes, mas todos foram até Cracóvia porque tem algo em comum que os reúne, a fé em Jesus Cristo. 
Creio que a participação na Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia poderia também ser acolhida como uma oportunidade para mergulhar numa realidade histórica de mais de mil anos de cristianismo, sem esquecer as feridas que marcaram a vida daquele povo e daquela nação. E poder trazer na bagagem espiritual o testemunho da fé dos mártires e dos santos que na vida não abandonaram Jesus nem a cruz. 



Fonte: CNBB

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