2014-02-05 Rádio Vaticana
“É de conhecimento de todos o quanto ele tenha a peito concretamente os pobres”, continuou o Secretário de Estado vaticano. “Nos primeiros meses de pontificado, ele nos estimulou continuamente com o seu exemplo e a coragem de ir ao encontro deles”.
“O Pontífice agradece pela dedicação e se congratula pela ‘providencial obra’ que concede um lugar privilegiado aos pobres no povo de Deus”, disse Parolin. “Acredito que a minha presença aqui hoje, testemunhe a atenção do Papa ao tema da pobreza e aos pobres, às pessoas concretas que sofrem situações de desconforto, de marginalização. O Papa Francisco deu tantissimos exemplos nestes meses de pontificado”, acrescentou.
''A fé deve se transformar em obras de desenvolvimento”, disse Dom Parolin. “Tantas vezes a Igreja com uma criatividade e uma fantasia ditadas pelo Espírito Santo conseguiu vir ao encontro das necessidades dos homens. Acredito que a Igreja demonstrou de forma muito evidente de como a fé - e esta é a mensagem desta estrutura -, pode transformar-se- em obras de desenvolvimento”.
Dom Parolin recordou ainda da visita aos jovens detidos na prisão ‘Casal Del Marmo’, em Roma e da viagem a Lampedusa “para gritar ao mundo ‘Vergonha’ e chamar todos à responsabilidade, para que não se repitam mais as tragédias com milhares de pobres migrantes deixados à mercê de saqueadores que especulam com as suas desgraças”.
Após a bênção do local de acolhida, ao ser questionado por jornalistas sobre como é possível para a Igreja conciliar a dimensão da pobreza com a diplomacia, Dom Parolin respondeu afirmando que “O papel da diplomacia é também o de lutar contra a pobreza. Este foi um dos objetivos que o próprio Papa indicou no primeiro discurso com os embaixadores”. Para Parolin, entre as missões principais da diplomacia vaticana, está a de “ajudar pessoas e nações a sair da pobreza, junto à edificação da paz”.
Interpelado se existe realmente uma paz possível nas áreas mais conturbadas do mundo, o Secretário de Estado vaticano afirmou que “O verdadeiro desafio hoje é fazer das nossas diferenças um ponto de encontro e de colaboração. Hoje vivemos em um mundo plural em todos os sentidos. O perigo e a tentação são o de transformar estas diferenças em conflitos. O verdadeiro desafio é torná-las um ponto de colaboração e de crescimento para todos”. (JE)
Fonte: News.VA
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