Por Assessoria de Imprensa
11 / Set / 2012 11:00
Pouco
mais de uma década depois do ataque de 11 de setembro de 2001, os
americanos se sentem menos ameaçados pelo terrorismo, segundo uma
pesquisa do Chicago Council on Global Affairs divulgada nesta semana.
A
pesquisa, realizada de maio a junho deste ano com mais de 1.800
participantes, revelou ainda uma divergência na visão que os americanos
mais jovens têm do papel dos Estados Unidos no mundo.
Entre os entrevistados de 18 a 29 anos, 52% acham que os Estados Unidos não devem ser envolver em questões de política internacional, ao passo que apenas 35% das pessoas de faixas etárias mais elevadas compartilham esse ponto de vista.
Entre os entrevistados de 18 a 29 anos, 52% acham que os Estados Unidos não devem ser envolver em questões de política internacional, ao passo que apenas 35% das pessoas de faixas etárias mais elevadas compartilham esse ponto de vista.
A
maioria dos americanos acima de 29 anos (61%) ainda acredita que os
Estados Unidos devem exercer um papel de liderança no cenário global.
Quando
perguntados sobre o que consideram ser as maiores ameaças aos interesses
americanos, 67% dos participantes ainda citam o terrorismo em primeiro
lugar, apesar de os resultados apresentarem queda de 6% em relação a
2010.
A
preocupação com o programa nuclear iraniano também diminuiu em 4% em
relação a 2010, com 64% dos participantes afirmando que essa é a
principal ameaça ao país.
A maior queda nesse quesito foi vista em relação à presença de imigrantes e exilados políticos.
A maior queda nesse quesito foi vista em relação à presença de imigrantes e exilados políticos.
Em 2010,
51% dos entrevistados acreditavam que o grande número de imigrantes e
refugiados presentes nos Estados Unidos representava um problema grave à
nação. Dois anos mais tarde, apenas 40% dos participantes da pesquisa
consideram isso uma grande ameaça.
Ameaça da Ásia
Apesar
de os americanos ainda considerarem a região do Oriente Médio a maior
fonte de ameaças futuras, quando o assunto é política externa, a região
da Ásia, e mais especificamente a China, começa a ocupar um papel maior.
De
acordo com o estudo, isso pode ser reflexo de uma preocupação maior da
população com a economia e de mudanças no cenário geopolítico mundial.
Esta é a
primeira vez, desde 1994, que a maioria dos americanos (52%) diz que a
Ásia é mais importante para a economia dos Estados Unidos do que a
Europa. Apenas 47% dos entrevistados ainda consideram a Europa o
continente economicamente mais relevante para o país.
Apesar
de estarem mais longe da explosão da crise financeira de 2008,
atualmente 83% dos americanos consideram que a proteção dos empregos dos
cidadãos deve ser uma meta importante na condução da política externa
do país. Em 2010, apenas 79% dos entrevistados afirmaram o mesmo.
Para
77%, outra meta importante seria diminuir a dependência do petróleo
estrangeiro, outro aumento verificado em relação a 2010, quando 74%
indicaram o mesmo.
A pesquisa revelou ainda que menos americanos estão interessados em promover e defender direitos humanos em outros países (28%, queda de 4% em relação a 2010) e em ajudar a formar governos democráticos em outras nações (14%, contra 19% em 2010).
A pesquisa revelou ainda que menos americanos estão interessados em promover e defender direitos humanos em outros países (28%, queda de 4% em relação a 2010) e em ajudar a formar governos democráticos em outras nações (14%, contra 19% em 2010).
Brasil
Outro
reflexo da transformação no cenário global é que 69% dos americanos acha
bom dividir as responsabilidades de política externa com países como a
Turquia e o Brasil.
Apenas
28% dos entrevistados considera isso negativo, pois temem que esses
países ajam de forma contrária aos interesses dos Estados Unidos.
"O
crescimento do Brasil vai mudar a dinâmica não só com os Estados Unidos,
mas com o mundo todo, e espero que o governo americano esteja prestando
a atenção nisso", disse à imprensa Jane Harman, presidente do Wilson
Center, organização sediada em Washington dedicada a estudos de
políticas nacionais e internacionais.
"Também
espero que, não importa quem seja o novo presidente dos Estados Unidos,
uma principal prioridade dele seja desenvolver o já bom relacionamento
com o Brasil."
Fonte: BBC Brasil
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