Estamos no mês de maio; o mês de Maria Mãe de Deus. O Concílio
Vaticano ll referindo-se à devoção à Virgem Maria, no capítulo 8 da
Constituição Dogmática “Lumen Gentium” reafirmou a doutrina e a devoção
de venerar a Mãe de Deus sempre Virgem. No número 69 da referida
constituição o Concílio exorta “Todos os fiéis para dirigir súplicas
insistentes à Mãe de Deus e Mãe dos homens, para que ela, que assistiu
com suas orações aos alvores da Igreja, também agora, exaltada no céu
acima de todos os anjos e bem-aventurados interceda junto de seu Filho,
na comunidade de todos os santos, para que todas as famílias dos povos,
quer se honrem do nome cristão quer desconheçam ainda o seu Salvador, se
reúnam felizmente, em paz e concórdia, no único povo de Deus, para
glória da santíssima e indivisa Trindade”. A celebração condigna do mês
de maio encontra-se, assim, perfeitamente dentro do espírito do Concílio
Vaticano ll. Além disso, é uma excelente oportunidade para inculcar nos
fiéis os fundamentos teológicos da devoção à Maria, especialmente na
perspectiva de Mãe de Deus.
A Igreja Católica sempre tributou a Maria uma veneração, uma
imitação, um amor muito especial desde o início do cristianismo. O
motivo é porque ela é a Mãe de Jesus, o Filho de Deus e nosso Salvador e
Redentor. Jesus sendo o Filho de Deus é igual ao Pai e ao Espírito
Santo. A Jesus devemos o culto máximo de adoração. Maria sendo uma
criatura como nós, não deve receber o culto de adoração, mas de
veneração (hiperdúlia), amor e imitação. Maria é a Mãe de Deus porque
ela é a Mãe de Jesus e Ele é Deus. O Concílio de Éfeso que o ocorreu no
ano 431 com mais de 200 bispos presentes declarou solenemente o dogma
mariano católico afirmando que Maria é Mãe de Deus. Através do termo
“theotokos” que em grego significa Geradora de Deus, aquele Concílio
proclamou que Maria é Mãe de Deus.
A própria bíblia nos mostra que Maria tem o direito ao título de Mãe
de Deus. Em Isaias 7, 14 encontramos a frase: “O Senhor mesmo vos dará
um sinal: Eis a Virgem que concebe e dá à luz um filho que se chamará
Emanuel”. Emanuel é uma palavra hebraica, que na tradução literal
significa “Deus conosco”. Exprime uma presença particular e pessoal de
Deus no mundo. Porém, o texto mais citado para provar que Maria é a Mãe
de Deus é Lucas 1, 30-35: “O anjo disse a Maria: não tenhas medo, Maria
encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um
filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado
Filho de Altíssimo”… “Maria, porém, disse: como se fará isso, visto que
não tenho relações conjugais? O anjo respondeu: o Espírito Santo virá
sobre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir com sua sombra, por isso o
Santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus”. Maria também é
nossa mãe. Portanto, neste mês dedicado à ela vamos aproveitar de seu
poderoso poder de intercessão junto com seu Filho para agradecê-lo e
pedir as graças que estamos precisando.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e assessor da CNBB Reg. NE1Publicado em: 30/04/2012 | Seção: Blog
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