terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Compreendendo e Refletindo

No evangelho de hoje Marcos narra  o problema apresentado a Jesus por alguns fariseus e mestres da Lei vindos de Jerusalém.Sua intenção era descobrir se, na formação dada por Jesus a Seus discípulos, Ele os incitava à não observância da Lei. A fama do Mestre havia chegado à capital onde se supunha que a prática da religião fosse irrepreensível. Pelo que se dizia d’Ele, parecia que Seus ensinamentos não se enquadravam aos padrões religiosos da época e Suas orientações rompiam com o sistema religioso estabelecidoQuem se tinha aproximado do Mestre com o intuito de desmascará-Lo, acabou sendo desmascarado por Ele. Tudo começou com a crítica feita aos discípulos: “Por que se sentam à mesa sem antes terem lavado cuidadosamente as mãos?” Era um costume fundado numa série de preconceitos. Um deles é que o contato exterior com as coisas pode tornar impuro o coração humano. Outro era o medo de ter tido contato com algum pagão e, por isso, ter contraído alguma impureza. A impureza interior explicava-se, pois, por um gesto puramente exterior.Jesus pôs-se a demonstrar como a tradição considerada “exemplar” era, em última análise, caduca e podia ser inescrupulosamente manipulada.É muito grave quando Deus não apenas faz advertências a respeito da conduta do Seu povo, mas o acusa da gravidade de suas escolhas. Quando Jesus diz que “vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens” está apontando o núcleo inspirador de atitudes comprometedoras de um povo que se apresenta como religioso, guardião da prática religiosa correta. No entanto, desloca Deus friamente,e com uma convicção inquestionável , do Seu lugar insubstituível de centro da vida dos que creem.Jesus chama todos estes de hipócritas. Não são poucos. A hipocrisia se vence com algo mais que ultrapassa o simples cumprimento de ritos e normas que encobrem mentiras e interesses pessoais. Hipócrita é, pois, uma condição que define aquele que é capaz de fazer e falar sem deixar transparecer os enganos, critérios perversos e mentiras que estão sempre guardadas com força de cálculo no fundo do coração.Jesus reorienta o sentido da prática religiosa mostrando que sua essência, para dar vida aos ritos de não deixá-los cair numa complicada esterilidade, supõe um cuidado especial com o próprio coração.O discípulo, então, é aquele que nutre no coração uma experiência inspirada nos sentimentos do coração de Deus. A interioridade é, na verdade, a força sustentadora da autêntica experiência de fé, de culto a Deus e de sinceridade no relacionamento com os outros.Ao discípulo só resta uma alternativa: passar a limpo a própria interioridade, permanentemente, e escolher sempre o caminho do amor que resgata, nos recria, nos perdoa e nos reconcilia com Deus.Este evangelho nos mostra o valor dos mandamentos de Deus, que não devem ceder às tradições humanas.Jesus nos ajuda a discernir entre o valor dos mandamentos de Deus e os valores da tradição humana.LOUVOR E GLÓRIA AO SENHOR!

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