Jesus foi a Nazaré,sua terra, e seus discípulos o acompanharam. Enquanto Jesus ensinava na sinagoga, houve
muitas murmurações a Seu respeito. Segundo Marcos havia, em primeiro
lugar, o preconceito de Seu povo, já que Jesus era “o filho de Maria e
José”.
Ele era o filho do carpinteiro e se fosse “o José” – famoso, dono de
carpintarias e marcenarias – valeria a pena. Mas tratava-se de um “tal”
José sem nome no jornal, no Rádio, na telinha da TV e na página da
Internet. Portanto, tratava-se de José pobre e, como é dito
popularmente, “filho de pobre pobre é”, Jesus então estava “condenado” a assumir toda herança paterna.Assim se justifica – embora erradamente – as perguntas: “De onde é
que este homem consegue tudo isso? De onde vem a sabedoria dele? Como é
que faz esses milagres? Por acaso ele não é o carpinteiro, filho de
Maria? Não é irmão de Tiago, José, Judas e Simão? As suas irmãs não
moram aqui?” Jesus, em Seu exemplo de humildade e simplicidade, nascido em meio a
pobreza, tinha mais sabedoria do que os chefes da sinagoga e os
desafia.Como vivera ali durante toda a Sua vida, todos acreditavam que O
conheciam bem. E não acreditaram nas Suas palavras. Jesus diz, então,
que “um profeta só não é aceito em sua própria pátria”. Como vimos, até os Seus próprios parentes também relutaram para não aceitar a pessoa e a missão de Jesus.O Evangelho de hoje nos ensina a valorizar aqueles que estão próximos de nós.
Muitas vezes, não reconhecemos as virtudes dos que convivem conosco,
dando maior valor àqueles mais distantes. Parece que “os de fora” são
inteligentes, verdadeiros, honestos, justos, lindos, respeitadores,
carinhosos, pacíficos, românticos, têm tudo o que uma pessoa procura
numa outra para ser feliz. E se esquecem que o que é nosso é nosso. Ainda que seja um farrapo, vale mais do que um ouro emprestado.Cristo admirou-se pela falta de fé dos Seus. Essa admiração pode ser traduzida como uma forma de decepção.O Evangelho de hoje nos desafia para que nos questionemos sobre o Jesus
no qual acreditamos. Marcos quer suscitar uma desconfiança na sua
comunidade: se nem as autoridades e nem os parentes de Jesus O
compreenderam, será que nós O compreendemos? A misericórdia e o amor de Deus para com seus filhos são sem limites. Deus ama e perdoa seus filhos, mesmo que eles não reconheçam o Filho muito amado, presente no nosso cotidiano.Peçamos ao Senhor que nos ensine a valorizar as pessoas por aquilo que elas são. Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
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