sábado, 14 de janeiro de 2012

Compreendendo e Refletindo

  Na perspectiva deste texto Jesus é o amor de Deus que se faz pessoa e vem ao encontro  de todos os homens  para os libertar da sua miséria e para lhes apresentar essa realidade de vida nova que é o projeto do Reino. A solicitude de Jesus para com os pecadores mostra-lhes que Deus não os rejeita, mas os ama e os convida a fazer parte da Sua família e a integrar a comunidade do Reino. É que o projeto de salvação de Deus não é um “condomínio fechado”, com seguranças fardados para evitar a entrada de indesejáveis; mas é uma proposta universal, na qual todos os homens e mulheres têm lugar, porque todos , maus e bons, são filhos queridos e amados por Deus Pai. A lógica de Deus é sempre dominada pelo amor.O que está em causa na leitura que nos é proposta é a apresentação do imenso amor de Deus. Ele ama de forma desmesurada cada mulher e cada homem. . Deus é misericórdia. Interiorizamos suficientemente esta certeza e a deixamos marcar e condicionar a nossa vida e opções?  Os relatos evangélicos põem, com frequência, Jesus em contato com gente reprovável, com aqueles apontados pela sociedade como os cobradores de impostos e também com as mulheres de má vida. Tendo já chamado os quatro primeiros discípulos, o Senhor agora encontra o coletor de impostos Levi. Por sua função, ele também era um desses marginalizados pela sociedade religiosa judaica. Jesus não se volta para os marginalizados apenas a fim de aliviá-los de seus sofrimentos e lhes restituir a dignidade, Ele os inclui também na colaboração de Seu ministério, chamando alguns dentre eles como Seus discípulos mais próximos. Sentando-se à mesa com os amigos de Levi, também marginalizados, Cristo afirma Seu propósito de solidarizar-se com os excluídos e os pobres, causando escândalo entre os chefes religiosos do Judaísmo.Os pobres e débeis que encontramos nas ruas das nossas cidades ou à porta das igrejas encontram nos “profetas do amor” a solicitude maternal e paternal de Deus? Apesar do imenso trabalho, do cansaço, do estresse, dos problemas que nos incomodam, somos capazes de “perder” tempo com os pequenos, de ter disponibilidade para acolher e escutar, de “gastar” um sorriso com esses excluídos, oprimidos, sofredores, que encontramos todos os dias e para os quais temos a responsabilidade de tornar real o amor de Deus? Precisamos como Igreja, aprender que não se pode cuidar apenas dos fiéis, mas ir em busca dos pecadores, dos pobres, dos excluídos da sociedade,como Jesus nos ensinou. As nossas comunidades são espaços de acolhimento e de hospitalidade?  Louvor e Glória ao Senhor!

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