quarta-feira, 1 de setembro de 2021

O que se sabe sobre rumores de que o papa Francisco vai renunciar

 


Papa Francisco / Crédito: Daniel Ibañez - ACI Prensa

Há rumores não-confirmados de que o papa Francisco está escrevendo um documento para definir o papel e as tarefas de um papa emérito. Esses rumores se ligam à especulação de uma eminente renúncia de Francisco ao papado, como fez Bento XVI. Alguns na Santa Sé acreditam que essas possibilidades estejam interligadas.

Caso exista, o estudo para a publicação de um documento sobre o papel e as funções do papa emérito é um segredo muito bem guardado. Uma fonte confiável da Santa Sé afirmou que esse projeto não pode ser descartado. É possível que o papa esteja redigindo o documento pessoalmente e que ele seja apresentado aos departamentos responsáveis pela publicação somente quando o rascunho esteja terminado.

Pressões para um melhor delineamento do estatuto de um papa emérito já começaram há algum tempo. O teólogo Andrea Grillo chegou até a pedir a “morte institucional” do papa emérito, criticando as frequentes declarações de Bento XVI que, segundo ele, são uma “intromissão”.

A ideia de que é necessário regulamentar melhor a figura do papa emérito provém da preocupação de grupos próximos a Francisco preocupados com a possibilidade de que declarações públicas de Bento XVI criassem confusão em torno da autoridade do papa. Esses grupos foram especialmente críticos quando o arcebispo Georg Gaenswein, secretário particular de Bento XVI, qualificou a situação atual de “fora do comum” e fez uma distinção entre pontificado “ativo” e “contemplativo”.

Bento XVI decidiu não legislar sobre qual seria seu papel após sua demissão. Mas decidiu continuar vestindo a batina branca e tomando como título “papa emérito”. Isso diferia da ideia tradicional de que um papa voltaria a ser cardeal uma vez que renunciasse ao pontificado. Pio XII, que deixou uma carta de renúncia se os nazistas implementassem o plano para sequestrá-lo, tinha pensado dessa forma. Supostamente, ele teria dito que, “quando os nazistas chegarem, levarão o cardeal Pacelli e não o papa Pio XII”.

Segundo o teólogo italiano Giovanni Cavalcoli, Bento XVI continuou se vestindo de branco porque considerava o papado como uma segunda ordenação episcopal. Os bispos eméritos, afinal, conservam seus emblemas e títulos. Segundo essa interpretação, isso também acontece com o papa emérito.

Bento XVI também se assegurou de não influenciar no conclave para a escolha do seu sucessor. Um cardeal, ainda que ex-papa, poderia participar nas reuniões prévias ao conclave dos cardeais e, portanto, dirigir a eleição de um sucessor. Bento XVI não fez isso.

Mas o que fará Francisco permanece sendo um mistério. Até agora, ele não quis definir a figura do papa emérito do ponto de vista jurídico. Em um dos seus primeiros encontros com Bento XVI, em 2014, Francisco disse que “o papa emérito não é uma estátua e participa da vida da Igreja”.

Por que, então, a ideia de institucionalizar a figura do papa emérito avança agora?

Parece haver várias razões. A primeira delas tem relação com a saúde do papa Francisco. Depois da sua operação, em 4 de julho, o papa mostrou-se vigoroso e bastante ativo na audiência geral e no Ângelus de agosto. Além disso, está preparando uma viagem bastante cansativa a Budapeste e Eslováquia. Mas os rumores de que o papa, possivelmente, tenha uma doença “degenerativa” e “crônica” (segundo a página, geralmente bem-informada, Il Sismografo) dispararam discussões sobre a natureza do próximo conclave.

O impulso para uma reforma das regras do conclave começou com autores pró-Francisco. Primeiro, o historiador Alberto Melloni; depois, Massimo Faggioli. Eles argumentaram a favor de um conclave com um isolamento prolongado dos cardeais, desde as reuniões prévias que se realizam semipublicamente durante uma semana antes, até o conclave propriamente ditos que ocorrem na Capela Sistina. Ambos também sugeriram um tempo entre o anúncio do eleito e sua aceitação, para que o papa eleito possa ser esquadrinhado em busca de “esqueletos no armário” que pudessem danificar seu pontificado.

Também existe um debate jurídico sobre as deficiências críticas apontadas por alguns peritos. A professora italiana de direito canônico da Universidade de Bolonha, Geraldina Boni, elaborou um estudo sobre o tema, que foi discutido nos círculos vinculados à cúria romana. Boni apresentou “as razões da necessidade e urgência de uma intervenção do legislador supremo da Igreja (o Papa) para preencher duas lacunas legais”: o regulamento da Sé Apostólica quando o papa não pode exercer seu cargo, temporária ou permanentemente, por “um impedimento irreversível” e as normas da “condição jurídica de um pontífice romano que renunciou ao seu cargo”. Em resumo: o que fazer quando um papa tem uma doença que afeta seu intelecto e sua vontade? E qual é o status do papa emérito? Os crescentes diálogos sobre o ensaio de Boni trouxeram rumores sobre a renúncia do papa Francisco. A lógica é esta: se nós começamos a discutir o status do papa emérito, então isso significa que o papa quer renunciar.

O fato é que nunca houve sinais de que o papa Francisco quisesse renunciar. Segundo um sacerdote argentino que conhece Francisco desde sua época em Buenos Aires, “só há uma razão pela qual o Papa Francisco renunciaria: para que possa influenciar o processo de eleição de seu sucessor”.

É uma leitura um tanto dura da personalidade de Francisco. No entanto, se as supostas novas regras estabelecerem que o papa emérito volte às fileiras dos cardeais, sua presença nas congregações gerais prévias ao conclave certamente poderia influenciar na eleição dos seus companheiros cardeais.

Quanto disso tudo é fofoca e quanto é verdade? Primeiro, é verdade que a saúde do papa sofreu um golpe duro e que o próprio Francisco começou a acelerar algumas decisões, caso aconteça alguma coisa.

Fontes da Santa Sé disseram à CNA, agência em inglês do grupo ACI, que esperam agora um encerramento muito rápido do processo aparentemente interminável da reforma da cúria, que poderia ocorrer entre o final de setembro e o início de outubro. Esperam também um novo consistório no início de outubro onde seriam criados cinco ou seis novos cardeais e uma “série de decisões com tom severo”.

Segundo uma fonte, “ninguém espera que o papa morra ou renuncie logo. Mas todos estão se preparando para não serem pegos de surpresa quando isso acontecer”.

Fonte- Acidigital

Por que celebramos em setembro o Mês da Bíblia?

 

    Imagem ilustrativa / Foto: Eduardo Berdejo (ACI Prensa)

 Em setembro, a Igreja no Brasil celebra o Mês da Bíblia, período em que se busca de maneira especial desenvolver o conhecimento da Palavra de Deus e a aplicação desta na vidacotidiana, como exortou o papa Francisco em diferentes momentos.

Em outubro de 2014, durante a abertura do Sínodo Extraordinário da Família, no Vaticano, Francisco disse que “a Bíblia não é para ser colocada em um suporte, mas para estar à mão, para lê-la frequentemente, cada dia, seja individualmente ou juntos, marido e mulher, pais e filhos, talvez de noite, especialmente no domingo”.

Em outras ocasiões, como nas Audiências gerais e nos Ângelus na Praça de São Pedro, o pontífice aconselhou os fiéis a carregarem consigo um evangelho de bolso, para que possa ser lido a qualquer momento.

“Hoje se pode ler o Evangelho também com muitos instrumentos tecnológicos. Pode-se trazer consigo toda a Bíblia num telefone celular, num tablet. O importante é ler a Palavra de Deus, com todos os meios, e acolhê-la com o coração aberto. E então a boa semente dá fruto!”, afirmou durante a oração mariana, em 6 de abril de 2014.

O Mês da Bíblia teve início em 1971, por ocasião do cinquentenário da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG). Foi levado adiante com a colaboração do Serviço de Animação Bíblica da Congregação das Paulinas (SAB). Posteriormente, foi assumido pela Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e estendeu-se ao âmbito nacional.

A escolha do mês de setembro para dedicar-se à Bíblia deve-se ao fato de no dia 30 de setembro ser comemorado o dia de São Jerônimo, que traduziu a Bíblia dos originais para o latim.

Para marcar este mês, ACI Digital compartilha o recurso sobre as Sagradas Escrituras: http://www.acidigital.com/Biblia/index.html.

Fonte? Acidigital


Papa Francisco fala sobre a rigidez: “Por trás não está o Espírito de Deus”

 

     Papa Francisco durante a Audiência Geral / Daniel Ibáñez, ACI Prensa


Vaticano, 01 set. 21 / 09:59 am (ACI).- O papa Francisco falou contra propostas de religiosidade rígida que se afastam da mensagem de Cristo: “Estejam atentos para a rigidez que lhes propõem! Porque por trás de toda rigidez há algo ruim, não está o Espírito de Deus”.

Durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 1º de setembro, realizada na Aula Paulo VI no Vaticano, Francisco afirmou que os problemas enfrentados pelos gálatas na época de são Paulo, derivados da tentação de deixar o caminho iniciado ao acolher o Evangelho, “podem repetir-se. De fato, vimos que isso se repetiu na história”.

Em particular, existe o perigo de “cair no formalismo, que é uma das tentações que levam à hipocrisia. Cair no formalismo e renegar a nova dignidade que receberam”.

O papa chamou a atenção sobre o fato de que “os termos com os quais o apóstolo se dirige aos gálatas não são de cortesia. Nas outras cartas, é fácil encontrar a expressão irmãos ou irmãos. Aqui não. Ele diz de forma genérica ´gálatas` e, em duas ocasiões, chama-lhes ´insensatos`, que não é um termo de cortesia. Não o faz porque não sejam inteligentes, mas porque, quase sem perceberem, correm o risco de perder a fé em Cristo que acolheram com tanto entusiasmo”.

Esse risco, ao qual os gálatas se deixaram arrastar, é a causa da ira de são Paulo, explicou o papa, e isso se reflete no tom da carta.Os gálatas “são insensatos porque não se dão conta do perigo de perder o tesouro precioso, a beleza da novidade de Cristo”.

“A maravilha e a tristeza do apóstolo são evidentes. Não sem amargura, ele desafia aqueles cristãos a recordar o primeiro anúncio feito por ele, com o qual lhes ofereceu a possibilidade de adquirir uma liberdade até o momento inesperada”.

Na carta à comunidade dos gálatas, Paulo tenta “colocar os cristãos em um aperto, para que percebam o que está em jogo e não se deixem encantar pela voz das sereias que querem levá-los a uma religiosidade baseada unicamente na observância escrupulosa de preceitos”.

Porque, “novos pregadores que tinham chegado ali, à Galácia, tinham-lhes convencido de que deviam retroceder e assumir também os preceitos que se observavam e levavam à perfeição antes da vinda de Cristo, que é a gratuidade da salvação”.

Os gálatas, por outro lado, “compreendiam muito bem a que o apóstolo se referia. Certamente, tinham experimentado a ação do Espírito Santo na comunidade: como nas outras Igrejas, assim também entre eles se manifestaram a caridade e vários carismas”.

“Colocados em apuros, necessariamente tiveram que responder que o que viveram era fruto da novidade do Espírito. Portanto, no início da sua chegada à fé, estava a iniciativa de Deus, não dos homens. O Espírito Santo havia sido o protagonista da sua experiência e seria insensato colocá-lo agora em segundo plano para dar a primazia às próprias obras. A santidade vem do Espírito Santo. É a gratuidade da redenção de Jesus. Isto nos justifica”.

O perigo sobre o qual são Paulo adverte os gálatas é o mesmo que pode ocorrer hoje, disse Francisco.

“Também, sempre na história, também hoje, acontecem coisas que se parecem com o que aconteceu com os gálatas. Também hoje alguém vem esquentar a nossa orelha dizendo: ´Não, a santidade está nestes preceitos, nestas coisas..., você tem que fazer isto e isto`, e nos colocam diante de uma religiosidade rígida que nos tira a liberdade no Espírito que a redenção de Cristo nos dá”.

O papa frisou que a carta aos gálatas “nos ajudará a não escutar essas propostas um pouco fundamentalistas que nos levam a retroceder em nossa vida espiritual e procuremos avançar na vocação pascal de Jesus”.

Francisco concluiu recordando que “Deus sempre está próximo de nós. Com sua bondade. É como o Pai que todos os dias subia ao terraço para ver se o filho voltava. O amor do Pai não se cansa de nós. Peçamos a sabedoria para sempre perceber essa realidade e expulsar os fundamentalistas que nos propõem uma vida de luzes artificiais, distante da ressurreição de Cristo. A luz é necessária, mas a luz sábia, não a artificial”.


Fonte- Acidigital



Hoje é celebrado o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação

Hoje, 1º de setembro, é celebrado o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, estabelecido pelo papa Francisco em 2015, em consonância com o tema tratado em sua encíclica Laudato Si sobre o cuidado da casa comum.

Em uma carta enviada em 2015 para os presidentes do Pontifício Conselho Justiça e Paz e do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, o papa sublinhou que “como cristãos, queremos oferecer a nossa contribuição à superação da crise ecológica que a humanidade está vivendo”.

O pontífice afirmou naquela ocasião que este dia “oferecerá a cada crente e às comunidades uma valiosa oportunidade de renovar a adesão pessoal à própria vocação de protetores da criação, elevando a Deus uma ação de graças pela maravilhosa obra que Ele confiou a nosso cuidado, invocando sua ajuda para a proteção da criação e sua misericórdia pelos pecados cometidos contra o mundo no qual vivemos”.

O papa pediu que as várias conferências episcopais de todo o mundo celebrem este dia com diversas iniciativas nas quais se envolvam sacerdotes, religiosos e leigos.

Do mesmo modo, incentivou que esta ocasião seja também um motivo para estreitar os laços ecumênicos com outros cristãos. Cabe ressaltar que esta atividade já vinha sendo celebrada na Igreja Ortodoxa há muito tempo.

Em sua encíclica Laudato Si, o papa Francisco propôs duas orações pela criação:

Oração pela nossa terra

Deus Onipotente,
que estais presente em todo o universo
e na mais pequenina das vossas criaturas,
Vós que envolveis com a vossa ternura
tudo o que existe,
derramai em nós a força do vosso amor
para cuidarmos da vida e da beleza.
Inundai-nos de paz,
para que vivamos como irmãos e irmãs
sem prejudicar ninguém.
Ó Deus dos pobres,
ajudai-nos a resgatar
os abandonados e esquecidos desta terra
que valem tanto aos vossos olhos.
Curai a nossa vida,
para que protejamos o mundo
e não o depredemos,
para que semeemos beleza
e não poluição nem destruição.
Tocai os corações
daqueles que buscam apenas benefícios
à custa dos pobres e da terra.
Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa,
a contemplar com encanto,
a reconhecer que estamos profundamente unidos
com todas as criaturas
no nosso caminho para a vossa luz infinita.
Obrigado porque estais conosco todos os dias.
Sustentai-nos, por favor, na nossa luta
pela justiça, o amor e a paz.

Oração cristã com a criação

Nós Vos louvamos, Pai,
com todas as vossas criaturas,
que saíram da vossa mão poderosa.
São vossas e estão repletas da vossa presença
e da vossa ternura.

Louvado sejais!
Filho de Deus, Jesus,
por Vós foram criadas todas as coisas.
Fostes formado no seio materno de Maria,
fizestes-Vos parte desta terra,
e contemplastes este mundo
com olhos humanos.
Hoje estais vivo em cada criatura
com a vossa glória de ressuscitado.

Louvado sejais!
Espírito Santo, que, com a vossa luz,
guiais este mundo para o amor do Pai
e acompanhais o gemido da criação,
Vós viveis também nos nossos corações
a fim de nos impelir para o bem.

Louvado sejais!
Senhor Deus, Uno e Trino,
comunidade estupenda de amor infinito,
ensinai-nos a contemplar-Vos
na beleza do universo,
onde tudo nos fala de Vós.

Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão
por cada ser que criastes.
Dai-nos a graça de nos sentirmos
intimamente unidos
a tudo o que existe.

Deus de amor,
mostrai-nos o nosso lugar neste mundo
como instrumentos do vosso carinho
por todos os seres desta terra,
porque nem um deles sequer
é esquecido por Vós.

Iluminai os donos do poder e do dinheiro
para que não caiam no pecado da indiferença,
amem o bem comum, promovam os fracos,
e cuidem deste mundo que habitamos.

Os pobres e a terra estão bradando:
Senhor, tomai-nos
sob o vosso poder e a vossa luz,
para proteger cada vida,
para preparar um futuro melhor,
para que venha o vosso Reino
de justiça, paz, amor e beleza.
Louvado sejais!

Amém.

Fonte- Acidigital

Santo do Dia - Santa Beatriz

 

Beatriz nasceu no Século XV em Ceuta, ao norte da África, cidade que, nessa época, encontrava-se sob o domínio da coroa de Portugal. Nasceu portuguesa, portanto. Seu pai foi governador de Ceuta. Ainda pequena, mudou-se para Portugal com sua família, que cultivou na menina uma profunda devoção a Nossa Senhora da Conceição. Aos vinte anos de idade, foi enviada para a Espanha como dama de honra de D. Isabel, neta de D. João I, que se tornou esposa do rei João II de Castela, onde começou seu calvário.

Beatriz era muito bonita, e a rainha, dominada por uma mistura de ciúme e inveja, fechou Beatriz em um caixão durante dias, a fim de que morresse asfixiada, mas uma invisível proteção da Virgem Maria a salvou.

Como gesto concreto de agradecimento, Santa Beatriz aceitou sua vocação para a vida religiosa, e logo em seguida partiu a Toledo, onde se recolheu no mosteiro das Dominicanas (ramo feminino da Ordem de São Domingos de Gusmão), cujas religiosas viviam sob a regra cisterniense, onde viveu cerca de 30 anos.

Deus, entretanto, tinha predestinado Beatriz para uma obra maior: fundar uma Ordem de estrita clausura numa vida contemplativa na oração, penitência e trabalho.

Santa Beatriz da Silva deixou o mosteiro dominicano e foi habitar numa nova sede que veio a ser o berço das monjas concepcionistas. Essa Ordem está caracterizada por três heranças espirituais de Santa Beatriz: o amor à Maria Imaculada, a Paixão de Jesus Cristo e a Santíssima Eucaristia.

Santa Beatriz faleceu em 9 de agosto de 1490 com 66 anos de idade. No momento de sua morte, seu rosto fora visto transfigurado por uma grande claridade e uma estrela resplandecente sobre sua cabeça até ela expirar.

Beatificada em 1926 pelo Papa Pio XI, sua canonização ocorreu no dia 3 de outubro de 1976 por Paulo VI.

Santa Beatriz, rogai por nós!

Liturgia Diária - 22ª Semana do Tempo Comum | Quarta-feira


Primeira Leitura (Cl 1,1-8)

Início da Carta de São Paulo aos Colossenses.

1Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus e o irmão Timóteo, 2aos santos e fiéis irmãos em Cristo que estão em Colossas: graça e paz da parte de Deus, nosso Pai. 3Damos graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, sempre rezando por vós, 4pois ouvimos acerca da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que mostrais para com todos os santos, 5animados pela esperança na posse do céu.

Disso já ouvistes falar no Evangelho, cuja palavra de verdade chegou até vós. 6E como no mundo inteiro, assim também entre vós ela está produzindo frutos e se desenvolve desde o dia em que ouvistes a graça divina e conhecestes verdadeiramente.

7Assim aprendestes de Epafras, nosso estimado companheiro, que é junto de vós um autêntico mensageiro de Cristo. 8Foi ele quem nos deu notícia sobre o amor que o Espírito suscitou em vós.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 Salmo Responsorial (Sl 51)

— Confio na clemência do meu Deus, agora e sempre!

— Confio na clemência do meu Deus, agora e sempre!

— Eu, porém, como oliveira verdejante na casa do Senhor,/ confio na clemência do meu Deus/ agora e para sempre!

— Louvarei a vossa graça eternamente,/ porque vós assim agistes;/ espero em vosso nome,/ porque é bom, perante os vossos santos!



Evangelho (Lc 4,38-44)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 38Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los.

40Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus punha as mãos em cada um deles e os curava. 41 De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus”. Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias.

42 Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo de as deixar. 43Mas Jesus disse: “Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado”. 44E pregava nas sinagogas da Judeia.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Compreendendo e Refletindo

“Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus punha as mãos em cada um deles e os curava” (Lucas 4,40).

A começar pela sogra de Simão Pedro, onde Jesus vai se fazer presente para levantá-la do estado de opressão em que vivia a alma e o coração dela, deixando-a, inclusive, febril. Jesus vai ao encontro dela para curá-la; e, inclinando-se sobre ela, Ele mesmo ameaçou a febre. A febre a deixou e ela se levantou para servir ao Senhor.

Assim como ela, tantos outros doentes e enfermos, pessoas acometidas por diversos males eram levadas a Jesus. Precisamos levar nossas doenças, nossas enfermidades, nossos doentes e nossos enfermos à presença de Jesus. Precisamos orar pela nossa saúde, assim como precisamos cuidar da nossa saúde.

Deus não nos quer doentes; nem doença alguma é vontade de Deus. É claro que, há diversos fatores de ordem psicológica, emocional e espiritual; há diversos fatores que, fisicamente, nos deixam frágeis na vida, mas uma certeza precisamos ter: Deus está com todo doente e com todo enfermo para abençoá-lo, cuidá-lo, para se fazer presente na sua enfermidade.

A doença e a enfermidade são uma oportunidade para o encontro com Deus

Nenhum enfermo pode sentir-se jamais sozinho e abandonado, precisamos, cada vez mais, levar os nossos enfermos para a presença de Jesus; e trazê-Lo para os nossos irmãos que sofrem qualquer doença ou enfermidade.

A doença e a enfermidade são uma oportunidade para o encontro com Deus, aquele encontro que transforma a alma, o coração e, inclusive, dá sentido ao nosso sofrimento. Nenhum sofrimento em Deus é sem sentido, todo sofrimento em Deus, vivido em Deus, é redentor, salvador e purificador para a própria alma e para o próprio coração. Deus não nos quer curados somente fisicamente, Deus nos quer plenamente restaurados. Por isso, toda enfermidade é uma ocasião para a cura da alma e do coração, quando levamos a Jesus a nossa situação, quando realmente permitimos ser tocados, quando permitimos que a nossa vida seja revista, quando permitimos que o nosso interior seja renovado pela presença de Jesus.

Por isso, supliquemos a Jesus pela nossa saúde, supliquemos a Ele pelos que estão doentes, enfermos e pelos que estão sofrendo. Vivamos nossas debilidades, nossas fragilidades na presença do Senhor, porque Ele cuida de nós.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo  -    CANÇÃO NOVA