sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

LIturgia Diária : 5ª Semana Comum | Sexta-feira

 Primeira Leitura (Gn 3,1-8)

Leitura do Livro do Gênesis.

1A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos que o Senhor Deus tinha feito. Ela disse à mulher: “É verdade que Deus vos disse: ‘Não comereis de nenhuma das árvores do jardim?’” 2E a mulher respondeu à serpente: “Do fruto das árvores do jardim, nós podemos comer. 3Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus nos disse: ‘Não comais dele nem sequer o toqueis, do contrário, morrereis’”.

4A serpente disse à mulher: “Não, vós não morrereis. 5Mas Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal”. 6A mulher viu que seria bom comer da árvore, pois era atraente para os olhos e desejável para obter conhecimento. E colheu um fruto, comeu e deu também ao marido, que estava com ela, e ele comeu.

7Então, os olhos dos dois se abriram; e, vendo que estavam nus, teceram tangas para si com folhas de figueira. 8Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava pelo jardim à brisa da tarde, Adão e sua mulher esconderam-se do Senhor Deus no meio das árvores do jardim.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 31)


— Feliz aquele cuja falta é perdoada!


— Feliz aquele cuja falta é perdoada!


— Feliz o homem que foi perdoado e cuja falta já foi encoberta! Feliz o homem a quem o Senhor não olha mais como sendo culpado, e em cuja alma não há falsidade!


— Eu confessei, afinal, meu pecado, e minha falta vos fiz conhecer. Disse: “Eu irei confessar meu pecado!” E perdoastes, Senhor, minha falta.


— Todo fiel pode, assim, invocar-vos, durante o tempo da angústia e aflição, porque, ainda que irrompam as águas, não poderão atingi-lo jamais.


— Sois para mim proteção e refúgio; na minha angústia me haveis de salvar, e envolvereis a minha alma no gozo da salvação que me vem só de vós.


Evangelho (Mc 7,31-37)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 31Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. 32Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. 34Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer: “Abre-te!” 35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade.

36Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Compreendendo e Refletindo

“Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão” (Marcos 7,32).

Um coração quando começa a ficar deprimido, uma alma quando está sofrida que dificuldade tem de falar, de se exprimir e se dizer, até porque não sabemos dizer o que está acontecendo, o que estamos vivendo. Tornamo-nos mudos em casa, na família… Diante de Deus, o que vamos falar, falamos com tanta dificuldade. Assim era esse homem do Evangelho.

Quando somos tomados pelas dificuldades da vida, pelos problemas e situações da vida, temos muita dificuldade de falar, de nos expressar e, sobretudo, de escutar. Sim, nos tornamos surdos, o outro fala e não entendemos, não compreendemos. Deus está dizendo, mas a Sua Palavra não penetra nos nossos ouvidos.

Precisamos nos apresentar para Jesus com a nossa surdez e mudez, porque foi isso que fizeram com esse homem. Não estava bem, não estava legal, estava muito mal. Que humildade eu também reconhecer que, muitas vezes, não estou bem, não estou legal e estou mal, mas eu preciso me apresentar para Jesus e preciso deixar que Ele cuide de mim! Essa é a pedagogia de Jesus.

Se não conseguimos sair dessa multidão de coisas, não conseguiremos ouvir a graça de Deus

Eles queriam que Jesus só colocasse as mãos sobre aquele homem. Algumas vezes, as pessoas vêm me pedir: “Padre, toca aqui em mim, porque não estou bem”. Muitas vezes, não é uma questão de tocar, e sim uma questão de cuidar. E qual é o cuidado e a pedagogia de Jesus?

Primeiro, Ele afastou o homem da multidão. Sim, precisamos, muitas vezes, nos afastar da multidão que nos cerca, são multidões de problemas, dificuldades, agitações, dos trabalhos que nós temos; são essas multidões de ocupações que temos, então, temos que sair disso. Porque, se não conseguimos sair dessa multidão de coisas, não conseguiremos ouvir a graça de Deus.

A primeira coisa que Jesus faz conosco é nos tirar para fora, nos levar num lugar à parte, depois, a graça de tocar nos ouvidos, pois os ouvidos estão fechados, eles não escutam, entrou muito barulho dentro de nós, tem tanta coisa gritando dentro de nós que o toque de Jesus é para expulsar os barulhos da alma e do coração, aquilo que está causando violência dentro de nós; são todos os ruídos do mundo e das ocupações que nós temos.

Então, Jesus toca os nossos ouvidos e depois com a sua saliva… Olha que graça! A saliva do Mestre, a saliva de Deus, que criou todas as coisas, toca em nossa língua, porque a nossa língua fala tanta coisa, mas não tem o toque da graça. É preciso deixar que a nossa língua seja curada, para falar de Deus, para proclamá-Lo, para nos dizermos, para falar e proclamar a verdade.

Jesus olha para o Céu e proclama: “Efatá!”, que quer dizer: “Abre-te!”. Abra a cabeça, abra o coração, abra os ouvidos, abra a língua para proclamar a glória de Deus. Hoje, Jesus quer proclamar um “Efatá” em nossa vida. Saia de tudo que te ocupa para se colocar a sós na presença de Jesus, para que Ele possa tocar em mim, em você e curar a nossa surdez e nossa mudez.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo- Canção Nova

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Bispos comentam polêmica gerada por texto-base da Campanha da Fraternidade 2021

 


Dom Odilo Scherer e Dom Adair José Guimarães / Fotos: Captura de vídeo


REDAÇÃO CENTRAL, 08 fev. 21 / 12:00 pm (ACI).- Neste ano, a Campanha da Fraternidade será ecumênica e seu texto-base tem gerado polêmicas por fazer referências a conteúdos ligados à ideologia de gênero; frente a isso, o Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, e o Bispo de Formosa, Dom Adair José Guimarães fizeram recentemente alguns comentários.

A Campanha da Fraternidade (CF) é celebrada pela Igreja no Brasil no tempo da Quaresma. A cada cinco anos, é realizada de forma ecumênica, como ocorre neste ano de 2021, quando tem como tema “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor” e como lema o trecho da carta de Paulo aos Efésios: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2, 14).

Nos últimos dias, começou-se a questionar, sobretudo nas redes sociais, o conteúdo do texto-base da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE)2021, por seu conteúdo de ideologia de gênero.

O texto afirma em um de seus trechos que “é importante salientar que as relações sociais de classe, de gênero, de raça, de etnia estão historicamente interligadas”.

Em seguida, afirma que um “grupo social que sofre as consequências da política estruturada na violência e na criação de inimigos, é a população LGBTQI+”, e cita dados do ‘Grupo Gay da Bahia’ apresentadas no Atlas da Violência 2020 para falar sobre a violência contra essas pessoas.

Questionado sobre esta polêmica durante o programa ‘Diálogos de Fé’, transmitido ao vivo por seu Facebook no último domingo, 7 de fevereiro, o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer, explicou que “a Campanha da Fraternidade, todos os anos, propõe um tema” e que “normalmente é a CNBB, tem uma comissão da CNBB que prepara os textos, é o Conselho Pastoral da CNBB que aprova o texto”.

Entretanto, continuou, “de cinco em cinco anos, a Campanha da Fraternidade é promovida de forma Ecumênica”, como neste ano. Sendo assim, “o texto-base não foi preparado pela CNBB, foi preparado pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), do qual também faz parte a Igreja Católica no Brasil”.

O Purpurado pontuou que a CF “é uma campanha de evangelização popular. Durante a Quaresma, sempre se aborda um aspecto da dimensão social da nossa fé. Nossa fé em Deus tem sempre a dimensão social, da caridade, da fraternidade. Sem a fraternidade, nossa fé em Deus pode estar sendo vazia”, disse.

Sobre a CFE deste ano, Dom Odilo assinalou que ,“antes que a Quaresma se inicie, nós já estamos com uma polêmica em torno do texto-base”, o qual “dá a reflexão básica sobre o tema”.

“Acho que essa polêmica precisa baixar um pouco a fervura. Acho que esta polêmica está movida por um monte de preconceitos”, disse, assinando que é algo movido por “paixão antiecumênica” e “por acusações infundadas contra a CNBB”.

“Enfim, é uma polêmica também marcada por polarização ideológica. Acusa de ideologia de um lado, mas comete o mesmo erro de posição ideológica oposta, dura, fechada. Ora, tudo o que não precisa em uma Campanha da Fraternidade Ecumênica, quando o objetivo é justamente aproximar as igrejas, é promover uma iniciativa boa juntos, nos aproximar mais. Cristo é nossa paz”, declarou

Para o Arcebispo de São Paulo, a polêmica em torno da Campanha da Fraternidade “esqueceu o foco. Cristo é nossa paz”.

Porém, o Purpurado ressaltou: “Eu admito que no texto-base haja posições que podem ser criticas, que podem ser não compartilhadas. Eu posso fazer também as minhas observações sobre questões que talvez eu não diria desse modo, mas, pelo amor de Deus, o foco é outro”.

Assim, indicou que se pode fazer observações em relação ao texto-base, “mas, não esqueça a Campanha da Fraternidade, não esqueça o objetivo, não esqueça o tema, não esqueça o lema”. Para Dom Odilo, “não é quem escreveu a Campanha da Fraternidade que deve ficar no centro, não é quem escreveu o texto-base da campanha e que eu não estou de acordo com uma série de questões, não é isso que deve se tornar o centro da Campanha da Fraternidade”.

Desse modo, exortou a esquecer “um pouco essa polêmica”. “O que tiver que ser criticado, vamos criticar com serenidade. Mas, jogar essa polêmica antes mesmo de iniciar a Campanha da Fraternidade dessa forma não tem cabimento, não é de caridade em relação à Igreja e falta com a verdade também”.

Por sua vez, durante a homilia da Missa celebrada no último domingo, o Bispo de Formosa, Dom Adair José Guimarães, convidou a manter o foco em Cristo, em vez de se preocupar com a Campanha da Fraternidade.

“Não fechemos os nossos corações, não fiquemos escutando coisas que não tem nada a ver com nossa fé, toda essa confusão com Campanha da Fraternidade. Esquece isso. Isso não tem a menor importância para nós. Ele basta, o Cristo”, declarou.

Em seguida, pontuou que “aqueles que querem velejar contra a doutrina da Igreja não terão as suas empreitadas bem-sucedidas”.

“Quem está fora do rumo, quem não segue a Sagrada Escritura, a Tradição e o Magistério Ordinário da Igreja bate com a cabeça no muro, como tem batido a Teologia da Libertação, que não tem dado frutos”, acrescentou.

Segundo o Bispo, “muita gente teima nisso e perde tempo porque não descobre a beleza do sagrado, de uma espiritualidade viva e ficam apegados às coisas passageiras deste mundo, sem olhar para o alto”.

“Olhemos para Deus, Ele nos conforta em Cristo, através dos santos, dos anjos e através dos seus sacramentos”, concluiu.

Fonte: Acidigital

Santo do Dia : Nossa Senhora de Lourdes

 

Foi no ano de 1858 que a Virgem Santíssima apareceu, nas cercanias de Lourdes, França, na gruta Massabielle, a uma jovem chamada Santa Marie-Bernard Soubirous ou Santa Bernadete. Essa santa deixou por escrito um testemunho, que entrou para o ofício das leituras do dia de hoje.

“Certo dia, fui com duas meninas às margens do Rio Gave buscar lenha. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo com uma faixa azul celeste na cintura e uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que trazia com ela. Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se eu queria voltar ali durante quinze dias. Durante quinze dias lá, voltei; e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira. Repetiu-me, vária vezes, que dissesse aos sacerdotes para construir, ali, uma capela. Ela mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores. Muitas e muitas vezes perguntei-lhe quem era, mas ela apenas sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição”.

Maria, a intercessora, modelo da Igreja, imaculada, concebida sem pecado e, em virtude dos méritos de Cristo Jesus, Nossa Senhora, nessa aparição, pediu o essencial para a nossa felicidade: a conversão para os pecadores. Ela pediu que rezássemos pela conversão deles com oração, conversão, penitência.

Isso aconteceu após 4 anos da proclamação do Dogma da Imaculada Conceição. Deus quis e Sua Providência Santíssima também demonstrou, dessa forma, a infalibilidade da Igreja. Que chancela do céu essa aparição da Virgem Maria em Lourdes. E os sinais, os milagres que aconteceram e continuam a acontecer naquele local.

Lá, onde as multidões afluem, o clero e vários Papas lá estiveram. Agora, temos a graça de ter o Papa Francisco para nos alertar sobre este chamado.

Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!



Liturgia Diária ; 5ª Semana Comum | Nossa Senhora de Lourdes | Quinta-feira

 Primeira Leitura (Gn 2,18-25)

Leitura do Livro do Gênesis.

18O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele”. 19Então o Senhor Deus formou da terra todos os animais selvagens e todas as aves do céu, e trouxe-os a Adão para ver como os chamaria; todo o ser vivo teria o nome que Adão lhe desse.

20E Adão deu nome a todos os animais domésticos, a todas as aves do céu e a todos os animais selvagens, mas Adão não encontrou uma auxiliar semelhante a ele. 21Então o Senhor Deus fez cair um sono profundo sobre Adão. Quando este adormeceu, tirou-lhe uma das costelas e fechou o lugar com carne. 22Depois, da costela tirada de Adão, o Senhor Deus formou a mulher e conduziu-a a Adão. 23E Adão exclamou: “Desta vez, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada ‘mulher’ porque foi tirada do homem”. 24Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne. 25Ora, ambos estavam nus, Adão e sua mulher, e não se envergonhavam.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


Salmo Responsorial (Sl 127)

— Felizes todos os que respeitam o Senhor.

— Felizes todos os que respeitam o Senhor.

— Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!

— A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.

— Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.




Evangelho (Mc 7,24-30)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos. 

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 24Jesus saiu e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu ficar escondido.

25Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. 26A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. 27Jesus disse: “Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”.

28A mulher respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”.

29Então Jesus disse: “Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha”. 30Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já havia saído dela.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Compreendendo e Refletindo

É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair” (Marcos 7,28).

As Palavras do Mestre Jesus sempre impressionam o nosso coração, mas tem algo que impressiona a nós e ao próprio Jesus: é a fé do coração, é a fé da confiança, mesmo quando encontramos todas as barreiras, dificuldades ou pareça impossível.

Olho para essa mãe aflita, ela não vai buscar nada para si, aliás, é muito difícil uma mãe que busca algo para si. As mães vivem em função dos seus filhos, e uma mãe como essa, toda aflita, porque tinha uma filha tomada por um espírito impuro, ouviu falar de Jesus e entendeu que Ele era a luz, a cura e a resposta para a situação da sua filha.

Sei que nossas mães não só ouviram falar de Jesus, sei que nossas mães escutam a Jesus, mas eu digo às mães: não deixem de ouvir Jesus, não deixem de implorar a Jesus, não deixem de trazer Jesus para perto dos seus filhos, sobretudo, para tirar os espíritos impuros que estão agindo, perdendo e pervertendo nossos filhos sem que, muitas vezes, tomemos consciência dessa ação.

É para ter cuidado, coragem e fé, é para não se deixar perder e ser tomado pelos espíritos impuros

Quando a mãe e o pai colocam o celular na mão de um filho, tem que cuidar; quando um filho fica muito tempo na frente de um computador, de uma televisão… Quando os filhos vão para a escola – desculpe, não é para você ficar alardeada e tensa – , e sim para cuidar, pois vivemos num mundo cheio de impurezas.

Nunca vimos tantas crianças e adolescentes com sentimentos de depressão; nunca vimos tantos adolescentes querendo tirar a própria vida como nos tempos em que vivemos, onde existe toda uma ação do mal agindo em nosso meio.

Não é para ter medo, mas é para ter cuidado, coragem e fé, é para não se deixar perder e ser tomado por esses espíritos impuros, mas uma vez que eles estão aí, é preciso ter a ousadia que essa mãe teve.

Jesus estava cuidando, primeiro, da sua casa, que era a casa de Israel, e ela foi atrás de Jesus e disse: “Jesus, é só o Senhor que pode fazer pela minha filha”. Jesus se surpreende, Ele estava falando primeiro com a sua casa, a casa de Israel: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para dar aos cães”, era a forma carinhosa que os judeus tratavam os pagãos, aqueles que não faziam parte da sua nação.

Que resposta de fé: “É verdade, Senhor; mas os cães comem as migalhas que caem da mesa dos filhos. Eu quero as migalhas, mas cuide, por favor, pois a minha filha precisa de você”.

Nossos filhos precisam de Jesus mais do que de um celular ou computadores, mais do que isso e aquilo. É claro, precisam de amor, da presença paterna, precisam de alimento… Mas eles precisam de Jesus.

Supliquemos a presença de Jesus, como essa mãe que foi atordoar o coração do Mestre até que Ele se voltasse e tirasse aquele demônio terrível que tomava conta do coração da sua filha. Imploremos que Jesus tire dos nossos filhos todos os demônios, espíritos impuros e maldosos que, muitas vezes, agem em nossas casas e famílias.

Voltemo-nos para Jesus, porque só Ele é o nosso Salvador!

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo- Canção Nova

Vítimas da Covid-19 são recordadas em Missa pelo Dia do Doente no Santuário de Fátima

 

Missa pelo Dia Mundial do Doente 2021 no Santuário de Fátima / Foto: Santuário de Fátima

FATIMA, 11 fev. 21 / 02:00 pm (ACI).- O Dia Mundial do Doente, celebrado nesta quinta-feira, 11 de fevereiro, foi marcado por uma Missa no Santuário de Fátima, recordando todas as vítimas da Covid-19, seus família, assim como os profissionais que estão na linha de frente no combate à pandemia.

A celebração foi presidida pelo Bispo de Leiria-Fátima, Cardeal António Marto, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, promovida pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). Devido às restrições da pandemia, a Missa não teve a presença de fiéis, mas contou com transmissão on-line.

“Em nome pessoal e dos bispos portugueses, desejo saudar e fazer chegar a todos a nossa proximidade, o nosso grande afeto, o apoio da nossa oração”, afirmou o Cardeal Marto durante a homilia, ressaltando que, com esta celebração, desejaram “dar sinal significativo da união espiritual, do conforto e da solidariedade de toda a Igreja portuguesa a todos os doentes, a todos os profissionais de saúde, a todos os cuidadores e a todos os que garantem serviços e bens essenciais”.

O Purpurado assinalou em sua homilia, publicada pela Agência Ecclesia, do episcopado português, que “a pandemia constitui um choque, um abalo, que nos faz sentir mais agudamente a fragilidade da vida”.

Nesse sentido, sublinhou que é possível verificar “como a doença abre em todos muitas feridas e acarreta muitos sofrimentos: feridas do medo da doença, da dor, do isolamento, da solidão, do receio de perder o emprego, da angústia da morte”. Assim, recordou as “mortes prematuras” e aquelas que acontecem “na maior solidão” e “deixam feridas abertas nos familiares”, sobretudo naqueles que “não puderam dizer uma palavra ou um gesto de adeus aos seus entes mais queridos, nem realizar um funeral à altura de quem parte”.

O Bispo de Leiria-Fátima disse, em seguida, que, “embora a doença faça parte da experiência humana, nós não conseguimos habituar-nos a ela porque, por vezes, é grave e pesada, por isso, difícil de suportar”.

Diante disso, sublinhou, “sem a ajuda do Senhor, o jugo da doença e do sofrimento é demasiado pesado”.

“Como podemos e devemos reagir enquanto cristãos?”, questionou o Purpurado e indicou que, primeiramente, deve-se reagir “com os cuidados e tratamentos que a medicina nos oferece e que, nos últimos decênios, tem dado passos de gigante. Por isso devemos estar muito gratos e, neste momento, até por nos proporcionar com tanta rapidez a vacina como uma luz para sair da pandemia”.

Entretanto, destacou, “a Palavra de Deus ensina-nos que há uma atitude decisiva para enfrentar a doença: a fé em Deus e na sua bondade”. E nesse sentido, indicou Nossa Senhora como “nossa mestra e guia”. “Com o seu testemunho, podemos dizer que Ela escreveu e ensina-nos o Evangelho do sofrimento”.

Segundo o Cardeal Marto, “em Fátima como em Lourdes, a sua mensagem, manifestou uma solicitude especial pelos que sofrem: ‘E tu sofres muito? Não tenhas medo. Nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus’”.

Além disso, indicou que “os santos pastorinhos, vítimas também eles de uma pandemia, da pandemia pneumônica, são exemplo da vivência do sofrimento, com a fortaleza que encontravam na união com Cristo e em solidariedade com todos os sofredores, os pecadores e a paz no mundo dilacerado por uma grande guerra”.

Em seguida, o Purpurado recordou que Jesus respondeu ao sofrimento “com a sua presença de amor que está a nosso lado e nos dá força para suportar e superar a nossa fragilidade”.

Desse modo, afirmou que “o mandamento do amor realiza-se hoje na relação de cuidado para com os membros enfermos” e, para a Igreja, este cuidado “faz  parte da missão que Jesus lhe confiou: levar a proximidade, a ternura, a compaixão, o conforto e apoio a todos ao que sofrem”.

“A todos os que sofrem façamos, pois, sentir a nossa proximidade material e espiritual. É importante não os deixar no abandono e na solidão, quando se encontram a enfrentar um momento tão delicado ou duro da sua vida. Que ninguém se sinta só nem abandonado”, exortou o Bispo de Leiria-Fátima.

Por fim, convidou a confiar “a Nossa Senhora da Saúde todos os que sofrem e todos os profissionais da saúde e cuidadores que os acompanham, para que possam sentir o conforto da sua ternura e proteção materna, e o alívio do sofrimento”.

Fonte: Acidigital

Bispo brasileiro dá um conselho para os dias de Carnaval: retiro de silêncio ou pescaria


Dom Dimas Lara Barbosa / Foto: CNBB

 Campo Grande, 11 fev. 21 / 04:00 pm (ACI).- O Arcebispo de Campo Grande (MS), Dom Dimas Lara Barbosa, aconselhou os católicos a aproveitarem os dias de Carnaval para participar de retiros e, no atual contexto da pandemia, que sejam preferencialmente de silêncio; e às demais pessoas, indicou, “a pescaria é uma boa opção”.

Este ano, por causa da pandemia de Covid-19, no Brasil o Carnaval não contará com as festas de rua, desfiles, blocos. Porém, muitas cidades mantiveram o ponto facultativo e, portanto, várias pessoas estarão em casa nesses dias.

Igreja Católica no Brasil, por sua vez, realiza todos os anos os tradicionais retiros de Carnaval, promovidos por Dioceses, comunidades, movimentos, e este ano terá que adaptá-los às exigências da pandemia.

Em recente entrevista ao site ‘Campo Grande News’, Dom Dimas indicou que na Arquidiocese de Campo Grande os acampamentos estão suspensos, mas os retiros continuam acontecendo, seguindo os protocolos sanitários.

Segundo ele, algumas comunidades de Campo Grande continuam realizando retiros, mas com restrições. “Levam marmitex, então não tem o manuseio de talheres e ficam só meio expediente”.

“É possível manter atividades no caso da igreja sem risco considerável? É. Basta manter as regras de higiene como álcool em gel para todo mundo e distanciamento”, declarou o Prelado.

Quanto aos retiros de Carnaval, Dom Dimas indicou que devem seguir as mesmas regras adotadas para as Missas, isto é, “40% do espaço ocupado, evita-se, naturalmente, os abraços e as brincadeiras de roda que se faz sempre”. “Tem que ser uma coisa um pouco mais sóbria, como um retiro de silêncio”, assinalou ao ‘Campo Grande News’, ressaltando: “retiro de silencia em que as pessoas não se mesclem”.

Para aquelas pessoas que não farão retiros, o Prelado deixou, então, aconselhou maneiras saudáveis de se divertir. “Nada como uma boa pescaria, um esporte sem contato físico ou aglomerações, e para aqueles que querem algo mais espiritual, brincadeiras em família”, disse.

Retiros on-line

Outra opção para quem quer aproveitar os dias do Carnaval para se dedicar a um retiro são os retiros on-line, uma forma que muitos encontraram de adaptar suas atividades às precauções necessárias por causa da pandemia de Covid-19.

Um tradicional Retiro de Carnaval que acontece no Brasil é o da Comunidade Católica Shalom, que anualmente reúne diversas pessoas em diferentes cidades. Neste ano, porém, decidiram realizam de forma virtual. Trata-se do ‘Alegrai-vos no Senhor’, que contará com 20 horas de transmissão on-line pelo canal da instituição no Youtube, nos dias 13 e 14 de fevereiro, a partir das 9h.

“Disponibilizamos o site www.alegraivosnosenhor.com   para inscrição, que é gratuita, e a pessoa poderá ter acesso ao missionário mais próximo de sua casa. Motivamos também que as pessoas possam participar desse retiro em família, ou formando pequenos grupos, obedecendo aos protocolos sanitários de cada cidade”, explicou ao site ‘comshalom’ Gabriella Dias, responsável pela dimensão evangelizadora do Shalom.

Durante o retiro, os participantes poderão participar do Seminário de Vida no Espírito Santo, uma série de motivações, orações e testemunhos. A programação terá ainda momentos de louvor, apresentações artísticas, pregações, Adoração ao Santíssimo Sacramento, cursos virtuais, Santa Missae muita música com o ministério de música que reúne os artistas da Comunidade.

Também a Arquidiocese de Maceió (AL) realizará seu Retiro de Carnaval on-line, de 12 a 16 de fevereiro, tendo como tema o Ano de São José.

“Iremos fazer com a participação imensa da Arquidiocese. Será um grande momento de oração e vigília para a Quaresma”, disse o Arcebispo de Maceió, Dom Antônio Muniz.

O retiro começará no dia 12, às 17h, com a celebração da Missa, e será encerrado no dia 16, às 19h30, com o terço do patrono da Igreja.

Durante os cinco dias, as pessoas poderão participar virtualmente de palestras, adoração ao Santíssimo Sacramento, momentos de oração e louvor.

A transmissão do retiro deste ano ocorrerá pelas redes sociais da arquidiocese: @arqdemaceio.

Outro tradicional retiro que costuma reunir milhares de pessoas é o Rebanhão, promovido pela Renovação Carismática Católica do Distrito Federal, com apoio da Arquidiocese de Brasília.

Entretanto, também devido à pandemia, nestea ano, acontecerá de forma virtual, de 14 a 16 de fevereiro, com o tema “Coragem, Eu venci o mundo” (Jo 16,33). Será transmitido pelo canal da RCC no Youtube, pelas rádios católicas Nova Aliança e Canção Nova e também pela rádio e TV Renascidos em Pentecostes.

E para quem quiser aproveitar uma oportunidade para além das opções oferecidas pela Igreja no Brasil, nos dias 12 e 13 de fevereiro acontecerá o primeiro retiro on-line do Santuário de Fátima, em Portugal. A data faz memória das aparições da Virgem, na Peregrinação Mensal de fevereiro.

O tema do retiro será “Da gruta ao Céu- habitar o coração e abri-lo ao outro” e terá como mote as três aparições do Anjo, uma vez que, na narrativa das aparições de Fátima, o Anjo é aquele que primeiro aparece para ajudar a desvanecer o medo , conduzindo os pastorinhos pelo “caminho do coração ao coração de Deus”.

Para participar deste retiro do Santuário de Fátima, é necessário realizar a inscrição, que é gratuita, mas obrigatória e sujeita a confirmação. Seráadmitido um número limitado de participantes, para que se favoreçam as condições de uma participação mais personalizada e um ambiente de grupo mais próximo. Posteriormente, serão enviados aos participantes os dados de acesso ao Zoom.

Fonte: Acidigital

Há 8 anos Bento XVI anunciou a renúncia ao pontificado

 

Vaticano, 11 fev. 21 / 06:00 am (ACI).- Em uma surpreendente e histórica decisão, o então Papa Bento XVI anunciou há 8 anos, no dia 11 de fevereiro de 2013, sua renúncia ao pontificado.

Naquela ocasião, disse que, devido à idade avançada (completaria 86 anos) já não tinha forças para exercer adequadamente o ministério petrino. O então Santo Padre informou que a partir do dia 28 de fevereiro de 2013, às 20h (hora local), a Sé de Pedro ficaria vacante.

O então Pontífice anunciou sua renúncia durante o Consistório público para as canonizações dos 800 mártires de Otranto, Madre Laura, a primeira Santa colombiana, e Madre Lupita do México. Antes de manifestar sua resolução, disse aos presentes que tomaria uma “decisão importantíssima para a vida da Igreja”.

O Cardeal Angelo Sodano, Decano do Colégio Cardinalício e Secretário de Estado Vaticano durante o pontificado de João Paulo II, expressou depois do anúncio: “Estamos incrédulos ante suas palavras… Em nome de todos os cardeais, estamos próximos ao senhor neste momento como o estivemos nestes oito luminosos anos de seu pontificado”.

No dia 28 de fevereiro de 2013, às 20h (hora local), a Sé de Pedro ficou vacante até que no dia 13 de março daquele ano foi eleito no Conclave como novo Pontífice o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, que assumiu o nome de Francisco.

A seguir, reproduzimos na íntegra o comunicado de renúncia do Papa Bento XVI em 11 de fevereiro de 2013:

Caríssimos Irmãos,

“Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja.

Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino.

Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando.

Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado.

Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20:00, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora, confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus”.

Vaticano, 10 de fevereiro de 2013.

BENEDICTUS PP. XVI".

Fonte: Acidigital