quarta-feira, 1 de julho de 2020

Preservar a saúde mental

Dom Antonio de Assis Ribeiro                          

Bispo auxiliar de Belém do Pará

Introdução
Nestes últimos meses, por causa da pandemia de COVID-19, o mundo voltou-se para a questão da saúde em suas mais variadas dimensões; uma delas é a saúde mental. Muitas pessoas apesar de, fisicamente estarem bem, mentalmente vivem em estado doentio. Isso se reflete em suas atitudes.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a saúde mental é a síntese da totalidade do bem-estar de uma pessoa envolvendo seus diversos aspectos: físico, biológico, afetivo, social, econômico, ambiental, intelectual, cultural, moral. Por causa da unidade do ser humano que se manifesta no dinamismo da íntima comunhão de corpo e alma, todas as dimensões são interdependentes e se expressam através da corporeidade.
Portanto, é preciso cuidarmos com o máximo zelo da nossa mente! Dela depende a qualidade da nossa vida: nossos pensamentos, preocupações, hierarquia de valores, escolhas, relacionamento com os outros, estilo de vida, virtudes e atitudes diante dos desafios. Por isso podemos dizer que quando a mente está doente, estamos em estado de enfermidade. Deus quer o nosso completo bem-estar!
Fatores provocadores do adoecimento
O ser humano vive numa profunda relação com o contexto no qual ele vive. Nem tudo depende da nossa vontade. Por osmose, vamos absolvendo o clima no qual vivemos marcados por lutas econômicas, pressões políticas, tensões profissionais, exigências religiosas, parâmetros morais, carências familiares, a realidade da violência. Tudo isso influencia no nosso modo de pensar, sentir e agir!
Há outros condicionamentos que nos pressionam como as rápidas transformações culturais, tecnológicas, critérios de discernimento etc. Quando tudo isso não é acolhido e discernido com prudência e sabedoria, podemos nos sentir tão pressionados que tendemos a cair no adoecimento mental, moral e perdemos a serenidade e o equilíbrio.
Todavia, nós somos muito mais do que as circunstâncias pelas quais passamos e também mais fortes do que os contextos mais cruéis possíveis, aos quais possamos vir a ser submetidos. O fundamental é que façamos o esforço para preservar a nossa identidade, a nossa interioridade, a nossa consciência.
O médico psiquiatra Viktor Flankl observando as atitudes dos prisioneiros no campo de concentração de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial via que quase todos entravam com as mesmas condições físicas, mas o processo de definhamento era muito diferente entre eles. O médico chegou à conclusão de que tudo dependia da “preservação mental” e da capacidade de dar sentido para a própria vida naquela situação.
A saúde mental está profundamente relacionada à nossa capacidade de dar sentido para as nossas experiências, ou seja, para tudo aquilo que fazemos, sofremos, buscamos, temos e sonhamos (cf. Viktor Frankl. Em busca de Sentido).
Pandemia e Saúde mental
A atual experiência de pandemia pela qual estamos passando tem provocado grande impacto no comportamento das pessoas: a disciplina no próprio comportamento, o distanciamento social, o uso de máscara que nos leva a esconder o nosso rosto e assim não contemplarmos o rosto do outro e não nos deixamos contemplar, o confinamento que nos exige ficar em casa, o medo do contágio da doença, a pressão dos noticiários falando de doença e morte todos os dias etc. Tudo isso tem causado sérios danos na vida de muitas pessoas.
Blindar-se das influências dessas realidades negativas é um grande desafio. Exige de cada pessoa uma profunda capacidade de autoproteção de qualquer forma do confinamento mental; o “lockdown mental” é fatal! Isso acontece quando o medo nos abraça por inteiro gerando a paralisia da nossa capacidade de reação positiva, liquidando a nossa esperança, engolindo nossas bases de apoio espiritual, obscurecendo nossa capacidade de discernimento e visão do positivo.
O adoecimento mental é o resultado de uma série de fragilidades. Acontece quando não conseguimos preservar as diversas colunas que alicerçam o edifício da nossa existência: as nossas convicções religiosas, os nossos valores, as referências afetivas, sociais e culturais, as nossas ideias e sonhos. Uma vez que somos uma totalidade unificada de corpo e alma, na pluralidade de dimensões, o mal que padecemos interiormente, quando não contido e tratado, se materializa visivelmente no corpo. São as chamadas doenças psicossomáticas, ou seja, aquelas que são consequentes de desordens emocionais. Um forte mal-estar emocional e mental geram profundas alterações orgânicas. Isso é muito sério.
Atitudes preventivas e terapêuticas
Nestes meses no processo de acompanhamento de jovens, idosos, líderes de famílias, comunidades, pastorais, profissionais… constatamos situações muito delicadas caracterizadas pelo de excesso de ansiedade, medo, nervosismo, agressividade, fechamento pessoal, desânimo, crise, perplexidade… Não são poucos aqueles que nos enchem de “por quês”! Não temos respostas para tudo! Se o excesso de perguntas não é saudável, mais ainda a obsessão por uma resposta satisfatória.
Diante desse delicado quadro, sem respostas para muitas perguntas, somos convidados a erguer a cabeça, renovar a fé e retomar alguns princípios importantes do bem-viver almejando a preservação e o desenvolvimento da totalidade dos recursos naturais dos quais somos portadores. Estamos em tempos de forte provação. Por isso vale a pena cultivarmos algumas importantes atitudes, tais como:
Fazer todo esforço possível para não perder a visão da totalidade de nós mesmos; das nossas dimensões e talentos;
Aprofundar a convicção de que somos sujeitos inteligentes, livres e responsáveis e, por isso, somos muito mais do que as circunstâncias pelas quais passamos;
Exercitar-nos na arte de dar sentido para tudo aquilo que se passa conosco, tanto o bem quanto o mal;
Fazer uma hierarquia das próprias preocupações; é importante dar atenção e preservar aquilo que é mais importante; não deixar a alma adoecer!
Definir uma escala de valores e atitudes saudáveis; os valores funcionam como que balizas que nos norteiam no nosso dia a dia, nas escolhas e provações;
Refletir sobre a situação alheia, o sofrimento dos outros; quando fazemos isso sempre encontraremos alguém que está numa situação muito mais grave; esse reconhecimento nos leva à gratidão e à solidariedade;
Cultivar a esperança e o otimismo não se deixando amedrontar pela maldade, evitando cair no abismo do pessimismo e do derrotismo;
Abrir-nos para a experiência de bons relacionamentos, através da amizade; quem tem bons amigos sente menos o impacto da solidão; a experiência do diálogo é terapêutico, mas quando nos fechamos nos aniquilamos;
Cultivar a capacidade de filtrar o negativo; há pessoa que gostam da “necrofilia” (paixão pela morte); devemos crescer na paixão pela bondade, beleza e vida; é preciso fazer assepsia mental;
Cuidar da manutenção da vida espiritual, através da Oração, da leitura e meditação da Palavra de Deus, participação nas liturgias A fé cura, é terapêutica e confortadora. Por isso Jesus disse à mulher sofredora: “Coragem, filha! Sua fé curou você» (Mt 9,22).
PARA REFLEXÃO PESSOAL:

  1. Você já parou para refletir sobre a importância da saúde mental?
  2. Atualmente quais são as principais demandas que lhe causam pressão?
  3. Quais das atitudes elencadas mais lhe chamaram a atenção?       Fonte: CNBB

Reze pelo Brasil com o Terço da Esperança e da Solidariedade, nesta quarta-feira, às 15h30


Reze pelo Brasil com o Terço da Esperança e da Solidariedade, nesta quarta-feira, às 15h30
A Igreja no Brasil se une toda quarta-feira, às 15h30, para rezar o Terço da Esperança e da Solidariedade, iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em prol do país, que visa trazer conforto neste momento de enfrentamento da pandemia do Coronavírus.
O terço vai ser conduzido pelo padre Wagner Calegário, pró-reitor do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, diretamente do estúdio da TV Horizonte, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
A transmissão ocorrerá nesta quarta-feira, 1º de julho, às 15h30, simultaneamente pelas emissoras de TV e rádio de inspiração católica do país e pelas páginas da CNBB no Facebook, YouTube e Twitter.
Para compartilhar os momentos de oração nas redes sociais use a hashtag adotada pelo Papa Francisco: #rezemosjuntos
Acompanhe:
Fonte: CNBB

Por que não houve Audiência Geral do Papa Francisco?

Papa Francisco durante a Audiência Geral. Foto: Vatican Media
Nesta quarta-feira, 1º de julho, não foi celebrada a Audiência Geral semanal presidida pelo Papa Francisco no Vaticano.
Segundo indicou a Prefeitura da Casa Pontifícia em seu site, durante o mês de julho não será celebrada nenhuma Audiência Geral.
No entanto, o Santo Padre presidirá a oração do Ângelus nos domingos 5, 12, 19 e 26 de julho da janela do Palácio Apostólico.
Posteriormente, a agenda do Pontífice estabelece que, em agosto, as Audiências Gerais voltem a ser celebradas toda quarta-feira, além da oração do Ângelus dominical, assim como no sábado, 15 de agosto, Solenidade da Assunção da Virgem Maria.
Anos anteriores, as audiências gerais de agosto foram realizadas na sala Paulo VI devido às altas temperaturas do verão romano, mas este ano a forma como essas audiências serão realizadas ainda não foi informada, devido às medidas adotadas para evitar o contágio da COVID-19.
Anteriormente, os Pontífices tinham o costume de ir para o palácio papal de Castel Gandolfo durante o período de férias e São João Paulo II também ia para as montanhas no norte da Itália. Mas o Papa Francisco mudou esse costume e, durante o seu pontificado, ele sempre permaneceu no Vaticano, na Casa Santa Marta, também durante o período de férias.
Fonte: Acidigital

Dom Orani presidirá Eucaristia no Cristo Redentor pelas famílias atingidas pela Covid-19


 O arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, vai presidir uma missa nesta quarta-feira, 1, no Santuário do Cristo Redentor, pelas vítimas do Covid-19. A celebração faz parte do tributo “Para Cada Vida” e trará mensagens de solidariedade às famílias fortemente afetadas pelas perdas causadas pelo novo coronavírus.
“A nossa arquidiocese foi escolhida para ser o lugar de manifestar a nossa solidariedade e oração por aqueles que faleceram com essa pandemia. Justamente nesse altar, que é o Cristo Redentor, queremos colocar todas as pessoas do mundo inteiro que partiram, para que sejam recebidas na casa do Pai. E rezar pelos seus familiares para que consolados prossigamos na procura do bem e da paz”, disse o Cardeal Tempesta, segundo informações divulgadas no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O evento, que pretende transmitir sentimentos de gratidão e esperança a todos os brasileiros, poderá ser visto ao vivo pela Página do Facebook e pelo Canal do YouTube da CNBB. A Cáritas Brasileira também é responsável pela organização.
O tema escolhido para o evento buscou destacar que cada vida humana é importante. “Para Cada Vida” que foi vítima do novo coronavírus será feita uma prece, mostrando que a morte de seres humanos não é somente uma estatística. A Celebração Eucarística contará com uma mensagem de solidariedade e uma bênção do Papa Francisco.
Uma Homenagem: Papa Francisco ganha canção
O Sumo Pontífice também foi homenageado nesta segunda-feira, 29, com a música "Francisco do Amor". A canção, que é uma composição de Carlos Renê Belo, contou com a interpretação dos cantores Padre Omar, Eliana Ribeiro, Camila Holanda e Thiago Tomé.
“Francisco do Amor é uma prece de gratidão ao Céu e o reconhecimento do abraço paterno do Sumo Pontífice”, afirmou Pe. Omar.


Fonte: Acidigital

Esta é a intenção da oração do Papa Francisco para julho de 2020


 O Papa Francisco incentiva os fiéis a rezar pelas famílias em julho deste ano, como parte de suas intenções de oração universal em 2020.
O Pontífice pediu para rezar por "nossas famílias" para que "sejam acompanhadas com amor, respeito e conselho".
Em ocasiões anteriores, o Santo Padre já havia manifestado sua preocupação com esse assunto, especialmente no contexto da pandemia de coronavírus.
Na sexta-feira, 15 de maio, o Papa ofereceu a celebração da Santa Missa pelas famílias, "para que cresça nas famílias o Espírito do Senhor, o espírito de amor, de respeito, de liberdade".
Em entrevista ao jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano (LOR), em fevereiro de 2019, o diretor da Rede de Apostolado da Oração do Papa, Pe. Frédéric Fornos, explicou que nas intenções de oração do Pontífice “encontramos um eco nos desafios para o mundo”.
“Diante dos desafios do mundo, a Igreja se mobiliza através da oração, serviço e solidariedade. Promover uma sociedade mais justa e humana é parte integral do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo”, destacou o sacerdote.
Fonte: Acidigital

Monsenhor Georg Ratzinger, irmão de Bento XVI, faleceu hoje na Alemanha


Na manhã deste 1 de julho faleceu em Ratisbona (Alemanha) o irmão mais velhor do Papa Bento XVI, Monsenhor Georg Ratzinger, aos 96 anos de idade.
Georg Ratzinger nasceu em 15 de janeiro de 1924 em Pleiskirchen; perto de Altötting, na Alemanha. Seus pais foram Joseph Ratzinger, um oficial de polícia, e Maria Ratzinger. Além do Papa Emérito Bento XVI, tinha uma irmã, María, que faleceu em 1991.
Fez os estudos eclesiásticos no seminário da Arquidiocese de Münich e Freising, e foi ordenado sacerdote junto com seu irmão, Joseph, em 29 de junho de 1951, na Solenidade de São Pedro e São Paulo.
Em 1964, já graduado em música sacra e exercendo o ofício de compositor, Mons. Georg Ratzinger tornou-se diretor do coro da Catedral de Ratisbona, conhecido como Os Pardais. Em 1976 foi nomeado Prelado de honra do Papa, razão pela qual tinha o título de monsenhor.
Em 15 de janeiro de 2014, ao fazer 90 anos, seu círculo de amigos organizou um concerto em sua homenagem na Rádio Vaticano que contou com a presença de seu irmão Bento XVI e ao que assistiram alguns poucos convidados, entre os quais o secretário do Papa Emérito e prefeito da Casa Pontifícia, Mons. Georg Gänswein, o cardeal alemão Gerhard Ludwig Müller, então prefeito para a Congregação da Doutrina da Fé, entre outros.
Em 2016, Mons. Georg Ratzinger respondeu a acusações sobre abusos físicos e sexuais entre a década de 1950 e 1990 no coro da Catedral de Ratisbona, que ele dirigiu musicalmente durante 30 anos.
Mons. Georg Ratzinger, diretor do coro de 1964 até 1994, disse à revista alemã Passauer Neuer Presse que “não sei de absolutamente nada sobre abusos sexuais durante meu período” como diretor do coro.
As novas acusações, seis anos depois das primeiras denúncias, apareceram no marco de uma investigação encabeçada pelo advogado do coro da Diocese da Ratisbona, Ulrich Weber.
O número de maus tratos e abusos sexuais seria maior do que estimado previamente no coro da Catedral, pois ao menos 231 meninos teriam supostamente sido golpeados ou abusados sexualmente por sacerdotes e professores da diocese alemã.
Weber assinalou que “os casos reportados de abuso sexual na diocese Ratisbona estiveram concentrados principalmente na década de 1970”, e disse que “50 vítimas falaram de 10 perpetradores”.
Consultado sobre se ele acreditava que Mons. Georg Ratzinger sabia de casos de maus tratos físicos e abusos sexuais, Weber assinalou que “depois de minha investigação, penso que sim”.
Entretanto, Mons. Ratzinger assegurou nessa ocasião que ele não teve conhecimento de nenhum caso de abuso sexual, mas reiterou o pedido de perdão e solidariedade às vítimas de outros sacerdotes.
Sobre a violência física, Mons. Ratzinger reconheceu que os “golpes, quer dizer, bofetadas, eram comuns não só no coro da Catedral, mas em todos os âmbitos da educação, assim como nas famílias”.
Sobre a relação que mantém com seu irmão, disse que sempre foi estreita. Juntos se criaram, juntos cresceram e estudaram no seminário e juntos foram ordenados sacerdotes.
Em 2014 contou que “tinha um segundo telefone no dormitório com um número que só ele conhece. Se soa esse telefone, então sei que meu irmão, o Papa, está a chamar-me".
Estes e outros dados foram revelados por Mons. Ratzinger no livro “Meu irmão, o Papa” (Mein Bruder, der Papst), que reflete a entrevista concedida ao jornalista e escritor alemão Michael Hesemann.
A última vez que Mons. Georg viu seu irmão Bento XVI foi há poucos dias, quando o Papa Emérito viajou de Roma a Alemanha para visitá-lo, devido ao delicado estado de saúde de Monsenhor Ratzinger. O encontro se deu entre os dias 18 e 21 de junho deste ano, dia em que celebraram Missa juntos. Ao dia seguinte Bento XVI retornou ao mosteiro em que reside dentro da Cidade do Vaticano desde sua renúncia em 2013.
Fonte: Acidigital

Liturgia Diária : 13ª Semana do Tempo Comum | Quarta-feira

Primeira Leitura (Am 5,14-15.21-24)
Leitura da Profecia de Amós.
14Buscai o bem, não o mal, para terdes mais vida, só assim o Senhor Deus dos exércitos vos assistirá, como tendes afirmado. 15Odiai o mal, amai o bem, restabelecei a justiça no julgamento, talvez o Senhor Deus dos exércitos se compadeça do resto da tribo de José. 21“Aborreço, rejeito vossas festas, diz o Senhor, não me agradam vossas assembleias de culto. 22Se me oferecerdes holocaustos, não aceitarei vossas oblações e não farei caso de vossos gordos animais de sacrifício. 23Livra-me da balbúrdia dos teus cantos, não quero ouvir a toada de tuas liras. 24Que a justiça seja abundante como água e a vida honesta, como torrente perene”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo Responsorial (Sl 49)

— A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
— A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
— Escuta, ó meu povo, eu vou falar; ouve, Israel, eu testemunho contra ti: Eu, o Senhor, somente eu, sou o teu Deus!
— Eu não venho censurar teus sacrifícios, pois sempre estão perante mim teus holocaustos; não preciso dos novilhos de tua casa nem dos carneiros que estão nos teus rebanhos.
— Porque as feras da floresta me pertencem e os animais que estão nos montes aos milhares. Conheço os pássaros que voam pelos céus e os seres vivos que se movem pelos campos.
— Não te diria, se com fome eu estivesse, porque é meu o universo e todo ser. Porventura comerei carne de touros? Beberei, acaso, o sangue de carneiros?

— Como ousas repetir os meus preceitos e trazer minha Aliança em tua boca? Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos e deste as costas às palavras dos meus lábios!


Evangelho (Mt 8,28-34)Resultado de imagem para Jesus cura um homem acorrentado no cemitério

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus. 
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 28quando Jesus chegou à outra margem do lago, na região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois homens possuídos pelo demônio, saindo dos túmulos. Eram tão violentos, que ninguém podia passar por aquele caminho.29Eles então gritaram: “Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?”
30Ora, a certa distância deles, estava pastando uma grande manada de porcos. 31Os demônios suplicavam-lhe: “Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos”.
32Jesus disse: “Ide”. Os demônios saíram, e foram para os porcos. E logo toda a manada atirou-se monte abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas. 33Os homens que guardavam os porcos fugiram e, indo até a cidade, contaram tudo, inclusive o caso dos possuídos pelo demônio. 34Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram, pediram-lhe que se retirasse da região deles.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Compreendendo e Refletindo

Eles então gritaram: ‘Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?’” (Mateus 8,29).
Eram dois homens que estavam possuídos pelo demônio. Eles saíam dos túmulos e, de forma violenta, os demônios agiam naqueles homens. A violência ainda se tornou a agitação maior porque Jesus se aproximou.
Quando Jesus se aproxima, quando Ele está próximo de nós, os demônios se agitam porque Ele expulsa o poder do mal da nossa vida. Aquilo que realmente atormenta a nossa vida é Jesus que tem o poder de nos libertar, nos curar e nos livrar da ação do maligno.
Não fiquemos sobre o tormento do mal, permitamos que Jesus nos purifique e nos liberte, porque, se estamos demasiadamente agitados e violentos, se dizemos palavras que são grossas, nós nos tornamos agressivos uns com os outros. É preciso expulsar esse espírito agressivo que nos atormenta por dentro, que nos deixa agitados em demasia e colocamos para fora, agredimos uns aos outros.
Quando Jesus aproxima-se é para tirar aquilo que tira a nossa paz interior, a nossa serenidade e sobriedade, aquilo que nos tira do caminho da paz da alma.

Quando Jesus se aproxima, os demônios se agitam porque Ele expulsa o poder do mal da nossa vida

Aproximemo-nos de Jesus e permitamos que Ele expulse os nossos pensamentos tortuosos, maldosos, impuros e mundanos. Permitamos que Jesus se aproxime do nosso coração e tire dele tudo aquilo que está sujo, impuro e é do mal.
Por que os demônios pediram: “Então nos lance aos porcos”? O lugar do que é sujo é na sujeira, e não somos o lugar da morada dos porcos, de forma alguma. Porque, à medida que vamos deixando o mundo nos conduzir, a nossa mente se torna suja, impura, maldosa, maliciosa e cheia de pensamentos negativos, destrutivos e, de repente, vemos que da nossa boca saem palavras perniciosas, enganosas, mentirosas e falsas; da nossa boca está saindo palavrões, agressões e percebemos que começamos a gritar uns com os outros.
As agressividades virtuais estão soltas porque deixamos a sujeira não só entrar mas também permanecer em nós. Aquele que se aproxima de Jesus precisa se permitir ser lavado e purificado. Que sejam expulsos os demônios que atormentam a nossa vida, para vivermos a pureza dos filhos de Deus.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo-Canção Nova