quinta-feira, 1 de junho de 2017

Audiência geral dedicada ao Pentecostes - Aniversário da Igreja

2017-05-31 L’Osservatore Romano
O Pentecostes representa «o aniversário da Igreja»: por isso, em preparação para a solenidade do próximo domingo, o Papa Francisco durante a audiência geral de quarta-feira 31 de maio, na praça de São Pedro, relacionou a esperança cristã – tema recorrente das últimas catequeses – com o Espírito Santo.
Ele, afirmou o Pontífice, «é o vento que nos impele para a frente, que nos mantém a caminho, nos faz sentir peregrinos e forasteiros, e não permite que nos acomodemos nem nos tornemos um povo “sedentário”»
Assim, a «carta aos Hebreus compara a esperança com uma âncora», a esta imagem «podemos acrescentar a da vela», prosseguiu Francisco. De facto, «a âncora dá ao barco a segurança e mantém-no “ancorado” no meio da ondulação do mar», enquanto «a vela fá-lo ir em frente, avançar sobre as águas». Eis porque, esclareceu, «a esperança é como uma vela» que «recolhe o vento do Espírito e o transforma em força motriz» capaz de impulsionar «o barco ao largo ou para a margem».
Aprofundando a reflexão, o Papa observou depois que o Espírito Santo não só nos torna «capazes de esperar, mas também se ser semeadores de esperança; de sermos também nós – como ele e graças a ele – “paráclitos”, isto é consoladores e defensores dos irmãos». De resto, esclareceu, «o cristão pode semear amarguras» e «perplexidades», mas «isto não é cristão, e quem faz isto não é um bom cristão». Ao contrário, é um bom cristão quem «semeia esperança: óleo de esperança, perfume de esperança e não vinagre de amargura e de desesperança». Em particular, recomendou, «são sobretudo os pobres, os excluídos, os desamados a ter necessidade de alguém que se faça “paráclito” por eles, isto é, consolador e defensor». Eis então o convite conclusivo do Papa: «Assim como o Espírito Santo age com cada um de nós, que estamos aqui na praça», é preciso fazer o mesmo tomando a iniciativa de consolar e defender «os mais necessitados, os mais descartados, os que mais sofrem». E o dom do Espírito, expressou na conclusão, «nos faça abundar na esperança» e «desperdiçar esperança com todos os que são mais carentes e descartados».
Fonte: News.VA

Papa: família, fermento que ajuda a fazer crescer um mundo mais humano

2017-06-01 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco encontrou-se, nesta quinta-feira (1º/06), na Sala Clementina, no Vaticano, com os participantes do encontro promovido pela Federação Europeia das Associações Familiares Católicas, em seus 20 anos de fundação.
"Essa associação, jovem no espírito e em sua história, é chamada a contagiar outras no serviço às famílias, para que a Europa continue tendo a família como um tesouro precioso. A imagem do tesouro sempre esteve presente na conferência que reuniu, em Roma, famílias de vários países europeus. É uma imagem que reflete muito bem a estima que todos devem ter pela família”, disse o Pontífice.
“As famílias não são peças de museu, mas através delas se concretiza o dom no compromisso recíproco, na abertura generosa aos filhos e no serviço à sociedade. Deste modo as famílias são como um fermento que ajuda a fazer crescer um mundo mais humano, mais fraterno, onde ninguém se sinta rejeitado e abandonado.”
  “A sua atividade se resume no serviço integral à família, célula fundamental da sociedade”, sublinhou o Papa em seu discurso, conforme recordado por ele às Autoridades da União Europeia no 60º aniversário dos Tratados de Roma.
  O Papa recordou algumas passagens da Exortação Apostólica Amoris laetitia, sublinhando que a família torna “concreto o dom através da beleza e a alegria do amor recíproco”.
  Para Francisco não “há melhor aliado para o progresso integral da sociedade do que o favorecer a presença das famílias no tecido social”. “A unidade de todos os membros da família e o compromisso solidário de toda a sociedade são aliados do bem comum e da paz, também na Europa.”
A família é “comunhão de pessoas” e para o Papa Francisco isso permite a experiência e a inserção na grande “família humana” em que é central o desafio de uma “cultura do encontro”. “O estilo familiar que vocês propõe difundir não está sujeito a nenhuma ideologia contingente, mas se baseia na dignidade inviolável da pessoa. É baseando-se nesta dignidade que a Europa poderá ser realmente uma família de povos”, disse ainda o Pontífice.
Segundo o Papa, o Velho Continente vive hoje quatro crises: demográfica, migratória, trabalhista e educacional. A resposta a estes desafios está na família, “modelo operacional, testemunha da unidade na diversidade e diálogo”. Para o Papa “não é preciso esconder a própria identidade cristã. É importante que as famílias saiam de si mesmas para encontrar os outros”.
  Em seu discurso, o Papa recordou a ligação entre as gerações: memória, presente e futuro.
“O seu serviço à sacralidade da vida se concretiza na aliança entre as gerações, no serviço a todos, especialmente aos mais necessitados, às pessoas com necessidades especiais e aos órfãos. Concretiza-se na solidariedade aos migrantes, na arte paciente de educar que olha para cada jovem como sujeito digno do amor familiar. Concretiza-se no direito à vida do nascituro que ainda não tem voz e nas condições de vida digna dos idosos.”
  O Papa encorajou as famílias a “desenvolver com criatividade novos métodos e recursos” para ser nos âmbitos eclesial e civil “apoio às novas gerações”, acompanhamento e guia “no caminho de cada dia”.
  (MJ)
(from Vatican Radio)

Fonte: News.VA

Santo do Dia : São Justino - Primeiro santo, padre

São Justino
São Justino se tornou um grande filósofo cristão, buscou corresponder diariamente a sua fé

Nasceu na Palestina, na cidade de Siquém, em uma família que não conheceu Jesus. Justino buscou com aquilo que tinha, a verdade. Ele tinha essa sede e providencialmente pôs em sua vida um ancião que se aproximou dele para falar sobre a filosofia. E ele apresentou o ‘algo mais’ que faltava a Justino. Falou dos profetas, da fé, da verdade, do mistério de Deus e apresentou Jesus Cristo.
Justino se tornou um grande filósofo cristão, sacerdote, um homem que buscou corresponder diariamente a sua fé. E depois dos padres apostólicos, ele foi intitulado como o primeiro santo, padre. A Sagrada Tradição foi muito testemunhada nos escritos deste santo.
Por inveja e por não aceitar a verdade, um filosofo denunciou São Justino, que foi julgado injustamente, flagelado e por não renunciar a Jesus Cristo, foi decapitado. Isso no ano de 167.
Com fé e razão nós mergulhamos nosso ser no coração de Jesus, modelo e fonte de toda graça, bênção e santidade.
São Justino, rogai por nós!
 

Liturgia Diária : Quinta-feira 01/06/2017

Primeira Leitura (At 22,30; 23,6-11)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 30querendo saber com certeza por que Paulo estava sendo acusado pelos judeus, o tribuno soltou-o e mandou reunir os chefes dos sacerdotes e todo o conselho dos anciãos. Depois fez trazer Paulo e colocou-o diante deles.
23,6Sabendo que uma parte dos presentes eram saduceus e a outra parte eram fariseus, Paulo exclamou no conselho dos anciãos: “Irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus. Estou sendo julgado por causa da nossa esperança na ressurreição dos mortos”. 7Apenas falou isso, armou-se um conflito entre fariseus e saduceus, e a assembleia se dividiu.
8Com efeito, os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito, enquanto os fariseus sustentam uma coisa e outra. 9Houve, então, uma enorme gritaria. Alguns doutores da Lei, do partido dos fariseus, levantaram-se e começaram a protestar, dizendo: “Não encontramos nenhum mal neste homem. E se um espírito ou anjo tivesse falado com ele?”
10E o conflito crescia cada vez mais. Receando que Paulo fosse despedaçado por eles, o comandante ordenou que os soldados descessem e o tirassem do meio deles, levando-o de novo para o quartel. 11Na noite seguinte, o Senhor aproximou-se de Paulo e lhe disse: “Tem confiança. Assim como tu deste testemunho de mim em Jerusalém, é preciso que tu sejas também minha testemunha em Roma”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje (Sl 15)


— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor”. Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos!
— Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
— Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.
— Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!

Compreendendo e Refletindo


Jesus nos dá um testemunho de amor, unidade e comunhão com o Pai

“Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17, 20-21).
Essa oração, essa prece que Jesus dirige ao Pai, vem do fundo da Sua alma e do Seu coração. Jesus conhece a todos nós, Ele conhece a nossa natureza humana marcada pelo pecado, pelo orgulho, pelo egoísmo, pela vaidade, e sabe que tudo isso, colocado para fora, é uma grande tentação para quebrar a unidade do Reino de Deus.
O testemunho que Jesus nos dá com a Sua vida é um testemunho de amor, unidade e comunhão com o Pai. Não se faz unidade se não tiver amor nem comunhão!
A comunhão é, de fato, comungar do mesmo sentimento, da mesma fé e do mesmo amor. Quando o amor está zelando por todas as coisas, direcionando todas as coisas, é possível construir a unidade. Agora, quando eu coloco as minhas vaidades, pretensões e razões, o meu ego acima de qualquer coisa, a unidade vai se quebrando, a comunhão vai se rompendo, as pessoas até vivem juntas, podem morar juntas, trabalhar juntas, rezar juntas, viver numa mesma igreja, professarem a mesma fé, mas quando a unidade é quebrada, as coisas se rompem.
Com quem nós precisamos fazer unidade? Primeiro, com Deus, acima de tudo, viver uma profunda comunhão com Ele! Quem tem comunhão com Deus não semeia discórdia, separação e desunião. Quem tem comunhão com Deus rende-se ao Seu Espírito, é ele quem semeia, constrói e edifica a nossa unidade no corpo de Deus.
Talvez a unidade pareça uma coisa de difícil compreensão, porque unidade parece que todos pensam e falam igual, não têm dificuldades nem divergências. Mas as divergências, os atropelos acontecessem, as dificuldades de comunicação de linguagem podem acontecer e acontecem, sem dúvida nenhuma.
O mais importante não são os atropelos, as mágoas, ressentimentos ou todas as sequelas que ficam dos relacionamentos que não foram bem conduzidos. Tudo isso é um aprendizado, tudo isso concorre para o bem daqueles que esperam em Deus, porque o Senhor pega todas as coisas, até o caos para construir o mundo, edificar o universo. Ele também pega as nossas divergências, as nossas dificuldades e constrói a unidade do corpo de Deus. Não podemos ficar a serviço da desunião, da briga, da separação. Quem está unido a Jesus procura construir unidade onde Ele se faz presente.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo- Canção Nova

Evangelho (Jo 17,20-26)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: 20“Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; 21para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.
22Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: 23eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. 24Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste.
26Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.