segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Card. Braz de Aviz: "Empreender novo caminho de conversão"

2016-02-01 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – O Prefeito da Congregação para a Vida Consagrada, Dom João Braz de Aviz, fez um breve discurso de saudação ao Papa antes do início do encontro dos consagrados, no encerramento do Ano da Vida Consagrada. O evento se realizou segunda-feira (01/02) na Sala Paulo VI.
O cardeal brasileiro falou em nome dos participantes dos cinco continentes que vieram a Roma para esta última reunião. Foram 5 mil pessoas, pertencentes às várias ‘formas’ de consagração e representantes dos diferentes carismas difundidos pelo Espírito na Igreja. 
Dom João disse que nos dias de encontro, as diversas vocações consagradas foram aprofundadas levando em conta as indicações da Carta apostólica de 23 de novembro de 2014: a alegria da consagração, a profecia para ‘despertar o mundo’, o ser ‘especialistas de comunhão’ e ir às periferias existenciais, trabalhar em favor dos refugiados, dos pobres, dos excluídos, dos doentes, das crianças, jovens e idosos.  
Dom João manifestou enfim sua gratidão pela esperança e a confiança no Senhor que o Pontífice lhes transmite e afirmou que já está sendo empreendido um "novo caminho de conversão neste momento de mudanças necessárias também para os consagrados”.  
(CM/BF)
(from Vatican Radio) Fonte: News.VA

"Testemunhas do Ressuscitado" reúne Atas dos Cursos de formação para Bispos

2016-02-01 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – “Testemunhas do Ressuscitado” é o título do livro editado pela Livraria Editora Vaticana (LEV) que traz as Atas do Curso Anual de formação para os novos bispos. O volume foi apresentado na manhã desta segunda-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, pelo Prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet, pelo Secretário do mesmo dicastério, o Arcebispo brasileiro Ilson de Jesus Montanari, e por Dom Francesco Cacucci, Arcebispo de Bari-Bitonto, relator do Curso.
Foram 1.500 bispos de todas as partes do mundo, que ao longo de 15 anos,  participaram dos Cursos de Formação organizados pela Congregação para os Bispos. O último foi realizado em setembro de 2015.  São dias de convivência e partilha fraterna, debates, encontros com o Papa, a Cúria Romana e delegados dos episcopados. Uma riqueza de conteúdos que, pela primeira vez, serão partilhados com o público através das Atas, como sublinhou o Cardeal Ouelet, para ter dele comentários e sugestões.
Diante dos desafios do mundo atual no campo da comunicação, dos direitos, da prevenção dos abusos, da espiritualidade, não podemos permanecer atrás no esforço de reformas e atualização das estruturas e práticas para estar à altura de um mundo sempre mais globalizado”.
“Formação permanente – explicou o purpurado – significa aprender a dialogar”. Antes de tudo dialogar “com o próprio Deus, que quer não somente ser servido por funcionários competentes”, mas “ser amado por amigos fieis”, “dispostos a dar a vida por ele”. E depois, “com o Povo de Deus que espera ser alimentado pela Palavra de Deus” e “com as outras Igrejas em um espírito de solidariedade episcopal, ecumênica e aberta aos desafios sociais, geopolíticos e culturais do momento presente”.
“De fato, ser Bispo hoje em dia é dedicar-se à um ministério difícilque não pode ser vivido senão em comunhão de uns com os outros, graças a uma consciência profunda da identidade eclesial de pastor e por consequência de seu serviço à comunhão universal e particular”.
Palavras estas, reforçadas por Dom Montanari:
“Neste mundo fragmentado, que requer uma proximidade paciente, com atenção aos estágios de crescimento pessoal, o Papa invoca Pastores que velem por seu povo, focados no essencial, realmente próximos das pessoas atingidas por várias formas de sofrimento”.
Mesmo que “não existam, de uma forma ou outra, cursos para aprender a “ser bispo” observou Dom Cacucci - estes são úteis – e se o bispo “não pode abarcar tudo”, por experiência aconselho os novos prelados a encontrar pessoalmente todos os padres da sua diocese, “sem exceções”. Isto não é “clericalismo” – esclareceu – mas “unidade sacramental entre bispos e presbíteros”...
“Me parece de poder sublinhar que em um tempo de super-ativismo e de fragmentação, o bispo é chamado, hoje mais que nunca, a ser homem da síntese e a ajudar os “irmãos e amigos” padres – assim como indica o Concílio – a buscar o essencial. Fonte de inspiração é sempre o “estilo” de Jesus com os seus “amigos” apóstolos”.
Entre as perguntas dos jornalistas, um destaque sobre a gestão administrativa das dioceses, tema a que se dedicou o Curso com a colaboração do Cardeal Pell. “Não excluo – respondeu o Cardeal Ouellet – que além da normativa canônica, às vezes não respeitada, provocando assim tantos problemas, possa ser útil também um vade-mécum de experiências na matéria”. (JE/RG)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Santo do Dia - Santa Veridiana,

Santa Veridiana
Santa Veridiana era conhecida pela sua compaixão para com os mais pobres, oferecendo-lhes tudo que podia

Nasceu em Florença, em 1182, numa família nobre que respeitava as opções de Veridiana com relação a Deus. Ela trabalhou com um tio comerciante e o ajudou a administrar seus negócios, mas percebeu que sua vocação era muito mais do que administrar; era deixar que o próprio Deus cuidasse dela e de sua história.
Jovem de oração, de penitência e contemplação, priorizou a vontade do Senhor, por isso chegou a um ponto em que deixou tudo para seguir a vontade de Deus, trabalhando e servindo-O por meio dos pobres e peregrinos.
Na época em que administrava o comércio do tio, já ajudava os pobres. Mas, agora, ela se doava para os seus irmãos mais necessitados. Ficou gravemente ferida, quando, ao fazer uma peregrinação pelos túmulos de São Pedro e São Paulo, foi a pé e descalça pedindo esmolas. Santa Veridiana ofereceu todos esses seus sacrifícios pela conversão das pessoas.
Uma mulher possuída pelo Espírito Santo, foi dócil à vontade de Deus e viveu o restante de sua vida acamada, enferma, oferecendo-se ao Senhor, aconselhando muitas pessoas e intercedendo por todos. Seus alimentos eram pão e água.
Mulher penitente e feliz, viveu até os 60 anos de idade consumindo-se de amor a Deus para o bem dos irmãos.
Santa Veridiana, neste tempo marcado pelo hedonismo e pela busca desenfreada por prazeres, nos aponta, denuncia que não é este o caminho da felicidade, mas apenas um: Nosso Senhor Jesus Cristo.
Peça a intercessão dessa santa para que todos possam, na oração, na penitência, na doação ao irmão, encontrarmos a verdadeira felicidade.
Santa Veridiana, rogai por nós!

Liturgia Diária - 4ª Semana Comum - Segunda-feira 01/02/2016

Primeira Leitura (2Sm 15,13-14.30;16,5-13a)


Leitura do Segundo Livro de Samuel.
Naqueles dias, 13um mensageiro veio dizer a Davi: “As simpatias de todo o Israel estão com Absalão”.14Davi disse aos servos que estavam com ele em Jerusalém: “Depressa, fujamos, porque, de outro modo, não podemos escapar de Absalão! Apressai-vos em partir, para que não aconteça que ele, chegando, nos apanhe, traga sobre nós a ruína, e passe a cidade ao fio da espada”. 30Davi caminhava chorando, enquanto subia o monte das Oliveiras, com a cabeça coberta e os pés descalços. E todo o povo que o acompanhava subia também chorando, com a cabeça coberta.
16,5Quando o rei chegou a Baurim, saiu de lá um homem da parentela de Saul, chamado Semei, filho de Gera, que ia proferindo maldições enquanto andava. 6Atirava pedras contra Davi e contra todos os servos do rei, embora toda a tropa e todos os homens de elite seguissem agrupados à direita e à esquerda do rei Davi. 7Semei amaldiçoava-o, dizendo: “Vai-te embora! Vai-te embora, homem sanguinário e criminoso! 8O Senhor fez cair sobre ti todo o sangue da casa de Saul, cujo trono usurpaste, e entregou o trono a teu filho Absalão. Tu estás entregue à tua própria maldade, porque és um homem sanguinário”.
9Então Abisai, filho de Sarvia, disse ao rei: “Por que há de este cão morto continuar amaldiçoando o senhor, meu rei? Deixa-me passar para lhe cortar a cabeça”. 10Mas o rei respondeu: “Não te intrometas, filho de Sarvia! Se ele amaldiçoa e se o Senhor o mandou maldizer a Davi, quem poderia dizer-lhe: ‘Por que fazes isto?’”. 11E Davi disse a Abisai e a todos os seus servos: “Vede: Se meu filho, que saiu das minhas entranhas, atenta contra a minha vida, com mais razão esse filho de Benjamim. Deixai-o amaldiçoar, conforme a permissão do Senhor. 12Talvez o Senhor leve em conta a minha miséria, restituindo-me a ventura em lugar da maldição de hoje”. 13aE Davi e seus homens seguiram adiante.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje (Sl 3)

 Levantai-vos, ó Senhor, vinde salvar-me!
R- Levantai-vos, ó Senhor, vinde salvar-me!
— Quão numerosos, ó Senhor, os que me atacam; quanta gente se levanta contra mim! Muitos dizem, comentando a meu respeito: “Ele não acha a salvação junto de Deus!”
— Mas sois vós o meu escudo protetor, a minha glória que levanta minha cabeça! Quando eu chamei em alta voz pelo Senhor, do Monte santo ele me ouviu e respondeu.
— Eu me deito e adormeço bem tranquilo; acordo em paz, pois o Senhor é meu sustento. Não terei medo de milhares que me cerquem e furiosos se levantem contra mim. Levantai-vos, ó Senhor, vinde salvar-me!

Compreendendo e Refletindo


“Jesus lhe dizia: ‘Espírito impuro, sai desse homem!’” (Marcos 5, 8).
Olhando a cena do Evangelho de hoje, no início parece até um filme de terror, porque são tantos acontecimentos fortes, violentos que vem à nossa imagem. Saindo da barca, Jesus encontrou um homem possuído por espírito impuro que vivia dia e noite num cemitério. Lá, ele vivia atormentado, gritando, ninguém conseguia segurá-lo e amarrá-lo; ele vivia no meio dos túmulos.
Jesus foi movido por uma profunda compaixão e, ao aproximar-se desse homem, os espíritos começaram a gritar: “Saia daqui! Afaste-se de nós, Jesus de Nazaré! Sabemos quem tu és”.
Os espíritos impuros sacodem nossa alma, tiram nossa liberdade e paz interior, deixam-nos agitados, nervosos, preocupados e tensos. Esses espíritos sabem quem é Jesus, por isso a agitação se torna maior.
Muitas vezes, quando estamos muito atormentados e queremos nos aproximar de Deus, há uma certa compulsão ou repulsão interior para não aceitar, não acolher a graça, porque sabemos que quando a graça vem, ela ferve e coloca para fora o espírito mau e  impuro que está agitando e sacudindo nossa vida.
Permita-me dizer ao seu coração: deixe Jesus sacudir os espíritos impuros, colocar para fora aquilo que vive o atormentando, tirando sua paz interior, aquilo que não lhe deixa dormir e ter paz.
A ação libertadora de Jesus, na vida desse homem, foi tão profunda, que a paz interior começou a habitar em seu coração e ele desejava segui-Lo. Jesus disse: “Vai testemunhar! Volta para a sua casa, para sua família e testemunha aos seus o que te aconteceu!”.
Sabe, meus irmãos, muitas vezes  queremos seguir Jesus. Alguns de nós podem até segui-Lo de perto, fazer parte de alguma companhia de pesca, mas o maior seguimento de Nosso Senhor é testemunhar para o mundo aquilo que Jesus fez e faz em nossa vida!
Não deixemos de ser testemunhas do amor de Deus, da libertação e restauração que Ele opera em nossas vidas. Deixemos que realmente isso aconteça dentro de nós. Não basta irmos atrás de Jesus se não O deixamos entrar em nós e nos libertar de tudo que nos aprisiona neste mundo.
Precisamos testemunhar, em nossa casa, em nossa família e por onde andamos, que Deus é maior em nossa vida!
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova

Evangelho (Mc 5,1-20)

 O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1Jesus e seus discípulos chegaram à outra margem do mar, na região dos gerasenos. 2Logo que saiu da barca, um homem possuído por um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi a seu encontro.
3Esse homem morava no meio dos túmulos e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes.4Muitas vezes tinha sido amarrado com algemas e correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava as algemas. E ninguém era capaz de dominá-lo.
5Dia e noite ele vagava entre os túmulos e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras. 6Vendo Jesus de longe, o endemoniado correu, caiu de joelhos diante dele 7e gritou bem alto: “Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes!” 8Com efeito, Jesus lhe dizia: “Espírito impuro, sai desse homem!” 9Então Jesus perguntou: “Qual é o teu nome?” O homem respondeu: “Meu nome é ‘Legião’, porque somos muitos”. 10E pedia com insistência para que Jesus não o expulsasse da região.
11Havia aí perto uma grande manada de porcos, pastando na montanha. 12O espírito impuro suplicou, então: “Manda-nos para os porcos, para que entremos neles”. 13Jesus permitiu. Os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. E toda a manada — mais ou menos uns dois mil porcos — atirou-se monte abaixo para dentro do mar, onde se afogou. 14Os homens que guardavam os porcos saíram correndo e espalharam a notícia na cidade e nos campos. E as pessoas foram ver o que havia acontecido. 15Elas foram até Jesus e viram o endemoniado sentado, vestido e no seu perfeito juízo, aquele mesmo que antes estava possuído por Legião. E ficaram com medo.
16Os que tinham presenciado o fato explicaram-lhes o que havia acontecido com o endemoniado e com os porcos. 17Então começaram a pedir que Jesus fosse embora da região deles. 18Enquanto Jesus entrava de novo na barca, o homem que tinha sido endemoniado pediu-lhe que o deixasse ficar com ele. 19Jesus, porém, não permitiu. Entretanto, lhe disse: “Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti”. 20E o homem foi embora e começou a pregar na Decápole tudo o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.