sexta-feira, 1 de maio de 2015

Papa pede globalização da solidariedade durante Expo 2015

015-05-01 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa participou, ao meio dia e quinze, hora local, deste sábado (1º/5), da cerimônia inaugural da Exposição Universal de Milão 2015, por meio de uma conexão televisiva ao vivo.
Em sua Mensagem, Francisco agradeceu a possibilidade de unir a sua voz àquelas dos que participaram da inauguração. O Bispo de Roma falou em nome do Povo de Deus, peregrino no mundo inteiro; em nome dos pobres, que fazem parte deste povo e, com dignidade, buscam ganhar o pão com o suor de seu rosto. E o Papa acrescentou:
“Queria ser porta-voz de todos esses nossos irmãos e irmãs, cristãos e também não-cristãos, que Deus ama como filhos e para os quais deu a vida e partiu o pão, que foi a carne do seu Filho, que se fez homem. Ele nos ensinou a pedir a Deus Pai: ‘O pão nosso de cada dia nos dai hoje’. Esta Exposição é uma ocasião propícia para globalizar a solidariedade. Procuremos não desperdiçá-la, mas valorizá-la plenamente!”
Francisco agradeceu a Deus pela escolha do importante e essencial tema desta Exposição Universal: “Nutrir o Planeta. Energia para a vida”. Este tema, disse, não deve permanecer apenas em palavras, mas acompanhado pela consciência dos milhões de rostos de pessoas, que têm fome e não se alimentam de modo digno para um ser humano:
“Queria que, a partir de hoje, cada pessoa que visitar a Expo de Milão, passando pelos diversos pavilhões, possa perceber a presença daqueles rostos, uma presença oculta, que, na realidade, deveria ser a verdadeira protagonista do evento: rostos de homens e mulheres que passam fome, que adoecem e até morrem por causa de uma alimentação escassa e nociva”.
Paradoxo da Abundância
O “paradoxo da abundância”, recordou Francisco, ao citar as palavras de São João Paulo II (I Conferência da FAO sobre a Nutrição, 1992), ainda persiste, não obstante os esforços e alguns bons resultados. Esta Exposição, em certo sentido, também faz parte deste “paradoxo da abundância”, se seguir a cultura do desperdício e do descarte, e não contribuir para um modelo de desenvolvimento equilibrado e sustentável.
Por isso, o Pontífice expressou seu desejo de que esta Exposição Universal possa ser uma ocasião propícia de mudança de mentalidade; que mude o modo de pensar que as nossas ações cotidianas, em seus diversos níveis de responsabilidade, não têm impacto sobre a vida de quem, vizinho ou distante, sofre a fome, especialmente a multidão de crianças que morre de fome no mundo.
Cientistas
Em sua Mensagem, o Papa se referiu ainda àqueles rostos que terão um papel importante na Expo de Milão: os de tantos agentes e pesquisadores no setor alimentar, para os quais auspiciou:
“Que o Senhor conceda a cada um deles a sabedoria e a coragem, porque é grande a sua responsabilidade! O meu desejo é que esta experiência permita aos empresários, comerciantes e estudiosos, sentir-se envolvidos em um ‘grande projeto de solidariedade’: o de nutrir o planeta, no respeito de cada homem e mulher que nele habita e no respeito do ambiente natural”.
Eis o grande desafio ao qual Deus chama a humanidade deste século, concluiu Francisco: parar, finalmente, de abusar do Jardim, que Deus nos confiou, para que todos possam comer dos seus frutos! Assumir este projeto é dar plena dignidade ao trabalho de quem produz e de quem pesquisa no setor alimentar.
Por fim, o Santo Padre recordou ainda, neste dia de São José Operário, os rostos de todos aqueles que trabalharam e trabalham pelo bom êxito desta Expo de Milão 2015, de modo particular os mais anônimos, os mais ocultos. Que todo pão seja fruto de um trabalho humano digno! Que Deus nos ajude a colher esta grande ocasião de repartir o pão de cada dia, na paz e na fraternidade! (MT)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

O encontro de Francisco com os Cursilhos da Cristandade

2015-04-30 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco encontrou na tarde desta quinta-feira (30/04) na sala Paulo VI, o Movimento dos Cursilhos de Cristandade, reunidos em Roma para celebrar a Ultreya Europeia nos 70 anos de difusão do movimento no mundo e para concluir o 50º aniversário de sua presença em Itália. O Pontífice intercalou seu discurso com respostas de improviso à diversas perguntas colocadas por alguns cursilhistas no início do encontro.
O Papa iniciou desculpando-se pela mudança de horário no encontro, previsto para se realizar na sexta-feira, dizendo que o Papa “é infalível somente nas questões dogmáticas, mas isto é só de vez em quando, raramente”, mas que também tem “defeitos” . E elogiou o movimento, por não fazer proselitismo - ressaltando, que a “igreja cresce pelo testemunho e não pelo proselitismo” – exortando os participantes “a traduzirem e não traírem o carisma, mas adaptá-lo à realidade local”.
Justamente “o ardente desejo de amizade com Deus” dos cursilhos – ressaltou o Papa - ajudou milhares de pessoas em todo o mundo a “crescer na vida de fé”:
“O método de evangelização dos Cursilhos nasce justamente deste ardente desejo de amizade com Deus, do qual brota a amizade com os irmãos. Desde o início se entendeu que somente dentro das relações de amizade autêntica era possível preparar e acompanhar as pessoas em seu caminho, um caminho que parte da conversão e passa através a descoberta da beleza de uma vida vivida na graça de Deus e chega até à alegria de tornar-se apóstolos na vida cotidiana”.
Francisco destacou que no contexto moderno do anonimato e de isolamento típico das nossas cidades, é importante a dimensão acolhedora, familiar, à medida do homem, que os encontros do Cursilho oferecem, e acrescentou:
“A estas pequenas reuniões de pequenos grupos é importante criar momentos que favoreçam a abertura a uma dimensão social e eclesial maior, envolvendo também quem veio em contato com o vosso carisma mas não participa habitualmente de um grupo. A Igreja, de fato, é uma ‘mãe de coração aberto’ que nos convida às vezes de ‘diminuir o passo’, a ‘colocar de lado a ansiedade para olhar nos olhos e escutar’, a ‘renunciar às urgências para acompanhar quem permaneceu ao largo da estrada”.
O Papa deu aos cursilhistas uma tarefa de casa: estudar as obras de misericórdia, corporal e espiritual, para serem colocadas em prática.
Entre os fundadores dos Cursilhos, o Papa citou Eduardo Bonnin Aguilo e o Bispo de  Mallorca, Dom Juan Hervas y Benet, que acompanhou o crescimento do movimento: “foram autênticos missionários. Não hesitaram em tomar a iniciativa e corajosamente se aproximaram das pessoas, envolvendo-as com simpatia e acompanhando-as no caminho da fé com respeito e amor”.
Ao longo de seu pronunciamento, o  Papa fez vários convites aos cursilhistas de hoje:
“Como é necessário sair, sem nunca se cansar, para encontrar os assim chamados ‘afastados’!”. Mas para ajudar os outros a crescer na fé, “é necessário experimentar em primeira pessoa a bondade e a ternura de Deus”.
“Ele não nos pede nada em troca, pede somente para ser acolhido, porque o amor de Deus é gratuidade, puro dom”.
“É bonito ajudar a todos, também aqueles que tem dificuldade em viver a própria fé, a permanecer sempre em contato com esta mãe, sempre próximos a esta grande família acolhedora que é a Igreja”.
“Vos encorajo a seguir “sempre além”, fieis ao vosso carisma!”. “A atingir os distantes” (...) “a sair da própria comodidade e ter a coragem de chegar a todas as periferias”.
O pronunciamento integral, ainda não publicado, poderá ser lido, em português, no site do Vaticano. (JE)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Santo do Dia -São José Operário

São José Operário
A Igreja, providencialmente, nesta data civil marcada, muitas vezes, por conflitos e revoltas sociais, cristianizou esta festa, isso na presença de mais de 200 mil pessoas na Praça de São Pedro, as quais gritavam alegremente: “Viva Cristo trabalhador, vivam os trabalhadores, viva o Papa!” O Papa, em 1955, deu aos trabalhadores um protetor e modelo: São José, o operário de Nazaré.

O santíssimo São José, protetor da Igreja Universal, assumiu este compromisso de não deixar que nenhum trabalhador de fé – do campo, indústria, autônomo ou não, mulher ou homem – esqueça-se de que ao seu lado estão Jesus e Maria. A Igreja, nesta festa do trabalho, autorizada pelo Papa Pio XII, deu um lindo parecer sobre todo esforço humano que gera, dá a luz e faz crescer obras produzidas pelo homem: “Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres.”
São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação de Suas obras, é o mais desejoso de trabalhos santificados: “Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa… O Senhor é Cristo” (Col 3,23-24).
São José Operário, rogai por nós!

São José Operário - Sexta-feira 01/05/2015- Liturgia Diária

Primeira Leitura (Gn 1,26–2,3)

Leitura do Livro do Gênesis.
26Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e segundo a nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra”.
27E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou: homem e mulher os criou. 28E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”. 29E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que dão semente sobre a terra, e todas as árvores que produzem fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. 30E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu dou todos os vegetais para alimento”. E assim se fez.31E Deus viu tudo quanto havia feito, e eis que tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia.2,1E assim foram concluídos o céu e a terra com todo o seu exército. 2No sétimo dia, Deus considerou acabada toda a obra que tinha feito; e no sétimo dia descansou de toda a obra que fizera. 3Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, porque nesse dia descansou de toda a obra da criação.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

Ou (escolhe-se uma das leituras)

Primeira Leitura (Cl 3,14-15.17.23-24)

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses.
14Irmãos, acima de tudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição. 15Que a paz de Cristo reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede agradecidos.17Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai. 23Tudo o que fizerdes, fazei-o de coração, como para o Senhor e não para os homens.24Pois vós bem sabeis que recebereis do Senhor a herança como recompensa. Servi a Cristo, o Senhor.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo de Hoje (Sl 89)


— Ó Senhor, fazei dar frutos o labor de nossas mãos!
R- Ó Senhor, fazei dar frutos o labor de nossas mãos!

1- Já bem antes que as montanhas fossem feitas ou a terra e o mundo se formassem, desde sempre e para sempre vós sois Deus. R
2- Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” Pois mil anos para vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou. R
3- Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos! R
4- Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos de alegria todo o dia! Manifestai a vossa obra a vossos servos, e a seus filhos revelai a vossa glória! R

Compreendendo e Refletindo

Que a bênção de Deus esteja sobre todos os trabalhadores, porque todo trabalho é sagrado e todo trabalhador é digno de respeito e de consideração no exercício do seu ofício! 
“Não é ele o filho do carpinteiro?” (Mateus 13, 55).
A Igreja nos dá a alegria de celebrarmos no dia de hoje a memória de São José Operário. O pai adotivo de Jesus, o esposo da Virgem Maria, tinha uma nobre profissão: ele era um carpinteiro. Da carpintaria de José saía o sustento daquela família; ele trabalhava todos os dias com dedicação e afinco. Até hoje, quando vamos a Nazaré, podemos contemplar o lugar onde era a carpintaria dele. O quão honrada, valorizada e importante era essa profissão naquela época; assim como o é até nos dias de hoje.
Queremos olhar para o exemplo de São José trabalhador, ele ensinou seu Filho também a trabalhar. Jesus também ia para a carpintaria de José e ali aprendeu da mesma forma a fazer trabalhos manuais. Afinal de contas, o trabalho dignifica o homem e dá honra à natureza humana, porque a vida na Terra só é melhorada e só evolui graças ao trabalho do homem, que aproveita as matérias-primas existentes e faz delas coisas esplêndidas! É da madeira que vem o banco em que sentamos, é da madeira que vem os móveis que usamos.
É usando os bens da própria natureza, com respeito e com prudência, que o homem faz o seu bem-estar acontecer e o progresso da sociedade evoluir. Por isso hoje, em toda a Terra, se celebra o Dia do Trabalho, o dia do homem, da mulher, do trabalhador, daquele que usa das suas faculdades mentais, intelectuais e das próprias mãos para melhorar a vida humana e conceder mais dignidade à nossa existência.
Todo trabalho é sagrado, todo trabalhador é digno de respeito e de consideração no exercício do seu ofício, por isso nós hoje louvamos a Deus e Senhor da criação, porque o Pai foi o primeiro a trabalhar de forma árdua para criar todas as coisas. Quando lemos o relato da criação, nós contemplamos a beleza de Deus ao criar uma coisa a cada dia, mostra-nos a forma como o Senhor trabalhava. E, depois, no mesmo relato diz que, no sétimo dia, Ele descansou.
Todo aquele que trabalha é digno do seu sustento e da retribuição pelo seu trabalho; assim como também é digno do justo descanso e do justo repouso.
Nós hoje queremos pedir a bênção de Deus a todos os trabalhadores. Queremos também suplicar que os direitos trabalhistas sejam respeitados em todos os lugares e que a humanidade avance nesses direitos. Que seja concedido a cada trabalhador o direito de poder ganhar de forma mais digna, que sejam concedidos seus direitos não só à remuneração justa, como também ao descanso, que é mais do que justo, ao descanso anual, às férias anuais e ao descanso semanal, dos quais nenhum de nós pode abrir mão!
Se Deus, que não se cansa, quis um dia descansar, imagine nós que nos cansamos com tanta coisa! Para que tenhamos mais vida e mais dignidade, é importante que as leis trabalhistas sejam garantidas e respeitadas!
Hoje a nossa oração se dirige também àqueles que estão desempregados. Todo homem, todo ser humano merece ter direito ao trabalho; no entanto, devido ao andar da economia de tantos lugares no mundo, muitas vezes, esse direito não é garantido, por isso também pedimos que Deus abençoe todos os nossos desempregados.
Deus abençoe você! 

Padre Roger Araújo- Canção Nova

Evangelho (Mt 13,54-58)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 54dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? 55Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?” 57E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” 58E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.