quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Santa Missa, Dia Mundial da Vida Consagrada, 02 de fevereiro de 2022, Pa...

CNBB DIVULGA NOTA CONTRA A LEGALIZAÇÃO DOS JOGOS DE AZAR NO BRASIL

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é contra a legalização dos jogos de azar no Brasil. Em nota divulgada nesta terça-feira, 1º de fevereiro, a Presidência da entidade reitera sua “inegociável posição” em desacordo com a mobilização feita nas últimas sessões de 2021 na Câmara dos Deputados que favorece a regulamentação, logo nas primeiras sessões deste ano 2022, da exploração de jogos de azar no país.

“Cabe-nos, por razões éticas e evangélicas, alertar que o jogo de azar traz consigo irreparáveis prejuízos morais, sociais e, particularmente, familiares. Além disso, o jogo compulsivo é considerado uma patologia no Código Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde. O sistema altamente lucrativo dos jogos de azar tem sua face mais perversa na pessoa que sofre dessa compulsão”, afirmam os bispos.

A Conferência também denuncia os “falsos argumentos” em favor da aprovação do Projeto de Lei 442/91, os quais “não consideram a possibilidade de associação dos jogos de azar com a lavagem de dinheiro e o crime organizado”.

“A CNBB conclama o Congresso Nacional a rejeitar este projeto e qualquer outra iniciativa que pretenda regularizar os jogos de azar no Brasil. O voto favorável ao jogo será, na prática, um voto de desprezo pela vida, pela família e seus valores fundamentais”, exorta a Conferência.

No contexto do ano eleitoral, “a CNBB assume o compromisso de acompanhar atentamente essa tramitação e divulgar amplamente o nome dos parlamentares que escolherem deixar suas digitais nessa delituosa afronta ao povo brasileiro”.

Confira o texto na íntegra:

 

Brasília-DF, 01 de fevereiro de 2022.
P – Nº. 012/22

NOTA DA CNBB CONTRA A LEGALIZAÇÃO DOS JOGOS DE AZAR NO BRASIL

Uma árvore má não pode dar frutos bons (cf. Mt 7,18)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através de sua Presidência, acompanhou perplexa, no apagar das luzes do ano de 2021, a aprovação na Câmara de Deputados do requerimento nº 5.358/16, que assinala como urgente a apreciação do Projeto de Lei 442/91. Esse nefasto ato acelerou o caminho para regulamentar, logo nas primeiras sessões do ano 2022, a exploração de jogos de azar no país. Nesse período os parlamentares ainda estarão deliberando de maneira virtual, o que na prática limita o debate, camufla as posições e facilita as artimanhas regimentais. Diante desse lamentável fato, a CNBB reitera a sua inegociável posição contra a legalização dos jogos de azar no Brasil.

Os argumentos de que esta liberação aumentará a arrecadação de impostos, favorecerá a criação de postos de trabalho e contribuirá para tirar o Brasil da atual crise econômica, seguem a repudiante tese de que os fins justificam os meios. Esses falsos argumentos não consideram a possibilidade de associação dos jogos de azar com a lavagem de dinheiro e o crime organizado. Diversas instituições de Estado têm alertado que os cassinos podem facilmente transformar-se em instrumentos para que recursos provenientes de atividades criminosas assumam o aspecto de lucros e receitas legítimas.

Cabe-nos, por razões éticas e evangélicas, alertar que o jogo de azar traz consigo irreparáveis prejuízos morais, sociais e, particularmente, familiares. Além disso, o jogo compulsivo é considerado uma patologia no Código Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde. O sistema altamente lucrativo dos jogos de azar tem sua face mais perversa na pessoa que sofre dessa compulsão. Por motivos patológicos, esta pessoa acaba por desprezar a própria vida, desperdiçar seus bens e de seus familiares, destruindo assim sua família. Enquanto isso, as organizações que têm o jogo como negócio prosperam e seus proprietários se tornam cada vez mais ricos. A autorização do jogo não o tornará bom e honesto. Nosso país não precisa disso!

A CNBB conclama o Congresso Nacional a rejeitar este projeto e qualquer outra iniciativa que pretenda regularizar os jogos de azar no Brasil. O voto favorável ao jogo será, na prática, um voto de desprezo pela vida, pela família e seus valores fundamentais. Particularmente neste ano eleitoral, a CNBB assume o compromisso de acompanhar atentamente essa tramitação e divulgar amplamente o nome dos parlamentares que escolherem deixar suas digitais nessa delituosa afronta ao povo brasileiro.

Inspirados pela voz profética de Maria, Mãe de Jesus, Nossa Senhora Aparecida, e sob sua proteção, se continuará a labuta da construção do Brasil justo, honesto e honrado!

 

D. Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte, MG
Presidente

D. Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre, RS
1º Vice-Presidente

D. Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima, RR
2º Vice-Presidente

D. Joel Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
Secretário-Geral


Fonte: CNBB 

Homem interrompe o Papa em audiência geral



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Antoine Mekary | ALETEIA


 I. Media - publicado em 02/02/22 - atualizado em 02/02/22

Ao final de seu discurso, o Papa pediu orações pelo homem, que, segundo a impressão do pontífice, apresentava algum tipo de problema

Enquanto o Papa Francisco dava seu ensinamento durante a audiência geral em 2 de fevereiro de 2022, um homem presente na Sala Paulo VI o interrompeu brevemente. De acordo com uma testemunha entrevistada pela Reuters , ele teria gritado em inglês: “Esta não é a Igreja de Deus”. Ele também teria retirado sua máscara sanitária antes de ser evacuado sem resistência pelos seguranças do Vaticano.

O homem, entre 40 e 50 anos, estava sozinho nos fundos do Salão Paulo VI, segundo a agência britânica. Ele teria gritado repetidamente a palavra “máscara”. O Papa Francisco ouviu os gritos sem entender direito o que se passava e continuou lendo.

Depois que o homem foi retirado da Sala, o pontífice voltou ao incidente. “Há alguns minutos ouvimos um homem gritando, berrando, que tinha algum tipo de problema, não sei se é físico, psicológico ou espiritual – mas é um dos nossos irmãos que tem um problema”, disse.

“Gostaria de terminar rezando por ele, por nosso irmão que está sofrendo, pobre homem, porque, como gritava, estava sofrendo”, disse o Papa Francisco. “Não sejamos surdos às necessidades deste irmão”, concluiu, recitando com todos os peregrinos uma “Ave Maria”.

Fonte: Aleteia

3 coisas que comprovam o poder da fé

 

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Freedom Studio | Shutterstock

A fé nos dá a confiança profunda de que o que acontece é pelo poder de Deus, não pelas coisas humanas

Quando falamos sobre fé, pensamos espontaneamente nas verdades e no poder da fé ou nos conceitos em que devemos acreditar.

Também a mencionamos quando nos referimos a dois grupos sociais definidos: os que creem e os que não creem.

De fato, é muito positivo promover o conhecimento da Palavra e das verdades da fé, mas é ainda melhor conhecer a fé em sua totalidade; tomar consciência de que ela é, antes de tudo, um abandono existencial em Jesus.

Saiba que, ao sermos batizados, não recebemos uma categoria eterna que nos mantém parados e finalizados com relação à nossa fé.

1A GRAÇA

A fé implica conhecer o caminho da graça, o caminho da abertura, da pequenez e da confiança. Um caminho que não é curto, mas é chamado a crescer constantemente.

Não é uma coisa fácil, nem pode se tornar um pretexto para acreditar que tudo está bem em nossas vidas.

Quantas vezes já percebemos que nos faz muito bem repetir:

“Eu creio Senhor, mas aumentai a minha fé.” (Mt 9,23)

2O EVANGELHO

Para aprofundar o que é a fé, é bom recorrer ao Evangelho. Nele vemos como Jesus mostra certa admiração pela fé de personagens que não pertencem ao povo de Israel, como o centurião ou a mulher cananeia.

Tanto o centurião quanto a mulher eram duas pessoas que estavam fora do conhecimento do único Deus ou da fé de Israel.

Mas, ao mesmo tempo, eram duas pessoas quepor não conhecerem Deus racionalmente ou por hábito, tinham uma clara consciência de sua pequenez.

Pode-se dizer que o poder da fé nos dá a confiança profunda de que o que acontece é pelo poder de Deus e não pelas coisas humanas.

É a confiança que nos permite saber que Jesus pode fazer maravilhas em nossas vidas se o permitirmos.

3A SOLIDEZ DE DEUS

Crer é apoiar-se na solidez de Deus. Acreditar não apenas em algumas verdades teóricas, mas naquele que nos ensina e vive essas verdades.

Essa confiança não é apenas um consentimento às verdades que se referem a Jesus, mas a aceitação do próprio Jesus.

Nossa fé é um movimento em direção a Deus, é algo que nos coloca no caminho e nos arrasta. Uma fé que é um êxodo de nós mesmos e uma entrada em Deus.

Todos os dias podemos nos agarrar às palavras de Jesus que nos salva ao dizer: “Basta uma só palavra e serei salvo”.

A fé não é apenas o caminho pelo qual podemos nos apegar a Deus e alcançá-lo. A fé é também o caminho que Deus abre ao seu poder, à sua força, para fazer maravilhas no mundo inteiro.

Ele as realiza através da fé que descobre nas pessoas que se aproximam dele: “Vá, diz ele ao centurião, e faça acontecer como você acreditou”.

Assim como a falta de fé paralisa, a fé libera o poder de Jesus. Este é o diálogo que se realiza entre Deus e o homem: Deus é o primeiro a falar e espera que nos abandonemos à sua palavra logo que tenhamos sido capturados por ela.

Maria foi a primeira a abandonar-se à palavra de Deus que lhe foi dirigida pelo anjo Gabriel: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”.

Fonte: Aleteia

Papa exorta religiosos a se deixar guiar pelo Espírito Santo não o espírito do mundo

 

Missa do papa no Dia Mundial da Vida Consagrada 2022 / Mercedes de la Torre (Aci )

Vaticano, 02 fev. 22 / 04:52 pm (ACI).-  “Deixamo-nos mover principalmente pelo Espírito Santo ou pelo espírito do mundo? O Espírito Santo ou a paixão do momento? Esta é uma pergunta que todos nós devemos fazer, especialmente nós, os consagrados”, disse o papa Francisco na missa celebrada hoje, 2 de fevereiro, por ocasião da Festa da Apresentação do Senhor e do Dia Mundial da Vida Consagrada.

“Enquanto o Espírito leva a reconhecer Deus na pequenez e fragilidade de uma criança, nós às vezes corremos o risco de conceber nossa consagração em termos de resultados, de metas e de sucesso. Movemo-nos em busca de espaços, notoriedade, números. O Espírito, por outro lado, não nos pede isso”, afirmou o papa.

“Às vezes, mesmo por trás da aparência de boas obras, podem ocultar-se o vírus do narcisismo ou a obsessão pelo protagonismo. Em outros casos, mesmo quando realizamos tantas atividades, parece que nossas comunidades religiosas se movem mais por repetição mecânica, fazer as coisas por costume, só por fazê-las, do que pelo entusiasmo de entrar em comunhão com o Espírito Santo. Examinemos nossas motivações interiores, discirnamos as moções espirituais, porque a renovação da vida consagrada passa primariamente por aqui”, disse o papa.

“Perguntemo-nos quais são as motivações que movem o nosso coração e a nossa ação, qual é a visão renovada que estamos chamados a cultivar e, sobretudo, estreitemos Jesus com os nossos braços”, convidou.

Ao refletir sobre a passagem evangélica que narra a apresentação do Senhor no templo, o papa destacou que "mesmo quando experimentemos dificuldades e cansaços, sejamos como Simeão e Ana, que esperam pacientemente a fidelidade do Senhor e não se deixam roubar a alegria do encontro com Ele. Coloquemos no centro novamente a Ele e sigamos adiante com alegria”.

Em seguida, o papa destacou a fidelidade de Simeão e Ana, que “vão ao templo todos os dias, todos os dias esperam e rezam, mesmo que o tempo passe e pareça que nada acontece. Esperam a vida inteira, sem desanimar nem reclamar, mantendo-se fiéis a cada dia e alimentando a chama da esperança que o Espírito acendeu em seus corações”.

Para o papa, “em muitos encontros com Jesus nos Evangelhos, a fé nasce do olhar compassivo com que Deus nos olha, quebrando a dureza do nosso coração, curando as suas feridas e dando-nos um novo olhar para ver a nós mesmos e ao mundo”.

Francisco convidou a ter “um olhar novo para nós mesmos, para os demais, para todas as situações que vivemos, inclusive as mais dolorosas”.

“Não se trata de um olhar ingênuo, que foge da realidade ou finge não ver os problemas, mas um olhar que sabe 'ver dentro' e 'ver além'; que não fica nas aparências, mas também sabe entrar nas fissuras da fragilidade e do fracasso em descobrir nelas a presença de Deus”.

O papa perguntou: “Temos o olhar posto no passado, nostálgicos do que já não existe ou somos capazes de um olhar mais clarividente, projetado para o interior e para além?”

“O Senhor não deixa de nos dar sinais para nos convidar a cultivar uma visão renovada da vida consagrada. Não podemos fingir que não os vemos e continuar como se nada tivesse acontecido, repetindo as coisas de sempre, arrastando-nos pela inércia nos caminhos do passado, paralisados pelo medo da mudança. Abramos os olhos: o Espírito Santo nos convida a renovar nossa vida e nossas comunidades”, afirmou.

Por fim, o papa Francisco exortou-nos a recordar sempre que "Jesus é o essencial, é o centro da fé" para não correr "o risco de nos perdermos e dispersarmos em mil coisas, de nos concentrarmos nos aspectos secundários ou nos nossos assuntos, esquecendo que o centro de tudo é Cristo, a quem devemos acolher como Senhor da nossa vida”.

“Se acolhemos Cristo de braços abertos, acolheremos também os outros com confiança e humildade. Assim, os conflitos não exasperam, as distâncias não dividem e desaparece a tentação de intimidar e ferir a dignidade de qualquer irmã ou irmão. Abramos, portanto, os braços a Cristo e aos nossos irmãos e irmãs”, disse o papa.

Fonte: Acidigital

Santo do Dia : São Brás de Sebaste, protetor da garganta

 

 

Profissão
São Brás, médico no século III, entrou em crise porque não se sentia totalmente realizado. Sua insatisfação não estava relacionada à sua profissão, pois ele era bom médico e prestava um ótimo serviço à sociedade, mas vivia uma crise existencial.

Novo comportamento
São Brás buscou a Deus e viveu uma experiência com Ele. Não se sabe se ele já era batizado ou pediu a graça do Santo Batismo, mas a sua vida sofreu uma guinada. Essa mudança não foi somente no âmbito da religião; sua busca por Jesus Cristo estava ligada ao seu profissional. Muitas pessoas começaram a ser evangelizadas por meio da busca de santidade daquele médico.

Necessidade de penitência e oração
Numa outra etapa de sua vida, ele discerniu que precisava se retirar. Para ele, o retiro era permanecer no Monte Argeu, na penitência, na oração, na intercessão para que muitos encontrassem a verdadeira felicidade como ele a encontrou em Cristo e na Igreja.

Protetor da garganta
Conta a história que, ao dirigir-se para o martírio, uma mãe apresentou-lhe uma criança de colo que estava morrendo engasgada por causa de uma espinha de peixe na garganta. Ele parou, olhou para o céu, orou, e Nosso Senhor curou aquela criança. Também é padroeiro dos operários de construção, veterinários, garotos, pedreiros e escultores.

Sacerdócio e episcopado
Ao falecer o bispo de Sebaste, na Armênia, onde nasceu e viveu o santo, o povo foi buscá-lo para ser pastor. Ele, que vivia naquela constante renúncia, aceitou ser ordenado padre e depois bispo, não por vontade própria, mas por obediência.

Comportamento
Sucessor dos apóstolos e fiel à Igreja, era um homem corajoso, de oração e pastor das almas, pois cuidava dos fiéis na sua totalidade. Evangelizava com o seu testemunho.

Contexto histórico
São Brás viveu num tempo em que a Igreja foi duramente perseguida pelo imperador do Oriente, Licínio, que era cunhado do imperador do Ocidente, Constantino. Por motivos políticos e por ódio, Licínio começou a perseguir os cristãos, porque sabia que Constantino era a favor do Cristianismo. O prefeito de Sebaste, dentro deste contexto e querendo agradar ao imperador, por saber da fama de santidade do bispo São Brás, enviou os soldados para o Monte Argeu, lugar que esse grande santo fez sua casa episcopal. Dali, ele governava a Igreja, embora não ficasse apenas naquele local.

Perseguição e martírio
São Brás foi preso e sofreu muitas chantagens para que renunciasse à fé. Por amor a Cristo e pela Igreja, preferiu renunciar à própria vida. Em 316, foi degolado.

O culto de São Brás
São Brás é um dos santos, cuja fama de santidade chegou a muitos lugares e, por isso, é venerado em quase todas as partes do mundo. O milagre da garganta é recordado, no dia 3 de fevereiro, com um rito litúrgico particular, durante o qual o sacerdote abençoa a garganta dos fiéis com duas velas cruzadas diante da garganta.

A minha oração
“Senhor Jesus, em tempos de pandemia, muitos de nós sofremos desde os pequenos incômodos na garganta até a perseguição por sermos cristãos. Dai-nos a graça de, pela intercessão de São Brás, permanecermos unidos a Ti. Cura-nos, Senhor Jesus, de tudo o que nos impede de te seguir, assim como de todos os males da garganta.”

São Brás, rogai por nós!

Liturgia Diária : COR LITÚRGICA: VERMELHO-4ª Semana Comum | São Brás | Quinta-feira

Primeira Leitura (1Rs 2,1-4.10-12)

Leitura do Primeiro Livro dos Reis.

1Aproximando-se o fim da sua vida, Davi deu estas instruções a seu filho Salomão: 2“Vou seguir o caminho de todos os mortais. Sê corajoso e porta-te como um homem. 3Observa os preceitos do Senhor, teu Deus, andando em seus caminhos, observando seus estatutos, seus mandamentos, seus preceitos e seus ensinamentos, como estão escritos na lei de Moisés. E assim serás bem-sucedido em tudo o que fizeres e em todos os teus projetos. 4Então o Senhor cumprirá a promessa que me fez, dizendo: ‘Se teus filhos conservarem uma boa conduta, caminhando com lealdade diante de mim, com todo o seu coração e com toda a sua alma, jamais te faltará um sucessor no trono de Israel”’.

10E Davi adormeceu com seus pais e foi sepultado na cidade de Davi. 11O tempo que Davi reinou em Israel foi de quarenta anos: sete anos em Hebron e trinta e três em Jerusalém. 12Salomão sucedeu no trono a seu pai Davi e seu reino ficou solidamente estabelecido.

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.


 Responsório (1Cr 29,10-12)

— Dominais todos os povos, ó Senhor.

— Dominais todos os povos, ó Senhor.

— Bendito sejais vós, ó Senhor Deus, Senhor Deus de Israel, o nosso pai. Desde sempre e por toda a eternidade!

— A vós pertencem a grandeza e o poder, toda a glória, esplendor e majestade.

— A vós, Senhor, também pertence a realeza, pois sobre a terra, como rei, vos elevais! Toda glória e riqueza vêm de vós!

— Sois o Senhor e dominais o universo, em vossa mão se encontram a força e o poder, em vossa mão tudo se afirma e tudo cresce!


Evangelho (Mc 6,7-13)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 7Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. 8Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.

9Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. 10E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. 11Se em algum lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!”

12Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. 13Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.


Compreendendo e Refletindo


Entregue o seu coração à vontade de Deus

“Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, d ando-lhes poder sobre os espíritos impuros. Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas” (Marcos 6,7-9).






O cristianismo não é carreira solo, é sempre estar na companhia de alguém, é comunidade. Por isso, Jesus chama os Seus Doze e começa a enviá-los dois a dois. Se nós pensarmos com a nossa lógica humana, eram doze os discípulos; Jesus poderia atingir 12 lugares mandando um para cada lugar, mas não está em jogo uma estratégia, e sim a criação de uma fraternidade. Jesus está preocupado em criar uma comunidade, para que a comunidade dos Seus discípulos seja para todos testemunho de comunhão e de unidade. Isso é muito importante!

Se os dois estão em comunhão, Jesus está no meio deles, e Ele mesmo afirmou isso: “Onde dois ou mais estão reunidos no meu nome, eu estou no meio deles” (Mateus 18,20). A nossa parte é formar comunhão sempre, e é fazer comunhão sempre.

Jesus recomendou que não levassem nada, porque o discípulo precisa dar o seu coração, ele precisa dar a si mesmo e não dar coisas

A Palavra diz que “recomendou-lhes”, mas no original é “ordenou-lhes”. Quando Jesus ordena, é porque os discípulos não fariam aquilo de forma espontânea, então, Jesus precisa dar uma ordem, e essa ordem precisa ser obedecida.

Somos mestres em carregar aquilo que não é essencial, gostamos muito de tralhas, gostamos muito de coisas superficiais, supérfluas, e Jesus quer sempre nos levar ao essencial. Se alguém não tem nada, então essa pessoa vai dar de si mesma. Por isso Jesus recomendou que não levassem nada, porque o discípulo precisa dar o seu coração, ele precisa dar a si mesmo e não dar coisas, mas dar o próprio coração.

É interessante que Jesus diz para levar o cajado, a única coisa para ser levada. Lembra o cajado de Moisés que libertou o povo na travessia? O cajado lembra a Cruz de Cristo, o lenho da Cruz, um instrumento com o qual a humanidade foi salva, isso é muito importante! A Cruz de Cristo é a única coisa necessária na nossa vida e na nossa missão, porque através da Cruz de Cristo a redenção chegou a toda a humanidade.

“Nem pão.” O pão nosso de cada dia, Deus nos dá; a preocupação exagerada não tem lugar, porque Deus cuida de nós. A Providência Divina rege a nossa vida e toma conta de tudo. “Nem sacola.” Jamais acumular, jamais deixar que, no nosso coração, vão se acumulando pesos e coisas que não fazem parte da nossa vida! Por fim, “nem dinheiro”. A nossa segurança é Deus e Deus somente, a nossa riqueza é Deus, a preciosidade da nossa vida é a Palavra de Deus, é ela que nos guarda, que nos orienta e nos conduz.

Peçamos ao Senhor a graça desse abandono total da Sua vontade, um desprendimento do nosso coração de tudo aquilo que nos tira da vontade de Deus, que nada se anteponha a Ele, que nada na nossa vida roube o lugar d’Ele, tire o lugar de Deus, mas que nós nos esvaziemos para nos preenchermos somente d’Ele.

Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Padre Donizete Ferreira- Canção Nova